Surreal - Art and Insanity escrita por Jess


Capítulo 57
Capítulo 57 - Tudo que há a dizer I


Notas iniciais do capítulo

Olá novaente,
Acho que esse será o ultimo capítulo do dia.
Boa Leitura.



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Sentei-me ao lado dela e a observei por algum tempo, depois desviei meu olhar para ver quem estava andando por perto; avistei as garotas loiras, os góticos e os esportistas... Sei que eles podem ser mais do que isso, mais do que rótulos, eles têm vidas, histórias e pensamentos diferentes, pensamentos que não me impressionariam e que não me interessam. Mas a diferença entre eles não é nada aos nossos olhos, que são rápidos em observar e dizer quem o outro é e o que devemos pensar.

Isso é algo natural, mais uma das características que a maioria das pessoas esconde como quem esconde uma grande ferida ou qualquer outro defeito, ninguém se denomina um julgador, mesmo tendo o direito e a liberdade para poder julgar abertamente... Não é bem visto julgar as pessoas e ir contra o que todos estão fazendo; isso não é nenhuma novidade.

Ao longo da história só sobreviveram os que eram mais fortes, os que eram apoiados de alguma forma, seja por um grupo politico ou religioso... Só as culturas cultivadas e passadas não foram esquecidas, só os mais fortes e que causaram algum impacto, (bom ou ruim) entraram para a história.

Algumas pessoas devem ter passado por cima de muita coisa que acreditava para tornar-se alguém importante, alguém que tivesse um pouco de influencia sobre as outras pessoas. Outras preferiram usar a força para isso... Às vezes é preciso usar a força.

Nada disso é importante, as pessoas que circulam pelo ambiente não são importantes, o que eles parecem não tem importância, o que aconteceu tempos atrás não tem importância e a busca das pessoas por aceitação também não tem importância.

Anne não me lembra ninguém, talvez ela seja única... Realmente única, sem características que me façam lembrar outra pessoa, as características dominantes dela são detestáveis de mais para me lembrar outra pessoa. Ninguém além dela tem coragem de ser tão desagradável sem sentir nenhum remorso.

Voltei a olha-la, seus olhos já estavam em mim e não desviaram ao serem encarados, ela não iria fugir.

Eu não sabia o que dizer e ela não falava nada, apenas olhava-me. Quando a vi umedecer os lábios e arrumar a postura pensei que ouviria alguma palavra sair de seus lábios avermelhados e com pequenos machucados feitos pelo frio e por sua mania de morde-los. Mas não ouvi nenhuma palavra.

O tempo estava passando e continuávamos em silencio, aquilo era quase desesperador... Querer falar e não saber o que dizer, querer ouvir e não saber o quê.

Anne estava seria, como se decidisse algo muito importante sem que ninguém soubesse; por fim deu um longo suspiro e piscou algumas vezes.

_Preciso falar com você.

Seu tom era baixo e firme, aquelas palavras foram ditas com esforço, mas também havia certeza ali.

Eu sabia o que aquelas palavras significavam, esperei por todo tempo para ouvi-las. Mas já não tinha tanta certeza...


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Notas finais do capítulo

Comentem, preciso saber o que estão achando e se estão lendo mesmo ou só marcaram a fic para ler depois kkkkk



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