Aquela Flor escrita por aclark11


Capítulo 13
Cap. 14 Descobrindo-me!


Notas iniciais do capítulo

Olá meninas, desculpem a demora, mas estamos aqui de novo
Obrigado pela leitura.
Espero que ele vai agradá-lo



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Descobrindo-me!

Após café da manhã as duas mulheres estão à vontade na sala de estar do apartamento, Marina lê uma revista de especialidades médicas enquanto Clara lê o jornal. Ambas estão deitadas no sofá, a médica encostada no braço do sofá e Clara entre suas pernas, inclinada no colo de Marina.

– Amor ... Marina deixando de lado a revista beijando o ombro de Clara. Amor que tal irmos à praia e aproveitarmos esse dia lindo?
– Você acha? Não prefere ficar aqui agarradinhas?
– Se é isso que você quer (um pouco decepcionada) por mim tudo bem, mas seria um desperdício,um pecado! Ficar aqui enquanto lá fora (apontando o dedo indicador) está um dia maravilhoso apenas esperando por nós.
Clara vira e olha para sua mulher, Marina realmente quer ir à praia, então muda de ideia e decide atender o pedido da amada,sabe o quanto a médica sente paixão pelo mar.
– Tá certo vamos à praia! Um grande sorriso ilumina o rosto de Marina que se levanta rapidamente e faz uma dancinha feliz.
– Vamos a la praya! oh oh oh !
– Oh, meu Deus de onde veio essa criança ,onde está o juízo!

Quarenta minutos depois elas já estão na praia, como é um dia de semana está quase deserta, todo o mar só para elas,ficam a uma distância estratégica da água, nem muito perto nem muito longe, levam uma manta de piquenique suficientemente grande para elas,um cooler e uma cesta de piquenique com sanduíches. Clara pega em sua bolsa um protetor solar.
– Amor ...
– Sim? Marina responde terminando de arrumar tudo.
– Vem... diz firmemente.
– Como? Sem entender muito bem o que quer a morena.
– Vem... deixa eu passar protetor solar em você, sorrindo para Marina.
Clara sempre cuidando dela.
– Amor, você pensa em tudo! Clara sorri com as palavras da sua amada.

Marina fica entre as pernas de Clara e a morena começa a passar o líquido na pele da médica. Clara sente um arrepio percorrer seu corpo, enquanto suas mãos deslizam pelas costas de Marina, estremece, seus sentidos estão desorientados, as mãos vão para o abdômen dela e Clara fecha os olhos quando sente a força dos músculos da médica, olha ao redor e lentamente coloca uma mão por baixo da parte superior do biquíni acariciando suavemente um dos seios de Marina.
– Amor ... (diz com ansiedade) o que você está fazendo? Marina olha para os lados insegura.
– Cuidando de você meu bem ....sussurrando contra a orelha o médica.
Marina sente todo um corpo tremer ao perceber a respiração da morena bater em seu ouvido. Marina está entre as pernas de Clara o que ajuda a morena a ter mais acesso ao corpo da médica.
Quando Clara finalmente termina de colocar protetor solar ambas as já respiram agitadamente.
–Agora é a minha vez .... Marina diz com voz rouca pelo desejo que sente por essa mulher, coloca o líquido em suas mãos e começa a retribuir a doce tortura a que foi submetida. Elas sentem o calor tomar conta de seus corpos e um outro líquido molha a parte inferior dos seus biquinis.
– Clara ... diz Marina abraçando-a por trás, Clara fecha os olhos aquelas mãos deixam um rastro de fogo onde quer que vá.
– Mmmmm diz Clara tentando concentrar-se mas em sua cabeça há apenas um pensamento o de estar na cama fazendo amor com aquela bela mulher que está ali com ela.
– Eu acho melhor tomar um banho de mar .... Clara olha pra sua médica sorrindo ela está vermelha e não exatamente devido à luz solar.
– Eu ... eu acho que ... sim .... responde a morena enquanto respira pesadamente.
Marina fica de pé e estende as mãos para Clara ajudando-a a levantar-se, caminham em direção ao mar que está um pouco agitado.
– Marina ...as ondas estão muito fortes! Clara sem saber a razão começa a sentir medo.
– Ah relaxa minha flor vem comigo, de mãos dadas entram no mar sentindo as ondas baterem em seus corpos. Marina ama o mar e o seu sorriso diz tudo.
– Nossa! Marina a água está fria.
– Oh, meu amor ...fica tranquila que você vai se acostumar com a temperatura da água e ainda é bom para a circulação (risos) as ondas começam a jogá-las com força e Clara sente seu corpo tenso como cordas de violino, passa as pernas pelo quadris da médica enquanto agarrada ao seu pescoço, Marina percebe o desconforto de sua amada e tenta acalmá-la dizendo:
– Relaxa meu amor ... nada vai acontecer eu estou aqui com você, Marina é interrompida com a força de uma onda que bate contra elas deixando-as sob a água, é nesse momento que as memórias de Clara são ativadas.
Flash back .....
Novamente o filme começa a rodar! .... Clara está de volta às suas lembranças como se ela fosse uma espectadora, nessas ele deve ter cerca de 17 ou 18 anos, está na companhia de um homem com cerca de 28 ou 29 anos. Ambos estão na praia o homem a está levando para o mar, eles parecem felizes, mesmo ela sentindo medo. O filme continua, ela agora é uma menina, cerca de 6 anos está na água acena para seus pais que estão fora d’água e do nada uma grande onda a empurra deixando-a submersa.
Clara não consegue ver nada, seu corpo gira com a força da água. A água salgada passa através da sua traqueia e sente-se asfixiada, apenas um pensamento passa por sua cabeça...vou morrer, vou me afogar! Umas mãos a seguram trazendo-a à superfície .... é seu pai!
A cena muda de volta para o primeiro homem ....
– Amor! Tiago! Eu não ... por favor. Eu tenho medo das ondas.
– Clara! Não vai acontecer nada, não confia em mim? Eu vou te proteger nunca vou deixar nada acontecer a você, segure em meu pescoço. Naquele momento uma onda os leva pra debaixo d'água ....
Fim do Flash back ......
– Amor, você está bem? Marina pergunta e se assusta com a maneira como Clara está agarrada ao seu pescoço.
Clara está paralisada em sua mente se repete uma e outra vez aquela imagem.
Ela .... ela e um homem? Mil perguntas enchem sua cabeça, que é aquele estranho? ...
Tiago... Tiago ... é o nome dele, ela pensa como eles se conheceram, quem é ele? Porque estão assim juntos Deus! Porque eu não me lembro ... porque, suspira frustrada...o que será ...

A voz de Marina interrompe sua linha de pensamento.
– Amor ... tá tudo certo? Clara reage e decide não dizer a médica sobre essa lembrança, assim olha para ela e diz:
– Sim eu estou bem.
– Jura? Marina está muito preocupada pelo jeito que Clara reagiu, ela suspeita que alguma ela lembrou, isso transpareceu no olhar da morena pra ela e sabe que Clara por alguma razão não quis dizer-lhe. Marina pensa em pressioná-la mas decide deixá-la sozinha. Clara irá revelar quando sentir-se mais calma.
– Eu juro.
– Ok ! É melhor sairmos e lentamente deixam o mar pra trás.
O dia chega ao fim, calmamente, embora ambas fiquem em seus próprios pensamentos, Clara não pára de pensar em suas lembranças. Fica inquieta,mas quem é Tiago, quem ele é ...Marina olha com desconfiança pra Clara, tem notado a mudança mas não pode fazer nada, precisa deixá-la sozinha, ela vai falar quando quiser.
Clara suspira, quanto mais ela tenta lembrar mais uma névoa envolve seu cérebro.
Olha pra Marina que está deitada descansando sobre seus ombros olhando para as ondas, a morena desliza seus olhos por esse corpo, essa mulher por quem é completamente apaixonada. Clara sente um arrepio percorrer seu corpo, Marina transborda uma beleza ímpar, seu corpo é bem definido, tudo está no lugar certo, na dimensão certa. Um sorriso sexy preenche seu rosto ao lembrar de todas as coisas que ela pode fazer com aquele corpo maravilhoso... Deus!
Você precisa se acalmar! (voz interior). Pega uma cerveja e dá um longo gole esperando refrescar o seu cérebro, Santo Deus! Deveriam proibi-la ficar assim de biquíni!
Clara não é indiferente aos olhares direcionados à médica.
–. Ô amor me passa uma cerveja, com um sorriso bobo.
– E posso saber a razão da senhora está rindo assim .... Marina está curiosa.
– Assim como? Clara pergunta inocentemente.
– Como um rato comendo queijo.
– Ahahahahahah ... Marina sorri.
– Nada, coisa minha diz inocentemente.
– Sim ...
Marina agora é quem está olhando para aquele corpo dourado e é a sua vez de sorrir como boba.
– E você ... amor porque está sorrindo assim?
– Coisa minha (sendo irônica)
Clara sabe muito bem o que a médica está pensando, está escrito no brilho de seus olhos e que sorriso safado.
– Hummm dizia a minha mãe! Aquele que só ri suas brincadeiras que se lembra.
Marina olha para Clara, alguns segundos depois se dão conta que Clara teve uma lembrança de sua mãe e foi tão natural que as duas se entreolham com um grande sorriso. O rosto de Marina expressa felicidade enquanto o de Clara é de surpresa.
– Marina ...eu me lembrei da minha mãe, diz a morena animada.
– Eu sei amor... sorri os olhos brilhando com lágrimas .
– Marina ...sua voz... se eu fechar meus olhos eu posso ouvi-la.
Os olhos de Clara se enchem de lágrimas, Marina pega uma das mãos de Clara e aperta dando apoio.
– Amor é muito normal, você vai recuperar tudo e todos os dias as lembranças serão mais frequentes e intensas, por isso eu quero que você vá com calma promete? Clara olha para o rosto da mulher e sorri.
– Você sabe ... Eu nunca me canso de pensar o que eu fiz pra te merecer, Marina sorri timidamente.
– Clara! Pare de pensar tal absurdo. Aqui a única que teve sorte fui eu, porque nunca pensei que poderia encontrar o amor verdadeiro e não me lembro de como era minha vida antes de você aparecer. As duas mulheres se olham,sorriem e mentalmente agradecem ao destino que permitiu que elas se conhecessem.
Clara sente seu peito agitado com as palavras de Marina que ecoam em seu coração, a felicidade é manchada com a lembrança de Tiago, quem é esse homem? Onde ele está e o que representa em minha vida ...oh meu Deus! Um pensamento invade seu cérebro e se aquele homem e ela ...Clara balança a cabeça de um lado para o outro tentando espantar esses pensamentos, não! Isso não pode ser! Olha pra Marina que a observa com uma expressão doce no rosto. Ó meu Deus! Não deixe que o meu passado destrua o meu presente.
Depois de desfrutar o pôr do sol elas retornam ao apartamento e rapidamente tomam banho.
– Amor vamos sair pra jantar diz Marina.
– Boa idéia ... você vai convidar as meninas?
– Mmmm... pensava em algo mais íntimo diz Marina.
Abraça Clara por trás afundando o nariz no pescoço da morena.
– Humm ... amo esse cheiro. Clara sente o toque do nariz Marina e um arrepio percorre seu corpo, a médica percebe o efeito que tem sobre sua namorada e sorri.
– Você quer ficar? Pergunta com a voz rouca e começa a espalhar beijinhos por todo o pescoço da morena.
– Oh não! Não Senhora! (respirando pesadamente) vamos jantar fora! Depois haverá tempo pra isso. Clara escapa dos braços da médica que faz carinha de menina triste.
– Não adianta,você não vai me convencer! As duas mulheres trocam um sorriso divertido.
– Vamos lá então! Já que eu não consigo convencer minha mulher a alimentar o meu...
– Nada de chantagem você é insaciável! Eu preciso de energia para conter todo esse fogo! Pegue as chaves do carro.
– Minha Flor... deixe pra lá vamos caminhando.
– Sério?
– Sim, tem um restaurante que fica aqui perto.
Elas saem do apartamento e cerca de 30 minutos depois, estão andando e curtindo a noite carioca, a brisa do mar acaricia seus cabelos. A noite está perfeita! Elas chegam num pequeno restaurante perto do edifício onde vive Marina.
O lugar tem uma área ao ar livre, as mesas dispostas de uma forma que não atrapalhem uma a outra,do lado de fora tem uma banda tocando ritmos suaves,elas ocupam uma mesa mais próxima ao mar, fica ao lado de uma barra de proteção.
– Amor como a não tínhamos vindo aqui antes?
– Não sei, mas o importante é que nós estamos aqui né?
– Amor que lugar mais bonito!
Clara desfruta do ambiente, o ar de romance pode ser sentido, luzes suaves, a mesa fica a uma pequena distância até onde a banda está tocando.
– Boa noite! Eu sou César e sou responsável por esta mesa.
Então, o que as senhoras desejam? César é muito atencioso.
– Vinho, o que você acha o amor? Clara concorda.
– Então que você sugere César?
– Temos uma variedade de vinhos Cabernet, Malbec, Merlot...
– Merlot diz a médica.
– Amor eu preciso ir ao banheiro
– No final do corredor à esquerda César diz.
– Volto logo, Clara já saindo.
– Marina se dirige a César, preciso de um favor seu.
– E o que seria? Pergunta curioso.
– Vou explicar...
Poucos minutos depois Clara retorna.
O vinho já está servido. Marina está inclinada sobre a barra de proteção apoiada sobre os cotovelos, olhando as ondas beijar a costa da praia. Clara sorri com essa visão, suspira... chega perto da médica e deposita um beijo em seu ombro, Marina sorri quando sente Clara perto dela.
Marina vira-se agora seu quadril repousa perto barra de proteção e Clara se apoia no corpo da médica.
Clara ...
– Diga-me.
– Lembra daquela historia que eu queria te contar?
Clara permanece pensativa por alguns segundos e, em seguida lembra.
– Sim. Muda de posição para olhar de frente pra Marina. Ela sente uma ternura invadir seu coração.
Clara fica admirada com a namorada, como ela pode ser tão bonita em todos os sentidos.
– É uma canção muito especial ... Eu gostaria de dançar com você, diz Marina.
– E como se chama? (curiosa)
– Chama-se Flor Pálida. Nesse momento a banda começa a executar os primeiros acordes da música.
www.youtube.com/watch?v=3VmoZrxXbmg
– Dança comigo? Pede Marina, Clara em resposta entrelaça os dedos, as duas mulheres compartilham um olhar terno, seus corpos se atraem como se fossem ímãs, Marina segura o corpo de Clara perto do seu e um gemido escapa de seus lábios. Seus olhos dizem todas aquelas palavras de amor que ainda não foram ditas.
Marina toca com seus lábios o pescoço da morena deixando um rastro de beijinhos por todo o caminho, chegando ao queixo da morena. Marina encosta a testa na testa de Clara, deixando a emoção tomar conto de todo o seu corpo.
– Essa canção Flor Pálida somos eu e você.
Halle uma flor,
Um dia na estrada.
Isso apareceu murcho e sem folhas,
Quase pálida, afogado em suspiros.
Eu a levei para o meu jardim para cuidar.
Que as pétalas da flor adormecido,
Para que eu olho hoje, com toda a tua alma.
Ele recuperou a cor foi perdida,

Porque ele encontrou um cuidador que regado.
Eu fui colocar um pouco de amor,
Eu fui para abrigar em minha alma,
E no inverno era quente,
Para evitar ser danificada.

E eu prometi cuidar dela.
Para ninguém rouba a cor,
Então, você nunca mais sair.
A dança flui, as duas estão cheias de sentimentos, seus corpos são moldados um para o outro, como num encaixe perfeito, começam a compartilhar beijos suaves no pescoço, bochecha, entre cada beijo Marina sussurra a canção no ouvido de Clara.
De tantas coisas que surgiram flor,
Ele nasceu um amor do dia foi perdido,
E com a sombra do sol foi,

E com a distância da sombra e do esquecimento.
Eu fui colocar um pouco de amor,
Eu fui para abrigar em minha alma,
E no inverno era quente,
Para evitar ser danificada.
Enquanto a música avança, a letra enche o coração de Clara, ela entende porque médica gosta dessa música. Essas palavras refletem tudo o que as duas viveram desde que se conheceram. Lágrimas rolam no rosto de Clara, como diz a canção, Marina tem
cuidado dela, mimado ela, tudo o que menciona canção.
Clara sorri em meio a lágrimas, lembra que a médica a chama de Flor, a sua Flor Pálida.
As duas mulheres não perdem oportunidade de se acariciar, suas mãos deslizam pelas costas, às vezes se olham fixamente, compartilhando essa cumplicidade, esse respeito, que o vínculo invisível une os amantes, descansam a cabeça nos ombros uma da outra e ficam mais próximas como se pra sentir mais ainda a pele da outra. Eles sabem que esta noite é especial pra elas, é como se nesse momento todas as pessoas ao redor não existissem, somente elas.
E eu prometi cuidar dela.
Então, você nunca vai
Eu fui colocar um pouco de amor,
Eu fui para abrigar em minha alma,
E no inverno era quente,
Para evitar ser danificada.
E eu prometi cuidar dela.
Então, você nunca mais sair.
Os últimos acordes soam, todos no local estão em transe olhando pra elas, a ternura e o amor que demonstraram durante toda a canção é contagiante.
Marina puxa Clara para um beijo que é suave, sem pressa, passa a língua nos lábios da morena, implorando que lhe permita entrar, a língua da médica invade a boca de Clara que estremece ao sentir aquela língua explorar todos os cantos e quando a médica começa a sugar sua língua delicadamente Clara sente-se enfraquecer, seu desejo aumenta e suas línguas assim como seus corpos dançam com maestria. Marina afasta-se lentamente, ambas precisam de ar, fecham os olhos e apoiam suas testas, seus corpos estão tomados de desejo.
– O que foi amor porque você está chorando?
– Porque te amar é a coisa mais linda que já aconteceu na minha vida, você me faz feliz, não são lágrimas de tristeza são de alegria, a alegria que só você pode me dar Marina Meirelles.
– Ohh Clarinha...
– Então eu sou sua Flor Pálida.
Você é Clarinha, minha flor, meu coração, minha respiração (suspira) Clara...você é minha vida.
Flash Back ....
Imagens começam a aparecer em sua mente.
Ela e o estranho...Tiago, eles estão em uma mesa num restaurante chique.
– Clara eu sei que só faz alguns meses que seus pais morreram ... mas por que esperar, você gosta de mim e está sozinha, nós não temos ninguém ...
Clara ... você quer se casar comigo?
– Sim eu quero. O casal se entrega em um beijo apaixonado.
Fim do Flash Back
Clara fica chocada, mas como fez isso!
Casada! Não! Isso não pode ser! Clara sente o ar faltar e quase desmaia.
– Clara! Marina ao ver Clara quase desfalecendo a toma em seus braços e lentamente a leva para a mesa.
– Clara!.
Marina pega rapidamente um dos guardanapos,umedece e passa pelo rosto da morena que está muito pálido.
– Amor! Como você se sente? Marina toma rapidamente o pulso de Clara ela está com a pressão arterial baixa.
– Eu já estou melhor...eu acho que foi o sol, diz fraco.
– Vamos tomar um pouco de água.
– Não ... eu estou bem .
– Você precisa de algo e César praticamente se materializa ao lado delas.
– Não, obrigada ! Obrigada. Clara já recuperada diz.
– Qualquer coisa é só pedir César diz e discretamente retira-se.
– Oh amor, se quiser podemos ir.
– Não, eu não quero ir. Eu não quero estragar essa noite.
– Imagina amor, seu bem estar é o mais importante.
– Amor por favor eu quero ficar. Marina mesmo a contra gosto aceita o pedido de Clara.
– Amor tem certeza,não tem problema se formos pra casa.
– Não! Tudo bem eu quero ficar, ficamos muito tempo expostas ao sol hoje (inventa uma desculpa) também nos alimentamos pouco. Marina não aceita totalmente os argumentos de Clara, mas acena com a cabeça, algo lhe diz que isso não tem nada a ver com a pouca comida consumida durante o dia.
Mais tarde naquela noite Clara não consegue dormir, olha pra Médica que dorme tranquilamente alheia à tempestade interior que está atormentando sua amada.
Eu sou casada...casada! Clara balança cabeça tentando empurrar esse pensamento horrível! Isso não pode ser!
Eu não posso ser casada!
Seu olhar se volta pra mulher que dorme ao seu lado, um sorriso triste aparece em seu rosto, fecha os olhos e suspira, isso não pode ser Santo Deus! Isso vai destruir seu relacionamento com Marina. Clara sente seus olhos se encherem de lágrimas, um soluço escapa de seus lábios. Marina move-se ao lado dela, Clara prende a respiração por alguns segundos, cogitando a ideia de acordá-la e dizer-lhe tudo, mas como dizer ...
Clara sabe que se contar a médica que é casada, isso seria condenar o seu relacionamento com Marina à morte. O pensamento preenche a morena e seu coração bate descompassadamente e é como se de repente o ar lhe faltasse.
Clara não quer acordar Marina.Não! Você não pode falar, não acha que poderia lidar com isso, partir o coração da médica, se há algo que não está disposta a negociar é este amor por ela.
Clara sai do quarto e vai para a varanda do apartamento, deixar o cheiro do mar invadir seus sentidos, ter esse sentimento calmo que a médica tem ao seduzir-se pelo encanto do oceano. Clara não sabe quanto tempo ficou lá procurando uma solução.
– Amor...
Ao ouvir a voz de Marina, Clara deixa para trás seus pensamentos atormentados.
Clara se vira e vê a médica parada a uma curta distância dela, de repente a ideia de perder Marina faz aqueles pensamentos voltarem e com eles um desespero indescritível. Imagina ficar sem esse olhar de amor que sempre habita em seus olhos, imagina ficar sem sentir o toque daquela mulher,sem seus beijos,sem aquele corpo SEM ELA ...
Clara solta um gemido doloroso, sem dizer uma palavra se aproxima da médica e começa a beijá-la. Marina é surpreendida pelo súbito ataque da morena.
– Clara...só consegue dizer isso entre os famintos beijos da morena.
Clara por ser mais alta e forte que a médica, arrasta Marina até ficar encostada na parede mais próxima e desliza a mão dentro da calça do pijama da médica.
Esta urgência agressiva excita Marina ao tentar atender às exigências feitas pela boca ansiosa da morena e começa sentir seu sexo molhado de desejo.
Marina não compreende esta súbita necessidade de Clara, mas uma coisa é certa, não vai negar o que quer a morena.
– Claraaaaa geme Marina quando sente dois dedos exigentes invadir sua privacidade.
Clara ao ouvir os gemidos fica louca de desejo, ela quer fazer a médica gozar e que ela sinta que a morena é a sua dona.
– Você me ama ... Clara exige saber.
Marina percebe o tom da morena, é uma ordem silenciosa.
– Você sabe que sim diz a médica...suspirando. Você é o que dá sentido à minha vida. Clara se eu ficasse um curto espaço de tempo nessa vida, se tivessem acabado os meus dias valeria a pena morrer, porque eu vivi com você diz Marina com dificuldade para respirar, já que Clara está invadindo seu sexo sem piedade.
Clara ouve essas palavras, fecha os olhos a emoção é muito forte. Segue um ataque implacável,ela sente o sexo de Marina muito úmido e quente.
Clara sorri, sabendo que ela está fazendo com que todas estas reações deixem Marina embriagada de prazer. Clara quer levá-la ao orgasmo, à loucura.
Desde que ficaram juntas, ela aprendeu a dar prazer a médica, sabe o que fazer, começa a morder o lóbulo da orelha de Marina, o lábio inferior, começa a chupar sua língua, uma pequena mordida no queixo, então suga o pescoço sem pensar nas marcas que irão aparecer, morde o ombro, Marina se sente fraca ... Deus! O que há com essa mulher...está adoravelmente irreconhecível!. Clara aumenta o ritmo de suas estocadas ....
– Ohh Meu Deus! Clara...Clara ... meu amor ...vou gozar!
Clara... Marina tenta tocá-la, mas isso ela não permite, neste momento só precisa sentir-se perto da médica.
– Clara ....
– Goze para mim!
– Ohhhh .... siiiim Clarinha geme a médica.
Marina sente que suas pernas não vão resistir.
Clara segura a médica que enterra a cabeça no pescoço da morena, enquanto tenta recuperar sua respiração.
– Deus! O que foi isso Clara?
– Eu só queria sentir como transborda o seu amor por mim...compartilham um olhar.
Clara beija carinhosamente os lábios de Marina.
Marina sente seus batimentos cardíacos acelerados, por alguma razão que não consegue explicar, pode perceber nos olhos de Clara um sentimento de medo.
– O que foi amor ... porque você está tão... assim?
– Assim como? Clara se surpreende com a facilidade com que Marina pode desvendá-la.
– Nada, tá tudo bem...Eu só queria sentir você, sem dizer uma palavra ela se ajoelha olhando nos olhos de Marina, fecha seus olhos e se abaixa na direção da calça da médica. Clara enterra o rosto na calcinha que apenas cobre o sexo da médica para inspirar aquele cheiro inebriante, dá uma mordida por cima da calcinha, a médica solta um gemido, Clara puxa a calça para baixo e fica apreciando o sexo depilado de Marina. Com as mãos afasta as pernas da médica e com os polegares expõe o clitóris, aquele pontinho rosa pálido. Sua boca saliva imaginando o gosto dela, esta é a primeira vez que ela vai ter o gostinho da médica em sua boca.
Marina fica animada com a visão de Clara, é um olhar faminto, a médica engole em seco, Clara parece um predadora, ainda olhando para Marina, a morena começa a lamber e a chupar esse ponto delicado do prazer.Marina sente aquela boca devorá-la é tanta fome que quase cai no chão. Clara passa uma das pernas da médica sobre seu ombro,movimenta os quadris, Clara continua chupando, seduzindo, com a ponta da língua acaricia mais uma vez aquele botão-de-rosa delicado.
Clara fica literalmente devorando o sexo de Marina, e os gemidos da médica a incentivam a manter o castigo cruel de sua língua.
Marina segura a cabeça de Clara pressionando contra seu sexo.
– Claraaaaaaaaaaa a médica chega a um orgasmo violento molhando a língua e lábios de Clara com seu líquido.
Clara fecha os olhos deleitando-se com o doce sabor do sexo da médica. Marina se sente fraca, Clara deixa-se deslizar com ela para o chão, enquanto segura seus braços.
No dia seguinte, na Casa de Leilões
Clara se dirige à July.
– Cheguei! O que temos pra hoje? As duas mulheres se cumprimentam com beijos.
– Chegaram uns lotes e você pode ajudar Thais a classificar.
– Pois bem ela está na loja?
– Sim! Não pôde continuar falando naquele momento o telefone toca. Clara decide ir em busca de sua outra nova amiga.
– Thais! Bom dia.
– Olá Clara, ela diz entusiasmada as duas mulheres se cumprimentam com dois beijos. Começam imediatamente a trabalhar, a manhã passa rapidamente como de costume, Clara e July vão almoçar juntas.
– Clara, eu não sei se estou errada, mas achei você distraída hoje pela manhã,você sabe que pode contar comigo para qualquer coisa que você precisar.
– Sabe o que é July ... a morena suspira, tinha a necessidade de falar com alguém,de tirar aquela angústia do seu peito desde a noite anterior.
– É ... que ontem à noite (fecha os olhos está muito pressionada pela ameaça ao seu relacionamento com a médica). July percebe a agitação interna em sua amiga e estende uma mão tentando dar apoio moral à sua amiga.
– Clara ... tudo o que você me disser ...
– Não é fácil ... July. Eu acho que ... seus olhos se enchem de lágrimas, Clara prende a respiração, o desespero interior ameaça desfazê-la em lágrimas. Respira fundo para tomar ar e solta sem pensar muito.
– Eu acho que sou casada! As mulheres se olham sem dizer nada.
– Uau! Clara! July está realmente surpresa.
– Você tem certeza? Talvez seja uma lembrança de alguém que você conhece e não sua.
– Não ... Eu... Eu tenho certeza.
– E Marina sabe?
– Não! Meu Deus, não! Eu não posso deixar que ela saiba (Clara olha ao redor como se tivesse medo que as paredes pudessem revelar o seu segredo) e July isto está me matando.
– O que você vai fazer, então?
– Não sei...Eu não posso contar, se eu fizer isso sei que eu vou perdê-la e isso é algo que não posso arriscar.
– Mas o que vai acontecer com essa história sobre o seu marido? Clara você não pode deixar a Marina ser pega de surpresa. Clara em algum momento você vai recuperar memória e em seguida, amiga? O que vai acontecer?
– Não... eu não sei ...Clara se sente impotente diante desta nova situação. Mas eu não posso deixar nada destruir isso! Eu não quero.


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