Red Angel escrita por Malina Endou


Capítulo 24
Capítulo 24- Treinos infernais.


Notas iniciais do capítulo

Yo!

Aqui está mais um capítulo de Red Angel!

Boa leitura!



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Pov Malina

Terminadas as aulas, fomos equipar-nos para começarmos os treinos. Tínhamos que nos preparar o jogo com o Gris. Alguns dos rapazes saíram logo para o campo enquanto eu, o Mamoru, o Kazemaru, Someoka e Goenji ficamos no clube juntamente com a Haruna que nos mostrava e contava informações sobre o nosso adversário.

—Todos os que jogaram contra o Gris até agora, dizem que esta equipe joga um futebol frio, preciso e sem erros.

—Zero, zero, zero? Não lhe fizeram um só golo.- Cheguei perto do pequeno portátil cor de rosa para confirmar. O Mamoru tinha razão.

—Não. Na verdade não lhes marcaram um só golo desde que o Sugimori Takeshi ocupou a posição de goleiro.- Ele era assim tão forte?

—Muito bem! Nesse caso já temos mais uma coisa para nos animar! Vamos vencê-los!

—Mamoru, não me parece que seja um motivo para nos animar.

—Se conseguiram copiar o Fire Tornado não me estranha que fossem capaz de para-lo.

—Afinal diziam a verdade quando disseram que tinham todos os nossos dados.

—Sendo assim acho que Dragon Tornado God também não nos servirá.- Era o que eu temia. O Someoka tinha razão.

—E o mesmo acontece com o Inazuma Otoshi, não?

—Precisamos de uma nova estratégia.- Era tudo o que tinha a dizer naquele momento. Tinha a cabeça uma grande confusão.

—Mas temos as técnicas!

—Mas não funcionam!- o Kazemaru levantou-se repentinamente da cadeira e bateu na mesa, assustando-me- Se eles não funcionam vamos meter-nos em sarilhos!

—E se continuamos a treinar ao ar livro, no final essa gente irá acabar por se aperceber e será para nada.

Ficamos em silêncio enquanto todos pensavam. Não sabíamos o que fazer! Precisávamos de um local para treinar sem sermos incomodados, filmados, copiados e tudo o que lhes viesse à cabeça. E de repente, a porta do clube foi aberta pela Aki.

—Ouçam rapazes, a Natsumi está a chamar-nos.

Todos nos entreolhamos antes de sairmos para ver o que a Raimon queria de nós. Estávamos num momento importante, o que poderia ser? Simplesmente, a Aki conduziu-nos até uma outra parte de trás da escola, bem distante do clube, um local entre as várias árvores por trás da escola onde havia um pequeno monte redondo com duas porta castanhas que tinham desenhadas dois relâmpagos. Esperamos, mas nada acontecia.

—Pode saber-se porque nos chamou?- todos nos encontrávamos no local que a Natsumi indicou, mas ela era a única pessoa que não estava presente.

—Esperemos um pouco mais. Ela deve estar a vir.- Pedi.

Foi então que percebi que os rapazes estavam todos a atuar de forma estranha. Pareciam assustados com qualquer coisa.

—Rapazes, este edifício é um pouco sinistro, não?- o Domon foi o primeiro a queixar-se.

—É um dos sete lugares encantados do nosso Instituto, A Porta que Não se Abre.- Começou o Megane por contar.

—Existe uma coisa assim aqui?- era nova na escola, havia coisas que ainda desconhecia.

—Diz-se que há um tempo uns quantos alunos desapareceram de repente em frente a esta porta.- Estava a ficar realmente assustada.

—Goenji...- comecei a esconder-me atrás dele que apenas se ria da minha figura. Nunca gostei daquele tipo de histórias, inventadas ou não, mas estar assim bem à minha frente algo tão assustador era horrível!

—Desde aquele dia se um aluno entra neste lugar, nunca mais volta.

Nesse instante, lentamente, as portas começaram a abrir de par em par, revelando a silhueta escura de uma jovem. O grito do Megane foi o primeiro que ouvimos fugir, seguidos dos gritos da Aki e da Haruna, com a continuação do meu que me escondia atrás do Goenji, agarrando-lhe a camisola do equipamento com toda a força, para depois ser o grito do Kabeyama a ouvir-se pelo ar.

—Vieram todos, certo?!- espreitei por cima do ombro dele e vi que afinal era apenas a Natsumi. Soltei a camisola do numero dez e suspirei.

—Mais calma?- fitei, vendo-o conter o riso, mas não pude evitar rir só para não chorar com o embaraço.

—Sim.- Olhei a meu redor e vi que todos estavam tão surpresos quanto eu.

A Natsumi convidou-nos a entrar para dentro daquele local, passando as grandes portas de metal, que, lentamente, se foram fechando atrás de nós. Começamos a descer uma longas escadas pouco iluminadas por umas quantas lâmpadas que nos permitiam ver, até chegarmos chegarmos a outras partos, ainda mais altas, que foram logo abertas mas nos aproximamos. As luzes do interior daquela enorme sala foram ligadas e o que vimos a seguir foi surreal.

—Vamos. Passem.- A Raimon foi a primeira a entrar.

—O que é isto?- o Mamoru foi o primeiro a falar.

—Estamos no lendário recinto secreto de treinos especiais do Inazuma Eleven.- Todos ficamos espantamos com aquela revelação. Os lendários jogadores da Raimon já tinham treinado ali?!

—A sério que eles treinaram aqui?

—Claro que sim.- Aproximei-me dela e do meu primo, observando melhor o local.

—Mas, Natsumi, como soubeste deste sitio?- perguntei.

—Encontrei-o por acaso.- Riu-se. Isso não respondia bem à minha pergunta, mas o que importava era que ela o tinha descoberto- Reformula-mo-lo para converte-lo num campo de treino de técnicas.

—Podes usa-lo?!- parecia que eu e o Mamoru estávamos a pensar na mesma coisa.

—Seria absurdo que ninguém o usasse, não?

—A sério?! Isso é fantástico! Muito obrigado, Natsumi!- o agradecimento do meu primo parece tê-la deixado envergonhada. Não pude evitar sorrir.

—Mas que fique bem claro que só o fiz porque não quero que o nosso Instituto sofra a humilhação de uma derrota.

—Sim. Entendido!- Respondi.

—Boa! Isto sim é emocionante!- era incrível como ele nos conseguia contagiar a todos com a sua alegria.

Começamos logo a decidir que tipo de treino iríamos fazer. Claramente o Mamoru iria fazer o seu próprio treino e o resto tentaria algo novo ou que fosse melhor com as suas habilidades. Entretanto despedi-me das meninas que foram saindo, deixando-me como a única rapariga dentro daquele espaço. Por vezes sentia-me um pouco deslocada ao ser a única mulher numa equipe formada apenas por homens. Felizmente, desde o inicio, todos me fizerem sentir bem vindo, sem nunca me descriminar, mas apenas olharam para as minha habilidades como jogadora.

—Esta porta tem cadeado com cronometro e não se abrirá até que não se tenham realizado uma série de exercícios. Por isso, toca a trabalhar.- Os altifalantes foram desligados após o comunicado da Natsumi.

Todos nos pusemos em várias máquinas, paradas e sem sabermos como é que eles funcionavam, até que de repente fomos obrigados a correr quando as passadeiras começaram a andar por baixo dos meus pés. Eu, o Kazemaru, Someoka e Shourinji estávamos numa espécie de tabuleiro de jogo de apostas quando aquilo começou a andar a roda, fazendo-nos correr o mais depressa que conseguíamos para não tropeçar. Os rapazes só gritavam “Cuidado!”, “Não parem! Correram!”. Eu corria! Mas só me apetecia gritar! Pelo menos alguns dos rapazes faziam-no. Nem queria imaginar o que estariam a fazer.

As horas foram passando as máquinas ficavam cada vez mais rigorosas. Os gritos de medo já haviam parado após a primeira meia hora, até que chegou a altura em que tudo parou... Tinha acabado o treino. Todos nos dirigimos para a porta, esperando que ele abrisse, mas estávamos tão cansados que até o chão parecia confortável. Quando se abriram, vimos a Aki e a Haruna à nossa espera, vendo o nosso estado lamentável. Todos sujos, arranhados e cansados.

—Eu pensava que ia morrer aqui dentro.- O Kurimatsu não era o único a pensar daquela maneira. As minhas pernas já não tinham força para se manter em pé. Até para estar sentada tive que me encostar ao Mamoru, e ele está deitado.

—O Inazuma Eleven passou por estes treinos?- era-me difícil acreditar que tenham sequer sobrevivido.

—Superamos o mesmo treino que a lendária equipe Inazuma Eleven.

—Mamoru...- suspirei. Claro que ele tinha de estar entusiasmado! Não seria ele se ainda não fosse.

—Sim, mas não podemos permitir que tenha sido em vão.- Estava de acordo com o Goenji.

—Sim.

—Vamos treinar aqui todos os dias da semana até o jogo.

—Sim.- Ainda que todos concordassem, mal tínhamos força do nosso capitão para estarmos empolgados com isso.

Assim foi. Todos os dias fomos para aquele local treinar. Os treinos eram cada vez mais rígidos, os arranhões e nódoas negras cada vez apareciam mais, e nós saíamos esgotados daquela sala. Sempre que podíamos trocávamos de máquina e fazíamos um novo exercício, caindo várias vezes mas sem nunca desistir. Os meus pais todos os dias me viam chegar a casa cansada, e comia tão rápido que mal terminava caia que nem uma pedra na cama, mas eles não perguntavam nada. Com certeza entendiam o quanto me estava a esforçar para melhorar e ajudar a levar a equipe à vitória. Por vezes saíamos para ir comer fora, no Restaurante Rai Rai, ainda que estivéssemos cansados. Era difícil até mesmo pegar nos hashi quando as mãos doíam tanto após tantas quedas.

—Que bem que sabe a chuva.- Declarou o Someoka caindo de rastos no chão lamacento. Mais um dia terminado, era hora de ir para casa.

—O jogo está quase ai, vejam lá se não apanham uma constipação.

—Sim.- Esperava mesmo que eles tivessem ouvido o meu recado. Precisávamos de toda a equipa.

***

O dia do jogo finalmente havia chegado, assim como nós por fim estávamos na escola Gris. Era meio estranha. Havia imensas antenas e máquinas por tudo o que era sitio. Nem parecia uma escola ou um campo de jogo, apenas pelo terreno que era apresentado de baixo dos nossos pés.

—De certeza que isto é um campo de futebol?- podia ser um pouco indelicado da minha parte, mas tinha que o dizer.

—Não se preocupem se tem antenas que isso não afeta o futebol.- Sorri com a resposta do meu primo- Vamos.

—Sim.- E pusemo-nos em marcha em direção aos balneários.

Após procurar bastante, e correr muito também, encontrei uma wc feminino onde me pude equipar tranquilamente antes de deixar as minhas coisas no mesmo local que os rapazes. Ser do sexo oposto tem alguns desvantagens.

—Mamoru!- gritei ao ver o meu primo sair do balneário.

—Ah! Malina! Estás pronta?

—Sim.- Agarrei firmemente a mala e sorri.

Ia entrar para guardar as minhas coisas quando vi o capitão da Gris virar a esquina e aproximar-se para ir em direção ao balneário da sua equipe, mas parou diante de nós.

—São vocês.- Parecia admirado por nos ver. Pensava que iríamos desistir?

—Podem ter-nos vencido no duelo do outro dia, mas hoje não!- assenti.

—Já calculei a nossa percentagem de vitória.

—Ai sim? E qual é?- estava curiosa por saber. Ele começou a andar até nós, passando pelo meio de ambos.

—É melhor não perguntarem.

Nós íamos ganhar. Íamos mostrar-lhes o resultado do nosso treino e em como nada é decidido fora do campo de jogo.


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Notas finais do capítulo

Enfim, o capítulo foi pequenino, mas espero que tenham gostado!

Reviews?!
Kissus!



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