Alvo Potter e o retorno das trevas escrita por Hermione Potter 112
Notas iniciais do capítulo
Olá, aqui está um novo capítulo!
Obrigada aos dois leitores fantásticos que sempre deixam reviews e me incentivam a escrever cada vez mais!
Durante o resto da manhã, Alvo ficou pensativo, tentando solucionar o mistério das varinhas gémeas. O que de tão importante o uniria com Scorpius e Rose? Ele sabia que para tudo há uma explicação, que é descoberta mais cedo ou mais tarde, e iria fazer de tudo para perceber o que se passava.
Após se terem separado de Draco e Scorpius, Harry e Alvo foram encontrar-se com James e Ginny, que também já tinham terminado as compras. Todos se dirigiram para a Toca, a fim de almoçarem. Quando lá chegaram, verificaram que Ron e Hermione também lá estavam com Rose e Hugo, um menino ruivo da idade de Lilly.
Assim que os Potter chegaram, Rose correu para Alvo, a fim de lhe poder contar as novidades.
. Al! Já fiz as minhas compras para Hogwarts! É incrível, os livros são fantásticos, já comecei a ler o livro de feitiços, é fascinante! Tu sabias que…
– Calma, Rose, temos tempo para conversar depois, eu também tenho novidades para te contar, e das boas!
– Conta! – pediu Rose ansiosamente.
– Aqui não – disse Alvo baixinho. – Logo à tarde, depois do almoço, vamos para os jardins e falamos lá, não quero que ninguém ouça esta conversa.
– Porquê?
– Porque temos um mistério para descobrir – explicou Alvo.
Rose mal se aguentava de curiosidade. O que de tão importante o seu primo e melhor amigo teria para lhe dizer? Que mistério seria esse? Será que a tão sonhada aventura finalmente tinha chegado?
– Que mistério? – perguntou Lilly, que estava perto de Alvo e Rose.
– Nenhum, Lilly – disse Alvo rapidamente. – É só um livro que eu e a Rose estamos a ler!
– Ok – disse Lilly.
– O que tens, maninha? – quis saber Alvo, reparando que a sua irmãzinha estava um pouco triste.
– Toda a gente vai para Hogwarts menos eu e o Hugo! – exclamou Lilly à beira das lágrimas.
– Oh, Lilly, não fiques assim, a tua vez há de chegar! – disse Alvo, abraçando carinhosamente a irmã. – Também me custou muito esperar, mas vais ver que passa depressa, já só falta um ano para tu puderes ir.
– Vai demorar tanto a passar! Antes, tu ainda estavas aqui, eu ainda tinha alguém para me fazer companhia, mas agora vou ficar sozinha!
– Não vais nada, tens a mãe e o pai, e podes ir muitas vezes ter com o Hugo, sabes perfeitamente que os pais te deixam ir sempre que quiseres!
– Está bem! – concordou Lilly, animando-se um pouco. Afinal, só faltava um ano, iria passar depressa, ou pelo menos a ruivinha assim esperava. Mais sorridente, voltou para junto de Hugo, para poderem continuar a brincar.
Enquanto isso, Harry conversava com Ron, Hermione e Ginny.
– Então, como foram as compras com o Alvo? – quis saber Ginny.
– Foram fantásticas, ele adorou – respondeu Harry. – A propósito, convidei o Malfoy para ir almoçar lá em casa amanhã, com a mulher e o filho.
Ginny e Ron desataram a rir, enquanto Hermione apenas olhava para Harry com um olhar confuso, ainda mal acreditando no que o seu irmão de coração tinha acabado de lhes dizer.
– Estou a falar a sério – disse Harry, tentando convencê-los da veracidade do que dissera.
Pouco a pouco, Ron e Ginny pararam de rir, levando a sério as palavras de Harry.
– Enlouqueceste? – perguntou Ron incrédulo. – Quer dizer, é a única explicação, no teu juízo perfeito nunca convidarias o Malfoy para a tua casa!
– Não, dêem-lhe uma oportunidade, ouçam o que ele tem para dizer sem o julgarem logo à partida!
– Harry, estamos a falar do Draco, que nos humilhou, que chamou sangue de lama (sangue ruim) à Hermione, que lutou ao lado de Voldemort!
–Ele arrependeu-se, Ron, ele mudou porque quis mudar, porque teve força de vontade para isso! Dá-lhe uma oportunidade, a sério!
– Ainda acho que estás louco, mas vou ver o que é que aquela doninha albina tem para dizer desta vez.
– Ron! – repreendeu Hermione.
– Não disse mentira nenhuma, o Malfoy para mim vai ser sempre uma doninha albina.
– Pareces uma criança, Ron, francamente! – irritou-se Hermione.
– O Alvo tornou-se amigo do filho do Malfoy – informou Harry, interrompendo a discussão dos dois amigos. – Ron, tu sabes que o Alvo e a Rose andam sempre juntos, então…
– Nem pensar nisso! – interrompeu Ron exaltado. – A minha filha não se vai dar com um filhote de com…
– Para já por aí! – advertiu-o Hermione. – O que quer que tenhas contra o Draco não pode ser passado para o filho dele! Francamente, Ron, estamos a falar de uma criança.
– O Draco também era uma criança quando nos humilhou, a maldade está-lhes no sangue!
– Ron, amanhã ouves o Draco, vês o que ele tem para dizer e depois discutimos isso, pode ser? – pediu Harry calmamente, tentando chamar o amigo à razão.
– Não tenho outro remédio! – disse Ron amuado.
A conversa teve de parar por ali, pois Molly pediu que toda a família fosse para a mesa para poderem almoçar.
O almoço, que para a maioria das pessoas passou rapidamente, para Alvo e Rose demorou uma eternidade, pois ambos estavam ansiosos pela conversa que teriam. Após todos terem terminado de comer e de ajudar Molly a arrumar a cozinha, Alvo e Rose, disfarçadamente, esgueiraram-se até ao jardim e sentaram-se num canto isolado para conversarem à vontade.
– Então, o que tinhas de tão importante para me contar? – perguntou Rose, sem conseguir conter-se.
Alvo narrou com todos os detalhes tudo o que se tinha passado naquela manhã, não omitindo qualquer pormenor. Quando Rose soube do livro que iriam ler em conjunto com Alvo e Scorpius ficou ansiosa, pois era uma oportunidade única de conhecer feitiços incríveis. Quando Alvo lhe contou a discussão com Crabbe, ficou furiosa, ainda não o conhecia e já o odiava com todas as suas forças. No entanto, o que mais a interessou e intrigou foi o mistério das varinhas gémeas.
– Por que será que isto aconteceu? O que será que nos une?
– Não sei, até porque tu e o Scorpius ainda não se conhecem – afirmou Alvo, pensativo.
– O livro! – exclamou Rose de repente.
– O quê, qual livro? – perguntou Alvo confuso.
– O que nos une, até agora, é o livro que tu e o Scorpius compraram – disse Rose.
Alvo pensou nessa possibilidade. Será que a sua prima estava certa? O que é que aquele livrinho, aparentemente inofensivo, tinha a ver com as varinhas? Seria isto apenas uma coincidência?
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