Forever escrita por GabbyWest, BeckandJade FC


Capítulo 13
Discussões!


Notas iniciais do capítulo

Hey girls mais capitulo novinho em folha pra vocês :)



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No final, tomei a dura decisão de deixar o time de futebol. Naquele ponto, eu não conseguia me dedicar à Jade e ao Time, dando-lhes a necessária atenção. E o meu comprometimento com Jade era a primeira entre as minhas prioridades. Afinal, eu havia jurado que estaria ao seu lado por toda a vida e sabia o que deveria ser feito, se fosse para aquele relacionamento funcionar. Não havia feito uma promessa daquelas para o meu time, mas também sentia que estava decepcionando aqueles garotos, embora eu não tivesse realmente escolha. Eu sentia que havia tomado à decisão certa, e me empenhei na minha nova tarefa: cuidar de Jade. Infelizmente, uma das minhas primeiras tentativas de me dedicar mais a ela durante o tempo que passávamos juntos deu errado. No fim de semana seguinte à minha nós dois fomos a um jogo de Futebol da H.A e assistimos à partida nas arquibancadas. Durante o jogo, ocorreu uma briga no meio do campo envolvendo todos os jogadores dos dois times, inclusive os reservas. Ver aquilo deixou Jade confusa e irritada. Para piorar as coisas para mim, o técnico do time adversário me disse que, se eu estivesse no campo, fazendo o meu trabalho como deveria, a briga nunca teria ocorrido. Mesmo assim, embora outros obviamente questionassem a minha decisão, eu sabia que era a coisa certa a fazer por Jade e por mim mesmo.

Quando o verão chegou, Jade havia se recuperado o bastante para voltar a estudar novamente, mesmo que em meio período, Aquele foi um passo importante, porque lhe deu a oportunidade de ser responsável por alguma coisa novamente e de ter algo em sua vida sobre a qual pudesse exercer algum controle. Ela ainda tinha noção de suas responsabilidades, estava sempre preparada para as aulas não e era muito pontual. Era tão bom poder ver a minha Jade de volta ao cenário típico de sua vida como uma estudante normal. Estava orgulhoso pelo quanto ela havia progredido. Mas, enquanto ela ficava mais autossuficiente, nosso relacionamento entrava em uma forte trajetória descendente. Quando eu pensava que nossa vida a dois não poderia ficar mais imprevisível e estressante, as explosões de ódio de Jade, em relação a mim, ficaram mais brutais do que nunca.

Uma das minhas lembranças mais claras daquele período vem de um momento em que estávamos num lava-rápido. Enquanto estávamos na saída, esperando que o carro saísse do túnel, começamos uma discussão. Em poucos segundos já estávamos aos gritos. Jade atirou a garrafa de água que tinha nas mãos em mim e, quando percebi, ela já estava correndo pela calçada para bem longe. Eu ainda não conseguia me mover muito rápido, mas levou apenas alguns minutos para que a alcançasse em uma lanchonete, onde, novamente, a encontrei chorando e conversando com sua tia ao telefone.

Em outro dia particularmente ruim, estávamos em meio de uma discussão acalorada quando ela pegou um garfo que estava sobre a mesa atrás dela,e o arremessou. O garfo se fincou na parede ao meu lado.

— Me deixe em paz! Eu odeio você!

Eu já tinha ouvido aquelas palavras mais de mil vezes, mas desta vez eu não estava preocupado com as palavras dela. O problema eram suas ações.

— Jade, pare de agir assim! — Eu geralmente tentava reagir à agressividade dela com calma, mas, desta vez, eu estava furioso. Se ela não tivesse uma pontaria tão ruim, aquele garfo teria se fincado em mim e não na parede.

— Pare de me tratar como se eu fosse uma criança!

— Pare de agir como se fosse uma!

Os olhos de Jade estavam cheios de ódio.

— Talvez eu devesse simplesmente cortar meus pulsos. — Aquilo foi à gota d’água.

— Há uma faca na cozinha. — Eu a informei, apontando naquela direção.

— Você acha que eu estou brincando, não é? Talvez eu me enforque.

— Há uma corda na traseira da caminhonete.

Jade disparou para fora de casa e bateu a porta atrás de si. Nos poucos segundos que eu levei para abri-la, Jade já havia desaparecido. Eu a encontrei, exausta e aos prantos, escondida atrás de um carro no estacionamento de outro conjunto de prédios, a alguns quarteirões de distância.

— Jade...

— Me deixe... Beck!

— Levante Jade, vamos pra casa

Eu a ajudei a voltar para casa, e nós ficamos sentados na sala de estar. Houve um longo período de silêncio.

— Eu sinto saudades da velha Jade. — Eu disse, finalmente.

— Eu também sinto saudades dela. — Ela respondeu. Eu me perguntava se ela tinha a mínima noção sobre quem era a velha Jade.

Algum tempo depois, vim a perceber que Jade estava tão frustrada quanto eu, mas não tinha a capacidade de demonstrar aquilo de maneira racional.

Foi apenas uma questão de tempo até que pessoas bem intencionadas começassem a me perguntar, de forma indireta, mas sem qualquer sombra de dúvida, se eu chegaria a considerar o término como uma opção.

"Chegará uma hora em que você terá que desistir de tudo isso", eles diziam.

Eu tinha uma resposta simples para qualquer um que sugerisse término:

— Não. Isso nunca vai acontecer.

Simplesmente não era uma opção para qualquer um de nós. Não importava se Jade podia se lembrar de mim ou não, ou mesmo se nós viéssemos a morar juntos ou em casas diferentes. A verdade pura e simples era que eu não conseguia enxergar a minha vida sem a mulher que eu amava, a mulher que eu havia jurado proteger em tempos de dificuldade e desafios.

Entretanto, ao mesmo tempo, sabia que nosso relacionamento não podia continuar naquela direção. Quanto mais Jade progredia fisicamente, pior eu me sentia, porque ao mesmo tempo em que ela melhorava, nós nos afastávamos emocionalmente cada vez mais.

Durante vários meses eu lutara contra uma ideia que não desejava compartilhar com ninguém. Como Jade não se lembrava de mim, eu me perguntava se a minha responsabilidade era realmente reestabelecer o nosso relacionamento como namorado e namorada da maneira como era. Afinal de contas, havia uma boa chance de que isso nunca viesse a acontecer. Em vez disso, eu acreditava, cada vez mais, que a minha tarefa como namorado, que amava realmente sua garota, poderia ser ajudar a restaurar sua independência, a um ponto em que ela pudesse viver o resto da sua vida sem precisar de ninguém. Especialmente se aquilo fosse à condição necessária para lhe trazer paz.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado até a próxima...