Paily: Winter and Pool escrita por tat maslays


Capítulo 9
Mamãe sabe mais




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O sol iluminava o interior de seu quarto, mas nem isso foi o suficiente para que Paige se empolgasse para nadar.

A nadadora pegou o celular sobre o criado mudo para olhar as horas, e viu que já se passava das dez.

Estava tarde, e já havia passado do horário de levantar apesar de ser sábado, aos sábados geralmente levantava as oito.

Paige ainda deitada olhou para o teto, recordando tudo o que havia acontecido na noite anterior.

Parecia um sonho poder sentir aquilo pela primeira vez em sua vida.

Paige ansiara por encontrar alguém que pudesse mexer com ela daquele jeito, e o fato de ter tido coragem suficiente para beijar Emily a deixava com medo, porque por mais lindo que fosse todo aquele torpor, ao mesmo tempo sabia que aquilo no que estava se metendo poderia ser seu maior pesadelo.

Não acreditava que havia beijado Emily Fields.

– Paige – ela escutou a irmã chamando e tirando-a de seus devaneios.

Quando viu Jasmine já entrara em seu quarto e se jogara sobre seu corpo na cama.

– Jass, já pedi para não fazer isso – repreendeu Paige furiosa se obrigando a sentar na cama e jogar a irmã de lado.

– Mamãe pediu para ver se você estava viva, ela estava preocupada porque não havia te visto na piscina ainda.

– Pode falar para mamãe que estou bem, e que não estou nadando porque estou um pouco cansada.

A pequena ruiva se aproximou da irmã colando a mão sobre sua testa, fazendo menção de verificar se a mesma não estava com febre.

– Você exausta? Deve estar doente então.

– Não estou doente, só estou um pouco cansada.

– Tudo bem, vou pedir para a mamãe vir ver o que você tem.

– Já disse que não estou doente, e além do mais já estou levantando – disse a nadadora jogando edredom de lado e tirando a blusa de moletom.

Paige caminhou até a banheiro da suíte e ligou o chuveiro antes que de se despir totalmente.

– Papai está em casa? – ela se viu na necessidade de perguntar a irmã, antes de se jogar embaixo d’água.

– Não.

– Menos mal – pensou Paige consigo, pois não sabia como iria encarar o patriarca da família McCullers depois de não haver levantado cedo para treinar.

Ao sair do banheiro Paige pode constatar que a irmã já havia sumido.

A nadadora colocou o moletom da equipe de natação com o primeiro jeans que encontrou no guarda roupa. E quando terminou de se arrumar desceu para tomar café da manhã.

Ao entrar na cozinha Paige foi surpreendida pela mãe que fazia algum tipo de torta com morangos.

Paige adorava morangos, e antes que a mãe consentisse pegou alguns e separou em uma tigela que completou com cereais matinais e um pouco de leite desnatado.

– Como está minha princesa? – perguntou a mãe interrompendo o que estava fazendo para olhá-la.

A mãe se aproximou e colocou a mão sob a testa da nadadora como a irmã havia feito anteriormente.

– Não! Você não está doente – constatou a ruiva antes de fixar os olhos minunciosamente sobre a filha.

– Estou bem, e já pedi para não me chamar assim mãe, já estou bem crescida – Paige corrigiu. Ficava envergonhada pela mãe a tratar como se tivesse a idade de Jasmine.

– Como foi seu encontro ontem?

– Não foi um encontro mãe, apenas sai com Lucy e David e ocorreu tudo bem! – esclareceu Paige sentindo suas bochechas corarem, com a simples lembrança do que ocorrera na noite anterior.

– Não tem nada que queira me dizer? – perguntou a mãe continuando a olhá-la

Paige interrompeu a colherada que estava levando a boca e olhou atônita para a mãe, quando Sarah McCullers fazia aquele tipo de pergunta, era porque ela sabia de algo.

– Não! Porque mãe?

– Seu semblante está mais leve, achei que pudesse estar doente pelo horário que acordou, mas você me parece feliz.

– Eu precisava de descanso mãe. Hoje finalmente consegui, por isso estou feliz – Paige explicou aliviada pela mãe não ter citado nenhum dos eventos da última noite.

Sarah voltou a mexer com as tortas,

– Seu pai foi para Filadélfia e pediu para que você leve sua irmã para a aula de canto às duas horas. Ele pediu para aproveitar que é caminho e levar a cesta de boas vindas a nova família que comprou a casa dos DiLaurentis

– Eles moram do outro lado da cidade. Nem nossos vizinhos são?! – Paige argumentou tentando não deixar transparecer o real motivo de não querer ir a residência dos Fields. Não esperava ver Emily tão cedo. Se tivesse sorte, ela não estaria em casa.

– Não pondere as ordens do seu pai, eles são clientes dele, e só estou passando o recado. Eu até faria isso, mas tenho uma reunião da igreja as três, então assunto encerrado.

Paige

Emily ouviu a campainha soar, mas nada fez.

Sua mãe estava em casa e logo atenderia.

Estava compenetrada na leitura do livro Mrs Dalloway de Virgina Wolf que o sr. Fitz, professor de literatura havia solicitado como leitura obrigatória, além de posteriormente ter que fazer uma análise para a disciplina de literatura inglesa que ele ministrava, Em era amante de leitura e por isso em pleno sábado a tarde o estava fazendo.

Desde que haviam se mudado, todos os dias aparecia alguém da vizinhança para fazer as recepções da família, e levar lembranças de boas vindas.

– Emily – escutou sua mãe chamá-la, temos visitas.

Odiava ter que ficar fazendo sala para as visitas e já evitara descer as escadas para poupar seu humor daquele momento.

– Sim mãe! Estou indo – gritou Emily arrumando os cabelos em um coque frouxo e colocando um moletom qualquer.

A primeira reação que Emily teve ao ver Paige sentada no sofá de sua sala de estar foi dar meia volta e voltar para o quarto, só não o fez porque sua mãe já lhe olhava como se Paige fosse sua amiga.

– Foi muito gentil da parte de sua família nos mandar essa cesta. Realmente ficamos muito gratos – escutou sua mãe falando para Paige.

– Meu pai queria ter vindo pessoalmente, mas ele é um homem muito , muito ocupado.

– Eu entendo. Você tem certeza que não aceita um chá? Um suco?

– Eu realmente agradeço Sra. Fields, mas já tenho que ir – proferiu a nadadora se levantando.

– Por favor Paige espere, precisamos conversar... - Emily se viu dizendo antes que a nadadora tomasse o rumo que havia proferido.


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