Counting Stars escrita por Cupcakes4264


Capítulo 7
7. Esqueceram de mim


Notas iniciais do capítulo

Olá Pessoal!!!!!!!
Desculpa a demora...
Boa leitura :D



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Capítulo 7 – Esqueceram de mim.

7 anos atrás.

– Mas mãe....

– Mas nada Perceu, eu não vou pedir para o seu pai te tirar da Academia!

– Mãe, eu não gosto de lá, eu quero voltar morar aqui com você, estudar numa escola normal...

– Percy sua vida é muito melhor que a de qualquer outro menino normal – ela diz séria, levantando as mãos – olhe essa casa, é enorme... O jardim é fantástico, completamente verde, sabe como é difícil ter um jardim verde no Canadá... – eu reviro os olhos – A questão é: você tem tudo que qualquer pessoa pode um dia querer. Olha em volta! Você realmente preferiria morar em um apartamento de dois quartos, cozinha e sala. Ter que se matar de trabalhar em um emprego medíocre, pra um dia talvez comprar uma casa que não chega a ser um décimo do tamanho da nossa e mandar seus filhos para uma escola pública qualquer??- ela me olha com uma falsa ternura - Percy, meu querido – ela acaricia meu rosto – e tudo que você precisa para continuar assim é ser que nem o seu pai... – passo nervosamente as mãos pelos meus cabelos negros.

– Mas mãe eu não quero ser que nem o meu pai... Eu não quero trabalhar para o FBI, CIA, ou Interpol... Eu quero, sei lá, ter uma vida normal... – ela me encara cética.

– Percy você não aguentaria ter uma vida “normal”, você foi criado para ser o melhor, para ser rico, importante, influente, não um zé ninguém... E se você tiver que matar algumas pessoas ou passar por cima de valores éticos para conseguir isso, eu não me importo, mas eu não aceito que o meu filho seja uma pessoa normal. – seu tom de pele geralmente alvo, está incrivelmente vermelho e uma veia pulsa com avidez de sua testa, e por um momento me preocupo que ela possa estourar – Imagina o que pensariam o filho do magnata internacional Poseidon Olimpos, vira um simples professor, ou advogado, ou médico... Não Percy, eu tenho grandes planos pra você... – seu pensamento está longe, e eu não ouso interrompe – lo.

Não sei exatamente quando mas minha mãe havia se tornado essa pessoa fria e materialista, a qual só duas coisas importavam dinheiro e influencia.

Eu não queria viver que nem meus pais, viver para as aparências, eu não queria parecer feliz eu queria ser feliz.

E eu não poderia ser feliz na academia, mesmo com meus primos e melhores amigos estando lá, mesmo eu tendo crescido lá, eu sentia que não conseguiria ser feliz, tudo parecia muito forçado, por mais que o tempo passasse todos ainda se olhavam como concorrentes, com receio, com o pé atrás. Você não podia confiar em ninguém, ou ser você mesmo ou acreditar em ninguém. Essas eram as regras principais da academia.

Eu não era feliz, e demorou anos para eu descobrir isso, eu vivia no automático e sentia como se nada me prendesse na terra como se tudo fosse efêmero e irrisório.

Eu queria começar de novo, em um lugar que eu pudesse ser eu mesmo, eu queria ser feliz ou morrer tentando.

– Aliás Percy, você deveria começar a namorar a filha dos Dare – minha mãe fala depois de um longo período em silêncio – ela daria uma ótima aliança política, imagina famílias Dare e Olimpos unidas – um sorriso amplo ocupa o seu rosto.

Minha mãe é uma mulher linda com grandes e ondulados cabelos castanhos escuros, olhos de mesmo tom e feições expressivas, pena que seja tão feia por dentro.

E então tomo minha decisão, eu vou fugir, não sei pra onde, não sei quando, mas em breve. Eu vou em busca da minha felicidade. Abra um sorriso sincero.

– Claro mãe, tudo que a senhora quiser.

–--

Atualmente.

– Que foi? – a voz dela ressoou baixinho, na barulhenta cantina para que só eu a ouvisse.

– Nada – eu respondi com um sorrisinho no canto do rosto ela revirou os olhos.

– Então porque você está me olhando assim? – eu olhei bem para ela, só agora me dando conta que eu não tinha nem começado a comer enquanto os outros já terminavam.

Talvez eu estivesse encarando – a pôr um tempo. Sorri de canto, e levei minha mão ao seu rosto acariciando o de leve, para logo depois selar nossos lábios em um beijo calmo.

A mesma menina, que eu beijava sempre muitas e muitas vezes por dia, e toda vez que eu o fazia sentia como se fosse a primeira vez, como se meu corpo fosse entrar em combustão, como se todo o mundo não tivesse mais importância...

– Ei, vocês! Arrumem um quarto – a voz de Thalia fez com que Annabeth se afastasse de mim, com um sorrisinho. Eu murmurei um “Obrigado Thals” e roubei um selinho da loira, que corou levemente – É sério, primeiro eu achei que fosse saudade, mas já faz quase um mês que a Annie chegou! Eu to começando a desconfiar que vocês são sempre assim....

– Assim como? – Annabeth perguntou.

– Melosos – Nico respondeu com uma careta de nojo.

– Eu acho fofo! – Silena falou imediatamente, e depois tascou um beijo de tirar o folego em Backendorf.

– Pronto agora vai ficar todo mundo se pegando nessa mesa! – Thalia disse enraivecida.

– Você podia aproveitar e se pegar com o moreno do seu lado – Annabeth retrucou se referindo ao Nico, e pela primeira vez em minha vida eu vi meus dois primos ficarem mais vermelhos que um tomate vestido de The flash.

– E essa, pessoal é a minha namorada – falei orgulhoso, colando nossos lábios novamente em um beijo mais quente que o primeiro. A mesa inteira irrompeu em gargalhadas, a não ser por Nico e Thalia que continuava corados, e riam forçadamente para disfarçar, e é claro Rachel que se mexia desconfortável na cadeira. Coisa que ela criara o hábito de fazer.

Logo os risos sessaram, e os olhos de todos se voltaram para algo atrás de Annabeth, que estava alheia comendo seu brócolis.

– Ih, fudeu! – Jason sibilou baixo o bastante para só nossa mesa ouvir. Todos parecem pensar o mesmo, eu só entendo quando viro minha cabeça e vejo uma menina morena, alta, com corpo definido e pose superior vindo em nossa direção. Calipso.

Eu congelo, pelo canto do olho posso ver Thalia e Nico engolindo em seco, e as feições preocupadas de meus outros amigos.

Calipso sempre me viu como um prêmio. O seu prêmio. Eu não podia ficar com uma menina sem que a mesma levasse um sermão da Calipso, uma pressão que sempre resultava em duas coisas briga ou choro. E bem, Annabeth não é de chorar.

Acontece que Calipso foi a primeira menina com que eu fui pra cama, e por isso ela acha que tem algum tipo de poder ou autoridade sobre mim, mais precisamente sobre quem eu fico, e agora namoro.

Seu objetivo de vida costumava ser destruir qualquer tipo de relacionamento que eu criasse com uma menina que não fosse ela, sendo acabando com a autoestima da coitada ou até mesmo com a boa e velha sabotagem.

Eu tinha esperanças que ela não fosse mais obcecada por mim.

– Annabeth! – o som da sua voz estridente me traz de volta para realidade e Annie a encara surpresa, mas logo abre um sorriso, e se levanta de um pulo.

– Calli! – a abraça e eu ofego – vem senta aqui! Me conta como foi!! – A Calipso abre um sorriso, por incrível que pareça, amigável.

– Nossa Annie foi incrível, você estava certa, as vezes não vemos o que está bem debaixo de nosso nariz. E agora eu enxergo com clareza, eu o amo...

– Ai meus deuses... Calli, isso é ótimo! – as duas pareciam melhores amigas e conversavam entusiasmadas uma com a outra.

– E ele, Annabeth, ele também. Ele disse que sustentava uma queda por mim desde que éramos pequenos... – Annabeth sorriu, e a abraçou bem forte. Nico cutucou o meu braço e me lançou um olhar interrogativo que eu respondi da mesma maneira, o que diabos estava acontecendo?

– Eu disse que vocês se gostavam, eu nunca erro! – as duas começaram a ri. E então Calipso direcionou seu olhar para mim.

– E você Jackson, tem muita sorte de ter uma namorada como a Annie! Se você um dia atrever a machuca – lá, eu mesmo vou faze questão de arrancar isso que você tem entre as pernas! – eu estava tão surpreso, que as informações não processavam em meu cérebro e eu não conseguia entender o que estava acontecendo – Bom Annie é melhor eu indo, tenho um compromisso com o Valdez – ela piscou para Annabeth que soltou uma risadinha junto de um aceno.

– Ok. O que diabos acabou de acontecer aqui? – Silena é a primeira a se pronunciar depois de um curto período de silencio incomodo.

– O que? A Calipso? Ela é uma fofa né?! – Annabeth respondeu calma.

– Acho que o cérebro do Percy implodiu – Nico brincou.

Eu estava extasiado encarando fixamente um ponto desconhecido, seu um guaxinim voador entrasse pela porta do refeitório e falasse que é o meu pai eu acharia mais normal do que acabou de se passar bem na frente dos meus olhos.

– Mas...Mas eu não entendo? – Rachel começou, se enrolando nas próprias palavras – A.... A Calipso.... Ela...

– Gente o que foi? – Annabeth questionou, tomando um gole de seu suco de frutas vermelhas.

– Annabeth, desde quando você e a Calipso são... – Piper começou.

– Amigas? – todos assentimos, sincronizados e embasbacados – Bom, vamos dizer que eu dei uns concelhos para ela...

– Tipo... – Silena perguntou curiosa.

– Tipo que ela era obviamente apaixonada pelo Valdez, e alguma coisa me diz que eu estava certa... – ela respondeu indiferente.

Eu neguei com a cabeça e Thalia roubou as palavras da minha boca.

– Só você Annabeth para fazer amizades com as pessoas mais impossíveis...

–---

1 ano antes.

Eu passava as mãos furiosamente pelos cabelos, e continuava repetindo mentalmente que tudo estava bem, que ela só havia se esquecido, ou se atrasado. E assim que eu voltasse para casa ela estaria deitada no sofá, com um livro de arquitetura ao seu lado. Com certeza ela havia perdido noção do tempo enquanto lia...

Estava tudo bem.

Então porque eu tinha esse aperto no peito, uma sensação ruim, como se algo estivesse terrivelmente errado.

Nós tínhamos marcado de nos encontrar no Central Park a duas horas atrás, e ela não apareceu. O que era muito estranho porque as vezes a pontualidade da Annabeth chegava a ser irritante.

– Hey Tommy, você ficou sabendo da menina que levou um tiro? – paralisei assim que ouvi a conversa entre um vendedor de cachorro quente e seu cliente.

– Não Frank, como assim um tiro? – ele perguntou, sem um interesse muito profundo.

– Um tiro, tipo de arma. A menina era nova, uns 17, loira. Fiquei com muita dó lembrou a minha filha. Você devia ter visto, Tommy, nunca vi tanto sangue na minha vida, ela tava mais branca que uma folha de papel.... Sem chance de ter sobrevivido... Quando eu estava vindo pra cá a estavam colocando na ambulância, parece que um taxista a achou no chão, mas nem sinal do desgraçado que fez isso... – ele negou com a cabeça, envolvido em seus próprios pensamentos.

Eu engoli em seco, não podia ser só uma coincidência. De repente tudo a minha volta começa a girar, o ar se torna completamente rarefeito, e eu perco o chão. Não, ela poderia estar...morta.

– Hey menino ta tudo bem? Você ta meio pálido... – não respondo.

Engulo a bile que me sobe, com grande dificuldade e me direciono em alta velocidade ao hospital mais próximo, e sem que eu perceba grossa, porem poucas, gotas quentes de lágrimas escorrem pela minha face fria e desesperada.


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Notas finais do capítulo

Bom o que acharam desse capitulo ???
Eu achei bem mais ou menos...
Enfim espero que tenha atendido as expectativas....
E preparem - se para o prox cap... Ele ta tenso :o