Para Sempre Assim escrita por Nyck


Capítulo 1
Desentendimentos


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura, espero que gostem, e até as notas finais...
#Nyck



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Mais um dia findava em Nova Iorque, a este horário ao invés de encontrarmos o silêncio tranquilizador, nos deparamos com uma realidade tanto diferente. A poluição sonora típica da Big Apple se alternava entre incessantes sons de buzinas e outros males que apenas esta cidade nos proporcionaria.

Seguindo nosso rumo central, encontramos uma equipe de detetives cujo único papel neste momento era reclamar do trabalho intenso que tiveram durante o dia, enquanto esperam impacientes pela liberação oficial vinda do chefe.

Poucos técnicos ainda residiam o laboratório, raras luzes permaneciam acesas, alguns andares do Laboratório de Criminalística de Nova Iorque já estavam inativos... Faltava apenas ele aparecer.

O falatório da equipe na sala de descanso foi cessando de acordo com as vozes que soavam alteradas pelos corredores do lugar.

–Gente, o que é isto? – Lindsay se manifestou em relação ao barulho.

Sua voz soou preocupada assim como a expressão em seu rosto.

Logo Lindsay, assim como toda equipe, teve sua resposta quando viram Mac entrar.

– Mac, pelos deuses, o que houve lá fora? – novamente foi Lindsay quem se manifestou antes de todos.

Ele olhou cada um presente, Don, Danny, Adam, Lindsay, Jess e Sid. Eles encaravam Mac com um ponto de interrogação no rosto.

Mac respirou fundo, alisou os cabelos em forma de nervosismo e olhou as janelas da sala. A coragem de dizer à equipe o que aconteceu, segundos antes de sua entrada ali, já estava longe.

–Mac, já pode nos explicar agora. Sério, nós queremos mesmo saber! – Don o interrogou novamente da forma mais sarcástica possível, mas ninguém sorria.

Ele bufou e voltou seu olhar à equipe.

–A partir de hoje, a Stell estará afastada do cargo dela e do laboratório por tempo indeterminado. – a voz quase falha dele indicou o quanto se segurava para não desmoronar e chorar.

Ainda assim, ninguém entendeu. As palavras de Mac só serviram para bagunçar ainda mais a mente daquela equipe. Todos o olhavam com expressões incrédulas. Eles queriam questionar mais, saber exatamente o que havia acontecido, mas antes que pudessem dizer uma só palavra a respeito de suas dúvidas, Mac colocou as mãos no bolso da calça e demonstrou sinal de desconforto.

–Vocês estão dispensados! – ele deixou a sala, seus passos eram longos, mas seu corpo demonstrava não ter força para apressá-los.

Jess olhou para Don, ele mantinha a mesma expressão demonstrando não acreditar em uma só palavra do que havia lhe sido dita. Eles se olharam, cada um de uma forma diferente balançou os ombros como quem também buscava por respostas.

****

O que houve? Como eu pude deixar isto acontecer? Ela precisa de mim, e eu como um tolo deixei que a parte profissional falasse e agisse no lugar da nossa amizade. A Stell pode estar correndo perigo, entendo que este caso deveria ser realmente restrito, profissional sempre separado do pessoal. Eu prometi a ela que cuidaria pessoalmente deste caso, mas ao invés de confiar em mim, ela me fez de idiota. Mentiu, se intrometeu no caso e além do mais colocou em risco sua vida e a própria operação. Não posso ceder, mas também sei que ela não irá desistir de uma hora pra outra. Querendo ou não ela é assim, irá resolver as coisas a seu modo, com ou sem minha ajuda ou os recursos do laboratório.

Ela escolheu seguir pelo pior caminho, escolheu se afastar. Nem quis prolongar o assunto ou tentar resolvê-lo de uma maneira diferente. Abandou em minha mesa seu distintivo e sua arma. Aquela ação vinda dela doeu, e como doeu. Não sei qual será seu próximo passo, mas sei que ela precisará de mim. Só espero que nada de ruim lhe aconteça, não aguentaria perdê-la, ainda mais me sentindo culpado desta forma.

****

Ao sair da sala de descanso, Mac passou em sua sala, pegou seus pertences e nem se importou em terminar o trabalho que fazia momentos antes de sua discussão com Stella. Deixou sua sala e seguiu rumo ao estacionamento. De longe já sentiu um forte aperto no peito. Chegou a seu carro e se deparou com algo que o fez sentir-se como o pior dos homens. Na vaga ao lado da sua, ele viu as iniciais dela marcadas no chão em letras garrafais. “SB”.

Jogou o casaco no banco do passageiro e rumou seu apartamento. Esta noite ele com certeza voltaria a ter mais uma de suas insônias.

****

Não consigo ficar assim, isto é horrível! Esta angústia me invade a cada segundo mais. Sei que também errei, não deveria ter mentido ou tentado resolver as coisas do meu jeito, mas ele deveria entender que isto não se trata apenas de alguém querendo se vingar por um antigo caso ou por um desentendimento. Isto se trata especialmente de mim. Do meu passado. Mac sabe melhor que ninguém o quão delicados e importantes são estes assuntos. Não conheço quase nada a meu respeito. Não é justo. Como posso chegar a esta idade sabendo do meu passado dos sete anos pra cá? Agora, quando do nada surgem pistas a respeito do meu passado, ele quer me privar disto? Não posso permitir. Entendo que seu maior querer talvez seja minha proteção e bem estar, mas ainda assim terei que resolver todas estas questões longe dele e sem envolver o laboratório. Meus direitos como alguém da lei, portando uma arma ou um distintivo, serão deixados aqui. Minha vida profissional não será posta em jogo pelos meus problemas pessoais.

****

Stella saiu do laboratório e sem pensar duas vezes já tinha total certeza do que faria a seguir: Viajar para Grécia. Este fora o único lugar que sempre apareceu em diversas situações neste mesmo caso. Ela havia cometido um erro ao se envolver no caso de Diakos mesmo depois de perceber que se tratava de algo pessoal, mas ela também tinha suas razões para cometer deslizes como este.

Era noite, Stella estava em seu apartamento. Ao chegar, permitiu-se colocar para fora tudo que estava preso desde o inicio de tudo aquilo. Suas lágrimas não a fazia menos forte ou mais vulnerável, apenas deixavam claro tudo que sentia em relação a cada acontecimento.

Ela se questionava se havia confiado de mais na pessoa que tinha como um pai, o único a ter laços afetivos fortes desde sempre, o professor Papakota.

Após o banho e um rápido descanso Stella já estava pronta para enfrentar o quer que fosse encontrar no lugar para onde ia.

****

Grécia, aí vou eu! Espero encontrar respostas para todas as perguntas que me faço desde minha infância, e acabar com esta dúvida cruel que me massacra cada vez mais...


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Notas finais do capítulo

E então? A FIC não é movida a comentários, com ou sem comentários eu continuarei postando, mas eu agradeceria, e muito, se deixassem a opinião de vocês...
Beijinhos até o próximo
#Nyck