Like Father, Like Son escrita por themuggleriddle


Capítulo 27
Em outra palavras: eu te amo


Notas iniciais do capítulo

Capítulo para a Mah, que me ajudou com ele em várias coisinhas... hehehe :D


Outra coisa: eu fiz umas alterações no final do último capítulo para poder escrever esse ): Eu só mudei que tipo... ao invés da Emmy e da Eve ficarem na casa dos Riddles durante todo o feriado das festas, elas só ficaram no Ano Novo mesmo (:



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Capítulo 26:

Em outra palavras: eu te amo.

                Emily Derwen havia decidido que aquelas estavam sendo as melhores férias de verão que ela já tivera. Depois de passar o Ano Novo no um vilarejo trouxa em East Rinding de Yorkshire, isolada dos problemas do mundo bruxo e aproveitando cada momento com seu amigo, Tom Riddle, Emmy havia decidido que Little Hangleton era um dos seus lugares favoritos na Inglaterra, perdendo apenas para Hogwarts. Agora, seis meses depois, ela estava de volta na cidadezinha, já que os avós de Tom haviam convidado ela e sua madrinha, Evelyn, para passarem alguns dias lá em Little Hangleton.

                O vilarejo estava diferente da última vez que ela havia estado lá. Dessa vez o céu estava limpo, os campos em volta da cidade estavam bem verdinhos e o clima estava agradável... Bem diferente da paisagem cinzenta e coberta de neve que ela havia conhecido em dezembro. A casa dos Riddles também parecia mais bonita durante um dia ensolarado. A grande sala de visitas ficava linda com a luz do Sol entrando pelas janelas e sendo refletida nas cristaleiras bem organizadas de Mary Riddle ou na superfície bem polida de madeira do bonito piano que ficava no canto da sala.

                Piano... Emily nunca havia pensado que Tom sabia tocar piano, fora uma surpresa para ela descobrir que seu amigo era um ótimo pianista. O jovem Riddle hesitou um pouco quando ela pediu para que ele tocasse alguma coisa para ela, mas acabou cedendo depois que percebera que a amiga não iria desistir de vê-lo tocando tão facilmente.

A menina sorriu para si mesma enquanto observava os dedos longos do amigo dedilharem as teclas do bonito piano de cauda. Emmy estava parada atrás dele, com um sorriso no rosto enquanto ouvia a música – qual música era aquela? Teria que perguntar para o amigo depois – e ficava fascinada com como as mãos do garoto corriam pelas teclas com agilidade.

                - Emmy?

                - Ahm, me desculpe – a música havia terminado e ela nem havia percebido. Rindo, a menina balançou a cabeça e olhou para Tom – Como é que você escondeu o fato de ser um pianista por tanto tempo, Tommy?

                - Você nunca perguntou se eu era ou não – o rapaz deu de ombros – E, aliás, Tommy? Sério, Emmy, nem a minha avó me chama desse jeito.

                - Não? Mas é um apelido tão simpático – ela riu - Ah, vamos lá, Tom, não me diga que você não tem nenhum apelido!

                - Tom já é um apelido.

                - Tom é um apelido que já é praticamente um nome.

                - Certo, algumas pessoas me chamavam de Tommy quando eu ainda estava no orfanato – o sonserino confessou, deixando escapar uma risada sem humor – Uma moça que trabalhava lá costumava me chamar por esse apelido.

                - Oh – Emily parou de sorrir e mordeu o lábio inferior. Tom não se sentia bem de falar da sua vida antes de ir morar com os Riddles, ela sabia disso – Qual... Qual era o nome dela?

                - Martha.

                A garota pressionou os lábios e encarou o amigo. Ela realmente odiava quando aquele silêncio quase constrangedor se instalava entre eles.

                - Então – Tom quebrou o silêncio, virando-se no banco para olhar a amiga, sorrindo – Que tal você tocar um pouco?

                - Merlin, Tom! – a garota se sentou ao lado do amigo no banco e riu – Eu não sei tocar! Você vai me fazer passar vergonha.

                - Claro que não – o sonserino sorriu e posicionou os dedos sobre o teclado – Só veja como eu faço e depois tente repetir.

                Emily concordou com a cabeça e observou o amigo começar a tocar mais lentamente do que o normal para que ela pudesse pegar todos os movimentos. A garota ficou prestando atenção nas mãos do sonserino por um tempo, antes de erguer o olhar para observar o rosto deste. A expressão de Tom era séria enquanto ele tocava, sua sobrancelhas estavam um pouco contraídas e seus olhos estavam fixos na partitura a sua frente. Emmy se perguntou quantas vezes ele já havia tocado aquela música, pois, apesar de estar olhando para a partitura, Tom parecia não precisar nem um pouco dela.

                - Agora você – o rapaz falou, retirando as mãos das teclas.

                - Já? – a menina fingiu uma expressão de tristeza – Mas estava tão interessante ver você tocar! É capaz de eu acabar com o seu piano se eu...

                - Emmy, você não vai acabar com o piano – ele riu – Pare de dizer isso e toque.

                A bruxa resmungou alguma coisa baixinho e posicionou as mãos, tentando se lembrar das notas que Tom havia apertado e em qual seqüência... Talvez ter ficado olhando para o rosto do amigo não tivesse sido uma boa idéia, aquilo não havia ajudado em nada para fixar a música em sua cabeça.

                - Está indo bem – o jovem Riddle sorriu ao ver a amiga acertando as primeiras notas da música, mesmo que estivessem num ritmo bem lento.

                - Está bom? – Emily perguntou, rindo baixinho e olhando para o amigo.

                - Sim, só não... – o rapaz começou a falar, mas foi cortado pelo som esquisito que a lufa fez ao errar algumas notas da música - ... perca a concentração.

                - Eu disse que sou terrível para piano – a menina deu de ombros – É melhor você continuar aí e eu só ficar ouvindo...

                - Não – o garoto a puxou de volta para o banco assim que ela se levantou e riu baixinho – Tente de novo.

                - Mas, Tom...    

                Emily decidiu ficar quieta assim que viu como o amigo a olhava... Quando Tom tinha aquele olhar determinado, era impossível fazê-lo mudar de idéia. Suspirando pesadamente, a bruxa recomeçou a música, tentando não se desconcentrar dessa vez. Um sorrisinho se formou em seus lábios quando ela percebeu que estava conseguindo seguir sem errar nada, mas não demorou muito tempo para que ela atingisse uma parte da composição da qual ela não se lembrava.

                - Ahm, Tom? Acho que eu esqueci o resto da música – ela riu e olhou para o outro.

                Emily sentiu o rosto esquentar ao ver Tom encarando-a com um sorrisinho nos lábios. Vez por outra ela ficava assim quando pegava o amigo a olhando daquele jeito... Não que fosse esquisita a maneira como ele olhava para ela, mas a menina se sentia constrangida de ter aqueles olhos azuis a encarando com tamanha intensidade.

                - Tom?

                - Sim?

                - Como é o resto da...

                A fala de Emmy foi cortada pelo rapaz, que se inclinara para frente e a beijara. Tom a estava beijando... Tom Riddle, o garoto que ela conhecia desde os onze anos de idade, estava beijando-a. A lufa fechou os olhos e retribuiu o beijo, sem ter muita certeza do que estava fazendo. Antes que pudesse perceber, os lábios do sonserino desapareceram de cima dos seus e, quando abriu os olhos, viu o amigo a encarando com os olhos azuis arregalados e com uma expressão meio assustada em seu rosto.

                - Tom?

                O rapaz abriu e fechou a boca várias vezes, como se as palavras estivessem presas em sua garganta cada vez que ele tentava falar, enquanto a garota apenas o encarou, sem saber o que fazer. Aquilo era constrangedor.

                - Tom? - outra voz chamou o jovem bruxo, que se virou rapidamente no banco para olhar quem o estava chamando. Tom Riddle Sr. estava parado na porta da sala, observando os dois com um olhar interrogativo – Vocês estão bem?

                - Estamos ótimos, Sr. Riddle – Emily deu um jeito de sorrir, mesmo sabendo que o sorriso devia ter saído meio trêmulo e não muito convincente.

                - Ahm, que bom – o homem sorriu meio nervoso, antes de se virar para olhar o filho – Sua avó decidiu que quer levar Emily e Evelyn até Hornsea, para elas conhecerem a cidade.

                - Certo...

                - É... Estamos indo para o carro – o Sr. Riddle apontou para a porta de entrada da casa – Esperamos vocês dois lá.

                - Nós já estamos indo, pai.

                ***

                - Vocês moram no paraíso!

                Tom Riddle virou-se para olhar a mulher ruiva que atravessava a areia da praia sem se preocupar em sujar os seus sapatos. Seus pais decidiram ficar na calçada, sentados em um banco e olhando o mar.

                - Onde estão Tom e Emmy? – Evelyn perguntou, levando a mão até o rosto para tampar o Sol e olhando em volta.

                - Foram andar na cidade – ele sorriu – Não se preocupe, não é fácil se perder em Hornsea.

                - É, eu percebi – a mulher riu – Tom estava meio quieto na vinda para cá... Está tudo bem com ele?

                - Claro que sim.

                Os dois ficaram em silêncio, apenas olhando a imensidão azul do mar que se estendia a frente deles.

                - Ontem tinha uma música tocando no rádio – Evelyn finalmente falou, mas ainda sem tirar os olhos do mar – Ela ficou na minha cabeça...

                - Como era?

                A bruxa olhou para ele de relance e deu um risinho nervoso, antes de começar a falar novamente.

                - Somebody else is taking my place, somebody else now shares your embrace while I am trying to keep from crying – a ruiva parou um pouco, tentando se lembrar do resto da letra – You go around with a smile on your face… E eu não lembro do resto da música.

                - Somobody else is taking my place – Tom sorriu – É de uma cantor Americana.

                - Oh, esses americanos estão tomando conta do mundo – ela soltou um muxoxo e riu.

                - A música ficou boa com você cantando.

                - Claro – Evelyn soltou uma gargalhada gostosa.

                - O problema é seu sotaque...

                - Meu sotaque? Você fala do mesmo jeito que eu! – ela riu -  Aliás, nós, ingleses, não temos sotaques... São os americanos que falam esquisito.

                - Nem me diga – Riddle sorriu, balançando a cabeça de leve – Eles falam rápido demais e... Não sei, é estranho.

                - Oh, então você conhece americanos.

                - Sim.

                - Conhece algum bruxo americano?

                - Eu já disse, Evelyn, que você, Emily, meu filho e o professor Dumbledore são os únicos bruxos que eu conheço – o homem explicou – Existem muitos bruxos lá?

                - Bastante... Eles tem até uma escola de magia.

                - Verdade? – o trouxa não pôde deixar de olhar para a mulher com um ar curioso.

                - Sim – ela sorriu – O Instituto de Salém. Não sei se é tão bom quanto Hogwarts, mas ,só por ele existir, significa que os Estados Unidos tem uma comunidade bruxa relativamente grande... E agora muitos bruxos da Europa estão indo para lá por causa das guerras.

                - Entendo.

                Tom olhou em volta, percebendo que os dois já haviam andado o suficiente para sair do campo de visão de seus pais. Voltando a olhar para a bruxa ao seu lado, o homem não pôde deixar de sorrir sutilmente. Evelyn era bonita, não havia dúvida disso... Mas Cecilia também era bonita, quase mais bonita do que a ruiva, mas havia alguma coisa nela que não havia em Cecilia, e ele ainda estava tentando descobrir o que era essa coisa.

                “Sorriso. Cecilia não sorri desse jeito,” Riddle pensou, vendo o sorriso gentil que repuxava os lábios da mulher, “Definitivamente, o sorriso.”

                ***

                Emily havia percebido que, em Hogwarts, Tom evitava falar sobre a sua vida no mundo trouxa, mas, fora do colégio, o rapaz parecia estar sempre querendo mostrar para ela tudo sobre a vida que ele levava em Little Hangleton. Naquele momento, os dois estavam sentados no balcão de uma lanchonete perto da praia porque o amigo queria que ela experimentasse alguma coisa que ela havia esquecido o nome.

                A garota tamborilou os dedos no balcão, vendo que o sonserino estava tentando ao máximo desviar o olhar dela. Emmy teve que rir... Ela sempre achara Tom tímido demais, mesmo que ele conseguisse esconder a timidez quando estava nas aulas ou com os seus amigos da Sonserina, mas, de qualquer maneira, ela gostava desse jeito tímido dele.

                - Aqui está – o homem que estava atendendo eles sorriu e deixou duas garrafas na frente deles.

                - Obrigado – murmurou Tom.

                - Não é nada, Sr. Riddle.

                - Você é famoso por aqui – a menina sorriu enquanto observava o homem se afastar.

                - Cidades pequenas, Emily – o rapaz deu um sorriso nervoso, empurrando uma das garrafas para a amiga – Experimente.

                - E o que é isso? – a lufa perguntou, observando o líquido escuro cheio de bolhas pequeninas que havia dentro da garrafa.

                - Vamos dizer que é meio que um equivalente da Cerveja Amanteigada – Riddle explicou e depois, como se para provar para a outra que aquilo não era algum tipo de veneno, tomou um gole da bebida – Acredite, não é ruim.

                Emmy segurou a garrafa e encarou-a por um tempo, antes de voltar a olhar para  o amigo, que a encarava com curiosidade, parecendo ter esquecido da timidez. A garota deu uma olhada em volta no bar... Além deles no lugar, só havia mais duas mulheres que conversavam animadamente em uma mesa mais distante e um homem que estava agora conversando com o garçom. A bruxa não pôde deixar de notar que uma das mulheres estava tomando a mesma coisa que Tom havia dado para ela e que, atrás do balcão, havia um quadro com a imagem de duas moças sentadas a mesa, uma vendo um jornal e outra bebendo aquela coisa escura e esquisita...

                É, talvez aquele negócio realmente fosse bom.

                - Vai ficar sem gás se você não tomar logo – a voz de Riddle a tirou de seus pensamentos – Quer um copo?

                 - Não precisa – Emily sorriu – É bom que esse negócio seja bom, Tom.

                A bruxa finalmente levou a garrafa até a boca e bebeu um gole da bebida. Ela sabia que a sua expressão deveria estar cômica naquela hora e se conteve para não rir enquanto engolia o líquido gelado, sentindo o sabor doce que ele havia deixado em sua boca... Talvez até doce demais.

                - Pelas barbas de Merlin, isso é muito bom – a menina sussurrou, tomando outro gole – E muito doce... Claro, Cerveja Amanteigada ainda é melhor, mas isso é realmente bom.

                - Eu disse que era.

                - Trouxas... a cada dia me impressionando cada vez mais.

                Emily sorriu ao ver Tom rindo. Parecia que finalmente ele havia parado com aquele jeito extremamente quieto que ele havia adquirido desde que ele a havia beijado na sala de visitas de sua casa, mas ela não sabia se isso era bom ou ruim... Por um lado, o amigo havia voltado a agir normalmente, mas, por outro, parecia que ele havia esquecido o que havia acontecido em Little Hangleton.

                - Tom?

                - Diga.

                - Pergunta estúpida, mas tudo bem – ela murmurou, colocando a garrafa de vidro em cima do balcão e tamborilando as unhas nela – Por que é que você, ahm, hoje mais cedo...

                - Não sei.

                A bruxa ergueu os olhos e se deparou com os olhos azuis do amigo a encarando intensamente, apesar dele estar com cara de alguém que queria poder sumir dali o mais rápido possível. Sem pensar muito, Emmy levou uma mão até o rosto do outro, sentindo a pele dele esquentar enquanto ele corava levemente, e inclinou-se no banco até seus lábios encontrarem os dele. Ela sentiu o rapaz fazer menção a se afastar, mas, como se tivesse repensado a sua ação, ele pressionou os seus lábios contra os dela. A garota sorriu ao perceber que o outro estava dando continuidade ao beijo lentamente, como se estivesse querendo saber se ela realmente queria aquilo... Bom, ela queria...

                O único problema é que havia mais quatro pessoas no mesmo estabelecimento que eles e essas quatro pessoas deviam estar os observando com expressões curiosas ou escandalizadas. O rapaz pareceu ter se lembrado desse pequeno detalhe também, pois se afastou rapidamente dela e olhou em volta para ver se alguém os estava olhando. Realmente, as duas mulheres estavam lançando olhares discretos na direção dos dois e cochichando, mas os dois homens pareciam nem ter percebido o que havia acabado de acontecer.

                - Pelo amor de Merlin – Emily sussurrou ao ver o garoto abrir a boca para falar alguma coisa – Nem pense em pedir desculpas -  ela sorriu e beijou-o rapidamente no canto da boca – Eu gostei, certo?

                Vendo que o rapaz não iria responder tão cedo, a bruxa riu e se levantou, tomando um último gole da bebida que ainda restava na garrafa, antes de ir até a porta do bar.

                - Seu pai e Eve devem estar nos procurando – ela deu uma piscadela e sorriu – Vamos lá na praia atrás deles.

                ***

                Mary Riddle podia ser velha – não, ela não era velha! Sessenta e um anos não era ser velha - , mas não era cega, apesar de ter tido que começar a usar óculos todas as vezes que fosse ler alguma coisa... Bom, de qualquer jeito, ela sabia dizer quando alguém de sua família estava agindo de uma maneira diferente.

                Seu neto, por exemplo, ao sair de casa naquela manhã estava quieto demais e, agora que eles haviam voltado para casa, continuava quieto, mas de um jeito diferente... O garoto não parava de sorrir e trocar algumas risadas com a amiga, Emily Derwen, como se eles estivessem vendo uma coisa muito engraçada acontecer. Sem contar que ela viu quando eles ,por um breve momento, ficaram parados de mãos dadas na varanda enquanto esperavam os outros entrarem na casa.

                Outra coisa que ela havia percebido era como seu filho parecia diferente perto daquela jornalista bruxa. Tom ficava feliz, mas não o feliz de quando ele se encontrava com Ellen e Charles Campbell... Era uma felicidade diferente que ela sabia muito bem o que era, afinal, ela já havia se sentido assim quando era mais nova. Não. Ela se sentia assim todos os dias quando estava ao lado de seu marido.

                - O que você está pensando?

                A senhora sorriu, olhando para a imagem de si mesma e de Thomas refletida no espelho da penteadeira de seu quarto, enquanto soltava o cabelo grisalho e começava a penteá-lo.

                - Estou pensando em como eu sou terrivelmente sortuda – ela riu baixinho enquanto o marido se abaixava para beijar-lhe o rosto – Eu te amo.

                ***

                - Realmente, eu não estou com sono – Evelyn murmurou enquanto desamassava a saia do vestido e olhava para o homem sentado na poltrona a sua frente – E já é tarde, todos já foram dormir... Você deve estar querendo ir dormir também e eu estou prendendo você aqui.

                - Não se preocupe – Tom sorriu – Se eu fosse deitar agora, ficaria um bom tempo olhando pro teto sem conseguir dormir.

                - É isso que você faz quando não consegue dormir? Fica deitado, olhando pro teto? – ela riu baixinho.

                - Não, eu desço e fico aqui sentado – o homem apontou para a poltrona onde ele estava – Fico aqui até ficar com sono.

                - Só fica sentado aí?

                - Fico pensando.

                A bruxa deixou o corpo relaxar no sofá onde estava sentada e encarou o outro por um tempo. Riddle mantinha a cabeça virada para o lado, olhando para fora da janela, apoiando o cotovelo no braço da poltrona e segurando o queixo com a mão... Elegante era a palavra ideal para descrevê-lo naquele momento.

                - Você é o trouxa mais interessante que eu já conheci, sabia?

                O homem virou o rosto rapidamente para encará-la com as sobrancelhas franzidas e uma expressão mista de curiosidade e desconfiança no rosto.

                - Você está flertando comigo, Srta. Shaw? – ele perguntou, arqueando uma sobrancelha e sorrindo levemente.

                - É claro que não, Sr. Riddle – a ruiva também sorriu de um jeito meio misterioso, antes de se levantar e ir até a frente dele – Eu seria mais discreta.

                - Claro, vocês bruxos são a discrição em pessoa.

                - É claro que somos – Evelyn murmurou, segurando o queixo de Tom delicadamente e erguendo o seu rosto – Acho que você é o homem mais interessante que eu já conheci... Bruxos e trouxas incluídos.

                Antes que Riddle pudesse falar alguma coisa, a bruxa se inclinou e o beijou. Sentindo as mãos dele a segurarem pela cintura, a mulher deixou as suas próprias mãos mergulharem nos cabelos escuros e bem arrumados de do outro, sem se preocupar se estava bagunçando-os ou não, apenas deliciando-se com a sensação de ter Tom a beijando.

                - Agora... – ela murmurou, afastando-se um pouco dele – Isso foi um flerte.

                - Acho que eu seria um idiota se não tivesse percebido.

                - Que bom que você não é um idiota...


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Notas finais do capítulo

N/A: Depois de dois meses, eu acho, eu voltei :D Acho que eu já expliquei a razão da minha demora em trocentos lugares, mas cso você não saiba: eu estou estudando pro terceiro ano do ensino médio e primeiro ano da faculdade de medicina ao mesmo tempo, tenho que viajar todo fim de semana para Floranópolis para assistir aula lá na faculdade e volto segunda a noite... Estou na reta final do terceirão: minha última prova é essa semana e depois eu tenho só vestibulares... Se eu passar na PUC ou UP [que as provas são agora 17, 23 e 24 de outubro] eu já vou ter mais tempo pra voltar aqui :D Então, tomara que eu passe (: Se eu não passar também, vou tentar os outro vestibualres bem calma, já que já tenho a vaga garantida lá em Floripa (: Aliás, muito obrigada todo mundo que me acompanhou nessa maratona pra conseguir essa vaga http://aribh.livejournal.com/31407.html#cutid1





E algumas fotos que me inspiraram com esse cap. -> http://aribh.livejournal.com/31128.html#cutid1



Espero que tenham gostado ♥



Beijos ;* Ari.