Alvo Potter e o retorno das trevas escrita por Hermione Potter 112


Capítulo 6
Capítulo VI


Notas iniciais do capítulo

Olá! Aqui vai mais um capítulo novinho para vocês!
Eu sei que vocês querem muito ver como será o almoço, mas ainda não é neste capítulo, prometo que é no próximo.
Este capítulo pode ser um bocadinho chatinho, mas foi necessário para ficarem a conhecer melhor os personagens e as suas famílias.
Espero que gostem, boa leitura!



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No dia seguinte, Alvo, Rose e Scorpius acordaram bastante ansiosos, pois seria o primeiro dia que iriam estar todos juntos. Finalmente, poderiam conversar sobre o que estava a acontecer. Scorpius pensou em levar o livro para casa de Alvo a fim de os três poderem começar a lê-lo.

Scorpius acordou cedo e juntou-se aos pais para tomar o pequeno-almoço. Após os cumprimentar, sentou-se e começou a comer, calado e pensativo.

– Aconteceu alguma coisa ontem no beco? – perguntou, baixinho, Astoria a Draco. – Ele está assim calado e pensativo desde que voltaram e eu não sei o que se passa.

– Não, talvez esteja só ansioso por Hogwarts – disse Draco. De facto, ele tinha uma ideia do que se passava pela cabeça do filho, pois ouviu o que o senhor Olivander dissera, mas sabia que esta aventura seria só dele e dos amigos, por isso, iria guardar para si o que sabia e intervir apenas se fosse muito necessário.

Na casa de Rose, o cenário era bem diferente. A menina tinha ficado até bastante tarde a pensar no mistério que tanto os intrigava. Tinha, até, feito uma lista de tudo o que sabiam, para poder discutir com Alvo e Scorpius as suas conclusões. Nessa manhã, estava tão cansada que já eram onze e meia e ela ainda não tinha acordado.

– Hugo, vai acordar a tua irmã – pediu Hermione. – Se ela demorar muito vamos atrasar-nos!

– Porquê eu? – perguntou Hugo, que estava a ver um dos seus programas favoritos na televisão.

– Pronto, não vás, depois tens menos tempo para brincar com a Lilly, mas deixa lá! – disse Ron, sabendo perfeitamente que o filho adorava estar com a Lilly.

Hugo não precisou de ouvir mais nada, correu imediatamente para o quarto da irmã. Antes de a acordar, viu um pergaminho muito bem dobrado sobre a secretária de Rose. Incapaz de resistir à curiosidade, pegou o papel. No momento em que fez isto, um alarme começou a tocar, acordando Rose e assustando Ron e Hermione, que correram para o quarto da filha.

– O que se passa? – quis saber Hermione.

– Foi o Hugo – disse Rose irritada, tirando o pergaminho das mãos do irmão. – Eu usei um daqueles pergaminhos enfeitiçados contra intrusos que tu me deste no meu aniversário e ele foi mexer nele! Não sabes que é muito feio mexer nas coisas que não são tuas, maninho?

Hugo ficou atrapalhado, sem saber o que dizer. De facto, tinha mexido em algo que não era dele, mas só queria ler, só estava curioso.

– Eu pensei que não fazia mal, afinal era só um bocado de pergaminho! – disse Hugo, fazendo um ar inocente que não convenceu ninguém.

– Um pergaminho que não era teu! – disse Hermione. – Isto é para aprenderes a não mexer naquilo que não te pertence.

Hugo olhou para o pai, em busca de apoio. Ron encolheu os ombros. De facto, ele faria exatamente o mesmo que o filho, mas sabia que Rose e Hermione tinham razão, por isso preferiu ficar calado, não tomando qualquer partido na discussão.

– Bom, é melhor irmos, com isto tudo já é quase meio-dia – disse Hermione, começando a ficar nervosa pois odiava atrasar-se.

– Meio-dia? – gritou Rose. – Saiam, saiam, preciso de me despachar!

Ron sorriu. De facto, em termos de personalidade, Rose era a cópia de Hermione, enquanto Hugo era a sua cópia. Não pôde deixar de pensar que ele e Hermione tinham dois filhos perfeitos. Olhou para a esposa com um ar apaixonado. Mesmo após estes dezanove anos juntos, ainda a amava tanto ou mais que no início do seu namoro.

Ron e Hermione saíram, enquanto Hugo ficou no quarto.

– O que tem esse pergaminho? – quis saber Hugo, tentando a sua sorte, quem sabe a irmã decidisse contar-lhe.

– Não é da tua conta – disse Rose, já irritada por estarem atrasados. – Agora sai, deixa-me despachar – acrescentou, escolhendo a roupa que iria vestir.

Hugo, vendo que não conseguiria as informações que queria, decidiu ir-se embora. Talvez ele e Lilly conseguissem um segredo que não iriam contar a ninguém. Iria falar com a prima e iriam arranjar algo que fosse um segredo só deles!

Alvo, tal como Scorpius, também acordou cedo. A primeira coisa que fez, foi pegar na sua varinha e olhar para ela atentamente. Quem sabe ao olhar para ela visse alguma coisa de especial.

Passado algum tempo, teve uma ideia. Se juntassem as varinhas, o que aconteceria? Sabia que a prima iria trazer a sua varinha, pois, conhecendo-a como conhecia, sabia que ela não a iria largar nunca mais, tal como, aliás, o próprio Alvo. O problema é que não conhecia Scorpius o suficiente para saber se ele iria trazer a sua própria varinha. Como o almoço estava combinado para a uma hora da tarde e naquela altura já eram nove e meia, duvidava que Scorpius recebesse uma carta a tempo se a mandasse. Restava apenas esperar, para ver se teriam sorte.

Enquanto estava nessa dúvida, James entrou no quarto.

– Então, maninho, não consegues deixar de olhar para a tua varinha? Quantos feitiços das trevas já aprendeste a fazer com o teu novo amiguinho Slytherin? Ainda bem que conheceste o Scorpius, caso contrário irias sentir-te sozinho na tua nova casa!

– Não me chateies – disse Alvo sem se importar. Agora tinha algo que o irmão nunca tivera, um interessante mistério para resolver. James poderia dizer o que quisesse, pois nesse dia nada afetaria Alvo.

James ficou surpreendido com a atitude do irmão. Normalmente, Alvo ficava irritado sempre que se falava nos Slytherin e nesse dia nem se importava. O que se passaria?

– O que se passa? Precisas de ajuda? – perguntou James. Não queria admitir, mas ficara preocupado com Alvo.

Alvo ficou pensativo. Talvez James os conseguisse ajudar, mas este mistério era dele, Scorpius e Rose.

– Não é nada – disse Alvo por fim. – Só tenho que arrumar o quarto para logo e não me apetece.

James não acreditou, mas saiu do quarto do irmão, pois teria que arrumar o seu próprio quarto antes que a mãe lá fosse e lhe desse um sermão de meia hora.

Alvo arrumou o seu quarto rapidamente, ainda pensando no mistério das varinhas. Só esperava que Scorpius se lembrasse de trazer o livro, para o lerem todos juntos. Se ele soubesse onde o amigo morava, seria bem mais fácil, pois saberia se valia ou não apena mandar-lhe uma carta pela Hedwig.

Quando acabou de arrumar o quarto, foi ajudar os pais a preparar o almoço. Alvo conhecia perfeitamente a rivalidade entre Draco e a sua família, por isso, sabia perfeitamente o quanto este almoço seria importante. Afinal, ele não queria a sua família contra a família do seu amigo!

– Mãe, pai, precisam de ajuda? – quis saber Alvo.

– Sim, preciso que vás ajudar os teus irmãos a arrumarem o quarto, ou melhor, ajudes a Lilly e vejas se o James está a arrumar o dele – pediu Ginny, não tirando os olhos do prato elaborado que estava a preparar. – Leva o teu pai – acrescentou, pois Harry, na ânsia de ajudar, só atrapalhava.

Alvo e o pai foram fazer o que Ginny pedira. Enquanto Harry ia ter com Lilly, Alvo ajudava James a arrumar a confusão que o irmão tinha no quarto pois se não o fizesse sabia que o irmão iria demorar imenso tempo e podia ficar em apuros se a mãe visse como estava o quarto.

– É agora que me contas o que se passa? – insistiu James.

– Não posso, é um segredo – disse Alvo.

– Conta lá, eu nunca te deixo de fora! – exclamou James.

– Até parece, andas sempre a fazer planos secretos com o Fred e eu nunca entrei em nenhum – disse Alvo. Fred era filho do seu tio George e o melhor amigo de James.

James ficou calado. De facto, o irmão tinha razão, por isso, decidiu não insistir mais.

A hora do almoço aproximava-se. Enquanto em casa de Alvo tudo estava calmo, na de Rose todos se apressavam para conseguir chegar a tempo. Rose levou uma mala onde colocou a sua varinha e o pergaminho que tinha feito, tendo o cuidado de a manter sempre por perto para que ninguém espreitasse o que ela tinha lá dentro.

Quanto a Scorpius, antes de sair resolveu colocar a varinha no saco onde levava o livro, pois tinha tido exatamente a mesma ideia de Alvo. Agora, só esperava que Rose também levasse a sua varinha!


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