Ally

–Eu amo o caribe.Sempre gostei de passar Natal lá. - Minha mãe falou pela décima vez animada,arrumando as malas.
Sorri de lado e fui para o meu quarto. Era incrível como um ano passava rápido. Três semanas atrás eu estava em uma viagem de escola. Quase um ano atrás eu tinha conhecido um menino muito mal humorado,filho do melhor amigo do meu pai. Agora, ele é praticamente meu namorado. Praticamente porque ele nunca me pediu,mas nunca me desmerece.
Ouvi duas batidas da varanda do meu quarto, e abri a cortina,dando de cara com ele sorrindo de lado,com alguma coisa na mão.

–Sabe,você pode simplesmente entrar pela porta,como todas as pessoas normais fazem. -Me escorei na porta de vidro e sorri.
–Eu sei,mas eu gosto de ser diferente. -Ele sorriu envergonhado, e eu o olhei por alguns segundos. Nos conhecíamos a quase um ano mas ele ainda era envergonhado com quase tudo.

Ele sentou na minha cama,e eu sentei em sua frente.

–Eu te comprei isso. - Ele me deu uma caixinha de tamanho médio, e eu o olhei admirada,e um pouco culpada.

–Eu ainda nem te comprei nada... O natal é só daqui a quatro dias.

–Eu sei,só abre...Mas se quiser trocar ou não gostar,tudo bem. -Ele falou colocando a touca que usava mais para baixo.

Abri o embrulho e sorri abertamente,ao ler um cartão dentro do colar.

"Isso é um sol,e uma lua. Você sabe...Eu e você.Ally Dawson (sun) e Austin Moon. E que mesmo sendo diferentes,a lua não tem brilho,luz.
Mas a luz do sol refletida na lua,nos da a noite. Se completam. Obrigado por ser a calmaria dos meus dias,e me completar. Feliz natal."
–Austin

– O que? - Ele falou me olhando estranhamente já que eu estava o olhando a uns dois minutos.

–Você é que nem aqueles meninos de livro de romance. - Falei rápido e ele beijou meu pescoço, logo minha bochecha e então meus lábios.

–Você vai passar o natal comigo em NY?- ele falou calmamente e eu arregalei os olhos.

–Ta doido? Meus nunca me deixariam passar o natal sozinha com um menino.

–É so dizer que vai com sua avó,UE. Minha mãe vai passar Natal no interior com minha tia,eu não quis ir,porque eu disse que ia passar Natal com você... -Ele falou segurando minhas duas mãos, e logo tirando suas luvas de frio e colocando nas minhas.

Levantei e fiquei de frente a ele,que levantou também.

–Você mente muito bem? - Eu perguntei seriamente e ele sorriu,colocando suas mãos que estavam na minha cintura, um pouco mais para baixo...
E então ele me beijou,colocando suas duas mãos que estavam geladas nas minhas costas,por baixo da minha blusa,e eu estava a ponto de arrancar um fio de cabelo dele,de tanto que eu o puxava enquanto o beijava. E eu acho que na verdade foi mais impulso do que vontade, eu estava com minhas duas pernas em volta de sua cintura e eu o pude ver sorrindo entre os beijos. E então quando nos caímos na cama,ele soltou um "AI" porque havia batido a cabeça na caixinha de presente. Olhei pro garoto que que estava por baixo de mim e começamos a rir.

–Por favor,venha para NY comigo. - Ele fez bico e eu deitei minha cabeça em seu peito.
–Sim. - Eu disse e ele arregalou os olhos rindo que nem uma criança.
–Ótimo! Eu não vou pra NY desde que eu tinha 15 anos! YAY -o garoto gritou pulando da cama e eu ri.

–Você realmente falou "YAY" o que você fez com Austin Moon,o menino mistério que nunca fala alto, a não ser pra xingar alguém? -Perguntei irônica e ele nem pareceu ligar.

–Preciso ir! Amanhã vamos para NY! Faça suas malas o vôo é amanhã de madrugada! - O garoto sorriu abertamente e eu sorri em ver ele tão feliz.
Ele me beijou rapidamente,e eu estava quase pegando na maçaneta da porta indo falar com meus pais,quando fui até a varanda,quando ele estava parado indo embora.
–Austin? Onde vamos dormir em NY? - Falei e ele riu.
–Duvido que vamos dormir. - O garoto piscou o olho com as bochechas um pouco vermelhas e aquilo que me fez rir.

–Sabe, para alguém que basicamente me agarrou agora no meu quarto quando meus pais então em casa,você é bastante tímido. - Falei ironicamente e ele sorriu de lado,coçando a nuca.

Autora

Naquela madrugada onde os dois iam para NY juntos, uma coisa incomum aconteceu.

–Porque fez isso? - O Lester andava de um lado para o outro enquanto a Mimi sentada no sofá, falava com a a mãe de Lester, pelo computador,webcan.

–Não vamos apontar a culpa aqui. Nós três decidimos isso quando a Mark foi embora. - A senhora de cabelos grisados no computador falou calmamente.

–Porque agora?! - A Mimi bateu no sofá e o Lester sentou.

–Já faz sete anos. Porque nunca contamos para o garoto a verdade? - Lester colocou a mão na cabeça.

–Porque ele está bem! O Austin não chega mais bêbado em casa, nem drogado. Ele está estudando! Me falou até sobre faculdade de artes. Porque ele apareceu agora?- A Mimi olhou para o computador.

–Porque ele é o pai dele. Ele passou sete anos fora. E sete anos o garoto pensou que ele estava preso. Não podemos negar mais. Mark voltou para Miami.