Entre Rosas e Espinhos escrita por AnneCullen


Capítulo 28
Isso era uma despedida de solteira.


Notas iniciais do capítulo

Nós vemos lá embaixo.



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       Isso era uma despedida de solteira.

 

  (Música: http://www.youtube.com/watch?v=wGtYgb4c2j0 /  This Years Loving - David Gray )


   O dia amanhecera anunciando assim a contagem regressiva para, a despedida de solteira, ou melhor, para o casamento. Até o exato momento nenhum dos meninos sabiam da festinha de logo mais a noite, a final queríamos nos divertir e eles não deixariam.

 

   Segundo o cronograma da Duracell começaríamos nossa reuniãozinha logo pela manhã, iríamos até um salão de beleza, depois para uma loja totalmente estranha que segundo Alice teria tudo que precisaríamos para estarmos fabulosas e então seguiríamos para o único club de strip de Forks, já que aqui é tudo na base do único.

 

    A maioria das mulheres da cidade foram convidadas, já que os Cullens são muito conhecidos, porem as únicas a terem tratamento vip seriamos nós. Ah não posso me esquecer que Tânya Biscoita Denali também viria assim como suas irmãs. Como lidar infelizmente essa praga era da família e viria para o casamento. Um dia a mais ou a menos não vai fazer diferença mesmo. Ou faria?

 

   Escutei um toque no meu celular, isso significava que a loira estaria passando em vinte minutos para me pegar. Olhei para o lado e Edward dormia abraçado a minha cintura, sorri que nem boba, desvencilhei-me tentando me mexer o mínimo possível. Tarefa cumprida, fui correndo para um banho rápido, corri para o closet, coloquei uma roupa qualquer e depois voltei ao quarto. Meu anjo estava a abraçar o travesseiro, passei minhas mãos por seus cabelos, era algo interessante como até mesmo dormindo o sorriso torto que me fascinava ficava estampado naquele  rosto esculpido por deuses.

 

   Mais uma vez meu celular tocou, as meninas estavam no portão da minha casa, fato. Dei um beijo na testa de Edward e sai sem fazer o mínimo de barulho, até porque se ele acordasse era uma vez a despedida de solteira. Por sorte Beth e Peter tinham ido à feira, não teria que contar a ninguém com quem passaria à tarde.

 

   Tínhamos combinado que ninguém saberia, além das convidadas, que teria festa. Beth logicamente sabia, porém como sei que a mesma não consegue mentir para Peter seria difícil se me visse saindo, já que certamente ele a questionaria sobre o local onde sua “filha” estaria indo.

 

      - Até que enfim Bella! – Alice fala levantando os braçinhos para o ar.

      - Desculpa. – falei fazendo careta.

 

      - Por que demorou? – fechei a porta do carro.

 

      - Alice deixa de ser chata. Oi Bella. – Rose falou feliz.

 

      - Oi loira, oi mamãe. – falei olhando para o banco de trás.

 

      - Oi filhota! – seu sorriso radiante estava lá.

 

      - Você não me respondeu Bella. – pisou fundo no acelerador.

 

      - Tinha que tomar cuidado para que o teu irmão não acordasse.

 

      - Ah tava com o edzinho né safada. – sorriu maliciosa.

 

      - É eu estava. Ele é meu namorado sabia? – falei irônica.

 

      - Graças a mim e as meninas, né?! – se gabou.

 

      - Nessa a Alice tem razão.

 

      - Noite memorável aquele. – mamãe suspirou.

 

      - Ah é mamãe? – levantei uma sobrancelha.

 

      - Ah...er... é sim já que você além de filha virou nora. – ela estava vermelha.

 

       - Só isso mãe? – Rose pressionou também.

 

       - Claro que é só isso. – passou a mão no cabelo. Sinal de nervosismo.

 

       - Mamãe... – Alice a encarou pelo retrovisor.

 

       - Ai ta bom, a noite foi boa... muito boa por sinal satisfeitas? – falou cruzando os braços.

 

       - Agora sim você falou o que queríamos ouvir. – Licinha falou rindo – Ah Bellinha, tivemos uma pequena mudança de rota; primeiro vamos a loja que eu lhe falei e depois para o salão. – assenti.

 

   (Música:http://www.youtube.com/watch?v=LtDYwu3zbgo / Fallow me down - 3OH!3 feat. Neon Hitch )

 

   Chegamos rapidamente ao shopping, até o momento que entramos no santuário de Alice, ninguém sabia onde ficava a tal loja, exceto ela. Estacamos quando nos foi apresentada à bendita “lojinha fofura”, apelido dado pela mesma. Eram prateleiras e mais prateleiras com roupas de couro. Tudo o que você pode imaginar em couro, tinha lá. Até mesmo o que você acabou de pensar, sim isso também tinha.

 

       - Filha que tipo de loja você nos trouxe? – Esme como sempre agarrada ao meu braço.

 

       - Relaxa mamãe. – Alice falou contente.

 

       - Bom dia, no que posso ajudar? – uma mulher ruiva, alta, vestida com um macacão de couro falava sorrindo.

 

       - Roupas para despedida de solteira. – Lice falou a olhando sugestivamente.

 

       - Já entendi. Por aqui, por favor. -  andou até praticamente o fim da loja – nessa parte temos tudo em couro. – Ah jura? – como é para uma festinha, creio que esses vestidos serão perfeitos. Ah, como temos uma futura mamãe sugiro essa blusinha mais curta e essa saia, nenhuma das duas irão machucar o bebê e te deixaram deslumbrante. – falou olhando para Rose. 

 

       - Não sei não. – falou em duvida – se isso acabar por machucar meus filhotes eu não irei a despedida Lice, me perdoe, mas não farei nada que possa os prejudicar. – colocou a mão sobre a enorme barriga por extinto.

 

       - Te entendo perfeitamente loira, mas please experimenta a roupa? – fez carinha de coitada.

 

       - Claro, sem problema, porem já te avisei. – a baixinha concordou – me da aqui essa roupa. – a atendente lhe entregou o trapinho.

 

       - Bem, uma já foi agora é com você mamãe.

 

       - Alice eu sou casada, e olha essas roupinhas. – apontou para as coisas de couro em cima do balcão – sem ofensas. – sorriu amarelo para a atendente.

 

       - Não se importe querida, já me acostumei com as mães das meninas falarem isso, contudo prometo que se experimentar esse vestido com essas botas não se arrependera. – falou entregando para Esme as “roupas” dela.

 

       - Bellinhaaa. – cantarolou.

 

       - Sem chance rainha das fadas, nem lascando que eu uso uma roupa dessas, e nem adianta tentar moça, não sou igual às outras duas. – cruzei os braços.

 

      - Deixa de ser chata Bella. É a minha despedida de solteira o que custa usar algo para me agradar? – falou emburrada.

 

       - Entende uma coisa meu amor, se Edward me ver desse jeito no meio de um monte de GogoBoys vai me matar. Não posso, não dá.

 

       - Não quero me meter na conversa de vocês, – só para constar ela já está se metendo – que tal se você experimentar algo mais comportado – fez aspas no ar – depois diz o que achou. Vamos fazer o seguinte; senhorita essa é aquela roupa que você separou no inicio da semana – entregou as peças para a baixotinha – agora venha comigo, Bella, né?! – assenti – então venha comigo, vamos vasculhar a loja a procura de algo discreto e sensual, não deixarei que saia da minha loja insatisfeita. – me pegou pela mão.

 

       - Sabe o que é...

 

       - Victoria. – sorriu.

 

       - Então Victoria, eu realmente não gosto dessas coisas vulgares, posso parecer uma boba, mas...

 

       - Que tal esse? – me mostrou a peça mais linda que eu já havia visto.

 

       - Me de isso aqui. Onde ficam os outros provadores? – sim eu tinha gostado do trapinho. Ela riu.

 

       - Vem comigo Bella, te ajudo a colocar. – novamente pegou minha mão.

 

   Entremos em um provador bem iluminado, o vidro tinha uma borda de estrelas que eu amei, realmente dei graças por Victoria ter vindo me ajudar, o vestido tinha um detalhe nas costas cheio de fios e fivelas que sozinha não conseguiria fechar.

 

       - Você está linda Bella. – falou me olhando no espelho.

 

       - Você acha? – ainda me olhava no espelho, girava de um lado para o outro – tipo sei lá, não esta vulgar ou até mesmo estranho?

       - Não querida, está perfeito. – falou sorrindo – venha vamos até as outras ver como ficaram e também para saber a opinião delas.

 

   Atravessamos a loja, fiquei com vergonha dos outros clientes que estavam lá me virem desse jeito, assim que voltamos ao local que antes estávamos, encontramos uma grávida altamente sexy junto com duas mulheres de tirar o fôlego.

 

       - Uau! – falei olhando as três.

 

       - Uau eu que digo dona Bella. Para quem não queria usar nada está fantástica. – a anã segurou minha mão me fazendo girar.

 

       - Está muito linda Bellinha. – Rose me admirava.

 

       - Ninguém te supera loira, está magnânima com essa roupa e essa barriga mais linda. – passei a mão sobre meus futuros sobrinhos.

 

       - Obrigada por me elogiarem. – mamãe fez bico.

 

       - Oun mamãe a senhora não tem nem comparação é a mais bela de todas nós. – Lice falou a abraçando seguida por nós.

 

       - Estão todas maravilhosas, as clientes que ficaram mais perfeitas em todas que eu já vi. E olha que a loja tem mais de cinco anos. – Victoria colocou a mão na cintura.

 

       - Obrigada. – mamãe falou.

 

       - Rosalie me diga uma coisa. – olhei nos olhos dela.

 

       - O que você quiser Bella.

 

       - Não tem nada apertado? Principalmente nessa área. – toquei onde eu sabia que não poderia ter nenhum tipo de pressão.

 

       - Não doutora. – rimos – falando sério Bella, tá tudo certo, a saia não é bem de couro, assim não aperta e a blusinha não sei se você reparou, mas só é de amarrar até a altura do busto. – virou de costas.

 

       - Já que você diz. Ah e os saltos? – apontei para a bota mortal.

 

       - Tá tranquilo também, qualquer coisa eu a retiro.

       - Já acabou a sessão Rose vai a obstetra? Podemos ir? – Lice falou risonha.

 

       - Agora podemos. – falei rindo.

 

   Conversamos por mais uns minutos com Victoria, a mesma nós aconselhou a ir até a casa de Senhorita Agatha, pois a tal mulher era uma mestra na arte da sedução e poderia nos ajudar a como se comportar em uma despedida, já que ninguém sabia direito o que teria.

 

       - Quer dizer então que não iremos mais ao salão? – mamãe estava confusa assim como eu.

 

       - Não mãe, a Alice acabou de decidir que teremos que aprender sobre a arte de se comportar em uma festa com homens sarados e totosos. – Rose falou calmamente.

 

       - É mãe nós precisamos estar mais do que perfeitas nesse dia tão glorioso. Temos que brilhar mais do que qualquer mulher dessa cidade e principalmente melhores que Tânya. – me deu enjôo só de ouvir o nome daquela bruaca.

 

       - Ainda não entendo porque ela é da família. – fiz bico e cruzei os braços.

 

       - Fazer o que né filhota, tinha que ser sobrinha de Carlisle. – mamãe falou tranquilamente.

 

       - Mãe eu achei que você gostava dela. – Alice falou olhando rapidamente para ela.

 

       - O dia que eu gostar da Tânya, por favor, me internem. Ela vivia se oferecendo para Carlisle, isso por que era sobrinha, SOBRINHA, imagine se não fosse . – falou revoltada – Quase morri quando meu filho lindo, meu bebê inventou de namorar ela.

 

       - Mãe o Ed nunca foi namorado dela, quer dizer, foi e não foi. – Alice se enrolou nas palavras.

 

       - Ah vamos falar a verdade para o loiro ela era só um divertimento. – Rose como sempre muito franca – apenas um brinquedinho que ele usava e jogava fora.

 

       - Não importa o que ela era dele, mas foi um desgosto quando fiquei sabendo dos dois. – eu continuava calada no banco da frente, falar da prima querida era algo que eu não gostava.

 

       - Eu ainda quero saber quem teve a idéia genial de colocar laxante no suco dela. – Alice falou pensativa – acho que daria um prêmio pra a mente maligna.

 

   Esme desatou a rir, não entendemos nada, ela não parava, começou a ficar vermelha, depois roxa, se afogou e nada de parar. Rose batia em suas costas desesperadamente e a abanava sem obter resultados, desesperada mandei Alice encostar o carro para acudirmos mamãe.

 

       - Bella você é médica, a faça parar! – Alice me chacoalhou.

 

       - Alice eu sou médica, e a medicina ainda não inventou um método para fazer as pessoas pararem de rir. – eu ajudava a loira abanando mamãe.

 

       - Pelo menos tente a desafogar, porque tá difícil, não dá para saber se ela tá rindo ou se engasgando.

 

       - Vou fazer então a manobra Heimlich é a única que poderia resolver nesse momento. – me posicionei atrás de mamãe e inclinei  levemente o corpo dela.

 

       - Eu... não...eu...não – tentava dizer mais não conseguia.

 

       - Definitivamente está engasgada. – Rose concluiu – vamos Bella, a ajude.

 

       - Eu...não...eu...não...

 

  Eu não pensei duas vezes, fechei minha mão direita em punho, coloquei meus braços ao redor de mamãe, agarrei o punho que estava fechado com a outra mãe, coloquei as duas entre o umbigo e o osso externo do tórax.

 

       - Não se preocupe mamãe eu vou te desafogar. 1...2...

 

       - Eu...não...eu...não...

 

       - 3! – fiz um movimento rápido para dentro e para cima, assim fazendo ela... cuspir o chiclete?

 

       - MEU CHICLETE! – falou brava.

 

       - Mamãe a senhora desafogou. – Lice e Rose a abraçaram pela cintura.

 

       - EU NÃO ESTAVA AFOGADA! – como?

 

       - Hã? – perguntamos juntas.

 

       - É eu não estava engasgada, apenas estava rindo, mas vocês acabaram com a minha crise de riso e ainda me fizeram perder meu precioso chiclete de melancia.

 

       - Desculpa mãe. – abaixamos a cabeça.

 

       - Relaxa, agora já foi mesmo. – voltou a rir.

 

       - Mais caramba o que tanto a senhora acha engraçado dona Esme? – Rose falou com a mão na cintura.

 

       - Fui eu!

 

       - Foi você o que? – perguntei sem entender.

 

       - Que colocou laxante no suco. – continuou a rir e nós nos encarávamos incrédulas.

 

       - Mãe foi você a mente maligna que deixou Tânya três dias no hospital com diarréia? – Alice perguntou chocada.

 

       - Sim. – respondeu entre risos – foi a coisa mais legal que fiz em toda a minha vida, nunca que quando pequena meu pai me deixaria fazer isso com uma de minhas primas, então quando aquela coisinha começou a se envolver com Edward e se insinuar para os meus meninos; resolvi dar um jeito na bendita.

 

       - Mamãe você é má! – Rose colocou uma mão sobre o coração e sorriu torto.

 

       - Ok essa eu não esperava Dona Esme. Esperava de Emmett, mas não da senhora. – falei sincera.

 

       - Qual é filhinha, eu sei que você amou a minha idéia. – se gabou.

 

       - Ta bom dona Esme a Bella adorou sua idéia, assim como eu, agora, por favor, vamos voltar para o carro temos muito a fazer. – Alice nos empurrou de volta ao automóvel.

 

       Lá fomos nós novamente para a tal casa de sedução. Vê se isso é nome para se dar a um lugar. Se tratando de Alice tenho até medo da tal casa, magina se é algum pardinheiro qualquer, com uma mulher  gorda e com verruga? Tá eu estou fazendo a descrição da bruxa do João e Maria, mas vai saber.

 

       - Alice você sabe que lugar é esse ou só está indo por que a atendente falou? – Rose como sempre a mais desconfiada.

 

       - Não faço a mínima da onde seja, mas já que a tal Victoria falou resolvi ir até a tal da senhora Agatha. – deu de ombros.

 

       - Filha e se não for o que pensamos? – Esme falou preocupada.

 

       - Alice, Alice, parece que você ainda não aprendeu, mesmo com a lição de ontem. – falei descontente.

 

       - A gente relaxa. Cada aquele espírito aventureiro? Vamos lá liga o rádio e rebola o popozão. ABSTRAI! – berrou.

 

       - Você não tem jeito. – a loira balançou a cabeça.

 

   (Música: http://www.youtube.com/watch?v=ayYRk-UkXic / Telephone - Gaga feat. Beyonce )

 

       A baixinha ligou o som no ultimo volume, Lady e Beyonce, não tinha um que passasse ao lado do carro que não olhasse com cara de quem viu ET. O pior de tudo foi que Esme se animou e começou a rebolar junto com Alice que fazia zig e zag na pista por conta da musica. Rose e eu estávamos quase roucas de tanto gritar, sem brincadeira nenhuma se os outros carros não desviassem teríamos batido em no mínimo seis.

 

       Nunca aprendi tanta variedade de palavrões e cantadas, sério, os que nós não batíamos mandavam aquelas cantadas toscas, e os que tiveram de desviar para o acostamento xingavam sem dó nem piedade. Mamãe estava como sempre feliz, não é a toa que ela é mãe de Alice, porque vamos concordar as duas tem uma energia de dar inveja, ô mulheres para nunca desanimarem.

 

   Antes de chegar a Port Angeles, viramos em uma ruazinha estreita e sem movimento, segundo a balconista ruivona no final da ruela estaria a tal casa de truques femininos. Agora se me perguntarem o que quer dizer casa de truques femininos, não saberei responder, suspeito que seja algo proibido para menores de oitenta anos acompanhada pelos pais, mas beleza.

 

       - Chegamos! – desceu do carro feliz.

 

       - E lá vamos nós de novo. – sussurrei e a grávida riu.

 

       - Vamos ter fé Bella, ainda mais que hoje é um dia importante para ela, sei que está desconfiada, assim como eu, a final ontem já nos metemos em uma encrenca sem tamanho e por causa da mesma baixinha. – passou os braços sobre meus ombros – Hoje é um novo dia, como diz a pequena: “ vamos usar o lado aventureiro.” – rimos e seguimos até a recepção.

 

       - Qualquer coisa eu trouxe minha caneta. – falou mamãe. Eu gargalhei com gosto e a abracei de lado. Essa era aminha mãe.

 

       - Oks Esme, será bem útil. – Rose riu.

 

   Alice foi a primeira a abrir a grande porta de vidro com desenhos em dourado, o local era muito bonito, todo sofisticado, decoração nas cores creme e branco, apresentava moveis altamente refinados. Aparentemente era um lugar muito bom para se frequentar, era um SPA, sim essa era a minha definição para aquela construção. Os jardins de entrada encantaram tanto a mim como Esme.

 

       - Bom dia! Sejam bem vindas à casa de dona Agatha, sou Heidi, no que posso ajudar?  - falou uma moça sorridente.

 

       - Olá sou Alice Cullen, Victoria me indicou esse local para que nos preparássemos para a minha despedida de solteira. – sorriu.

 

       - Pelo visto não tem hora marcada. – riu um pouco – tudo bem se vocês foram indicadas pela Vic é porque são especiais e com toda certeza nossa patroa ficara feliz em recebê-las.

 

   Então a recepcionista discou alguns números e começou a falar com uma mulher, deveria ser a tal de Agatha. Eu ainda olhava para todos os cantos da grande casa, era uma arquitetura tão harmônica que me deu até vontade de colocar minha casa no chão e reconstruí-la.

 

       - Também gostei do local, quando você se casar nós vamos fazer seu dia de noiva aqui. – Esme deu uma batidinha no meu braço e foi até Alice.

 

   Oks agora eu senti uma indireta, bem direta, ela quis dizer que eu to ficando velha e preciso me casar. Eu senti que era isso, ou não? Tá eu to começando a ficar bitolada com esse negocio de casamento. E se eu ficar para a tia?

 

       - BELLA! Presta atenção. – Alice me deu uma cotovela nas costelas.

 

       - Ai Lice! – passei a mão no local da batida – o que você quer?

 

       - Desculpa querida é que eu perguntei seu nome após me apresentar. – falou uma mulher de cabelos loiro platinado.

 

       - Eu que peço desculpas, sou Isabella, Bella. – estendi a mão e ela apertou.

 

       - Então me sigam minhas queridas quero lhe mostrar o local onde conversaremos melhor e depois mando meus assistentes porem em pratica as melhores técnicas de relaxamento que temos.

 

   A seguimos  por um corredor todo ornamentado, Rose, Alice e Agatha conversavam animadamente sobre viagens, produtos de beleza e homens. Esme e eu continuávamos a olhar para a arquitetura, assim como mamãe eu admirava a arte de decorar ambientes.

 

       - Por favor, sentem-se. – nos apontou o sofá de uma grande sala.

 

       - O que exatamente temos que aprender Agatha?. – Lice parecia uma pipoca, não parava de pular.

 

       - Então... como foi Vic que as indicou meu “SPA” – fez aspas no ar – devo prever que tenho de trabalhar com modo de ser sensual sem ser vulgar. Lógico que toda mulher sabe ser desse modo, porem aposto que tenho segredos que nem mesmo a matriarca da família Cullen imagina. – sorriu para Esme.

 

       - Seja mais clara. – falei.

 

       - Vamos melhorar como andam, ou como falam. Coisas básicas, pois pelo que sei as mulheres Cullen’s são as mais sofisticadas da cidade. – sorriu torto.

 

       - Magina. – Esme fez uma careta.

 

       - Estou falando sério, já tive varias mulheres que vieram até aqui querendo saber o segredo das senhoritas, porém nunca tive o prazer de conhecê-las, portanto não sabia responder. Pelo que vejo o ponto forte de vocês é a felicidade. – todas sorriram – viu acertei. – falou rindo.

 

       - Isso é estranho. – loira comentou.

 

       - Sabe o que é mais engraçado? Como elas tentam copiar vocês em tudo, teve uma que até me perguntou se eu não tinha uma fantasia de Esme Cullen. – a sala foi só gargalhadas.

 

       - Tá podendo heim mamãe. – falei fazendo cócegas nela.

 

       - Eu posso meu benhê, sou uma Deeva! – Agatha também riu, apesar de não saber o que ao certo seria DEEVA.

 

       - Bella querida, já tive muita mulher querendo ser você. – levantei uma sobrancelha – sim minha menina, principalmente uma faxineira que veio no inicio do ano que diz que queria aprender a trombar com homens bonitos como você. Não entendi ao certo, mas tentei ajudar. – eu gargalhei me lembrando da faxineira do hospital.

 

       - Pois é Agatha, esse ser temperamental conseguiu seduzir meu irmão, e olha que eles brigavam muito. – Alice disse rindo.

 

       - Creio que não tenho muito o que ensinar a vocês, são peritas no assunto, principalmente a senhorita Rosalie.

 

       - Ah nisso você tem razão. – falei rindo.

 

       - Besta! – jogou uma almofada em mim – me desculpe, mas tem horas que ela fala demais.

 

       - Não se preocupe tudo que aqui ocorrer, aqui ficará. Me diga querida de quantos meses está? Creio que uns seis  ou sete. – falou analisando.

 

       - Sete. – sorriu que nem boba.

 

       - É incrível como mesmo grávida consegue ser tão bela, até mais que antes. – falou admirada – chega de papo furado quero ensinar como se portar na despedida de solteira, brincadeiras e coisas do tipo. Já te contaram que a noiva tem que fazer um strip na festa? – perguntou e Alice arregalou os olhos. Eu e as meninas seguramos o riso.

       - Na...não. tem necessidade? – perguntou desesperada.

 

       - Quer um conselho criança? – assentiu – deixe os presentes de sua família por ultimo, assim poderá ficar vestida. – piscou.

 

       - Faz sentido. – refleti.

 

       - Todo o sentido. – sorriu para mim.

 

       - Me mostrem as roupas que compraram na loja da Vic, quero ver.

 

   Conversamos por um bom tempo com Agatha, ela era uma pessoa muito legal, nada parecida com a dona Abrilinha do dia anterior que quase nos matou. Ela nos ensinou coisas simples. AH! eu aprendi também como se dança Pole dance, isso é mágico. Qual é? Eu gostei tá bom? Algum problema? Acho bom mesmo. Hump.

 

       - Creio que a minha parte acaba por aqui, Heidi ira acompanha-las até a casa de banho, poderão relaxar e depois se arrumarem. Temos uma equipe de profissionais experientes nesse tipo de coisa. E desejo ver como ficaram antes de irem embora. – sorriu calorosamente – Heidi, antes de irem embora, por favor, as coloque na sala de Pole que quero ver Bellinha dançando e as outras meninas como ficaram, sim?! – mais afirmou do que perguntou.

 

       - Sim senhora. Podemos ir agora Agatha? – perguntou para a dona.

 

       - Pode sim querida, tenho que acertar algumas coisa na cidade e quando voltar me encontro novamente com vocês. – sorriu e acenou – HEIDI! CADE MEU CASACO?. – gritou do corredor.

 

       - Esperem aqui, já venho, antes que ela me mate.

 

       - HEIDIIIIIIIIIIIIIIIII ! – oks a mulher era do tipo que é um amor, mas não pode ser contrariada.

 

   A coitadinha correu até um armário, pegou um sobretudo e saiu correndo em direção a porta que levaria ao corredor. Nós na sala nos entreolhamos e eu dei de ombros. Tão rápido como foi heidi voltou começou a contar um pouco sobre a patroa e nos levou até uma área cheia de banheiras, pra mim aquilo eram piscinas, mas tá valendo.

 

   Tinha uma para cada, fiquei ao lado de Rose de frente para mamãe a na diagonal com Alice. Passou alguns minutos e então o sistema de massagem foi acionado, fazendo com que a água borbulhasse e formasse pequenas ondas. Não demorou muito tempo e umas mulheres vieram até nós com óleos naturais e coisas para comer. A quantidade de sais na água aumentaram e moças começaram algum tipo de ritual da beleza.

 

       Alice se sentia uma deusa, mamãe relaxa, Rose aproveitava o tempinho de calmaria para acarinhas sua barriga e eu divaga por tudo que houve em minha vida, eu estava feliz e isso era fato. Nunca me senti tão completa em toda a vida, tanto como pessoa como em alma. Edward e sua família me levaram para o mundo deles, me libertaram dos fantasmas. Todos me protegem, me ensinaram que sempre existe mais uma chance, nem a vida e nem a morte pode nos separar, até porque dessa vez eu morreria se perdesse um deles.

 

   Já era difícil antes lidar com a morte de meus pais. Imagina se alguém dessa nova família se fosse? Mesmo que por um pequeno estado de tempo. Confesso que tenho medo de toda essa perfeição acabar um dia, desde pequena aprendi a superar as perdas, mas creio que não aguentaria mais nenhuma perda. Meu coração que no momento esta em sintonia com o meu corpo, não aguentaria uma decepção. Temo mais por mim e Edward, já que tenho plena certeza que meus pais e irmãos não teriam motivos para me deixar, mas ele eu não, apesar de nos amarmos, sei que não sou a mais linda da face da terra ou a mais gostosa.

 

   Edward sempre foi um galinha, isso é uma verdade incontestável, contudo me amava. Sabe de uma coisa é melhor eu parar de pensar besteira, isso só faz mal a mim mesma. Eu deveria pensar em como aprendi a viver, esse pensamento sim me fazia bem. Hoje minha vida é uma folha mais organizada, antes eu tinha uma pagina toda rabiscada, com muitas ideias confusas e teorias desconexas, porém agora tive uma nova chance de passar tudo a limpo e me renovar. Um novo ser. Felicidade, minha palavra do momento.

 

       - Vamos filha? – mamãe falou perto de onde eu estava.

 

       - Nossa nem reparei que elas já tinham ido. – falei olhando para os lados.

 

       - Percebi. – riu – Vem bebê precisamos ficar lindas. – me deu um beijo na bochecha.

 

   Lá fomos nós para um salão, mais uma sessão bonecas. Penteados, maquiagem, unhas arrumadas e por fim as roupas. Maravilhosas única definição para nós. Seguimos até a sala de Pole, como Agatha tinha mandado. Fiquei com vergonha de dançar aquilo com aquela roupa.

       - Vamos criança, não se envergonhe quero te ver arrasando. – a loira platinada falava c om seu olhar “compreensivo”.

 

(Só para quem realmente quiser ver, Oks? Esse é o campeonato de Pole que teve nos EUA e achei que quiser ter uma ideia do que a Bella fez pode olha.

http://www.youtube.com/watch?v=Qkk0ZmBfoYs&feature=related )

 

    (Música: http://www.youtube.com/watch?v=hOvgR_mWGco  / Bring Me to Life – Evanescence )

 

   Comecei com movimentos lentos acompanhando a música e conforme acelerava o ritmo, meus passos eram mais rápidos. Era engraçado como eu me soltei fazendo isso, não tinha ninguém ao redor apenas eu e minha dança. Creio que fazer ballet quando pequena tenha me ajudado, mas o principal foi como gostei. Momento único, uma vez na vida e uma na morte. Na ultima nota deslizei até o chão e fechei os olhos. Ouvi aplausos.

 

       - Foi a dança mais graciosa que vi em toda a minha vida. – Agatha tinha os olhos brilhando.

 

       - É minha filha! É minha filha! Tudo isso herdou da mamãe. – me abraçou – mandou muito bem, estou orgulhosa de você. – sussurrou em meu ouvido e eu a abracei com força. Fazia tempo que não ouvia alguém dizer que tinha orgulho de mim.

 

       - Vamos meninas, quero a Bella se apresentando na minha despedida de solteira. – Alice pulava.

 

       - Não vou fazer mais isso Lice, nem que me implore, aconteceu uma vez e morreu. – falei enlaçando minhas mãos com a de mamãe.

 

       - Ah nem eu sonho! Até eu quero te ver dançando na despedida de solteira. – Rose declarou.

 

       - Esqueçam nem em sonho. Vamos logo está na hora.

 

       - Quero dizer uma coisa minha queridas. – Agatha passou seu braço direito sobre meus ombros e o esquerdo pelos de Rose - QUE A FORÇA ESTEJA COM VOCÊS!!! – rimos e como bobas fizemos aquele tradicional comprimento que as cheerleaders fazem.

 

   Chegamos na recepção e homens muito gatos nos esperavam com a porta do carro aberto, como nenhuma de nós queria sair com aquelas roupinhas de couro e verniz Agatha nos deu quatro sobretudo magníficos. Mais um para a minha coleção lálálá.  Lógico que a conta de todo esse dia seria uma fortuna, mas quem liga? A noiva é uma das mais rica da cidade Forks mesmo.

 

       - Gente, gente, olhem os celulares. – Rose falou divertida.

 

   Cada uma abriu a bolsa, já que dessa vez quem estava dirigindo era um homem saradão. Como eu sei isso? Fácil o cidadão estava sem camisa, apenas de calça social, sapato e uma gravata borboleta; ele era um dos contratados para a “festa”. Olhei meu celular e para minha surpresa, tinha cento e vinte e três chamadas de Edward, fora as cinqüenta e oito mensagens do tipo: “ cadê você?”, “ Bella me responde.”, “ISABELLA SWAN CADE VOCÊ? ESTOU PREOCUPADO! Me ligue” tá eu to com dó dele, tadinho do meu bebê.

 

       - Cento e doze. – falou Lice.

 

       - Cento e quinze. – Rose.

 

       - Cento e dezenove. – mamãe.

 

       - HÁ! Ganhei, cento e vinte e três e cinqüenta e oito mensagens. – falei rindo.

 

       - Edward como sempre o mais exagerado. – Rose riu.

 

   Fomos conversando coisas banais, rimos pra caramba, o motorista só olhava pelo retrovisor e ria junto. O local onde seria a despedida não aparentava ser uma casa de strip, parecia mais um salão de festa, porém com a entrada iluminada por uma luz vermelha. O som estava alto, ensurdecedor, sorte que o estabelecimento era cercado pelo nada.

 

       - Senhoritas sou Jane a organizadora do evento, quem é Alice? – perguntou olhando para nós.

 

       - Eu! – a baixinha deu um passo a frente.

 

       - Perfeito. A entrada será da seguinte forma. Na hora que as portas de abrirem uma musica nova começara tocar, vocês tiraram o sobretudo e desfilaram até o centro. Todas as convidadas já estão presentes. Vamos. – ela não deu nem tempo para resposta.

 

   Fomos rebocadas até a entrada principal, ela foi para uma entrada lateral e anunciou que as estrelas da festa tinham chegado, Rose bufou ao meu lado, e em seguida uma nova musica começou a tocar e as portas foram abertas. Como não queríamos magoar Alice que estava radiante fizemos como instruído.

 

   (Música:   http://www.youtube.com/watch?v=73z_CI1Ic9U / Bottle Pop - The Pussycat Dolls )

 

   As portas se abriram, cada uma tirou seu sobretudo lentamente, tinha um go go boy para cada uma, eles pegaram os casacos e nós continuamos andando e rebolando como Agatha nos instruiu. Tá éramos perfeitas Deevas, as mulher, principalmente Tânya, olhava com inveja. A-D-O-R-O!

 

   EDWARD POV.

 

   Eu já estava mais do que irritado, acordei e encontrei a cama vazia, não só a cama como a casa também. Nesse exato momento já eram dez e meia da noite e nada da minha mulher voltar para a casa. Para procurar uma solução para isso convocamos uma reunião na casa principal.

 

       - Calma filho você vai furar o chão desse jeito.

 

       - Pai não tem como ficar calmo! Emmett pare com esse barulho irritante. – ele ficava apertando freneticamente a caneta, aquilo estava me irritando profundamente.

 

       - Me desculpa mano, eu to nervoso. – falou passando as mãos no cabelo.

 

       - Aposto que elas aprontaram e fizeram a maldita despedida de solteira. – Jazz balança o pé – Alice não desistiu, conheço minha baixinha, quando coloca uma coisa na cabeça, custa a tirar.

 

       - Emm você lembra o endereço que a mana falou ontem? – perguntei com esperança.

 

       - Não Ed, desculpa cara. – falou triste.

 

       - EU LEMBRO. – papai deu um pulo do sofá – o meu povo não é difícil achar se esqueceram que aqui só tem um lugar para fazer esse tipo de coisa?

 

       - Caramba como fomos estúpidos, é lógico estamos na cidade do único então só pode ser naquele lugar...

 

       - Na Red Jasper. – Emmett completou.

 

       - O que estamos esperando? – sorri torto.

 

   Voamos até o carro, dei partida no meu bebê, destino: Red. Preciso ir buscar a minha mulher.  Já tinha bolado um plano maquiavélico na minha mente, era hoje que as meninas aprenderiam a não contrariar um Cullen. Já estávamos quase na entrada da boate, estacionei um quarteirão antes para ninguém perceber.

 

       - Já sabem o que temos de fazer? – perguntei só para confirmar.

 

       - Sim capitão! – rolei os olhos.

 

       - Menos Emm, menos. – falou o loiro de farmácia.

 

       - Que seja. – balançou a mão – meninos a porta que eu falei é do lado direito. Tem a entrada principal e essa que é para funcionários, porém eu duvido que tenha alguém lá.

 

       - E se tiver? – papai tirou as palavras da minha boca.

 

       - Daí deixa comigo. – falou sorrindo torto. Marca dos Cullens.

 

   Andamos bem quietinhos até o local, a musica era algo ensurdecedor. Tocava uma Pussycat Dolls, pelo visto as musicas seriam do nível “sou sedutora”.  Interessante. Chegamos até o muro lateral e espiamos a tal entrada; dois armários estavam plantados lá.

 

       - Duvido que tenha alguém lá. – Jazz imitou o urso.

 

       - Papai preciso do senhor. - apontou para o pai.

 

       - O que você vai fazer com ele? – entrei na frente, tá o papai não precisava de proteção, mas estávamos falando do Emmett.

 

       - Relaxa Edzão, ele vai andar comigo, porém cair no meio do caminho, enquanto eu peço ajuda dos armarinhos e você entram, o plano do Edward continua normalmente, Oks? – impressionante.

 

       - Tem horas que você me orgulha. – Jazz bateu no braço do grandão.

 

       - Eu sei que sou demais, agora vai miojinho.

 

   Lá se foram para a frente do local, eu e Jazz observávamos. Carlisle fingiu que caiu e soltou um berro. Emmett fingiu desespero e correu até os caras, que pelo visto eram muito gente boa, ajudaram na hora. Bati no braço de Jasper e corremos discretamente até a tal entrada. Assim que abri a porta de vidro vi a visão do paraíso; Bella estava com uma bota até o joelho e um vestido com a parte de cima em couro e a parte de baixo em pano. Curto, muito curto, algo que devo dizer que mexeu com meu lado não muito cavalheiro.

 

       - Edward vamos tentar não olhar, Oks?! – Jasper estava tenso ao meu lado.

 

       - O..oks.

 

   Respirei fundo, entramos atrás de um pano que parecia cortina e esperamos até um dos semi-nus passar por perto. Dois deram bobeira e foi nossa deixa para arranjar as roupas necessárias.

 

       - Dançou querido. – falou Jazz depois de meter um soco no coitado do cara que desmaiou – coloca rápido essa roupa Edward.

 

       - Terminei. – coloquei a gravatinha – agora  precisamos ir ao camarim e pegar roupas para Emm e papai.

 

       Ele assentiu, passamos pelo canto para ninguém nos reconhecer. Abaixei ainda mais o boné de policial que eu estava usando, Jazz fez o mesmo com o dele, que era do exercito. Sim estávamos fantasiados. Andamos até uma portinha que um cara vestido de padeiro (?) tinha acabado de sair.

 

       - É aqui. – falei a Jazz.

 

       - Cara quem se veste de padeiro? – rimos baixo.

 

       O local tinha fantasia de tudo quanto é jeito, pegamos uma maior para o grandão e uma de tamanho médio para  Carlisle. Olha que ironia a fantasia do papai era de médico, Jazz riu ao reparar. Emmett teria que se contentar em se vestir de bombeiro.

 

       - Como vamos entregar as roupas?

 

       - Creio que Emm já deu um jeito de se livrar deles. – era o que eu esperava.

 

   Passamos novamente pela parte de trás da cortina e chegamos à porta lateral. Olhamos para um lado e para o outro nada dos dois, até que ouvimos um assobio; Emmett. Ele acenou para nós, para não correr o risco de não entrarmos mais Jazz correu até os dois e entregou a roupa enquanto eu continuava na festa. Assim que voltou, deu o recado deles.

 

       - Papai e Emmett amarraram os caras no poste, daqui a pouco voltam, falaram para esperar para podermos atacar.

 

       - Tudo bem. Eles foram se trocar no carro?

 

       - Sim, sim. – assenti – Elas estão lindas, né?! Principalmente a Alice com esse vestidinho vermelho. – suspirou.

 

       - Se liga garoto! Ela é minha irmã. – bati na cabeça dele.

 

       - Desculpa. – falou passando a mão no local.

 

       - Chegamos. – papai colocou a mão em meu ombro.

 

       - Gente eu sou um bombeiro. Olhem para mim. Alguém quer ver a minha mangueira? – falou contente.

 

       - Por favor, me poupe dessa tortura mano. – balancei a cabeça – agora é a nossa hora, cada um chega na sua mulher dança um pouquinho e depois vaza, isso não é ambiente para el..

 

       - ATÉ QUE ENFIM ACHEI VOCÊS! – esbravejou uma loirinha.

 

       - Até que enfim nos achou? – perguntei.

 

       - Claro. Vocês são os próximos a se apresentar. Vamos, já era para estarem no palco. – estamos ferrados.

 

   A mulher nos rebocou até o tal do palco e não perdeu a oportunidade de dar um apertão na nossa bunda. Emmett berrou que estava sendo estuprado, mas a tia nem ligou pelo contrario riu, ou melhor, gargalhou.

 

       - E agora o que a gente faz? – papai perguntou aflito.

 

       - Não sei. – passei a mão no cabelo, sinal de nervosismo.

 

       - Eu não sei dançar! Eu não sei dançar! To sentindo uma palpitação. Ô meu Deus é o meu coração ele vai parar. – Jazz estava em desespero.

 

       - Cala a boca seu marica. – Emm com sua sutileza tacou a mão na cara de Jazz que parou no mesmo instante – a bagaça é a seguinte, dança conforme a musica. – falou naturalmente.

 

   (Música: http://www.youtube.com/watch?v=AO43p2Wqc08  / Macho men – Village People )

 

    Na hora que a musica começou a tocar quase tive um ataque, não creio que terei de dançar uma coisa daquelas. Fomos até a frente do palco, por sorte quando pequeno nós dançamos essa canção por zuação, quando as meninas foram ao shopping. Emmett me olhou e olhou para os outros.

 

       - É hora do show!

 

   Começou a rebolar conforme o ritmo e nós acompanhamos, as meninas estavam sentadas em poltronas bem na frente. Bella me encarava, sem saber que era eu, a coitada estava quase babando. Viramos de costas e rebolamos, elas não gritaram, berraram. Resolvi descer e pegar minha amada pela mão, os meninos me seguiram.

 

       - Me acompanha senhorita? – sorri torto, porém com a cabeça baixa, deixando o boné tampar meu rosto parcialmente.

 

       - Er... que Edward não veja isso. – colocou sua mão sobre a minha. Eu ri e a virei de costas para mim.

 

       - Se você soubesse o quanto está sedutora nessa roupa. – beijei-lhe no pescoço.

 

       - EDWARD?! – tentou se virar.

 

       - Fala baixo Bella, quer que Alice me expulse daqui? Se bem que se eu tiver de ir embora papai e meus irmãos também teriam de ir. – ri e ela também.

 

       - Como vocês entraram aqui? E os seguranças? – continuávamos a dançar.

 

       - Estão amarrados no poste. – a virei para mim.

 

       - Não creio que vocês fizeram isso. – me olhava desacreditada.

 

       - Você acha que eu deixaria minha mulher nesse lugar? – perguntei sério.

 

       - Deixa de ser ciumento Edward. – falou irritada.

 

       - Só estou cuidando do que é meu. – falei sério.

 

       - Você está sendo possessivo, é diferente.

 

       - Não vou discutir com você aqui Bella. – me irritei também.

 

       - Até porque se você armasse um barraco aqui eu te mataria. – sua voz exalava verdade.

 

       - Por que? A senhorita tem medo do que? Dos Gogo Boys não querem mais nada com você? – sim eu estava com ciúmes.

 

       - Deixa de ser idiota Edward. – bateu no meu braço.

 

       - Agora eu sou o idiota?

 

       - É! – cruzou os braços.

 

       - Vem comigo. – a puxei pelo braço discretamente.

 

       - O que? Onde vamos? – perguntou tentando se soltar.

 

       - Vem comigo Bella. – falei possessivo.

 

   BELLA POV.

 

       - Vem comigo Bella. – falou possessivo.

 

   Antes de sair notei que as meninas também estavam se estranhando com os “ fantasiados” delas. Pelo visto perceberam, assim como eu, que eram os meninos. Edward continuava a me puxar em direção ao Volvo.

 

       - Que droga! Da para me soltar? – falei impaciente.

 

       - Entra logo Bella. – abriu a porta do carro. – bufei e cruzei os braços.

 

       - Vamos para a casa. – ligou o carro e deu meia volta.

 

       - Minha casa não é desse lado, é do outro. – sim eu falei para provocar.

 

       - Que seja, vamos para a MINHA casa então.

 

       - Eu não quero ir para a sua casa. – me virei no banco – observei a chuva fina que caia.

 

  (Música: http://www.youtube.com/watch?v=S97MaG3kOMY&feature=related / I hate this part – The Pussycat Dolls )

 

   Chegamos em tempo recorde a casa. Edward me fez sentar no sofá e sentou na mesinha a minha frente, me olhava com ódio, passava a mão no cabelo o tempo todo, sinal de nervosismo, estava começando a ficar angustiada com todo aquele silêncio, ele não falava nada só olhava.

 

       - Bella você tem noção do que você fez? – me perguntou sério.

 

       - Edward eu não tava fazendo nada. Apenas me divertindo com minhas irmãs e minha mãe, apenas dançando. - do nada ele levantou e gritou.

 

       - DANÇANDO? Você não tava dançando você tava querendo se aparecer para aquele tanto de macho que tinha lá. – balançou a mão.

 

       - Eu ainda não to entendendo o motivo de tanto ciúmes. Edward, eu não fiz nada e nem pensava em fazer. – falei sincera.

 

       - E essa roupa, se é que pode chamar isso de roupa. E esse pedaço de pano que você ta usando? – apontou para meu vestido.

 

       - Pare de gritar comigo, não fiz nada, deixa de ser tão ciumento você sabe que eu te amo. Deixa de implicar com a minha roupa, é só uma fantasia. – também estava alterada - você esta me magoando ao gritar, nunca te dei motivos pra sentir desconfiança, porque tudo isso agora? – perguntei me levantando.

 

   Edward começou a caminha de um lado pro outro, até que parou na minha frente e falou:

 

       - Tem razão meu amor desculpe-me. Só que eu não gosto nem de imaginar outra pessoa olhando pra você. – tinha pesar em sua voz.

 

       - Não, eu não te desculpo. Você me magoou sendo que não fiz nada. –estava indignada. Fui caminhando em direção as escadas quando Edward me puxou, fazendo com que ficasse colada em seu corpo.

 

       - Você vai me desculpar sim. Por bem, ou por mal, além do mais sei que já me desculpou há muito tempo; só esta fazendo charme. – falou convicto.

 

       - Tente alguma coisa pra você ver. – estava séria.

 

       - Não me subestime Bells. Você sabe que não resiste aos meus encantos. – sorriu torto.

 

   Bufei e sai rebolando, queria subir a escada novamente, porém ele me puxou para seus braços. Olhei em seus olhos, como eu poderia ficar brava com Edward Cullen? Impossível. Beijou-me com ternura, seu pedido de desculpas estava claro ali. Terminamos o beijo por causa do maldito ar e ele me abraçou.

 

       - Me perdoa, de coração, me perdoa. – beijou meus cabelos – eu te amo muito, muito mesmo. – me encarou.

 

       - Tudo bem, dessa vez passa. – sorri – mas temos contas a acertar. Não acha senhor Cullen? – sorri maliciosa.

 

       - Com certeza. – me beijou com paixão.

 

   Confesso que no inicio não foi muito legal brigar com ele, mas que a noite acabou em um bom divertimento, ah isso acabou. Melhor coisa é dormir abraçada aquele muso, te dizendo o quanto a ama. Um sonho. Não o trocaria por dinheiro nenhum nessa vida. O amor é o sentimento dos seres imperfeitos, posto que a função do amor é levar o ser humano à perfeição. Como são sábios aqueles que se entregam às loucuras do amor! Eu poderia ter meus defeitos, porém ao lado dele eu era completa, ele era a minha metade.

 

Links:

 

Casa: http://mentalfloss.cachefly.net/wp-content/uploads/2009/05/winchester-house.jpg

 

Sala:  http://img.alibaba.com/photo/249312612/fabric_sofa_combining_sofa_home_furniture_961_.jpg

 

Agatha: http://www.wowowow.com/files/imagecache/300x/devilgetty.jpg

 

Casa de banho: http://www.casinobillionaire.net/artigos/spa%20bellagio.jpg

 

Salão de festa: http://santosesantos.informazione.com.br/cms/export/sites/default/santos/projetos/ar_en/ima_ar_en_e_a/ar_en_-_red_-_03.jpg

 

Bella: http://www.polyvore.com/bella/set?id=16884609

 

Alice: http://www.polyvore.com/alice/set?id=16884692

 

Rose: http://www.polyvore.com/rosalie/set?id=16884558

 

Esme: http://www.polyvore.com/esme/set?id=16885206

 


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Notas finais do capítulo

AMOREEEEEEES!
 
Oi! Oi! Oi! Oi! Estava com saudades. Estava com saudades. (x 1.000)
 
E ai o que acharam do capitulo? Hã? Hoje ele tá maior do que todos que eu já escrevi. Tem ciúmes, as Deevas, o amor do nosso casalzinho e o melhor de tudo EMMETT DE BOMBEIRO! =X
 
Para as minhas princesinhas que não gostam de lemons, eu terminei por aqui, já para as virgens que assim como eu são puras e inocentes (maior mente perva) tem um bônus logo após.
 
Então creio que seja isso. A fic está chegando ao fim, sim mais uns cinco ou seis capítulos daí acaba. To chorando aqui, amo essa fic de coração é como se fosse uma filha para mim, maaaaaaaaas eu e a Paloma estamos com umas ideias e pretendemos que vire fic. Oks?
 
Ah outra coisa; a bagaça é a seguinte, amo muito minhas meninas, portanto esse aviso não é para você, porém irá as afetar. To brava com o numero de reviews, sim muito irritada, só as pessoas que tem ela nos favoritos são trinta e nove, se vocês comentassem, eu ficaria mtmtmto feliz. Só que agora o negocio é o seguinte se não tiver no MINIMO vinte e cinco pessoas comentando eu NÃO vou postar o casamento da Alice assim tão breve, vou enrolar ao máximo.
 
   Poxa cara eu amo tanto vocês. Essa semana quem praticamente me obrigou a escrever foi a Paloma, eu não estava com a mínima vontade de olhar para a fic. Foi ela que me incentivou a continuar, por isso comentem.
 
   Nunca se esqueçam: amo demais vocês.
 
   Beijos Gatonas ;*
 
   P.s: A Paloma também escreveu o pedaço final do capitulo eu apenas mudei algumas coisa, por tanto um obrigada a ela não vai matar ninguém, né?! :]