Like Father, Like Son escrita por themuggleriddle


Capítulo 26
Feliz Ano Novo




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Capítulo 25: Feliz Ano Novo

Tom resmungou para a sua imagem refletida no espelho. O rapaz não estava com a menor vontade de descer para aquela festa de ano novo... A única coisa que fazia o seu humor ficar melhor era saber que Emily também estaria lá.

                - Já está pronto? – ele ouviu a voz da avó do outro lado da porta.

                - Quase – o jovem bruxo respondeu enquanto dava o nó em sua gravata, para então ir até a porta e abri-la – Pronto.

                Mary Riddle sorriu e analisou o neto com os olhos azuis escuros. A mulher tinha uma terrível mania de querer tudo no mais perfeito estado: sua casa tinha que estar impecável, suas festas deviam ser perfeitas, suas roupas e suas jóias deviam combinar e sua família deveria sempre ter aquela imagem de perfeição.

                - Você está perfeito – ela falou – Queria que o seu pai fosse assim, mas não... Eu tenho que sempre ficar cuidando para que ele esteja apresentável! Falando nele... Ele o está esperando lá embaixo já.

                O garoto riu baixinho ao ver a avó se afastar, antes de se dirigir até a sala de visitas da casa, onde ele sabia que Tom Sr. o estaria esperando. Ao chegar ao andar debaixo, Tom percebeu que alguns dos convidados de seus avós já haviam chegado, o que fez com que ele perdesse algum tempo cumprimentando alguns homens e mulheres que ele não fazia idéia de quem eram.

                - Aqui está você – ele sentiu alguém o puxar pelo braço.

                - O que houve? – o bruxo se virou para encarar o pai, que continuava o puxando de leve.

                - Tem alguém que o está procurando – ele pôde ver um sorriso maroto brotar nos lábios do homem – Ali, elas chegaram faz alguns minutos.

                Tom esticou o pescoço para enxergar para quem o outro Riddle estava apontando. Não demorou muito para ele distinguir os cabelos ruivos de Evelyn no meio da multidão e, logo depois, encontrar uma Emily sorridente ao lado da mulher. O garoto não pôde deixar de sorrir, antes de ir até elas, quase que arrastando o pai pelo braço.

                - Hey! – a garota acenou para eles quando eles já estavam mais perto – Boa noite, Sr.Riddle... Tom! – ela sorriu ainda mais e se apressou para passar os braços ao redor do rapaz, o abraçando carinhosamente – Parabéns! Dezessete anos... Já é maior de idade.

                - Boa noite – o homem sorriu, vendo como a menina não parava de desejar felicidades para o filho.

Quando Emmy finalmente se afastou, Tom Jr.  não deixou de perceber como o pai analisava as roupas que as duas estavam usando. Não eram os vestidos mais normais da festa, afinal, elas eram bruxas! Mas pelo menos tentaram se vestir o mais parecido com trouxas o possível, mesmo que Evelyn parecesse pensar que eles ainda estivessem na década de 20 e Emmy tivesse feito uma escolha um tanto infeliz ao decidir usar um vestido cuja a cor amarelo-Lufa-Lufa era um tanto chamativa.

                - Tom! Você por acaso viu a Maggie em algum lugar? Ela simplesmente sumiu! – Mary Riddle se aproximou deles, olhando em volta enquanto tentava encontrar a empregada. Quando finalmente percebeu que o filho e o neto estavam na companhia das duas bruxas, a senhora ficou um tempo parada, observando-as com o seu olhar frio – Boa noite.

                - Mãe, essas são Evelyn Shaw, a autora daquelas matérias do Profeta que você lê, e Emily Derwin – Tom Sr. deu uma risada nervosa, tentando fazer a mãe parar de encarar as duas com aquela expressão de estranhamento.

                - Oh, sim, eu me lembro – a Sra. Riddle falou e olhou para a garota – Você estuda com o Tom, não?

                - Sim, Sra. Riddle – Emmy sorriu – Aliás, é um prazer conhecê-la, Tom sempre fala de você.

                Mary encarou as duas por mais um tempo, antes de abrir um sorriso discreto. Pai e filho perceberam que aquilo era o suficiente para saber que as duas bruxas haviam conseguido conquistar a simpatia da Sra. Riddle.

                - Com licença – Tom Jr. falou, enquanto gesticulava para a amiga o seguir.

                Emily sorriu para os outros uma última vez, antes de seguir o amigo, que a guiou até a varanda da casa, que estava vazia. A garota olhou em volta, girando o corpo lentamente e fazendo com que o seu vestido amarelo girasse em volta de seu corpo.

                - Você nunca disse que morava numa casa tão bonita – a menina riu, olhando para a casa – E numa cidade tão bonita. Você só dizia que morava numa cidade pequena...

                - Bom, é pequena – Tom riu.

                - Mas é bonita também... E calma – Emily falou – De vez em quando eu sinto saudades de um lugar calmo assim.

                - Mas Little Hangleton consegue ser calma demais de vez em quando.

                - Ah, Tom, pare de reclamar da cidade – a lufa riu – Little Hangleton é linda, sua casa é linda e você tem sorte de morar aqui.

                Os dois ficaram em silêncio por um tempo. O rapaz ficou observando as luzinhas da cidade no pé do morro aonde a casa dos Riddles se encontrava e sorriu de leve. Emily tinha razão: ele tinha sorte de morar ali. Virou-se para olhar a casa... Desde que ele chegara a Little Hangleton, Tom achara a casa onde seu pai e avós moravam bonita. Era grande, erguendo-se imponente sobre o vilarejo, e elegante, contrastando com o aspecto simples da cidade. Como já estava escuro, ela tinha um certo ar sombrio, mas ele sabia que, durante o dia, a casa tinha uma aparência linda, com as grandes janelas que deixavam entrar a luz do sol, iluminando os cômodos lá dentro,  e o jardim bem cuidado que era mantido pelo jardineiro, o Sr. Frank Bryce, e sempre controlado de perto pela  Sra. Riddle, que tinha um amor especial por aquelas flores.

                - Vem alguém aí – a voz de Emily o tirou de seus pensamentos – Você os conhece?

                Riddle desviou o olhar da construção e olhou para as três figuras que se aproximavam da casa pelo pequeno caminho de cascalho que havia no jardim bem cuidado. A expressão do rapaz ficou tensa quando ele começou a reconhecer quem estava se aproximando... Um homem loiro e bem vestido, sorridente; um garoto que devia ter mais ou menos a sua idade, loiro e parecendo meio irritado de ter que estar ali; e uma mulher alta que tinha os cabelos loiros soltos, diferente de como estavam da última vez que Tom a vira, e  andava se equilibrando nos sapatos de salto enquanto segurava o vestido longo para não arrastá-lo no chão.

                - Ah, não...

                - O que foi? – Emmy perguntou, preocupada.

                -  Vamos entrar.

                - Não vai recebê-los? – a garota apontou para os três que se aproximavam.

                Tom abriu a boca para replicar, mas antes que pudesse falar alguma coisa, foi interrompido.

                - Olhe só, se eu não soubesse que seu pai tinha um filho, eu poderia jurar que você era ele – os dois adolescentes se viraram para encarar quem falava com eles. A mulher loira terminava de subir os degraus da varanda e agora tinha os olhos azuis presos na figura de Emily – E quem é está moça, Tom, querido?

                - Uma amiga...

                - Emily Derwin – a lufa o interrompeu – Estudo no mesmo colégio que o Tom.

                - É um prazer conhecê-la, querida – a mulher sorriu – Eu sou Cecilia Wright. Bom, eu vou entrar, está frio aqui – ela falou enquanto puxava para mais perto do rosto o echarpe branco e peludo que estava usando – Você devia fazer o mesmo, querida, ainda mais com esse vestido... tão... curto.

                O jovem Riddle ficou encarando a família passar por eles e entrar na casa. O Sr.Wright ainda deu um rápido sorriso para os dois enquanto seu filho, Peter, apenas lançou um olhar estranho na direção de Tom.

                - Meu vestido é assim tão curto? – Emily perguntou, olhando para o tecido amarelo.

                - Não, ela só está implicando com você – o rapaz resmungou, andando em direção a porta da casa e olhando para o vestido amarelo da amiga que ia até um pouco abaixo de seus joelhos  – Mas, vamos entrar, está frio mesmo.

                - É impressão minha – a garota murmurou, seguindo o amigo para dentro da casa – Ou você não gosta muito da Sra. Wright?

                - É um sentimento mútuo, acredite.

                - Ela pareceu tão simpática...

                - Cecilia Wright não vai parecer tão simpática quando for pega falando mal de você.

                - O que foi que aconteceu...?

                - Bom, eu tinha sete anos e a ouvi falando como eu era uma aberração, como a minha mãe – ele viu os olhos da menina se arregalarem e soltou uma risada leve – Foi meio ruim ouvir aquilo na época, mas eu já superei, não se preocupe.

                - Por que ela falou isso de você? – Emily sussurrou.

                - Um pequeno incidente com magia – a lufa franziu o cenho enquanto o olhava e ele olhou em volta para ter certeza de que ninguém os estava ouvindo – Falei para o filho dela que podia falar com cobras, ele pediu para que eu mostrasse e eu mostrei... O garoto se assustou e saiu correndo avisar a mãe, que achou que eu queria matar o filho dela e desatou a falar mal da minha pessoa.

                - Ah, pensei que fosse uma coisa mais grave... O negócio com magia, quero dizer – a garota explicou – Achei que você tivesse feito alguma coisa involuntária, sabe? Por exemplo, ter mudado a cor do cabelo dela sem querer, ou coisa do gênero... Sabe, eu já mudei a cor do cabelo da Evelyn sem querer, foi a primeira vez que eu demonstrei magia.

                ****

                Tom Riddle sorriu tranquilamente enquanto observava a mãe conversando com Evelyn Shaw. Ele havia ficado preocupado quanto a reação dos pais quando eles conhecessem as duas bruxas, mas tudo estava indo bem. Mary achou fascinante finalmente conhecer a mulher que escrevia as coisas que ela lia n’O Profeta Diário, assim como Thomas.

                - Oh, olhe quem chegou – ele ouviu a Sra. Riddle falar e desviou o olhar para onde a mãe estava acenando levemente.

                O sorriso logo sumiu do rosto de Tom assim que ele viu a imagem de Cecilia, parada ao lado do marido e do filho. O homem percebeu que Evelyn esticou o pescoço para poder enxergar quem estava atraindo a atenção tanto da mãe quanto do filho.

                - Boa noite, Sra. Riddle – a mulher loira aproximou-se, sorridente, deixando seu olhar passar para o homem e depois para a bruxa – Boa noite, Tom e...

                - Cecilia essa é Evelyn Shaw – Tom explicou – Evelyn, essa é...

                - Cecilia Wright  - ela sorriu – Esse é o meu marido, William, e meu filho, Peter.

                - É um prazer conhecê-los.

                - Tom, querido, eu vou ver se seu pai precisa de alguma coisa – Mary falou, antes de se afastar deles. O homem sentiu-se desprotegido. Ele sabia que Cecilia não iria falar nada na presença da Sra. Riddle, mas não perderia tempo de atacá-los com palavras assim que ela saísse de perto.

                Um sorrisinho malicioso se formou nos lábios da mulher enquanto ela analisava a roupa de Evelyn com o olhar. Ele percebeu que a ruiva perdera o sorriso habitual e agora parecia constrangida de estar sendo observada tão intensamente pela outra mulher.

                - E vocês se conhecem de onde? – a voz de Cecilia saiu baixa, macia, mas era possível perceber a malicia.

                - Minha... Minha afilhada estuda com o filho do Tom – a bruxa sorriu.

                - Ah, aquela moça que estava com o Tommy lá fora – a loira deu um risinho afetado – Falei para eles entrarem, afinal, está muito frio lá fora e a sua afilhada estava usando um vestido tão curto, iria pegar um resfriado e...

                - Você já encontrou o Tom? – o jovem Sr. Riddle a interrompeu.

                - Sim, ele e a amiga estavam lá fora na varanda, como eu acabei de dizer. Oh, Tom, ele está tão parecido com você! Quero dizer, ele já era parecido com você quando era pequeno, mas agora... Parece você com alguns anos a menos – Cecilia riu – Falando nele, onde ele está estudando? Peter está em um colégio particular perto de Londres.

                - Tom também está em um colégio particular – o homem respondeu, antes que pudesse pensar no que estava falando.

                - Mesmo? E onde fica?

                Tom ficou em silêncio. Onde Hogwarts ficava? Ele não tinha a menor idéia! E ele tinha quase certeza de que Evelyn também não fazia a menor idéia da onde o castelo ficava, mesmo ela sendo uma bruxa.

                - Tom! Cecilia!

                Ouvir a voz de Ellen Campbell nunca foi tão satisfatório para Tom Riddle. O homem olhou para o lado para ver Ellen e Charles se aproximando, junto com uma garotinha de cabelos ruivos e cacheados, Alice.

                - Ellen,  quanto tempo – a loira sorriu – Você se lembra do meu marido e do meu filho, certo? – a Sra. Campbell concordou com a cabeça, acenando para os dois – Vejo que você conseguiu uma filha...

                - Ah, sim, está é Alice – a mulher sorriu, colocando as mãos nos ombros da menina, que apenas sorria timidamente para os outros.

                - Olá, Alice – foi Evelyn quem deu o primeiro passo para puxar conversa com a garota, aproximando-se dela e se abaixando a sua frente – Como vai?

                - Bem, obrigada – a menina respondeu, colocando uma mecha dos cabelos ruivos para trás da orelha.

                - Quantos anos você tem? – a bruxa perguntou depois de ficar observando a pequena por um tempo.

                - Onze... – Evelyn sorriu ao ouvir a resposta.

                - Se vocês nos dão licença – Tom virou o rosto para ver Cecilia conduzindo o marido pelo braço, afastando-se deles e sendo seguida pelo filho – Vamos falar com os outros convidados.

                O homem franziu o cenho ao ver o último sorriso insinuante que Cecilia lançou em direção e depois virou-se para os Campbell. Assim que a família Wright estava longe deles, o sorriso de Evelyn se intensificou e ela finalmente se ergueu da frente da menina.

                - Ela é uma bruxa, certo? – a mulher perguntou num sussurro.

                Os olhos de Ellen se arregalaram e as sobrancelhas de Charles se contraíram, o que fez com que a ruiva apenas desse uma risada gostosa.

                - Não se preocupem – ela riu e depois murmurou – Eu também sou... Dá para sentir a magia da sua filha.

                - Como...?

                Tom sorriu de leve, vendo como as expressões dos amigos foram relaxando aos poucos. Seu filho havia lhe contado que a filha adotiva dos Campbell também era uma bruxa que estudava em Hogwarts, na mesma casa de Emily. Fora uma surpresa, a principio, mas logo se acostumou da idéia, chegando até a ficar empolgado com o fato de que a filha de seus amigos era, assim como seu filho, uma bruxa.

                - Tom – Ellen o chamou – Alice nos contou sobre...

                - É, Tom falou sobre ela também – o homem apontou para a menina.

                - É uma grande coincidência, sabia? – Evelyn falou.

                - E você é...? – Charles perguntou.

                - Evelyn Shaw, jornalista d’O Profeta Diário, minha afilhada estuda em Hogwarts – a ruiva sorriu.

                - É a Emmy? – Alice finalmente falou alguma coisa.

                - Ora, é ela sim...

                - Ela é da minha casa – a menina sorriu.

                - “Quem sabe é na Lufa-Lufa que você vai morar...” – Evelyn começou a falar.

                - “Onde seus moradores são justos e leais, pacientes, sinceros, sem medo da dor" – a menina completou a frase, rindo.

                - São as características da Lufa-Lufa, a casa dela e da Emmy – a bruxa explicou, vendo como os três trouxas a encaravam com curiosidade – Tom é da Sonserina, onde “homens de astúcia que usam quaisquer meios para atingir os fins que antes colimaram”.

                - Você já sabia, não? – Ellen perguntou, virando-se para o amigo – Você sabia que Tom era um bruxo, antes dele receber a carta.

                - Eu desconfiava.

                - A mãe dele era? – a mulher sussurrou.

                - Sim.

                - É, foi o que eu pensei quando Lice me contou – ela murmurou – Mas, me diga como vocês tem passado, faz muito tempo que nós não nos vemos.

                ***

                Emily  estava parada no meio da sala de visita dos Riddles, esperando Tom terminar de falar com um dos amigos dos avós que decidiu começar a conversar com o rapaz do nada. A garota olhou em volta, prestando atenção na sala ricamente decorada... Ela tinha que admitir que nunca tinha estado em uma casa tão bonita quanto aquela. Parecia que uma tropa de elfos domésticos havia preparado o lugar para a festa de ano novo: a madeira escura do chão estava perfeitamente polida, as cortinas de veludo cor de vinho estavam bem arrumadas, as mesinhas de canto estavam totalmente limpas, sem nenhuma manchinha...

                - Vamos? – a menina parou de analisar o ambiente e olhou para o amigo que estava falando com ela.

                - Diga-me uma coisa – a lufa falou.

                - Digo.

                - Você toca? – ela apontou para um canto da sala de visitas aonde havia um bonito piano de cauda preto. Como todo o resto das superfícies de madeira da sala, o tampo do piano era bem polido, quase um espelho.

                - Toco...

                - Não me diga! – Emily riu – Eu nunca pensei em você como pianista.

                - Minha avó toca e ela me ensinou – o rapaz sorriu – Meu pai também sabe tocar, ela também o ensinou.

                - Eu acho bonito, mas eu faria um estrago se tentasse tocar.

                - Um dia eu ainda ensino você, prometo – Tom sorriu gentilmente para a garota.

                - Sim, você pode tentar – Emmy riu alto – Mas não garanto resultados positivos.

                ***

                Quando o relógio bateu meia-noite, todos que estavam na festa na casa dos Riddles comemoraram, desejando um bom ano novo uns para os outros e rindo. Tom havia finalmente se livrado do abraço apertado que sua mãe decidira de lhe dar na hora da virada do ano e agora estava a procura do filho.

                - Tom? – o homem chamou o rapaz, que estava a alguns metros dele, com Emily o abraçando com força e rindo.

                A menina se afastou do garoto e o Sr. Riddle pode ver os dois corarem um pouco quando perceberam que ele os estava observando. Tom Jr. Falou alguma coisa para a amiga antes de ir em direção ao pai.

                - Feliz ano novo – o homem falou, apoiando uma mão no ombro do filho, percebendo como o garoto estava quase da sua altura – Parece que foi ontem que você tinha sete anos...

                - Você fala isso todo o ano – o rapaz riu.

                - É porque eu penso nisso todo o ano – Tom Sr. sorriu – Temos sorte de ter você aqui – o homem viu o sorriso nos lábios de seu filho fraquejar, mas ele logo estava sorrindo com a mesma confiança de antes – Volte para a sua amiga, ela o está esperando.

                O bruxo concordou com a cabeça e se afastou do pai.

                - Feliz ano novo, Sr. Riddle.

                O homem se virou para ver Evelyn parada atrás dele, sorridente como sempre.

                - Feliz ano novo, Srta. Shaw.

                - Eu sei que eu já agradeci, mas... Muito obrigada por ter nos convidado para esta festa – ela sussurrou – Significa muito para nós.

                - Não foi nada.

                - Acho que nós nos saímos bem, não? Quero dizer, não estamos acostumadas com lugares trouxas, então não tínhamos certeza de que nos vestimos corretamente ou se estávamos agindo do jeito certo – a mulher riu nervosa.

                Tom a observou por um tempo. O vestido preto e de um tecido fino que ela usava contrastava bastante com a sua pele clara e com os cabelos ruivos que agora estavam presos em um coque em sua nuca.

                - Vocês duas estão bem – o homem sorriu.

                - Você está me olhando com um olhar engraçado...

                - Certo, vamos dizer que você escolheu um vestido bem trouxa – a ruiva sorriu ao ouvir isso – Mas é um tipo de roupa que não usam há umas duas décadas.

                - Oh, não! – a mulher riu alto e olhou para o vestido que estava usando – Não acredito! A bruxa que me vendeu disse que estava bom, que ninguém iria desconfiar...

                - Hey, não se preocupe – Tom murmurou, levando uma mão até o queixo da outra, levantando o seu rosto – Ficou bom, não importa que esteja atrasado duas décadas.

***

N/A: Esse cap. não ficou tão bom quanto eu queria que ficasse ):

Informações sobre o cap: http://aribh.livejournal.com/25825.html#cutid1[muitas imagens]

Um desenho da Emmy:


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Notas finais do capítulo

Aliás! Hoje é aniversário da desenhista que me inspirou para escrever a Emmy (: a Emmy Cicierega...



Edit: pra quem quiser ver a planta da casa dos Riddles que eu fiz... http://twitpic.com/28aco8 e http://twitpic.com/28ac8z [não ta aparecendo no LJ ): ] ... sorte que eu não quero fazer arquitetura, né? XD



Bom, é isso, espero que tenham gostado (:

Digam o que acharam :D



Beijos ;*

Ari.