Aquela Flor escrita por aclark11


Capítulo 22
Cap 23 Boas Novas: Punição


Notas iniciais do capítulo

Olá meninas,
Aqui, mais um, eu espero que você gosta
Boa leitura, Obrigado pelos comentários e todas as suas belas palavras.
beijos



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SANTA TERESA...
Flávia e Giselle chegam na hora do café da manhã...
– Bom dia pai... mãe... Giselle abraça seus pais...
– Filha... ambos estão contentes com aquela visita... desde que Chica as fez assumirem a relação Gi fica o tempo todo com Flávia.
– Precisamos contar-lhes algo....Giselle está emocionada.
– O que será? ....pergunta curioso Ricardo.
– Vamos nos casar... diz Giselle.
– Ohh filha! diz Ricardo o primeiro a levantar-se...seguido de Chica envolvem as noivas em um emocionante abraço.
– Ohhh não podíamos receber melhor notícia... diz Chica ainda abraçada as meninas.
– Luisa! Luisa! Grita Ricardo.
– O que aconteceu senhor?...Luisa aparece na sala de jantar respirando agitada com a corrida.
– Traga nosso melhor champagne pois temos que brindar a essas duas que irão casar-se... Ricardo comemora feliz.
– Minhas meninas...Luisa abraça as duas feliz pela notícia.. .a felicidade toma conta de Santa Teresa.

NA DELEGACIA DE POLÍCIA...
Carvalho se despede das meninas...
– Fiquem tranquilas, com toda a informação que vocês nos forneceram temos o suficiente pra prendê-lo por muito tempo.
– Você tem certeza?... pergunta Marina preocupada.
– Ah claro que sim... confie em mim asseguro-lhes que aquele monstro estará atrás das grades quando menos vocês esperarem.
– E quando vão emitir o mandado de prisão? Clara está assustada com a ideia daquele desgraçado ainda estar livre...
– Vou agilizar os trâmites o mais rápido possível, nesse momento temos a casa vigiada, uma vez com o mandado poderemos revistar a casa em busca de alguma pista que possa nos conduzir ao seu paradeiro...por enquanto temos uma ordem de prisão pra aquela mulher.
– Cristina?... pergunta Marina.
– Isso mesmo...iremos prendê-la.
– Pelo menos já é alguma coisa.
– Sim...estamos avançando... para o bloqueio das contas e todo o resto precisamos de uma ordem judicial e estamos tentando consegui-la, é o que nos garantirá respaldo e pra que ele não tenha pra onde ir.
– E quando pensa em obtê-la?... indaga Marina.
– Tentarei fazer isso o mais breve que puder e as comunicarei...
– Mais uma vez muito obrigada... diz Marina estendendo a mão ao detetive que retribui.
– Só faço o meu trabalho.
As meninas saem da Delegacia e vão direto para o carro de Marina.
– Bom...só nos resta esperar diz Clara resignada.
– Isso... mas eles vão conseguir prendê-lo...Marina liga o carro e partem.
– Aonde vamos?...
– Pra casa de Dona Chica... se não aparecermos hoje é capaz de colocar uma equipe de resgate atrás de nós...as duas mulheres sorriem.
– Acredito que sim.
Em Santa Teresa o ambiente é dos mais festivos... as meninas entram e encontram a família sentada no terraço da casa compartilhando a alegria e conversando animadamente...elas entram de mãos dadas.
– A que se deve tanta alegria... Marina comenta ao observar a felicidade que se respira naquele lugar.
– Clara! Dizem Giselle e Flávia ao mesmo tempo...de imediato elas se levantam e correm até as recém chegadas fundindo-se em um emocionante abraço. Chica, Luisa e Ricardo se comovem com a cena.
– Oh meu deus...que felicidade!...estamos cheios de boas notícias..diz Chica.
– É isso mesmo meu amor...Clara apareceu e essas duas vão se casar...Ricardo fala emocionado.
– Poderia uma mãe estar mais feliz...responde a matriarca da família... realizada por ter sua família reunida.
– Felicidades! Diz Marina abrindo os braços pra Giselle e Flávia que correspondem ao abraço.
– Clara me alegro que esse pesadelo tenha terminado... diz Ricardo.
– Obrigada... Clara sorri.
– Atenção todo mundo...temos mais um motivo para brindar...fala Marina emocionada.
– E o que será minha filha?... todos olham Clara e Marina com toda a expectativa.
– Clara recuperou a memória...apresento-lhes Clara Fernandes. A reação é de total surpresa.
– Oh meu deus!...exclama Chica.
– Ah que felicidade Clara...diz Flávia.
– Alegro-me muito por ti... Gi falando.
– Luisa pegue mais duas taças... isso merece mais outro brinde...propõe Ricardo.
– Ricardo...está muito cedo...
– Ah mulher! Temos que comemorar...nem todos os dias se casa uma filha e nem todos os dias se recupera a memória... então Luisa...o que está esperando...
– Sim senhor! Luisa responde contente... sempre fica encantada quando casa é tomada por esse clima de alegria e felicidade...antes de ir à cozinha olha pra Clara e diz...
– Fico feliz por você estar curada.
– Obrigada Luisa.
Um minuto depois Luisa chega com um par de taças e outra garrafa de champagne... Ricardo abre e o som da rolha saltando faz com que as meninas gritem...os sorrisos estão estampados em seus rostos e todos brindam mais uma vez ao casamento e porque Clara recuperou a memória.

NO APARTAMENTO DE CRISTINA...
– O que você vai fazer então?...
– Preciso de dinheiro...vou ao banco, essas duas vadias vão me pagar, a esta hora já devem estar me procurando. Tenho que ser rápido...com um pouco de sorte posso sacar dinheiro suficiente das contas até ver como tudo vai ficar.
– Pois sugiro que se apresse... isso pode complicar mais ainda, por certo que você não pode mais ficar aqui, não quero envolver-me, nem posso permitir que me prejudique...Tiago olha com desprezo pra Cristina...
– Quando o barco afunda os ratos são os primeiros a abandoná-lo.
– Isso mesmo... Cristina se nega a sentir-se ofendida pelas palavras de Tiago.
– Por isso sempre existirão ratos... tenho muito bem assimilado o sentido da palavra oportunidade...e você meu querido não é mais necessário para os meus planos...sem nada a dizer Tiago sai daquele apartamento pensando no que vai fazer... reflexivo para uns segundos no hall do edifício... está a ponto de sair quando vê dois carros de polícia parados em frente...sente o coração disparar e tem certeza que estão atrás dele...olha para um lado e para o outro... não tem como fugir...não há escapatória...o instinto o leva a tentar esconder-se, fica de costas para eles mas escutando tudo muito atento... os policiais estão falando com o porteiro.
– Queremos falar com Cristina Gonçalves...qual é o andar?... mostram os distintivos e o homem responde completamente surpreso com o fato.
– É o 501 B.
– Muito bem.... todos pegam o elevador.
Tiago permanece imóvel...o ritmo cardíaco desacelera... solta uma gargalhada um tanto diabólica chamando a atenção do porteiro...não é por causa dele que estão aqui e sim pela vadia traidora...ela merece!...nem acredita na própria sorte, com todo o cuidado sai do edifício distanciando-se o máximo possível daquele lugar.
Cristina está terminando de arrumar sua maleta médica e olha o relógio... está atrasada por culpa daquele estúpido... nesse momento toca a campainha... ela bufa... só pode ser aquele idiota que esqueceu alguma coisa... irritada abre a porta.
– Que...mas...não...ao ver os homens na sua frente.
– Cristina Gonçalves?
– Sim sou eu.
– A senhora está presa.
– Que... mas... mas do que vocês estão falando?
– Está presa pela participação no sequestro de Clara Fernandes...você tem o direito de permanecer em silêncio...tudo o que venha a dizer pode ser usado contra você...também tem direito a um advogado e se não puder pagar o Estado lhe providenciará um. Tudo acontece tão rápido que Cristina nem se dá conta do que está acontecendo... então os policiais colocam-lhe as algemas.
– Mas... deve estar havendo algum engano... isso não pode ser...
– Vamos... levem-na!
Na Delegacia os policiais entram com Cristina que já tomou consciência do que está acontecendo...
– Exijo a presença do meu advogado! Isso é um equívoco... grita enquanto o detetive Carvalho ordena...
– Tranquem-na!
– Preciso de um advogaaaaaaado... isso é um erro... clama à medida que é levada pelos corredores até a cela.
– Pronto chefe... diz um dos policiais...
– Agora vamos voltar àquela casa.

Em um hotelzinho da cidade o recepcionista atende a um hóspede bem suspeito...
– Aqui estão as chaves...quarto 312...o encarregado olha com receio para o homem que age como se estivesse fugindo... fica olhando pra todos os lados numa atitude um tanto quanto estranha...
Tiago entra no quarto e se deixa cair na cama....olha ao redor detestando o ambiente...isso só o faz lembrar de sua infância carente, da pobreza e fecha os olhos irritado...
– Demônios! demônios! Essas duas vadias vão me pagar por esse vexame...essa humilhação. Sem pensar sai do quarto e vai até o veículo e o revista... encontra o que procura...
– Eu caio... mas todos cairão comigo...sorri com uma expressão de maldade.

SANTA TERESA...
Em Santa Teresa todos estão sentados junto a piscina o ambiente é dos mais festivos.
– E quando pretendem casar-se?
– O mais rápido possível...já estamos praticamente juntas... e não queremos um grande evento viu Dona Chica... diz Giselle.
– Ah não! Como que não quer uma grande cerimônia! Não é todo dia que se casa uma filha...diz Chica, pelo tom que utiliza não admite opiniões em contrário... Flávia sorri ao lembrar de sua conversa anterior com Gi.
– Mããããe... quero algo mais íntimo...a família e os amigos mais chegados...sinceramente...
– Sinceramente nada! Eu me encarrego de tudo...ai meu deus já imagino tudo...podemos realizar a cerimônia e a festa nesse jardim... lá ao fundo a orquestra...do outro lado o serviço de buffet, mesas dispostas em toda área e no centro a mesa do juiz e próxima a orquestra uma pista de dança... meu deus!...que emoção! Todos sorriem diante do entusiasmo de Chica.
– Viu amor... o que foi que eu te disse...sussurra Flávia pra Giselle que em resposta bate em seu braço...
– Idiota! (em tom de brincadeira).
– Ah...meu amor tudo está voltando ao normal... Clara está conosco.... (Clara e Marina trocam olhares apaixonados e dão um selinho) Giselle e Flávia irão casar-se...só falta resolver o assunto da denúncia...e ai ficará tudo bem, nesse exato momento o celular de Marina começa a tocar...
– Falando no diabo... é o advogado... com licença... a médica levanta-se e afasta-se para conversar mais tranquila... Clara acompanha sua amada com o olhar e a vê gesticulando enquanto fala ao aparelho... olha todos na mesa e consegue ouvir Giselle dizer...
– Ahhh deus! Não sei como aquela mulher ousou denunciar Marina... mas teve o que mereceu... aprendeu que com os Meirelles não deve se meter!
– O que você fez minha filha?... pergunta Ricardo surpreso ao perceber a raiva nas palavras de sua filha...
– Essa adorável louca...diz Flávia deu umas bofetadas na safada da Cristina.
– Que você fez...que?... Chica está escandalizada.
– Isso mesmo mãe...dei uma lição nela.
– Oh deus!... mas...
– Do que vocês estão falando?... interrompe Clara que se sente perdida.
– Cristina apresentou uma queixa ao Conselho de Medicina contra Marina que corre o risco de perder sua licença médica...explica Flávia em tom preocupado...
– Que! Mas porque... porque ela fez isso?...( Clara sente seu coração disparar...isso seria fatal para Marina...ver-se privada de exercer esse ofício que tanto ama)...
– Aquela desgraçada denunciou Marina alegando que ela violou o código de ética médica quando te levou pra viver com ela...
– Não! Isso não pode estar acontecendo...eles não podem... Marina...ela não fez nada... ela só me ajudou! Porque... ela fez isso!...Clara está horrorizada.
– Por ciúmes! inveja! É isso... diz Giselle impotente diante da situação...
– Calma Clara... tudo vai ficar bem... (Marina se junta ao grupo outra vez, sentando-se ao lado de Clara que a olha preocupada).
– E aí filha...quais são as novidades?
– Pedroso disse que querem outra reunião na semana que vem e estaremos lá...
– Tudo vai ficar bem...não tenho a menor dúvida... diz Flávia.
– Isso é o que espero amiga.

NA CASA DE TIAGO...
Carvalho e sua equipe está revistando toda a casa em busca de alguma pista que possa levá-los até Tiago... estão um pouco desanimados pela falta de informação, quando um dos detetives abre a gaveta de um móvel do quarto principal da casa e encontra um pequeno esconderijo...
– Carvalho... venha aqui... o homem aproxima-se e ambos veem um livro...
– O que é isso?... Carvalho tira o objeto e abre.
– Um caderno de anotações...é uma espécie de diário...isso precisa ser analisado cuidadosamente...creio que vamos saber um pouco mais sobre o homem que estamos procurando... terminem e qualquer coisa me chamem. Ele termina de dar as instruções a seus homens... encerram as buscas e saem da casa.

Já é noite quando as meninas deixam Santa Teresa, o tráfego está tranquilo o que faz com que Marina chegue ao edifício mais rápido.
– Amor...
– Sim?
– Você quer dar um passeio pela praia?...a noite está tão bonita...propõe a médica pois percebe que a morena ficou muito incomodada com a notícia da denúncia de Cristina.
– Sim... vamos.
De mãos dadas as duas começam a caminhar...como é verão há muitas pessoas e diversas atividades, chegam até um pequeno grupo que toca uma música agradável e muitos casais escutando abraçados, uns dançando e outros sentados...Marina abraça Clara por trás e começa a balançar seus corpos ao ritmo da música.
Uma hora e meia depois...
– Amor... acho que já podemos ir... sussurra Marina no ouvido de Clara...
– Amor vamos ficar um pouco mais...
–Clara... estou louca pra te ter em meus braços...
– Mas amor... eu já estou entre teus braços... responde irônica.
– Acho que não... entre nós há muita roupa...quero... e começa a murmurar de uma maneira bem detalhada tudo o que deseja fazer com a morena
– E então...o que acha?... ficamos aqui ou...
– Ach...ooooo que é melhor nós irmos... diz Clara gaguejando até conseguir encontrar sua voz...começam a caminhar enquanto vão trocando olhares cheios de desejo, é evidente o clima íntimo que reina entre elas... vão de mãos despertando olhares de aprovação e outros preconceituosos... mas elas estão imersas em sua própria bolha de amor onde ninguém pode atingi-las... chegam ao apartamento de mãos dadas, entre beijos, sorrisos tímidos e amorosos...Clara caminha até a varanda e aspira a deliciosa brisa do mar... Marina aproxima-se e a abraça por trás, Clara sorri encantada com o desejo presente naquele corpo...
– Acho que vou programar uns dois ou três sequestros por ano....brinca Clara...no mesmo momento Marina bruscamente afasta-se dela e a encara com uma fisionomia muita séria e diz...
– Nem brincando diga uma coisa dessas...fala Marina em um tom angustiado, Clara para de sorrir consciente de que foi uma brincadeira de mal gosto...
– Ah desculpa amor... diz arrependida e Marina sem dizer uma palavra beija a morena... sem interromper o beijo deslizam seus corpos até o sofá...beijam-se com toda paixão e Clara com mais intensidade ainda como se estivesse pedindo desculpas. Os gemidos preenchem a sala...devagar a médica começa a despir sua amada entre sorrisos e beijos quentes...cheios de amor...suas línguas se entrelaçam...se desfrutam... se saboreiam...
– Deus Clara... acho que nunca estarei saciada de ti... sussurra médica entre beijos....
– Mmmmm meu deus! amor... estou... quente... sente aqui... Clara pega a mão da médica e coloca na sua intimidade...geme ao sentir os dedos de Marina deslizarem dentro dela...
.- Amor... mmm você está muito quente... leva seus dedos à boca...mmmmm deus... que doce... deixa minha língua te saborear...? roga a médica...
– Morreria se não o fizesse... as duas se encaram... Marina afasta-se um pouco e ajoelha-se em frente a Clara que de forma sedutora senta-se e começa a tirar a roupa lentamente torturando a médica, diverte-se percebendo acelerada a respiração de Marina... encanta-se com o poder de sedução que tem sobre essa mulher... Marina observa os seios de Clara erguidos e firmes esperando o toque de sua língua atrevida...
– Clara...
– Sim amor...
– Você é tão linda... Marina diz hipnotizada... uma deusa... dourada...enquanto delineia aqueles seios...massageia desfrutando cada um deles que se endurecem com o toque suave do seu dedo indicador e com o polegar pressiona de leve os mamilos...sorrindo encantada quando eles enrijecem ainda mais entre seus dedos... inclinando-se diante deles espalha beijos delicados...faz movimentos circulares com a ponta da língua arrancando gemidos de Clara ...
– Marinaaaaa...
– Sim amor...
– Me chupa....a médica ao escutar aquele pedido deixa escapar um gemido enquanto passa sua boca de um seio a outro... suas mãos dirigem-se a calça de Clara e começa e tirá-la junto com a calcinha e se afasta só o suficiente para observar aquela linda mulher...gentilmente afasta as pernas de Clara conseguindo assim uma visão daquele delicioso sexo. Marina sente sua boca salivar como uma criança diante de seu doce favorito...
– Clara...murmura com voz rouca pelo desejo que tem por aquela mulher..
– Marinaaaa por favor... roga a morena... enquanto abre as pernas ainda mais...brindando a médica com uma vista total...
– Deus...sussurra Marina... que começa o percurso deixando uma rastro de beijos... quando chega ao seu objetivo enche os pulmões daquele aroma sedutor que emana daquela apetitosa fruta que a deixa mais faminta ainda...
– Marina..... sussurra uma vez mais... ansiosa por sentir aquela boca devorar todo seu sexo.... a médica não se faz de rogada e coloca sua língua naquela fruta úmida deslizando-a por toda a sua extensão, as duas mulheres deixam escapar gemidos... Clara pelo enorme prazer que essa língua lhe provoca e Marina pela imensa satisfação de sentir sua boca no mel daquela mulher, sua língua percorre o trajeto assegurando-se de que não fique nada e nem um espaço do sexo de Clara sem uma prova do seu desejo, coloca suas mãos nas pernas dela obrigando-a a abrir-se mais, Marina movimenta a língua pra cima e pra baixo... de um lado a outro, dedicando especial atenção àquele botão sensível e rosado...começa a golpeá-lo suavemente e em seguida pressiona-o com seus lábios para logo depois chupá-lo ritmicamente... isso deixa Clara completamente louca e a médica repete a ação uma outra vez com a precisão dos ponteiros de um relógio...percorre o mesmo caminho várias vezes quando sente sua amada aumentar os gemidos...agarrar sua cabeça e pressioná-la contra seu sexo, Marina aumenta o ritmo dos movimentos consciente de que Clara está a ponto de gozar... para assegurar um orgasmo pleno introduz dois dedos na vagina da morena movendo-os até atingir seu ponto G conseguindo assim uma ejaculação em Clara. No apartamento só se escuta o nome da médica ressoar entre as paredes... Clara convulsiona... Marina rapidamente a sustenta entre seus braços apertando-a contra si enquanto fala baixinho ao seu ouvido o quanto a ama...Clara deixa-se mimar pela médica...
– Eu também te amo...acomodam-se como podem naquele estreito sofá...
– Amor vamos pra cama?...
– Não tenho forças pra mover-me daqui... podemos dormir aqui juntinhas?... Marina não consegue negar-lhe esse pedido, encontram uma forma de encaixarem-se naquele reduzido espaço ficando uma de frente pra outra...Clara olha fixamente pra mulher que mudou sua vida pra sempre...com uma das mãos delineia o rosto da médica que sorri ao sentir a suave carícia.
– Você é linda Marina...completamente encantada com a beleza da médica.
– Ahh Clara que é isso.... sorri tímida.
– Sim... você é..... Clara inclina-se e a beija, de imediato a médica abre seus lábios dando acesso à língua de Clara que geme ao identificar resquícios de seu próprio sabor naquela boca...com uma das mãos a sustenta pela nuca e com a outra lentamente começa a viajar pelas costas da médica até chegar a sua cintura, continua o percurso alcançando a calça de Marina e colocando a mão no seu interior provocando gemidos nela já completamente encharcada de desejo...a penetra com dois dedos...o sexo de Marina não oferece resistência, a médica lança um angustiante gemido...
– Clara... por... favor...eu preciso de você...
– O que você quer minha mulher?...
– Que me faça sua... Clara deleita-se ao escutar nitidamente a necessidade refletida na voz de sua amada e inicia um vai e vem intermitente... Marina mexe os quadris ao ritmo que impõem os dedos da morena... os gemidos mais uma vez preenchem aquele espaço e Clara intensifica os movimentos...
– Ahhh Clara... ai... sim... oh... mais sim.... mais rápido.. siiiiiiim ahhh CLARAAAAAAAA a médica goza... seu sexo começa a contrair-se apertando os dedos de Clara.
– Te amo....
– E eu a ti....

NO DIA SEGUINTE NA DELEGACIA...
Cristina anda de um lado a outro como uma fera enjaulada naquela asquerosa cela... desesperada repassa mais uma vez seus encontros com Tiago...o que teria falhado...como é que ela está presa e aquele idiota solto... olha ao redor a sensação de estar confinada entre quatro paredes não é nada agradável... o pensamento de passar mais tempo ali a leva ao desespero...se aproxima das grades e começa a gritar...
– Eu preciso sair... preciso sair...! grita.... por alguns momentos fica ali com as costas juntas às barras de ferro.

NO APARTAMENTO DE MARINA...
O som do celular invade o ambiente tirando Marina do país dos sonhos...abre os olhos procurando ao redor o aparelho que está sobre a mesinha próxima ao sofá...olha pra Clara e tenta levantar-se, a morena dorme como um anjo, Marina sorri, elas duas estão enlaçadas numa espécie de nó de pernas e braços...o som infernal do celular continua e agora Marina consegue sair e alcançar o telefone enquanto Clara começa a despertar se perguntando o que poderia estar acontecendo...
– Alô.... Carvalho.... nããão tranquilo...não interrompeu nada (a médica se ruboriza ao recordar como fizeram amor naquele sofá) sim.... que! Mas quando...meu deus.... (diz Marina e observa Clara que fica em estado de alerta sabendo que é o detetive Carvalho) claro não tem nenhum problema...sim... podemos passar ai...muito bem... sim estaremos ai daqui a pouco... sim... ok...... combinado então...tchau! A médica desliga...
– O que foi amor?...Clara está curiosa...
– Cristina foi presa.
– Que...... Clara praticamente pula do sofá...aproxima-se da médica que sorri observando aquela deusa morena...Clara alheia aos pensamentos de sua mulher a abraça e as duas se estremecem sentindo suas peles nuas em contato.
– Temos que ir a Delegacia... diz Marina enquanto beija a testa de Clara...
– Vamos tomar uma ducha?
– Vamos...Marina levanta-se e a morena se delicia acompanhando com o olhar aquela pele branca... deus!... como ama essa mulher...
– Clara!...Marina para antes de entrar no quarto delas..
– Que....que.... Clara ainda está em transe diante da beleza da mulher que lhe roubou o coração.
– Para de babar...estão nos esperando na Delegacia... as duas sorriem divertidas...
– Vamos.... Clara a segue com um sorriso bobo.

NA DELEGACIA...
Carvalho está com o livro que encontrou na casa de Tiago, que na realidade é um caderno de anotações de cada um dos ardis que fez pra converter-se em dos empresários mais exitosos de São Paulo... mas o que o deixou completamente espantado foi a forma fria e cruel como aquele desalmado descreve como planejou livrar-se dos pais da mulher dele... os pensamentos de Carvalho são interrompidos quando os outros policiais que trabalham com Carvalho aproximam-se dele...
– Carvalho... o que vamos fazer com aquela louca?...ela está gritando e pedindo um advogado...
– O que vocês conseguiram tirar dela em relação ao caso?...
– Nada! Ela se nega a falar... exige um advogado e já se passaram 24 horas... se não apresentarmos nada de concreto que a incrimine teremos que deixá-la ir....os dois homens trocam olhares... sentem-se frustrados.
– Isso não vai acontecer... há testemunho e fortes indícios que a ligam ao sequestro de Clara Fernandes. Não podemos impedi-la de pedir um advogado...vamos apresentar a denúncia...a conversa é interrompida com a saudação de Marina que entra em companhia de Clara...
– Bom dia!...
– Doutora! Bom dia!...
– Aqui estamos como nos pediu...
– Acompanhem-me por aqui... por favor...
– E então já prenderam Cristina...
– Isso mesmo...nós vamos apresentar formalmente a denúncia contra ela...
– Laura é a chave de tudo... ela sabe exatamente tudo sobre a participação efetiva de Cristina no sequestro...
– Verdade...o que não conseguimos ainda é alguma palavra acerca do paradeiro daquele homem...
– Posso falar com ela? pede Marina...
– Amor... interpela Clara assustada...
– Fique tranquila... ela não pode fazer-me nada...
– Se é o que você quer... vou contigo...
– Não... isso eu quero fazer só... por favor...
– Está bem... assente Clara embora não esteja de acordo com a ideia.
– Leve-a diz ao ajudante.
– Por aqui por favor... Marina segue o policial.
– Clara...preciso que veja algo... Carvalho abre o malfadado caderno e procura a parte que concerne àquela mulher... sabe que será um duro golpe...mas será necessário pra colocar mais prego no caixão daquele sociopata. Clara pega o caderno e lembra das vezes em que viu Tiago escrever nele...
– O que é... isso?...
– Sente-se por favor.... Clara obedece sem entender bem aonde o detetive quer chegar...
– Leia!....
Marina para em frente a cela que Cristina ocupa e sente-se triste em ver aquela mulher tão bonita encarcerada ali... ela está no chão encostada na parede...seus joelhos estão dobrados e a cabeça apoiada sobre seus braços... ainda não se deu conta de quem está ali.
– Cristina... a mulher levanta a cabeça ao escutar aquela voz...seu corpo vai em disparada e em uma fração de segundos chega até Marina que dá graças a deus por ter as grades entre elas...ao ver aquele olhar cheio de ódio...
– O que você faz aqui?...veio tripudiar?...as duas mulheres ficam olhando-se fixamente...
– Não... diz Marina afetada pelo ódio refletido naquele olhar...
– Eu só vim aqui porque quero saber...quero saber o porquê...
– Você quer saber o porquê....quer mesmo saber?...
– Sim...responde Marina...
– Porque detesto todo esse amor....esse amor meloso que vocês exibem... eu as detesto...tenho ódio em ver como se desmancha por aquela vadia...ela não é mulher pra ti... não te merece...
– E você é?...
– Sim...eu sou a mulher que você precisa em sua vida! NÃO AQUELA VADIA!... diz irada...
– Por favor.... suspira Marina incrédula.... movendo a cabeça de um lado a outro... tentar entender os motivos pelos quais Cristina aceitou participar desse plano maquiavélico é inútil... então desiste e sai dali...
– Marina!... a médica para e sem se virar espera o que Cristina tem a dizer-lhe...
– Espero que Tiago lhes dê o que merecem e as levem para o inferno!... Marina balança a cabeça negativamente...não vale a pena e sai ao encontro de Clara.
Na sala do detetive Carvalho...
– Não acredito...não pode ser... aquele caderno maldito cai de suas mãos...
– Oh meu deus! Ele matou meus pais....lágrimas de horror e dor deslizam por seu rosto...
– Clara...
– Marina!... a morena levanta -se da cadeira e corre para os braços da médica...
– O que foi amor?...pergunta ao vê-la tão alterada...
– Ele.. Tiago... ele matou meus pais!
– Que?...
– O desgraçado descreveu tudo aqui... diz Carvalho depois de mostrar o caderno...
– Aqui tem um registro detalhado de todas as falcatruas e maldades que cometeu em sua vida...
– Deus santo! Que animal é esse...
– Me tira daqui por favor!...
– Vamos!....Marina olha pra Carvalho que consente compreensivo...
– Qualquer novidade eu aviso...
– Obrigada!
O dia passa sem mais contratempos. Marina leva Clara de volta ao apartamento, as duas passam o dia deitadas no sofá. Clara não quis separar-se de Marina. Saber quem foi o responsável pela maior desgraça de sua vida a deixou devastada....Marina a abraça forte...naquele momento a única coisa que pode fazer é deixar que Clara tire de sua alma toda a dor que sente pelo infortúnio de ter tido aquele monstro em sua vida.


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