P.O.V Sadie Kane

Olhava entediada para a professora batucando os dedos no ritmo da musica que eu estava ouvindo. Isso era o bom de ser menina, o cabelo tapava o fone, mas as meninas como cabelo curto como a Zia...

Já eu estava com pena de Carter, o garoto parecia que ia surtar ou entrar em depressão a qualquer momento. Mesmo sendo inteligente nem Carter aguentava essa professora.

Olhei para o lado e vi Walt dormindo com baba na boca, pelo menos assim ele estava prestando mais atenção na aula do que eu. Olhei pelo Duat e estava a mesma coisa.

Zia estava na mesma situação de Carter, só que ela improvisava. Ela colocou uma mão na orelha para escutar a musica. Essa é das minhas.

A professora falava alguma coisa sobre a digesão, mas eu nem estava prestando atenção, só ficava cantando a música com os lábios e fazendo uma mini guitarra imaginária na cadeira.

Olhava Walt dormindo, ele estava tão fofo enquanto dormia na cadeira... mas pera aí aquilo era uma menina olhando para ele?

Lancei meu maior olhar de “Vou te matar” para aquela menina, da próxima vez que olhasse para o MEU Walt...

Como a aula estava muito chata comecei a pensar sobre o Vigésimo primeiro Nomo e de como crescemos nesse tempo. Chegaram muitos novos magos, o que foi muito bom para A casa do Brooklin, agora se alguém nos atacasse estaríamos muito mais poderosos.

Porém, ninguém nos atacava e as coisas estavam muito monótonas, só treinávamos, estudávamos e dormíamos o tempo todo.

A professora estava ensinando alguma coisa sobre o corpo humano mas eu não estava nem aí, ela acha que eu quero saber o que ocorre dentro do meu corpo. O que acontece dentro do meu corpo fica dentro dele, Ok?

Ouvir o sinal foi quase como uma benção para mim que estava pulando de alegria, mas o improvável aconteceu, meu irmão foi o primeiro a sair da sala, ele parecia desesperado, estava rindo dele até que vi uma cena mais engraçada, Walt não tinha acordado com o sinal.

Cheguei perto da mesa dele e dei uma risada maligna, hoje é o dia da zoeira. – Walt !– Gritei no ouvido dele – Ta tendo um incêndio Walt acorda! – Gritei rindo – Vou Morrer! – Ele deu um pulo tão alto que provavelmente bateu a testa na parede.

Ele rapidamente se virou para mim e começou a falar – Incêndio? Onde? Você? morrer? –Ele falava de um jeito tão abobado que dava até dó, ele estava com uma cara de preocupado, mais quando me viu rindo fez uma cara de confusão, depois de raiva, depois de tristeza, e por fim, uma de incrédulo.

Fiquei meio triste, mas depois percebi que eu não tinha o porque de ficar triste e saí corredor a fora enquanto ele ainda olhava incrédulo para mim.

Olhei para Carter e achei que ele estava ficando meio maluco, ele ficava contando números e respirando fundo, resolvi ignorar, vai que é uma doença.

Estava andando em paz, até que um ser chato veio falar comigo.

Carter chegou e começou a andar do meu lado. – Aula chata né? Nem eu aguento.

– Juraaa Carter? – Disse indo para o meu armário – Achava super legal sabe, a mais legal de todas, eu nem fico escutando musica na aula.

–O que? – Disse Carter confuso.

– Estou sendo irônica – Disse revirando os olhos e deixando meu material no armário.

– Desculpa, é que eu nunca consigo saber quando você fala ironicamente – Disse ele indo ao armário dele.

Quando eu vi que ele estava distraído saí correndo procurando despistar ele, encontrei Walt na saída, ele ainda estava bravo comigo, imagina?

– Querido – Ele não respondeu – Walt? – Continuou não respondendo. – Você está bravo comigo? – Ele apertou o passo.

Estava a ponto de brigar com ele quando ouvi uma explosão atrás de mim.

– É impressão minha ou antes não tinha esse buraco na parede – Falei para o Walt que finalmente não me ignorava.

Corremos até lá e vimos a grande explosão que havia acontecido, por sorte ninguém se feriu. Estava olhando pelos lados procurando Carter até que vi ele batalhando com um homem coberto por um capuz, o homem percebeu que Carter estava olhando em minha direção e lançou uma energia de poder em minha direção, nunca tinha visto nada igual, essa força fez uma parte da parede cair em cima de mim e a partir daí, não me lembro de nada.

P.O.V Carter Kane

Eu via lentamente os destroços da parede cairem encima de minha irmã enquanto eu via o olhar dela, fiquei desesperado.

O Homem no capuz sorriu para mim – É esse o seu “exercito”? – Ele começou a rir.

Senti minhas veias pulsando mais depressa e o ataquei com a minha khopesh.

Atacava ferozmente e ele bloqueava com um sorriso, a espada dele era reta, o que tornava difícil lutar, sempre que atacava a minha espada encaixava na dele o que tornava quase impossível ganhar.

Eu sentia que ele nem estava lutando direito, isso era só uma brincadeira para ele, quem luta rindo e sorrindo?

Em um momento de distração dele peguei meu cajado e gritei – Há-Di – Ele voou para trás e fez um buraco na parede, eu finalmente tinha o derrotado, estava molhado de suor, quase caindo de joelhos,estava até comemorando quando vi uma luz na parede, mais rápido que o vento o homem de capuz veio e me agarrou pelo pescoço.

– Quem você acha que é menino? – Ele perguntou com os olhos brilhando de pura maldade. – Chegar e me jogar na parede – Disse ele cuspindo na minha cara, estava ficando sem ar.

Consegui responder uma palavra – Fa-fa-ra-o – Disse eu com o pescoço apertado.

Ele riu – Normalmente quando eu mato as pessoas deixo para as outras verem mas você – Disse ele olhando com nojo para mim –, não vai sobrar picadinho de Carter Kane.

Ele estava prestes a me matar quando Walt se jogou nas costas dele e eles começaram a trocar socos no chão, mesmo Walt sendo muito musculoso estava perdendo a luta. Pulei em cima do homem e comecei a segura-lo para Walt se levantar, Walt conseguiu se levantar mas o homem me colocou no chão e apertou meu pescoço.

– Quem você pensa que é para atrapalhar minha briga ? – Ele estava apertando cada vez mais forte e eu não conseguia respirar direito.

–Há-Di – Walt gritou e o homem foi voando e fez um novo buraco na parede.

Me levantei e disse– Eu já disse quem eu sou – Sorri – Eu sou o farao.

Enquanto o homem estava no buraco da parede, peguei Sadie e a coloquei em um lugar seguro até sentir uma coisa me atingindo nas costas fui para longe.

Olhei e vi Walt lutando com ele e claramente ele estava perdendo, queria ajudar, mas sabia que não conseguiria por isso com as minhas últimas forças gritei.

–Sa-Hei – E o teto desabou em cima do homem, depois disso tudo ficou escuro.

P.O.V Walt Stone / Anúbis.

Depois que Carter usou suas últimas forças o teto caiu encima do homem, me afastei com medo que acontecesse comigo a mesma coisa que aconteceu com Carter.

O Homem se levantou com uma aura de poder muito grande e gritou – Não atrapalhe meus serviços, você não é nada. – Disse ele, mas eu senti uma raiva nesse momento e respondi a ele.

– Não sou nada? Sou o deus da morte, sou Walt Stone, sou um deus Egipcio, e sou o cara que vai te derrotar –Disse sorrindo para ele como forma de desafio.

Ele só retribuiu o sorriso e disse – Será que matar um deus e igual a matar pessoas? Vamos descobrir –, ele largou as armas e saiu correndo em minha direção, nem tive tempo para posicionar minhas armas, que já tinha levado um soco supersônico e voei, voei como nunca voei antes.

Vi alguma coisa indo até o lugar onde o homem estava, ia avisar ele para não ir mas, meu corpo estava doendo muito, consegui ir mancando até a buraco da parede e vi Amós e o Homem lutando, a luta estava equilibrada parecia que Amós conseguiria derrotar-lo, se eu não estivesse sem energia tentaria ajudar Amós.

Amós estava batalhando ferozmente usando uma khoplesh, porque eu acho que ele sabia que os hieróglifos não funcionavam bem com ele.

Percebi que o Homem estava recuando Amós a parede, percebi isso e saí correndo avisar a ele, mas quando coloquei o pé no chão parecia que meus músculos estavam pesando chumbo, quando consegui me levantar percebi que Amós estava a poucos centímetros da parede.

– Você até que é bom – Disse ele ofegante mas com um sorriso, percebi o que ele ia fazer e gritei

–Amós!

–Mas não bom o bastante para me vencer – Disse ele e foi quando lentamente a espada dele atravessou o corpo de Amós, ele olhou para mim e formou duas palavras com os lábios “Saia Daqui”, e ele caiu no chão morto.

Olhei incrédulo para ele que deu um sorriso de canto e largou suas armas, ele correu em minha direção e eu corri na dele, eu estava armado e ele não, ele ia morrer. Eu sentia uma raiva tão grande que o Khoplesh ia atravessar-lo sem dó nem piedade, mas quando o meu khoplesh estava a poucos centimetros dele, ele evaporou e simplesmente sumiu.