O senhor Kirke estava com sérios problemas, se Nêssa não voltasse logo, oque acabaria acontecendo?

–Responda senhor, onde está a garota?-O policial insistia na pergunta.
–No guarda-roupa.-Disse ele.
–No guarda- roupa? você esquartejou a minha filha e a colocou dentro deste guarda roupa?-Henrique agora parecia assustado.
–Oque? você enlouqueceu Henrique, eu amo a Nêssa, jamais faria algum mal a ela.
–Oque senhor quer dizer com no guarda- roupa?
–Você acha que Nêssa entraria em um guarda- roupa?- Disse ele sorrindo debochado.
–Kirke o assunto é sério!- Henrique estava com os olhos cintilando de raiva.-Pra começo de conversa ela nem podia ter vindo pra cá sem minha permissão.
–Nêssa é minha neta Henrique.....
–E minha filha! e além disso menor de idade, ela ou você deveriam ter me avisado disso.
–Senhor é sério onde está a garota afinal?-O policial também já começava a perder a calma.

N a manhã seguinte após o café os dois caminhavam a passos lentos pelo castelo, Nêssa estava adorando aquele lugar e lhe doia ter que pensar em ir embora dali e se afastar de ….. Caspian, ficou timida com seu próprio pensamento então resolveu puxar conversa com o rapaz.

–Eu vou passear com o Philip você se importa?-Perguntou ela.
–É claro que não, eu vou estar ocupado agora de manhã mas a tarde podemos fazer um pequeniqui oque acha?
–Adorei a idéia.-Disse lhe mostrando um sorriso com direito a covinha na bochecha.

Nêssa cavalgava animadamente sobre Philip eles iam por entre a floresta, ela estava se sentindo tão feliz e animada, estava pensando sériamente em ficar ali de vez, nada poderia acabar com seu bom humor nada.... ou... foi oque ela pensou, derepente um homem montado em um cavalo marrom bloqueou seu caminho fazendo Philip impinar e Nêssa tendo que segurar mais firme as rédeas.

–Senhorita Nêssa, como vai?-Comprimentou ele , e Nêssa o indentificou com o sendo o principe que encontrou outro dia no castelo.
–Você assustou o meu cavalo.-Ela disse ríspida, algo nele não a agradou.
–Sinto muito, não foi esta minha intenção.-Disse ele gentil.
–Oque faz por aqui, até onde eu sei você... quer dizer seu pai reina na Calormânia.
–Sim é verdade, mas eu senti uma vontade quase que incontrolável de ver alguém que mora aqui.
–Aé?
–Não vai perguntar quem é?- Dizia ele sedutor, Rabadash era um homem belo, e talvez atraisse Nêssa se esta já não estivesse apaixonada por outro homem.
–Não, afinal isto não é da minha conta.-Disse fazendo Philip andar, Rabadash interceptou seu caminho novamente.
–Mas eu faço questão de dizer, eu vim porque queria vê-la.
–A mim? e pra quê?
–Primeiro não seria melhor se descessemos dos cavalos para conversar melhor?
–Olha eu estou com um pouquinho de pressa se não se importa....
–Sim eu me importo!- Disse ele agora sério.
–Mesmo assim eu prefiro não descer.-Nêssa o desafiou e ele estreitou os olhos.
–Eu a vi entrando no castelo do rei Caspian no outro dia, que tipo de relações tem com ele?
–Eu acho que isso só diz respeito a mim e a ele não é verdade?
–Eu conheci uma jovem como você um dia... só que não tão rebelde e impetuosa, mas muito bonita também, era rainha de Nárnia, se chamava Susana, a gentil.
–Já ouvi falar dela.-Nêssa falava sem nenhuma emoção.
–Mas diferente de você, ela não resistiu aos meus encantos.
–Aé? então acostume-se comigo.-Disse a moça fazendo o cavalo dar meia volta e galopando rumo ao castelo novamente.
–Eu não acredito que exista uma dama que ouse me rejeitar.-Disse ele sério a olhando se afastar.- Mas eu sempre consegui tudo oque quis desde que nasci, conseguirei você também Nêssa!

A moça voltava as pressas para o castelo, por algum motivo sentia arrepios cada vez que olhava para o principe, não sábia ao certo porquê, ao chegar no pátio do palácio foi ajudada a descer por um rapaz, ela estava ofegante pela corrida.

–Obrigada Philip.-Disse ao cavalo.
–Não há de quê senhorita.- O cavalo fez uma reverência diante dela, logo ela ouviu passos se aproximando e logo notou um ratinho com uma espada e uma pena na cabeça.
–Aproveitou o seu passeio?-Ele perguntou com uma pose imponente.
–Poderia ter sido melhor.-Disse soltando uma risadinha.-Onde está o Caspian Rip?
–O rei está no escritório.
–Obrigada.

Ela saiu correndo pelo castelo rumo ao escritório dele, óbviamente não diria nada sobre o encontro desagradável que teve com o principe Rabadash, chegou a frente da porta do escritório e bateu de leve na porta, ouvindo a voz do rei a mandando entrar.

–Te atrapalho?
–Você nunca atrapalha.-Ele falou dando um lindo sorriso para ela.
–Ripchip me disse que você estava aqui...
–Voltou rápido do passeio.-Ele a esta altura já estava próximo a ela, em frente a sua mesa.
–Philip nã se sentiu muito bem, mas porque está aqui sozinho?
–Eu estava resolvendo algumas coisas, a propósito tem uma surpresa esperando por você em seu quarto.
–Oque é?-Perguntou animada.
–Vá até lá pra descubrir.-Ele falou com um tom divertido, a moça virou as costas e correu rumo a escadaria que dava para a ala dos quartos, nem percebeu que Caspian a seguia a passos lentos, ao entrar no quarto viu diversos vestidos, das mais variadas cores e tecidos sobre sua cama.
–Caspian, são pra mim?.-Perguntou ela sorrindo deixando suas adoráveis covinhas a mostra, Caspian não resistiu e sorriu devolta vendo o brilho nos olhos dela.
–E pra quem mais seriam?- Ela pegou um vestido em tom rosa claro de tecido esvoaçante.
–São lindos... mas você não devia ter comprado.
–Devia sim, já está mais doque na hora de você ter seus próprios vestidos, esses já estavam prontos, mas hoje mesmo o alfaiate do vilarejo virá tirar suas medidas para fazer outros vestidos, para você usar no dia- a -dia e em ocasiões festivas também.-Dizia ele.
–Eu nem sei como agradecer, você tá sendo tão legal comigo.-Disse ela brincando com uma mecha dos cabelos.
–Não precisa, é um prazer ter você aqui.

Caspian estava cada vez mais encantado com a garota, Nêssa era ingênua, porém docê e meiga, tinha um sorriso que iluminava tudo a sua volta, e parecia desprotegida e ela estando em seu reino era obrigação dele a proteger, mesmo que ele sentisse que não era uma obrigação de fato.

Mais tarde eles estavam na biblioteca conversando sentados em uma mesa, Caspian contava a ela sobre como tirou seu tio Miraz do poder com a ajuda dos reis e rainhas do passado.

–Nossa deve ter sido uma aventura e tanto.- Sorriu ela.
–Foi e perigosa, mas e você Nêssa, me conte como é no seu mundo.-Pediu ele.
–É bem diferente daqui, lá não temos florestas, tampouco árvores, temos arranha céus feitos de concretos, também é muito poluido o ar de lá, os carros que são os veículos que costumamos usar soltam uma fumaça tóxica que faz muito mal a saúde.-Contava ela, Caspian a observava com um misto de atenção e devoção.- Lá também tem muita violência, tem gente que mata por nada, ou pra roubar oque as outras pessoas tem.
–Roubar? E porque os reis não fazem nada a respeito?
–No meu mundo não é regido a monarquia mas sim ao parlamento, fazemos uma votação para decidir quem vai governar cada país.
–Mas porque eles não fazem nada?
–Porque eles são os primeiros a roubar dagente.
–Espera, quer dizer eles roubam do próprio povo?
–Sim.
–Isso é horrivel.-Caspian parecia indignado.
–E fome.... no meu mundo tem muita fome, tem gente que só tem água e farinha para comer, outros nem isso tem.- Nesta hora Caspian a olhou com ar de preocupação.
–Nêssa, você não passa fome no seu mundo passa?- Ele não conseguia esconder a preocupação na voz, sentia seu coração dilacerar apenas com a possibilidade daquela adorável criatura passar por alguma dificuldade no outro mundo.
–Não, eu não, minha família não é milionária mas, nunca nos faltou alimento.- Caspian colocou sua mão sobre a suave mão da garota e começou a acariciar levemente, por alguns minutos se perderam nos olhos um do outro quando Drinian adentrou a biblioteca esbaforido fazendo Caspian soltar a mão de Nêssa para encará-lo.
–Majestade.....
–Oque foi Drinian? oque aconteceu?
–Venha comigo.-Os dois rumaram para o pátio onde o homem apontou para o distante portão.-Veja.

Caspian via ao longe quatro pessoas se aproximarem, não as indentificou pela distância, até que Drinian falou.

–São eles majestade, os reis e rainhas do passado.- Caspian estreitou os olhos para enchergar melhor e confirmou.
–Sim, são eles, mas oque fazem aqui?-Ele perguntou a si mesmo intrigado, os quatro irmão se aproximaram ficando a alguns metros de distância do rei, e Pedro sorriu.
–Caspian, como vai?-Comprimentou o loiro.