POV. Ally

A Cor branca dominava todo o ambiente, até perceber que era apenas a neve caindo em meu rosto, estava no meio do nada, no meio de tudo aquilo, sem nenhuma demonstração de vida, só havia a pura e clara neve que não parava de cair do céu nublado.

Olho para frente e vejo o garoto de cabelos quase dourados vindo em minhas direção, quanto mais ele ia chegando eu ficava mais ansciosa ainda para poder tocá-lo.

Ele vinha devagar, até que começou a apertar os passos, mas algo estranho aconteceu. Sangue começou a escorrer de meu nariz, isso fez com que ele viesse ainda mais rápido até mim, mas isso só piorou, abriram-se cortes em meu pulso e o sangue começou a escorrer caindo na neve branca, mais partes começavam a se cortar sozinhas, as dores começavam a piorar, o que me fez cair na neve quase coberta de meu sangue. O garoto parou, e me olhou com pena, percebi que quanto mais ele vinha, mais dor eu sentia, o que isso quer dizer afinal? Ele andou em direção contrária e saiu andando de cabeça abaixa, e eu fiquei ali implorando para que voltasse, mas ele dizia que era melhor pra mim.

– E melhor pra você - Ele dizia as palavras e o eco dele se expandia no lugar. Ele repetia, e repetia, isso começou a me atormentar.

Pus as mãos em meus ouvido não querendo mais ouvir aquilo, começei a suar frio e derrepente bateu-me um desespero, começei a gritar olhando para o chão, e senti a dor de meu coração se despedaçando.

Cacos de vidro caiam do céu em minha frente, eles pareciam formar um coração. Derrepente o garoto de olhos esverdeados aparece em minha frente e faz a seguinte pergunta:

– Quer que eu junte os pedaços?

...

Acordo completamente assustada e tremendo, para meu alívio aquilo foi só um de meus sonhos estranhos, mas agora parecia mais intenso.

Olho para meus pulsos e felizmente não havia nenhum corte neles. Estava deitada no sofá enquanto os outros estão jogados no chão, tento me levantar mas me surpreendo com um peso encima de mim, Austin estava abraçado comigo naquele pequeno sofá, e eu não sei como chegamos a dormir aqui juntos, se Rydel e Trish também estavam aqui e agora estão estiradas no chão, tiro seu braço com cuidado para não acorda-lo,mas o mesmo me aperta mais ainda. E agora?

– Austin, Austin - susurro baixo em seu ouvido. Ele se remexe um pouco mas continua dormindo.

– Merda - Reclamo, pego uma almofada taco na cabeça do Riker e o mesmo acorda assustado.

– Que foi? - fala sonolento.

– Me ajuda aqui - Digo apontando para Austin.

– Oia só, dormiram agarradinhos foi?

– Não, eu nem sei como vim parar aqui, agora me ajuda.

– Não to afim - O loiro disse e capotou no chão novamente.

– Puto - Bufei.

Empurrei o braço do loiro de novo com mais força e ele resmungou, consegui tirar seu braço de cima de mim e levantei do sofá em um ato rápido para que ele não e puxasse denovo.

Caminhei até os fundos da casa e me sentei numa rede que havia entre as árvores.

Por que o garoto que se afastava era Austin? Por que ele estava no meu sonho? Não faz nenhum sentido, e aquela frase... '' Quer que eu junte os pedaços? ''. Não, esse sonho está completamente errado, ele não pode concertar meu coração, pois o mesmo o quebrou, quebrou em milhares de pedacinhos minúsculos. Eu nunca quis, nunca quis admitir minha queda, sim, eu tinha me apaixonado por Austin Moon antigamente, mas ele não deixava eu demonstrar isso,o garoto apenas me pizotiava com suas palavras, até que me dei conta de que eu estava apenas me iludindo, e desisti de ama-lo, é uma palavra forte mas... eu o amava! Ninguém nunca desconfiou, mas isso é verdade, eu amava Austin Moon