Cape May escrita por Teh Chahin


Capítulo 4
On the Road


Notas iniciais do capítulo

Oooi gente, aqui está mais um capítulooo.Esse capítulo meioo que me lembra Paradise City, do Guns 'n Roses, então quem puder ouçam enquanto leem... Boa leituraa



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POV Chaz

– Você! – ela estava lá, a moça que conhecera na locadora alguns dias antes.

– Ai meu Deus! – recebi em troca – o que está fazendo aqui? – ela perguntou.

– O que você está fazendo aqui?

– Eu estudo aqui! Por favor, não me diga que você é o professor de inglês, um tal de... - Sua voz era doce, e ao mesmo tempo raivosa.

– Chaz – completei – sim, sou eu.

Após alguns minutos de silêncio, ela disse, olhando para a pasta amarela onde anotava os nomes dos alunos.

– Você já sabe meu nome – disse friamente e logo depois entrou no ônibus.

POV ‘S OFF

Os três subiram no ônibus, procurando um lugar que pudessem se sentar próximos. No fundo do ônibus, é claro. Atravessaram o corredor, onde seus lugares já estavam guardados. Kat e Caleb sentaram-se juntos, ela na janela e ele no corredor.

– Alex, o que foi aquilo? – perguntou Kat, enquanto sentava-se.

– Amiga, lembra quando eu disse que conheci um cara na locadora? Era ele! – Caleb soltou uma de suas gargalhadas, que ecoou pelo ônibus e fez com que todos prestassem atenção nos três.

– Não acredito que você flertou com seu professor de inglês! Como você ainda não teve aula com ele? Você nem reconheceu pelo nome Alex? Chaz alguma coisa – disse Caleb

Antes que ela pudesse responder, uma voz alta, reproduzida por um microfone soou pelo ônibus.

“Hunter, Chaz Hunter.” O som alto fez com que as os três se assustassem e virassem rapidamente para frente do ônibus, de onde o som vinha. “Para quem ainda não sabe, sou seu novo professor de inglês”.

– Ótimo, já não ia bem em inglês... Agora. – Alex sussurrou.

Chaz segurava um microfone perto de sua boca.

“Eu queria dizer que eu estou muito animado por acompanhar vocês nessa viagem, e imagino o quanto vocês também devem estar. Eu gostaria de apresentar meu companheiro, o enfermeiro do colégio, que também nos irá conosco nessa viagem!”

Um homem muito alto, com cabelos pretos e cara fechada pegou o microfone.

“Olá alunos, meu nome é Daniel, e sou seu o médico do colégio Mission Charter. Espero que se divirtam na viagem, e se alguma coisa acontecer a vocês eu estarei a disposição. ” Ele deu um sorriso forçado e voltou a se sentar.

O ônibus ligou o motor, e todos os adolescentes vibraram.

“Bom alunos, agora partiremos e é aconselhável que apertem os cintos de segurança. E não se empolguem muito, pois quando digo aconselhável quero dizer obrigatório e que iremos passar verificando” Chaz deu um sorriso sarcástico e desligou o microfone.

Os dois monitores passaram verificando se todos haviam colocado os cintos, e claro tiveram alguns probleminhas com o fundão. Alguns alunos não queriam colocar os cintos, outros simplesmente não paravam sentados.

Ao passar pelo acento de Alex, Chaz se apoiou com as nãos no assento dela, se inclinado para olhá-la de perto e perguntou com uma voz brincalhona:

– Eu atropelei o seu gato ou algo do tipo? – ele deu um leve riso e encarou a menina, que de primeira revirou os olhos.

– O quê? – perguntou ela.

– É, quero saber se eu matei o seu gato para você não gostar de mim.

– Quer dizer, você flerta comigo e depois descubro que você é o meu professor de inglês, normal.

Ele abriu um pequeno sorriso.

– Mas a culpa não é minha.

– E é minha?

– Você que não comparece as minhas aulas, então, tecnicamente, sim.

Alex respirou fundo, sentindo a intensidade do olhar do professor. Ele se afastou, e foi embora, sem dizer mais nada.

Caleb olhou para Alex:

– Que idiota, eu hein.

Ela sorriu, balançou a cabeça e virou a cabeça.

– Deixa de viadagem.

[...]

Já se passara algum tempo desde que o ônibus havia partido de Rosewood. Kat dormira e não dava sinais que acordaria tão cedo. Alex olhou para Caleb, que escutava musica em um volume extremamente alto. Sorriu e chamou Caleb.

– Ei, sua musica...

– O que tem? Não gostou?

– Por mais que eu adore Paramore, não sei se o ônibus inteiro gosta – ela disse, rindo.

A medida que o ônibus balançava, Alex sentia sua cabeça pesar, e seu estômago manifestar-se. Não comera nada na noite passada, e ao acordar hoje, saiu as pressas de casa, ignorando sua fome.

Ele tirou o fone do ouvido e desligou a musica. Agora um estava de frente para o outro, próximos o bastante para que, se alguém fosse atravessar o corredor, eles teriam que se distanciar para liberar a passagem.

– Quer conversar? – ela perguntou.

– Conversar sobre o que?

– Sobre sua idiotice que não acaba nunca. Kat me contou o que houve ontem de noite.

Ele prendeu o ar e encarou o chão.

– A gente se resolveu hoje de manhã quando busquei ela. Está tudo bem, agora.

– Ótimo, ela estava muito mau.

– Eu também – Alex ouviu as palavras se perdendo em seu cérebro e teve a impressão que aquela fala se repetia em sua mente. Ela não estava bem.

– E olha aqui, se você deixar esse seu ciúme insuportável acabar com o namoro de vocês eu te mato, ouviu? – conseguiu dizer, engasgando em algumas palavras.

Ele riu de leve deu um leve tapa na bochecha rosa dela.

– Alex, você está tão quente.

Ela corou mais ainda.

– Seu cafajeste, você namora a minha melhor amiga – ela disse, zonza.

– Idiota... De verdade, você está quente, acho que está com febre.

– Acho que não estou passando muito bem – disse ela, com a mão na barriga.

Caleb abriu a boca para falar alguma coisa, porém um barulho lhe interrompeu.

– O que foi isso?

– Ah... Meu estômago? – ela disse, envergonhada.

– Alex, há quanto tempo você não come?

– Bom.. Acho que a última coisa que comi foi aquele sanduíche, quando a gente almoçou ontem.

– Lexi! – ele gritou, e algumas pessoas lhe encararam.

Alex encostou a cabeça no banco, tonta.

– Eu estava com preguiça de ir até a cozinha, e quando acordei hoje não deu tempo de comer nada...

– Ai Alex, o que eu faço com você?! Vem cá – ele disse, levantando do banco e, sem esforço, pegando ela no colo.

– Ei, Caleb, eu to bem, não faz isso – ela disse tão baixo que ele teve de se aproximar de sua boca para ouvir.

– Quieta Alex, você está quase desmaiando.

Ele atravessou o ônibus com Alex no colo, diminuindo a velocidade quando o ônibus dava uma de suas trancadas.

– Caleb, sério eu estou bem. Me larga, por favor – disse, com a voz falha – não faz isso!

Ele a ignorou e chegou à frente do ônibus.

– Daniel! Pode me ajudar aqui?

Daniel levantou-se espantado, assim como Chaz. O professor adiantou-se e ajudou a segurar Alex, apoiando-a cuidadosamente no banco.

– O que está acontecendo? – perguntou ele, sentando- se ao lado de Alex.

– Nada, ele está exagerando... Eu estou bem – disse ela, fazendo uma tentativa malsucedida de levantar.

Daniel lançou um olhar confuso a Caleb, que se adiantou e disse:

– Ela não come desde ontem na hora do almoço.

Chaz virou-se para ela, juntando as sobrancelhas, com a testa enrugada.

– Mas por quê? – perguntou com um tom sério.

– Eu... – gaguejou enquanto uma lágrima escorria pelo canto de seu olho esquerdo. As lágrimas faziam com que seus olhos parecessem de um tom azul mais claro – não deu tempo! Eu só preciso comer alguma coisa, está bem?!

– Chaz, deixe-me sentar – disse Daniel, empurrando o professor, assim conseguiria ficar de frente a Alex.

– Eu estou bem! Não preciso de ajuda, que saco.

– Alexandra, olha para mim – disse, pegando de sua mala de mão uma lanterna casual. Iluminou os olhos azuis da menina e analisou-os cuidadosamente – alguns nutrientes estão faltando na sua alimentação, e estão presentes diversos sinais de fraqueza. Você precisa comer.

VOCÊ PRECISA COMER... VOCÊ PRECISA COMER... COMER..

As palavras circulavam sua mente sem nexo, e logo, Alex nem ao menos as ouvia. Só via breu.

[...]

POV Alex

Acordei apoiada em um homem. Ele era forte e minha pequena cabeça se encaixou perfeitamente no vão entre seu pescoço e seu ombro. Eu estava tonta e minha cabeça doía. O homem perguntou algo e me encarou, provavelmente esperando uma resposta, mas meu cérebro não conseguia processar nada. Pela primeira vez eu olhei para o moço; ele me parecia familiar, mas não conseguia me lembrar de quem se tratava. Na verdade, não me lembrava de quase nada. Fechei meus olhos e novamente tudo que via era breu...

[...]

Um barulho alto que vinha do fundo me despertou. Olhei ao redor e percebi que eu ainda estava apoiada no ombro do moço forte, que eu não conseguia me lembrar quem era. Minha cabeça latejava; levei minha mão até ela e apertei as laterais.

– Come isso, Alex. – ouvi Caleb falar. Eu não estava apoiada nele, mas ele estava próximo. Logo, consegui reorganizar meus pensamentos e o vi parado em minha frente.

Agarrei rapidamente o pacote de bolacha que ele estendia. Enfiei um pedaço na boca e o doce sabor do chocolate fez com que meu corpo relaxasse. Desencostei-me de Chaz, que afinal era em quem eu me apoiara. Mal sabia como ele chegara até lá.

– Caleb, eu cuido a partir de agora, volte para o seu lugar – disse Chaz. Sentei-me reta em meu próprio banco, ao lado do dele.

Caleb semicerrou os olhos.

– Me chame se precisar, Alex.

– Amigo super protetor esse, hein?! Alex, você desmaiou.

– O-O que?

– Você não lembra? Você ficou muito tempo sem comer direito, e desmaiou. Estamos muito preocupados.

– Eu estou bem – disse, com a voz falha.

– Mesmo? Você parece um pouco pálida.

– Eu já disse, eu estou bem.

Tentei levantar e voltar para o meu lugar, porém, o rápido movimento fez com minha cabeça girasse e que eu quase caísse de cara no chão.

– Vai com calma, estressadinha. Acho melhor você ficar aqui mais um pouco. Quando estiver melhor, você volta para o seu lugar. Pode ser?

Eu queria negar, porém, a calma com que ele jogou as palavras me fez querer ficar. Assenti, então, com a cabeça e a encostei no banco. Alguns minutos depois, uma música tocou alto no ônibus.

– Ah, eu amo essa música – ele disse, baixinho.

– Que música é? – eu perguntei, virando o pescoço em sua direção.

– Uma daquelas muito boas, que ninguém conhece. Isso a torna ainda melhor.

Realmente não conhecia a música.

– Então... – ele começou.

– Nós não precisamos conversar.

– Pega leve, estressadinha.

– Não me chama assim.

Ele riu de leve, balançando a cabeça.

– Que menina difícil de lidar. Se eu não fosse professor, eu não saberia como conversar co...

O interrompi no meio da frase.

– De verdade, não precisamos conversar só por que você não quer deixar seu ego de lado – ele ergueu as sobrancelhas, um sorriso se formando – só por que você flertou comigo não quer dizer que precisa demonstrar afeto e carinho. Pode ficar no seu canto que eu fico no meu.

Falei rapidamente, enquanto ele ria silenciosamente. Olhei para a janela enquanto montanhas ao longe iam e vinham. Imaginei pelo sol que batia que eram entre dez e onze horas.

– Isso não é sobre meu ego, eu só queria ser educado.

– Não há necessidade para isso.

– Se você diz.

Então, o resto do caminho passou silencioso, enquanto a rádio tocava músicas que faziam Chaz cantar, sem transmitir algum sinal de som. Mal sabia a quanto tempo estávamos no ônibus quando ele repentinamente parou.

“Chegamos, pessoal. Arrumem suas coisas, e se preparem, por que chegamos a Cape May”.


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Notas finais do capítulo

E então?? COMENTEM POR FAVORR.. segundo o nyah, duas pessoas estão acompanhando, qual é pessoal, comentem, deixem reviews sobre o que vocês estão achandoo



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