Brittle escrita por Isabelle


Capítulo 9
Capítulo 8 - Will


Notas iniciais do capítulo

"Rápido, vamos embora, antes que as luzes se acendam
Porque então você não tem que ver
O que você fez"
— Arctic Monkeys



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Minha cabeça pendia de sono, quando o céu revelava uma manhã clara com um amanhecer maravilhoso. O céu revelava aquela pequena coloração avermelhada, junto com um rosa e amarelo.

Olhei meus olhos no retrovisor interno, vendo que eles tinham um tom rosado por conta do céu, mas apenas desviei os olhos, os posicionando em Celeste que estava deitada no banco dormindo toda espremida. Ela parecia tão serena que me arrependi quando parei em uma beira da estrada, em uma chácara/ lanchonete perto de alguma cidade que eu não fazia a menor ideia de qual, e a acordei.

Ela acordou totalmente perdida.

Seu vestido estava totalmente amassado e seus olhos castanhos espelhavam um olhar cansado. Seu rosto estava todo marcado por causa de seu rosto que tinha ficado amassado contra o banco, e sua boca fazia um biquinho que a deixava muito fofa.

— Onde estamos? — Ela perguntou com a voz rouca, pela falta de uso.

Dei de ombros e desci do carro, indo diretamente para dentro da lanchonete.

Ela tinha um estilo meio vintage, com as paredes brancas meio beges, com vários discos vinis pregados na parede. O chão tinha um piso preto e o branco, o que me lembrava os anos sessenta, e as mesas também tinham essa coloração.

Fui até a moça do balcão com formas geométricas estranhas, e pedi alguns pães de queijos e dois refrigerantes.

A moça dos cabelos negros e dos olhos azuis, demorou um pouco para entregar, o que deu tempo para que Cely aparecesse ao meu lado e aguardasse em silêncio.

Depois que pegamos o lanche eu caminhei até um banco, um pouco distante a lanchonete. Ele era de frente para o pequeno lago que havia lá, o que deixava uma vista muito mais bonita do amanhecer, o chão era coberto por tijolos acinzentados que tinham sido muito bem organizados e encaixados ali no chão.

Abri o saco e coloquei um pão de queijo na boca, enquanto abria meu refrigerante. Cely sentou-se ao meu lado ainda em silencio e também pegou um refrigerante. Sua expressão era preocupada o que me deixou com vontade de me abrir, mas ela já tinha muitas preocupações com sua própria vida, eu não precisava descarregar uma besteira daquelas com a menina que eu conhecia a cerca de poucas semanas.

Nós comemos em silencio por cerca de uma hora, e eu abaixei o olhar quando o sol já não dava mais para ficar encarando. Mordi meus lábios levemente, e relaxei no banco, ainda sem soltar uma palavra com Celeste.

Ela se levantou entediada, pegou minha carteira, o que teria me feito rir em um dia normal, e foi dar uma volta me deixando sozinho com meus pensamentos.

Eu não entendia o porquê estava com tanta raiva. Sabia que não era pelo fim de namoro; queria aquilo mais do que tudo. Era pelo simples fato dela ter dito todas aquelas coisas que eram realmente verdade. Por ela ter mencionado meus pais; por ela ter colocado Cely no meio da briga, sendo que ela não havia feito nada para o fim do nosso namoro. Ela podia ter me aberto os olhos, mas ela fez bem, me sentia melhor do que me sentia em anos, sabendo que não precisava mais aturar Emily. Contudo, me sentia péssimo por me lembrar do meu pai, e por ele ter mesmo feito tudo aquilo, não só comigo, mas com minha mãe.

— Eu comprei essas coisinhas básicas. — Celeste sentou-se ao meu lado segurando mil intens. — Comprei esse protetor solar, porque você é muito branco; esse lençol, para podermos fazer um piquenique; essa pulseirinha, porque eu achei que você precisa fazer um pedido, e uma cesta…

— Uma cesta? — A minha voz soou muito feia pela falta de uso.

— É, Will, uma cesta, as pessoas usam para por comida. — Ela me olhou com ironia.

Eu devolvi o olhar sínico e irônico para ela.

— Por que você comprou essa pulseira?

— Para isso. — Ela puxou meu braço e esticou um pouco a pulseira que parecia ser meia elástica, e quando a pulseira tocou meu braço senti um pequeno formigamento.

— Celeste, quantos anos você tem?

— Não sei, senhor irritado, quantos você tem?

— Vinte dois. — Eu disse sério.

— Você está chato hoje. — Ela puxou meu braço de novo e começou a amarrar a pulseira. — Faz um pedido. — Ela disse antes de dar um nó.

Eu olhei novamente cético para ela, e ela me olhou com um olhar irritado.

Quero minha família novamente.

— Pronto. — Eu disse rapidamente.

— Outro. — Ela sorriu para mim e aquele sorriso melhorou por cerca de alguns segundos o meu dia.

Quero sorrisos sempre.

— Viu? — Ela puxou a pulseira agora no meu braço e fez novamente a mesma coisa que antes. — Agora você fez dois pedidos que vão te ajudar a melhorar.

— Claro que vão.

— Will, o que aconteceu? — Ela olhou nos meus olhos.

Senti um frio na barriga e abaixei meus olhos novamente para o lago.

Pensei em tudo que poderia falar para ela que me encarava com aqueles olhinhos brilhantes e apenas virei a cabeça para a outra direção.

— Não adianta fugir de mim, Will. — Ela disse fracamente. — Vim até aqui com você. Estamos juntos nessa. — Ela pegou a minha mão e entrelaçou os seus dedos nela.

Olhando para baixo conseguia ver as pernas de Cely de fora, por causa daquele vestido branco que tinha vários furinhos em formato de flores. Observei nossas mãos juntas. Aquela mão pequena com as unhas pintadas de preto coberta pelas minhas mãos que eram bem maiores que a sua.

— Eu me perdi, Cely. — Eu suspirei e neguei com a cabeça. — E só percebi depois que minha ex namorada jogou toda a merda no ventilador.

“Se você procura se encontrar

Não olhe para um espelho

Pois lá não há nada além de uma sombra,

Um estranho.”

Ela recitou o pequeno poeminha e eu sorri para ela apertando mais as suas mãos.

— Sabe, é muito infantil ficar com raiva por causa disso, mas… — Eu balancei a cabeça. — Como eu te contei, meu pai nunca quis nenhuma relação com minha mãe nem comigo.

— Sim, você me contou.

— É, isso até os meus treze anos. Foi quando ele começou a se interessar por mim. — Eu sorri debochadamente. — Ele achou que eu seria seu filho perfeito, que faria medicina, jogar futebol, que nós dois íamos ser melhores amigos. Eu pensei assim, Cely.

Ela me olhou séria, não com cara de piedade e nem dó.

— Achei que finalmente teria meu pai ali comigo, mas ele se mandou assim que eu comecei a tocar piano e falei pela primeira vez que queria ser músico. Depois minha mãe também foi para a Canadá, e me deixou com a minha vó. — Bati os pés no chão. — Não vejo minha mãe faz dois anos, Celeste, e ela nem ao menos se preocupou em vir me ver. Meu pai mais ainda, não o vejo há muito tempo.

— Ele cortou as relações com você?

— Ele me liga o tempo todo, mas, não consigo perdoá-lo pelo que ele fez, não só comigo, mas com a minha mãe. Ele não assumiu sua responsabilidade.

— Ele foi mesmo muito cretino de não ter assumido a responsabilidade, mas ele podia estar assustado, ele foi pai muito novo.

— E minha mãe também, — Eu praticamente gritei. — Isso não o dava o direito de ir embora.

— Eu te entendo — Ela apertou a minha mão. — Sinto muito por ter passado por tudo isso.

— Não sinta muito, você tem um monte de problemas com a sua família, eu estou sendo um bebê chorão. — Eu olhei para ela, com o sol batendo diretamente em seu rosto, o que deixava a marca rosada em sua testa muito mais evidente.

— Para falar a verdade não. — Ela disse me surpreendendo. — Minha vida antes do colegial era muito boa. Eu morava não em uma casa muito grande, mas dava pro gasto. Era feliz com meus pais. A minha vida só virou uma zona depois que eles se separaram.

— Como conseguiu isso? — Passei o dedo de leve por sua testa e ela abaixou o olhar.

— Briga.

— Sua mãe fez isso?

— Ela ajudou a causar isso. — Ela disse desconfortável e eu achei melhor encerrar aquele assunto ali.

— Mas o que a Emily falou?

— Ela falou que eu nunca ia conseguir nada com o piano, que meus pais tinham me deixado por causa dele, e porque eu não teria um futuro perfeito como o dela. — Achei melhor deixar o nome de Cely de fora.

— Ela acha que vai ter um futuro perfeito? — Cely deu uma risada falsa. — Claro, muitas pessoas conseguem ser brilhantes fazendo o que não gostam.

— Ela era diferente, sabe? — Eu disse olhando para as nossas mãos. Aquilo não nos deixava desconfortáveis. — Queria fazer artes ou biologia, mas nenhum dos dois dava dinheiro, então ela associou medicina com biologia e começou a fazer.

— Eu nem sei como comecei a fazer jornalismo. — Ela bocejou. — A minha vida inteira eu acreditei que queria fazer odontologia, mas um dia, no terceiro colegial me inscrevi para a UFU em jornalismo e foi tipo uma tacada ao vento. Eu pensei, se eu passar eu vou fazer jornalismo e não odonto, e foi assim.

— Você sempre gostou de escrever?

— Escrevia um diário no colegial. — Ela disse olhando para a água. — E ai comecei a escrever algumas histórias, e um livro.

— Você escreveu um livro?

— Sim, mas é meio bobinho, tinha dezesseis anos quando o escrevi.

— E quando eu vou ler esse livro bobinho?

— Assim que eu criar asas e voar. — Ela soltou um meio sorriso.

— Sério, Cely? — Fiz um olhar de piedade.

— É infantil, Will. — Ela soltou a mão da minha e fez um gesto estranho com as mãos.

— O que tem?

— Que eu nunca, mas nunca mesmo, vou te mostrar.

— Então vamos fazer uma aposta? — Eu levantei as sobrancelhas, e ela sorriu.

— Que tipo de aposta?

— Se eu ganhar naquilo — apontei para uma pista de ciclismo há poucos metros da onde estávamos. — Eu vou ler seu livro e você ainda vai na festa a fantasia comigo.

— E se eu ganhar? — Ela perguntou.

— Não sei, você escolhe.

— Você vai cozinhar e lavar a roupa por um mês.

— Você vai perder e chorar como uma menininha enquanto lava a nossa roupa.

— Claro, e você vai de enfermeira safada, e depois nós vamos voltar pro apartamento onde você vai cuidar de mim. — Fiz um sorriso cafajeste.

— Vai sonhando.

— Eu já sonho com isso. — Eu disse perto do ouvido dela e sai andando em direção as pistas.

Chegamos a pista e alguns caras que trabalhavam lá, ajudaram-nos a colocar os equipamentos.

O tempo estava se fechando e alguns pingos começaram a cair, aquele tempo chuvoso já estava começando a estragar a minha diversão, porém não deixaria aquilo estragar a minha aposta com Cely.

Ela tinha trocado de roupa e colocado um macacão com algumas listras laranjas, enquanto o meu, era com algumas listras azuis.

— Pronto para perder? — Ela sorriu e subiu na bicicleta.

— A gente pode acrescentar um beijo na aposta? — Eu pisquei para ela.

O alarme soou atrás de nós, e saímos disparados pela pista de terra que possuía várias curvas. Cely e eu ficamos lado a lado até uma curva mais íngreme, que fez com que ela ficasse a minha frente. Ela riu de mim pedalando de um jeito que eu nunca havia visto na vida. Sua rapidez era inacreditável e eu apenas a deixei correndo na minha frente com ela acreditando que estava ganhando. Quando tínhamos atingidos três quilômetros a vi começar sentir dor nas pernas o que a fez diminuir o ritmo, a chuva caia mais forte agora, transformando a terra em barro, fazendo com que as bicicletas começassem a atolar. Porém eu ainda a deixei ir na frente. Faltando poucos metros para linha de chegada Cely estava muito cansada, e eu apenas ultrapassei-a pedalando tão fracamente que a fez olhar para mim com raiva.

Parei na linha de chegada sorrindo para ela, e ela apenas me olhou com raiva quando largou a bicicleta no chão e me deu um soco.

— Idiota.

— Você vai ficar linda vestida de enfermeira safada.

Ela me deu outro soco.

— E o meu beijo?

— Aqui. — Ela me empurrou e eu trombei com a bicicleta caindo no chão, mas antes que eu caísse, garanti de puxá-la e derrubá-la junto comigo.

Seu rosto ficou colado ao meu abdômen, e eu comecei a rir, enquanto ela tentava se levantar. A chuva caia forte em cima de nós, mas apenas ficávamos rindo enquanto ficamos todos sujos de barro.

— Você é um grande idiota. — Ela riu.

— Acho que agora podemos fazer aquele piquenique que você falou.

— O céu está despencando. — Ela olhou para cima com os olhos cerrados.

— Você é de açúcar?

— Não, mas não quero ficar doente. — Ela fez uma careta para mim.

— Então vamos lá, boneca. — Peguei a sua mão, e a puxei para onde estávamos sentados.

Pegamos as coisas que ela tinha deixado lá e saímos correndo até um quiosque que ficava perto do lago.

Nos sentamos lá e abrimos a cesta que ela tinha enchido de salgadinhos e refrigerantes. Aquele havia sido o nosso almoço do dia mais divertido da minha vida.

Celeste ria sem parar, como ela nunca mais tinha rido em nenhuma das nossas outras saídas. Ela estava com as pernas cruzadas e já tinha tirado o macacão ficando novamente com o vestido branco. Seus cabelos estavam todos molhados e havia um olhar diferente em seu rosto.

— Preciso do seu celular? — Ela parou de rir e disse.

Peguei-o do meu bolso e suspendi para ela, puxando toda vez que ela tentava pegar.

— Will, você é tão infantil.

— Para quem você vai ligar?

— Eric. — Ela sorriu e puxou o telefone.

Senti uma pitada leve de ciúmes, mas ignorei, tentando não deixar aquilo me abalar.

— Alô? — Ela disse meio sussurrando. — Eric, me desculpe por ter deixado você sozinho no apartamento.

Escutei a voz pacifica dele.

— Sim, eu sei, eu só queria ligar para me desculpar. — Ela assentiu escutando-o do outro lado. — Assim que eu chegar em Uberlândia eu te ligo, o.k? — Ela sorriu e desligou o telefone.

— O que ele disse?

— Que está tudo bem, e que sabia que eu tinha que fazer isso.

— Eric é um cara legal. — Eu coloquei um doritos na boca. — Acho que gosto dele.

— É? — Ela sentou-se ao meu lado e tomou um gole do refrigerante. — Eu gosto dele, mas não sei se estou pronta para um relacionamento sério.

— Por que não?

— Sei lá, — Ela suspirou. — O amor é um abismo, e as pessoas se jogam nele sem se preocupar com o que tem no fundo, e a maioria das vezes, há mais pedras pontudas, do que um herói para te pegar antes da queda.

— Isso é mais profundo que um poço.

— Você só sabe fazer graça de tudo?

— Na maioria das vezes — Eu sorri e passei a mão pelos seus braços. — Mas sei fazer outras gracinhas também.

Ela deu um tapa nas minhas mãos.

— Encosta em mim de novo que você perde aquilo que você mais zela.

Mandei um beijo para ela, e ela revirou os olhos.

— Temos que ir embora. — Ela começou a juntar a nossa bagunça. — Temos que alugar minha fantasia.

— Realmente. — Eu ajudei-a e quando fomos pegar uma das latinhas a nossas mãos se tocaram, já tínhamos entrelaçados as mãos, mas naquele momento eu senti um formigamento estranho. Algo que eu não queria sentir.

Antes do anoitecer estávamos perto de casa. O som veio ligado a viagem inteira, e eu e Cely voltamos cantando todas as músicas que tocaram. Havia descoberto que ela gostava de algumas bandas que eu também gostava, mas tínhamos várias ideias opostas uma as outras.

— Cage de Elephant é melhor que o Arctic Monkeys

— Você não sabe de música, menina do violoncelo, a voz do Alex é mil vezes melhor que a do Matt.

— Eu não vou mais discutir com você sobre isso.

— Obrigado, eu aceito esse prêmio com muita honra. — Disse parando em frente à loja de fantasias.

Descemos e demos sorte de encontrá-la aberta e com a ideal fantasia de enfermeira safada, só que está também envolvia uma parte de zumbi.

— Você quer que eu use uma fantasia de enfermeira zumbi safada?

— Parece que eu morri e fui para o paraíso. — Passei os braços por cima dos seus ombros enquanto íamos para o caixa.

— Olha que casal mais lindo. — A voz atravessou a ar e eu respirei muito fundo.

Atrás de nós Emily usava um mini vestido de Barbie e uma coroa rosa. Seus cabelos loiros caiam em cachos e sua mão estava parada bem em sua cintura.

— Emily, que surpresa fantástica. — Cely disse sorrindo.

— Você não me engana sua vadia, — Ela apontou o dedo pro rosto de Cely. — Você roubou meu namorado.

— Ele não te contou por que vocês tiveram que terminar? — Celeste falou séria e eu olhei sem entender para ela.

— Por que você é uma vadia e fez a cabeça dele? — Ela fez birra. — Estávamos muito bem antes dele conhecer você.

— Não, — Cely caminhou até ela e pegou a mão de Emy que estava relutante em entregar. — Eu estou esperando um filho dele. — Ela passou a mão de Emy em sua barriga.

— Você transou com ela enquanto estávamos juntos? — Emily gritou e todos que estavam na loja olharam para mim. — Você é mesmo um cafajeste.

— Nós nos amamos e vamos ser pais, você nunca faria ele feliz como eu faço.

— Vaca. — Ela se virou e voltou para o vestiário.

Eu e Celeste olhamos um para o outro fomos até o caixa em silêncio; segurando riso.

Entregamos a fantasia para o homem do caixa e fomos até o carro, onde entramos e deixamos a risada explodir. Ficamos ali rindo por vários minutos e sem percebermos, nos abraçamos, fazendo com que nossos corações acelerassem e sem perceber o primeiro vestígio do que estava prestes a mudar nossas vidas.


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