Departed Guardians escrita por Nammyee


Capítulo 4
III - Hooked on a Feeling




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/557268/chapter/4

Steve decidiu ficar na Torre Stark apesar de não se sentir confortável dormindo em uma cama com plumas de ganso, aliás, a ideia de dormir em algum lugar que tivesse algum conforto o deixava incomodado.

Como soldado, havia aprendido que luxo não era algo disponível nos campos de batalha. Qualquer coisa servia para se ter um descanso merecido, até mesmo folhas secas de árvore. Estar rodeado de coisas caras, longe de seu alcance, acabava aumentando a sensação de que poderia gostar daquilo e que não saberia mais viver sem.

Fazia isso por precaução. Havia prometido que cuidaria da vigilância de Estellise Maats enquanto estivesse hospedada na Torre, um pedido feito diretamente por Tony e Natasha; a última não confiava plenamente na moça, havia dito qualquer coisa após a discussão sobre suas habilidades que deixou Cap curioso.

– Ela é muito fraca. – Clint Barton observou. – Nem precisamos de segurança extra para isso.

– Eu achei que ela lutou bem. – Steve retrucou sutilmente.

– Ela perdeu de propósito. – Natasha encerrou o assunto de forma brusca.

Forte o suficiente para enfrentar Natasha e perder propositalmente. Talvez a luta tivesse servido para restaurar o tal tradutor, afinal, Estellise estava mais falante do que o primeiro encontro entre os dois.

Levou em torno de dois dias para J.A.R.V.I.S retornar com a nave, Tony explicou depois que a demora havia sido culpa da burocracia dos governos – americano e canadense – que demoraram a liberar para o bilionário, uma nave espacial alienígena para conserto, mas Tony Stark tinha seus meios. Algumas notas foram usadas, segundo o gênio, e a lábia fez o resto do trabalho para que não houvessem perguntas a serem feitas, tudo sob a desculpa de que os Vingadores sabiam com o que estavam lidando.

Com ajuda de um Quinjet guiado por James Rhodes e auxiliado por J.A.R.V.I.S, Genova foi realocada até a Torre. O amigo de Stark não fez muitas perguntas, Steve se lembrou que ele havia pedido ao bilionário para não ser incluído em qualquer problema que pudesse gerar ao trazer uma espaçonave para Nova Iorque.

A nave possuía o formato de um triângulo estilizado, com asas negras e o prateado cobrindo o restante da pintura, riscos verdes cruzavam as extremidades da área onde o piloto tinha visão. Suspensa por cabos no Quinjet, a nave foi colocada de modo a ficar completamente estacionada dentro da Torre, sem qualquer chance de ser vista no exterior. Como Tony havia dito, a Torre comportou sem problemas o tamanho da espaçonave e ainda deixou espaço para que os trabalhos fossem feitos ao redor dela.

Genova estava muito danificada, com arranhões e rachaduras por todos os lados. A pintura estava ligeiramente apagada devido aos impactos sofridos na queda e na entrada da Terra, algumas extremidades da nave estavam chamuscadas, mas fora isso, parecia ter condições de voar.

Ninguém havia conseguido entrar em Genova. De acordo com Tony, a máquina deveria estar programada para permitir a entrada somente mediante autorização de Estellise e a mesma ainda estava sendo tratada por Banner e o próprio Homem de Ferro.

Na tarde do terceiro dia, Steve decidiu procurar a jovem para lhe informar da recuperação da nave. Estava no setor laboratorial da torre, aonde Tony e Bruce vestiam jalecos e admiravam Estellise deitada em uma maca, rodeada de aparelhos que – ao ver de Steve – serviriam para tratar o Extremis em seu corpo; estava isolada dos demais por um paredão de vidro.

– Está tudo bem por aqui? – Ele indagou.

Tony e Bruce se viraram para o soldado, estavam com óculos escuros.

– Oh, e aí Cap? – Tony o saudou e se voltou para Estellise. – Estávamos no meio da operação, ahn, estabilizar o Extremis nela.

– E isso é normal? Toda essa parefernalha tecnológica?

– São raios gama, similares aos que recebi. – Bruce explicou. – Fizemos uma teoria e acho que conseguiremos estabilizar, ao menos, os efeitos hormonais que causam o transtorno psíquico. Ou seja, ela não terá surtos de raiva.

– E nem cuspirá fogo. – Tony riu, mas se conteve com o olhar de censura dos dois companheiros. – Digo, ela perderá boa parte dos grandes poderes. Menos responsabilidade e todo esse blá, blá, blá.

Steve ficou inconformado com a falta de preocupação do bilionário.

– Você testou isso antes?

– Já. – Ele respondeu secamente. – Pepper.

– O quê?!

– Ela está viva ainda. Totalmente estável. – Tony retrucou. Retirou os óculos de proteção e encarou o Capitão. – Acha mesmo que iria arriscar a vida de uma pessoa com algo assim?

– Ele testou na Pepper. – Bruce repetiu.

Por um momento, Steve achou que Stark iria bater no colega, mas o mesmo deu um riso sarcástico e se voltou para os controles dos aparelhos.

– Está tudo sob controle, Capitão. – Bruce disse tranquilamente. – Essa não é exatamente minha especialidade, mas tive ajuda do Stark e de J.A.R.V.I.S que ajudaram a elaborar uma resposta ao vírus Extremis.

Fico feliz em ajudá-lo, Dr. Banner. – A voz robotizada ecoou na sala.

– Qualquer problema, J.A.R.V.I.S irá parar a máquina na hora.

Steve balançou a cabeça e resolveu sair dali, mas ouviu a voz de Estellise e no mesmo instante congelou.

– Isso não vai doer muito, não é? – A voz cantada foi ouvida por caixas de som. – Digo, estarei acordada?

– Você nem precisará de internação, é só uma medida para controlar o Extremis. – Bruce explicou. – Indolor.

– Oh, bem. Devo ter tido experiências piores que esta. – Ela riu consigo mesma. – Podem continuar se quiserem, prometo não atrapalhar. Posso até contar algumas histórias de quando eu fui visitar Kyln.

– Não será necessário, querida. – Tony respondeu. – Se bem que, poderia nos falar mais sobre as alienígenas e sua anatomia.

– Apenas fique calada, Estelle. – Bruce interveio.

Steve saiu da sala e aguardou por algum tempo. Algo que parecia ter sido horas, mas quando menos esperava, a porta ao seu lado se abriu e revelou Estellise acompanhada dos dois Vingadores.

A jovem estava com os cabelos soltos e desgrenhados, a franja colada na testa empapada de suor e os olhos fixos em Cap quando o viu.

– Capitão Rogers! – Ela sorriu. – Estava nos esperando?

– Só Steve. – Disse acanhado. – Ah, sim. Algo do tipo.

– Devo tê-lo deixado esperando muito tempo! Desculpe-me, mas há um tempo de espera para que não haja contaminação dos tais raios gama.

– Não esperei muito. Bem, vim informá-la que a Genova está estacionada em segurança no anda—!

Estellise o abraçou de supetão e correu para o elevador como uma criança em busca de seu brinquedo. Deveria ainda estar sentindo os efeitos colaterais do tratamento recebido, já que não havia demonstrado qualquer receio.

Steve deixou escapar um sorriso no canto da boca quando sentiu um leve tapa em suas costas.

– 3 dias. Essa menina genial levou 3 dias para te encantar? – Tony disse. – Não são efeitos colaterais, arrisco dizer que essa menina é muito parecida comigo.

– Como é? – Steve perguntou sem tirar os olhos de Estelle que desaparecia na porta do elevador.

– Colaterais. – Tony repetiu. – Ela tem uma personalidade bem parecida com a minha, tirando a excentricidade que Pepper adora, ela é tão genial quanto eu.

– Ou qualquer cientista renomado. – Bruce completou. – Ela se distrai facilmente com a tecnologia, não leve a sério.

– Fico surpreso que tenha levado tanto tempo, acho que o gelo andou afetando sua percepção, Picolé. – Tony completou.

– Ah. Então...

– Ela não está interessada em você. – Os dois colegas responderam em uníssono.

– Quê?! – Steve se voltou surpreso. – Não foi isso que eu quis dizer.

– Certo, Cap. – Tony assentiu com a cabeça.

– É sério! Não tenho tempo para esse tipo de coisa.

– Nenhum de nós tem. – Tony continuou.

No último andar, a nave estava rodeada de aparatos eletrônicos criados por Stark. Ali era seu novo laboratório e local para passar as horas vagas quando não estava com Pepper.

Conforme dito por Steve, Genova estava seguramente parada. Estelle correu até a nave e tocou na parede metálica nos fundos da mesma, sendo acompanhada pelos três companheiros que estavam com ela anteriormente.

Natasha e Clint haviam saído para correr, se Steve lembrava bem, então não estariam presentes.

– Temos um longo trabalho pela frente, não? – Estelle sorriu para a nave. – Você segurou bem a barra.

– Temos uma pessoa sentimental no grupo. – Tony debochou.

Estelle o ignorou e tocou novamente na parede da nave e a mesma emitiu um ruído seguido por voz masculina robotizada.

Identidade confirmada. Bem vinda de volta, senhorita Estelle.

A grande porta traseira se abriu e a jovem escapuliu para dentro, Tony e Steve se aproximaram para conferir.

Estava tudo bagunçado, itens fora do lugar e muitos fios desencapados. Mas nada abalou Estellise que se dirigiu inicialmente para frente da nave, perto da área do piloto e olhou admirada para um pequeno display de led avermelhado.

A viajante tocou alguns botões que Steve não teve certeza de onde surgiram e ouviu alguns bips. A imagem de um rapaz de cabelos claros e olhos igualmente parecidos surgiu, estava com o semblante preocupado.

– Estelle? – Peter Quill disse surpreso.

– Hey. – Ela acenou brevemente.

– Facetime. – Tony acenou a cabeça para Bruce. – Moderno.

Quill encostou o rosto na tela de modo a ficar apenas com os olhos visíveis.

– Eu estive te ligando há um tempão! Cara, achei que tivesse acontecido alguma. Pf, quem me ligaria mais de 30 vezes?

– Você viu que eu liguei mais de 30 vezes e não atendeu? Inacreditável! – Estelle retrucou. – A Genova está avariada, não posso sair daqui! Preciso de sua ajuda, mas sequer consigo falar com você em uma maldita ligação!

– Salvando a Galáxia te lembra de algo? – Quill estufou o peito.

– Meu problema pode... pode estar relacionado com isso. – Estelle fez muxoxo e revirou os olhos. – Mas veja bem, é algo completamente inaceitável vindo de alguém como você.

– Cara, não temos mais 12 anos, aceite. – Ele parou por um instante ao ver a expressão horrorizada da jovem. – Digo, foi mal. Estava em Knowhere organizando nossa Base de Operações, Rocket conseguiu por um preço acessível. Não fiquei na Milano esses dias.

– Tudo bem, eu peço desculpas também.

– Own, que reunião amorosa. – Ouviu-se uma voz grossa e irônica ao fundo. Peter se virou para o lado e resmungou alguma coisa que Steve não entendeu, havia ouvido algo relativo a: Guaxinim Maldito.

– Enfim, já que estamos conversando... O que houve? – Star Lord perguntou.

– Eu posso ter me acidentado em um planeta fora dos limites e interagi com os habitantes dele, mas tudo por uma boa coisa. – Ela murmurou.

– E este planeta... ?

– É a Terra.

Seja o que for de grave que tenha ouvido, a expressão de Quill assumiu de completo pavor. Ele berrou um QUÊ que fez com que todos tapassem os ouvidos na Genova, via-se na tela ele caminhar de um lado para o outro sem dizer nada.

– Você não está na Terra. – Peter afirmou.

– Eu estou.

– Mas que mer- Tá. – O homem respirou fundo e encarou a tela. – O que aconteceu para parar aí?

– Minha nave foi abatida, não me lembro de muita coisa... Acho que estava tentando fugir de alguém, acabei entrando na atmosfera do planeta e estou aqui. – Ela estendeu os braços. – Mas eu sei de uma coisa, isso tudo envolve Thanos e Ronan!

– Impossível, derrotamos Ronan. – Quill balançou a cabeça. – Ele morreu.

– Não até onde eu me lembre, tenho a imagem dele em minha memória.

– Você bateu a cabeça, literalmente. Escuta, a Terra é Fora-dos-Limites, sabe a penalidade disso? Vai apodrecer em Kyln, tem noção de como é lá?

– Ouvi dizer que dá para comprar uma perna mecânica. – Estelle ironizou.

Ao fundo, Rocket soltou uma gargalhada esganiçada enquanto Quill mantinha o semblante de poucos amigos.

– Me escuta, Estelle.

A conversa entrou em assuntos que estavam muito longe do entendimento de Steve. Ele ouviu calado, apesar de surpreso com a revelação da personalidade de Estelle.

– O fato é que Ronan está vivo e jurou vingança contra nós. – Estellise cortou a reclamação do suposto amigo. – Eu sei.

– Ele quer vingança contra nós, os Guardiões, certo?

– Não.

– Ai. – Peter coçou a cabeça. – A Terra?

Estellise assentiu com a cabeça.

– Tudo bem, deve ter conserto isso. Seu pai iria me matar. – Ele alisou o rosto. – A única que pessoa que pode saber mais sobre o paradeiro de Thanos, é aquele cara em Knowhere. Preciso que venha aqui e aí vemos o que pode ser feito. Ele não anda com o melhor dos humores para nos ver.

– Esperava que viesse me ajudar nos reparos.

– Vai sonhando, Estelle. – Ele deu uma risada alta. – Tente não se envolver demais aí, sabe das regras.

– Ah, claro. – Estelle ergueu as mãos. – Falou a pessoa que mantém as fitas.

– Os Awesome Mix são uma preciosidade, não se atreva!

– Não disse nada. Nos vemos em Knowhere, então. Acho que em uma semana consigo terminar tudo aqui, certo?

– Não me deixe na mão, Maats. Mantenha-me atualizado. – Ele acenou. – E NÃO SE ENVOLVA!

– Tchau, Quill. – Estelle tocou na tela e mesma desligou-se.

A jovem se voltou surpresa para a presença dos demais. Olhou para o chão, sem saber o que dizer.

– Suponho que não tenha nos mencionado para evitar uma briga. – Steve observou.

– Peter tem sérios problemas com a Terra, não seria justo da minha parte falar de vocês no primeiro contato. Eu e ele fomos levados daqui muito jovens, não nos lembramos bem de como era.

– E você está aqui e ele não. – O Capitão continuou.

– Mais ou menos. Ele tem sérios complexos com os terráqueos. – Estelle disse.

– E quando ao Fora-dos-Limites? – Tony questionou.

– Eu posso ter esquecido de mencionar que a Terra não pode ser visitada, legalmente, por seres de tecnologia avançada. Vir aqui é o mesmo que cometer uma penalidade séria contra a galáxia, mas eu me acidentei, nada pode ser feito quanto a isso. – Ela justificou.

– Tudo resolvido então? – Tony bateu as palmas.

Estellise fez que sim.

– O que está feito, está feito. Precisamos colocar essa belezinha de volta no ar e arrumar o interior para manter certo nível de conforto.

– O que? Não preciso disso. – Estelle retrucou.

– Pediu nossa ajuda, senhorita Maats. Iremos com você, para Knowhere. – Bruce disse um tanto quanto receoso.

Ela pareceu aceitar a ideia, já que não falou nada em resposta.

– Não imaginei que quisessem me acompanhar, quando lhes pedi ajuda. – Ela murmurou. – Fico feliz por isso.

Mas Tony não disse nada. Saiu da nave em busca de materiais para começar os reparos enquanto era seguido por um drone controlado por J.A.R.V.I.S.

Steve se aproximou cuidadosamente da jovem que admirada o assento do piloto e passava a mão pelo couro.

– Eu ficarei ali fora, a tecnologia e eu não combinamos. – Ele informou.

– É mesmo? – Ela disse.

– Se precisar de algo que não envolva esse tipo de coisa, pode me chamar. Melhor deixá-la com os profissionais. – Steve tentou sorrir.

– Eu poderia ter a ajuda de um não-profissional, Senhor Rogers. – Estelle observou. – Nem tudo aqui é mecanizado.

– Mesmo assim, prefiro não me envolver.

Estellise assentiu com a cabeça e devolveu o meio sorriso para o herói. Ela caminhou e desapareceu em um dos cômodos da aeronave, voltando com uma muda de roupas nos braços.

– Vou ajudar nos reparos, é minha nave afinal de contas. – Explicou encabulada, um vermelho sutil tomando conta das maçãs de seu rosto. – É o meu trabalho.

– É mecânica, senhorita Maats? – Banner olhava para a estrutura interna de Genova, enquanto fazia a pergunta.

– Sou especialista em naves como esta, sim. Mas meu objetivo é trabalhar com maiores, comandá-las, sabe? Sempre sonhei em trabalhar na Nova Corps. – Ela respondeu com uma voz sonhadora. – Mas a vida com Peter Quill não facilita muito.

– Nova Corps é algum tipo de exército? – Steve perguntou.

– Sim, a polícia espacial de Xandar e seus arredores. Meu pai faz parte da N.C. – Estelle explicou sem se aprofundar.

Dava para entender. O sonho de Steve sempre foi entrar no exército e servir seu país, mas em Estelle, a vontade vinha de seguir os passos do pai.

Era algo completamente nobre da parte dela. Aliás, tudo na moça era completamente correto, não tinha o que temer.

Foi então que algo disparou, seu peito se aqueceu mais que o normal, como se tivesse corrido por horas e parado somente naquele instante.

Não, isso não estava certo. O coração bateu mais rápido, porém o suficiente para esconder a sensação dos presentes. Ele ajeitou a jaqueta no corpo e alisou o pescoço.

Havia achado o olhar de Estelle, lindo. A quem estava tentando enganar? Ela era bonita. Porém decidiu afastar estes pensamentos, não eram apropriados.

– De todo modo, ali fora. – Ele apontou calmamente para trás e saiu.

Não viu se Estelle acenou para ele ou se falou algo, caminhou para fora porque não se sentia a vontade com tanta coisa nova. Apesar de odiar mentiras, resolveu dizer que estaria à disposição, mas saiu pelas ruas de Nova Iorque para caminhar.

Precisava acalmar os pensamentos e, principalmente, a palpitação incomum. Talvez fosse o fato de estar rodeado de tecnologia ou coisas vindas de um futuro ainda mais longínquo que o seu, mas ele decidiu esquecer o que tinha acontecido.

Na entrada da Torre, esbarrou em Natasha que chegava de sua corrida ao lado de Clint.

– Hey. – Ela o cumprimentou. – Aonde vai?

– Não sei. – Steve respondeu com sinceridade.

Barton fez o sinal para a colega e adentrou a torre, Natasha voltou sua atenção para Steve.

– Diga, o que está acontecendo, Steve? – Seu tom assumiu uma forma mais carinhosa. Na ausência de Clint, ela era mais amigável.

– Eu provavelmente não deveria dizer... – Ele ficou cabisbaixo. – Muito tempo no gelo me fez perder alguns parafusos.

– Nem me fale. – Ela tentou brincar. – O que está te incomodando?

– Eu não tinha que estar aqui, preciso encontrar meu amigo e enquanto fico fazendo este trabalho, ele está lá fora, perdido. – Steve disse. – Disse que iria achá-lo, mas me sinto impotente, visto que essa menina precisa da nossa ajuda.

– O Soldado Invernal. – Natasha disse mais que para si mesma. – Ele não quer ser encontrado, acredite em mim. No momento certo, você o achará.

– E ainda tenho essa sensação estranha, um sentimento que não consigo descrever. – Steve continuou inquieto. – Não sei o que fazer quanto a isto.

– Bem, eu estou cansada, mas consigo dar mais algumas voltas. Está a fim de ir comigo?

– Pensei que não fosse perguntar.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Departed Guardians" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.