Os Escolhidos - Destinos Interligados escrita por Angie


Capítulo 5
Capítulo 4 - Feitiço das Trevas


Notas iniciais do capítulo

Desculpa pela demora!
Obrigado pela linda recomendação Celi S!
Esse capítulo vai para minha maluquinha favorita, Rennata, Que acabou virando uma personagem da história.



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– Laura? – disse Selena, atendendo o celular. – Há algo errado?

– Oh, não, querida. Não há nada errado. – e foi assim que Selena soube que tinha boas explicações a dar. – Eu apenas acabei de chegar de uma reunião importante em Hekate e descobri que a garota que trato como uma filha tinha ido embora sem nem ao menos me dar alguma espécie de explicação...

– Eu sinto muito? – tentou, embora não sentisse de verdade, enquanto sentava-se no sofá de veludo de cor marfim, no extremo direito do quarto. O diário ainda estava firmemente preso em seu abraço.

–... e que essa mesma menininha imprudente esteve passando mal o dia inteiro! – apesar de suas palavras, Selena sabia que Laura estava apenas tentando parecer brava, o que não estava funcionando muito bem. Não que algum dia tenha funcionado.

Laura sempre foi como uma mãe para ela. Selena a conhecia desde que podia se lembrar. Havia crescido vendo a amizade inquebrável dela com seus pais, até que tudo foi destruído.

– Você está bem? – prosseguiu Laura preocupada. – Meu filho disse que...

– O Chris fala demais.

– Christopher apenas está preocupado. Não pode culpá-lo por isso.

– Nós duas sabemos que ele está perdendo tempo se preocupando comigo. – deitou a cabeça em uma das almofadas do sofá e fixou seu olhar no teto. Um breve sorriso aflorou em seu semblante quando lembrou das estrelas bioluminescentes que seu irmão, Thomas, a tinha ajudado a colar no teto de seu quarto na mansão Elísio quando ela tinha treze anos. Depois disso passaram as noites conversando por horas a fio enquanto olhavam as estrelas no teto. A saudade daqueles dias felizes causou um nó em sua garganta. – Quanto tempo eu tenho? Dois meses? Menos?

Ela já tinha parado de se importar com a passagem de dias a um longo tempo.

– Não fale assim. – a voz de Laura havia suavizado, voltando ao tom maternal e amoroso de sempre. – Sempre há esperança.

A fé dela parecia ser indestrutível, mas Selena não se deixaria iludir tão facilmente.

– Seu otimismo é reconfortante. – ela fechou os olhos. – Mas eu aprendi a muito tempo que “devemos aceitar o que é impossível deixar de acontecer.”

A citação de Shakespeare tinha se tornado algo recorrente em seus pensamentos.

– O destino foi escrito em água, Selena. – afirmou Laura sem se deixar abalar. – Não em pedra. Ele pode ser mudado.

– As visões da Chloe são definitivas, Laura. Eu não vou discutir isso novamente. – afirmou definitiva.

– Sua teimosia ainda vai me enlouquecer.

– Bom – disse em meio a um suspiro. –, você não me ligou apenas para me dizer o quão encrencada estou, né?

– Não. – agora ela era toda negócios. – Queria apenas avisar que o conselho decidiu quem assumirá o lugar de sua mãe como uma das administradoras de Elísio.

Selena tentou ignorar a pontada em seu coração. Não importa que tenham se passado meses, ainda doía muito apenas ouvir falar sobre seus pais. Com ou sem feitiço de bloquei emocional. Ela apertou os olhos com força, tentando afastar essa sensação. O problema é que ela nunca ia embora.

– Minha opinião não importa?

Laura bufou, provavelmente querendo relembrá-la do quão desinteressada ela esteve sobre qualquer que fossem as decisões do conselho nas últimas semanas.

– Talvez se você comparecesse as reuniões.

Ela decidiu deixar o assunto de lado.

– Bom, e quem é? Faz parte do conselho?

– Sim. O nome dela é Melissa Watson. Ela entrou faz pouco tempo, mas é uma pessoa de muita influência.

Selena lembrava vagamente dela em algum dos bailes.

– Watson? – ela não pode deixar de perguntar. Era o mesmo sobrenome de Aaron, seria apenas coincidência?

– Sim. Você a conhece?

– Fomos apresentadas a uns dois anos, e depois disso a vi outras poucas vezes.

– Ela e sua família estarão aqui em breve. Vou lhe enviar as fichas deles por e-mail, assim você pode dizer se aprova. Caso não, creio que o conselho poderá tentar ouvi-la.

– Eles não teriam escolha.

– Não, eles não teriam. – Laura disse e Selena pode ouvir um tom de orgulho em sua voz.

Todos sempre souberam que Selena um dia assumiria o Conselho. Era seu lugar de direito desde o nascimento, porque apenas os mais fortes ficam com o poder e por algum motivo incompreensível e assustador, aos oito anos ela já podia derrotar qualquer um dos outros membros sem derramar uma gota de suor.

Mas não era aquilo que ela queria. E não daquele jeito. Além do que, isso era antes, quando estava em pleno controle de seus poderes. Agora ela não acreditava que seria tão fácil, seu medo de perder o controle seria um grande empecilho.

– Eu tenho que ir agora. – disse Laura. – Fique bem.

– Tchau, Laura. – Ela abriu os olhos e finalizou a ligação.

Levantando-se do sofá, ela foi em direção a varanda. Uma brisa fresca trazendo o cheiro do mar, soprou seus cabelos negros a frente de seu rosto. Ela afastou os cabelos para o lado e levantou o rosto. No momento em que seus olhos encontraram a imensidão escura que era o céu, sua mente começou a ser bombardeada por pensamentos.

O garoto que a havia assombrado em seus sonhos estava a apenas poucos metros de distância agora e a menos de quinze minutos havia posto uma adaga em seu pescoço. Senti-lo perto tinha sido ao mesmo tempo doce e amargo. Ela se sentiu estranhamente segura, mas, ao mesmo tempo, se lembrou de Marise e todo seu medo e ira, tanto pelo que havia acontecido com seus pais, quanto pelo que talvez ainda fosse acontecer com Aaron, vieram a tona e isso a havia deixado... triste.

Triste ao ponto de baixar a guarda na frente dele. Triste ao ponto de se deixar ser abraçada por ele. Isso nunca aconteceu antes. Era errado.

Selena sabia que ele não iri machucá-la. Ela sentia apenas bondade emanando dele e algo lá no fundo, lhe dizia que ele era alguém de confiança. A situação tinha sido até mesmo divertida de certo modo.

Voltando para o quarto, pegou uma caneta na mesinha de cabeceira e sentou-se na cama. Abrindo o diário em uma folha em branco, começou a escrever.

Mansão Oceano

10 de Setembro de 2010

Hoje eu finalmente o encontrei.

Não foi um dos encontros mais amigáveis e eu nunca imaginei que fosse acontecer desse jeito, mas as parcas sempre pareceram gostar de brincar comigo, não poderia ser diferente agora.

Seu nome é Aaron Sage Watson. É engraçado pensar que ele tem um sobrenome, quantos outros deuses tem, afinal? Nenhum. Isso me deixou curiosa. Ele é um garoto misterioso, mas, apesar de acreditar que seja errado, estou disposta a desvendar cada um dos seus mistérios.

Ficar perto dele me fez sentir mais segura e viva do que me senti em meses. Me fez sentir coisas que nunca senti antes. Mas também me fez lembrar de coisas as quais preferiria deixar enterradas para sempre.

Shakespeare disse: Todo mundo é capaz de dominar uma dor, exceto quem a sente.

E eu não consigo parar de sentir.

Fechou o diário, sentindo-se de certo modo aliviada por pôr seus pensamentos no papel. Eles permaneceriam ali e ela não leria uma única palavra. Para ela, escrever era um meio de se livrar do passado e ler o que lá se encontrava, seria o mesmo que reviver tudo aquilo novamente.

Logo se deu conta de algo. Ela não deveria sentir absolutamente nada. O alívio não deveria ter sido tão evidente. Após tantas horas do último desmaio, já deveria ter ficado forte o suficiente para não ser afetada por emoções tão simplórias. O mais estranho foi o fato de ela ter chorado na presença de Aaron. Ele havia trazido todas aquelas lembranças a tona, mas isso não deveria ter sido um motivo forte o bastante para sua frieza desaparecer dando lugar as lágrimas. Para que todo aquele medo e raiva sobre o passado e o futuro voltassem com tanta força. O que poderia estar acontecendo?

Não sinta, ignore.

No entanto, não era mais possível. Aaron parecia ter despertado algo nela que ela acreditava não conhecer. Mas não podia ser. Ela o tinha conhecido apenas poucos minutos antes, apesar de seu coração congelado lhe dizer o contrário.

Seria possível que…?

Não sinta!

Não importava o que fosse. Pelo bem dele, ela tentaria ignorar tudo aquilo o máximo possível.

Levantando-se, fez seu caminho para fora do quarto e fechou a porta atrás de si.

***

A medida que Chloe estacionava o conversível em uma das duas garagens de Elísio, ouviu um suspiro cansado ao seu lado.

– Chegamos. – disse a Rennata, que havia passado o caminho inteiro em silêncio.

Chloe sabia que estava sendo difícil para ela deixar tudo para trás, por isso deu-lhe tempo.

– Como você sabia? – indagou a garota. – Como sabia que eu viria? E não venha com aquele negócio de 'eu sei de tudo', novamente. É extremamente irritante.

Ela não sabia de tudo, mas gostaria de esquecer uma grande parte do que sabia. Tudo estava ocorrendo conforme os desejos da Rainha do Olimpo e em breve segredos seriam revelados. Mas enquanto tudo continuava relativamente em paz, ela preferia aproveitar e deixar o Destino seguir seu curso.

– Estive conversando muito com Apolo ultimamente.

– Você quer dizer seu pai.

– Exato. – Chloe assentiu. – E com Poseidon também.

Rennata a encarou.

– Poseidon? Fala sério, aquele cara é tão… tão…

– Parecido com você. – completou a filha de Apolo, recebendo em seguida um olhar cortante de Rennata.

– Não. – afirmou a mesma. – Eu queria dizer frustrante, cínico, teimoso e arrogante.

– Exatamente o que eu disse. – Chloe falou e Rennata lhe mostrou a língua. – Agora venha, – continuou, abrindo a porta do seu lado do carro. – Temos que falar com a minha mãe.

– A Nat será uma moradora permanente. – Chloe disse a mãe, dez minutos depois.

– Você tem certeza disso? – Laura perguntou sussurrando para que Rennata não ouvisse, enquanto a mesma examinava um arranjo de rosas do outro lado do escritório. – A Selena não ficará longe para sempre, você sabe. Ela poderá voltar a qualquer momento.

– Já é hora do treinamento da Nat começar. – ela apertou a borda da mesa da diretoria até que os nós de seus dedos começaram a ficar brancos. – Tudo foi adiado o máximo possível, chega de fugir.

– Falei com sua irmã a pouco tempo para contar sobre os novos moradores. Eu deveria avisar… ?

– Selena não deve saber que Rennata está aqui ainda. Vamos deixar o Destino seguir seu curso sozinho. Elas irão se encontrar no momento certo.

Os três irão se encontrar no momento certo.

A mãe assentiu, compreendendo que Chloe deveria ter seus motivos.

– Mostre a Rennata o quarto em que ela ficará antes das aulas começarem. E certifique-se de explicar como as coisas funcionam por aqui.

– Claro. – voltando-se para Rennata disse: – Você está pronta?

A garota deu um pulo, atrapalhando-se e quase derrubando o livro antigo de feitiços que agora estava em suas mãos. Ela voltou a colocá-lo na prateleira e caminhou até ela.

Chloe passou seu braço pelo dela e a levou em direção a porta.

– Foi um prazer revê-la novamente, Sra. Patterson. – Rennata falou sobre o ombro enquanto saiam.

– Me chame de Laura! – foi a última coisa que ouviu sua mãe dizer.

Chloe olhou para Rennata e sorriu.

– Agora vamos ver seu quarto.

***

– E o que poderia ser tão importante a ponto de te trazer ao mundo inferior? – Hades questionou com sua voz suave.

Sua presença sempre foi calmante para Aaron, se é que é realmente acalme ter a morte por perto, mas agora sua calma o estava deixando frustrado.

– Selena. – Aaron respondeu.

Hades se encurvou um pouco para frente, joelhos separados e mãos apertadas uma na outra com o queixo apoiado sobre elas. Seu olhar estava fixado no chão, mas não ouve nenhuma mudança um seu tom quando disse:

– Entendo. Não vamos conversar aqui, as paredes desse palácio tem ouvidos.

E então ele se levantou e toda sala ao redor deles começou a sumir. Num instante Aaron se viu no alto de um penhasco em um mundo cinzento.

Asfódelos, ele reconheceu, ao ver as almas perdidas vagando sem rumo lá embaixo. Almas que em vida não foram pessoas tão ruins ao ponto de serem mandadas aos campos de punição e não boas o suficiente para terem como morada eterna os campos Elísios.

Era o lugar que os mortais comumente chamavam de limbo. Um meio termo entre céu e inferno, onde almas sem memórias vagavam eternamente em um mundo sem cor. Eram pessoas que antes não se importavam com nada nem ninguém quando vivas e depois de mortas tinham como castigo viver cercados de outros... e ainda assim sozinhos, dentro de si mesmos.

De certa forma era algo triste, mas Aaron não sabia o suficiente das leis do mundo inferior para que pudesse opinar. E se havia sido uma decisão conjunta dos juízes do inferno as mandarem para lá, elas mereciam o veredito.

– Quer dizer que vocês se encontraram. – o deus dos mortos continuou, cruzando as mãos atrás do corpo e olhando os campos infinitos.

– Quer dizer que tudo que ela disse era verdade?

– Acho que você já sabe a resposta.

– Eu já a conhecia?

Hades ficou em silêncio.

Aaron exalou fortemente.

– Hermes. – ao dizer o nome do irmão Aaron teve ainda mais certeza de que não poderia estar errado. – Ele é o deus dos ladrões, não seria nada difícil roubar algumas lembranças, não é? A questão é: Porquê?

– Não posso falar sobre isso. Mesmo eu que goste de quebrar regras, há coisas que estão além do meu poder.

– Eu estou cansado desses jogos! Você sempre pareceu ser o mais sensato entre nós, não me decepcione agora!

– Sinto muito. – olhos prateados encontraram os seus. – Nós terminamos aqui. Não conte nada a Selena, ela é como uma filha para mim e não quero que fique sabendo de tudo aos pedaços. Tudo será revelado em breve.

Eu não posso prometer guardar isso por muito tempo.

Até porque se sentia ansioso para vê-la novamente.

O cenário ao seu redor voltou a desvanecer e Aaron fechou os olhos. Quando voltou a abri-los percebeu duas coisas: Hades não estava mais ali e ele estava de volta a Mansão Oceano, em seu próprio quarto.

– Droga! – murmurou batendo o punho na porta.

Saiu do quarto e bateu na porta do quarto de Selena. Ninguém atendeu. Ela deveria estar dormindo, algo que ele não conseguiria fazer por algum tempo.

Andando pelos corredores, começou a se sentir como uma alma dos Asfódelos: vagando sem rumo e preso em si mesmo. A conversa infrutífera no mundo inferior não deixava de se repetir em sua cabeça.

Mesmo que Hades houvesse lhe feito um pedido, ele não sabia se era o certo deixar Selena no escuro. Ela disse que sentia como se o conhecesse também, não poderia ser apenas coincidência. O modo estranho de agir de Hades foi outro indicativo para comprovar que havia algo errado. O deus dos mortos não era de se impor limitações. Ele não se prendia a correntes. Fazia o que quisesse e o resto do Olimpo que se dane. Foi isso que Aaron sempre admirou nele.

Hoje, porém, o Hades que ele encontrou parecia estar se restringindo. Se submetendo a não dizer nada em nome de um bem maior.

Assim que saiu para fora, caminhou até a praia. Tinha sido um longo dia.

Sentir a areia gelada sob seus pés e a brisa do mar acariciando seu rosto tiveram o poder de deixá-lo um pouco mais calmo.

A lua estava alta e sombria no céu noturno, brilhando encoberta por algumas nuvens e iluminando fracamente seu caminho, o que tornou possível ver a distinta forma de alguém sentado sobre a areia. Não era possível ver seu rosto, pois estava com a cabeça baixa encoberta por cabelos escuros, mas era claramente uma garota.

Aaron se aproximou hesitante, mas logo compreendeu a cena.

Um pentagrama negro de dois metros de diâmetro rodeado por runas estava desenhado na areia. Selena estava dentro dele, com a cabeça baixa e os olhos fechados, sentada sobre as pernas, as mãos tocando a areia a cada lado de seu corpo, mas ele não ousou entrar. Teve problemas suficientes envolvendo a quebra de feitiços para uma vida toda. Até mesmo uma vida imortal.

Selena murmurava um cântico baixinho, no que era claramente um feitiço. Ela não parecia perceber sua presença.

Quer dizer que você é mesmo uma feiticeira, pensou.

Aaron não estava entendendo a maior parte do que ela dizia, mas pode compreender a última palavra saída dos lábios da garota:

Releasing! – Liberar!

No momento em que citou tal palavra, energia foi liberada pelas pontas de seus dedos. Um tipo de energia que emanava ódio, dor, agonia, tristeza... solidão. Era a mais pura e simples energia das Trevas.

Cada centímetro do pentagrama pareceu queimar com uma espécie de fogo negro.

Ah, que se danem os feitiços!, pensou Aaron e deu um passo a frente para entrar no pentagrama.

Mas não conseguiu.

Era como se houvesse uma parede invisível impedindo sua passagem. Ele tentou forçá-la mas não houve resultado. Usar seus poderes para entrar como tinha feito com a viagem ao mundo inferior também não estava funcionando.

– Afaste-se. – Selena disse baixinho, seus olhos continuavam fechados.

– O que está acontecendo? – Ele perguntou. – Está te machucando?

Ela ficou um momento em silêncio.

– Não é nada demais. – disse por fim. – Vai acabar logo.

Sua voz estava com o tom cada vez mais diminuto. Algo lhe dizia que ela estava mentindo. Aquilo não só parecia estar machucando-a, como também parecia deixá-la exausta.

O fogo negro começou a se esvair deixando apenas a areia queimada para trás.

Selena levantou a cabeça e seu olhar se fixou em Aaron. Ela sorriu fracamente.

– O que você fez? – ele perguntou ainda confuso.

– Apenas o necessário. – afirmou, bocejando em seguida e cobrindo a boca com a mão.

Aaron tentou novamente dar um passo a frente e enfim conseguiu entrar, como se nada nunca o houvesse impedido. Aproximando-se de Selena passou o braço direito por baixo dos dela e o esquerdo por baixo de seus joelhos, elevando-as em seus braços.

Ela se debateu um pouco.

– Ei, eu posso andar sozinha. – reclamou batendo um punho de leve no peito dele.

Aaron riu.

– Pode até ser, mas deixe-me ser gentil por um momento. – ele pediu. Ela assentiu e fechou os olhos, deitando a cabeça contra o peito dele. – Vamos para casa agora.


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Notas finais do capítulo

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