Surreal - Art and Insanity escrita por Jess


Capítulo 18
Capítulo 18 - Reclusão I


Notas iniciais do capítulo

Olá.
O "Reclusão" é dividido em três partes.
Tenham uma boa leitura.



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Doutora Fisher entrou em meu quarto, ela usava um coque frouxo, quase desprendendo dos prendedores. Aquilo não condizia nada com a imagem impecável de sempre, ela estava um tanto desleixada e não passava a seriedade de quando usava aquele coque apertado com o cabelo repuxado e firme no prendedor.

_Boa tarde Sebastian._ Ela disse indo até a cadeira que os enfermeiros haviam acabado de colocar.

_Boa tarde Doutora Fisher_ Respondi observando o quanto ela parecia desconfortável.

Eu não sabia se era a tarde ou não. Não havia relógios nas paredes, provavelmente por eles não quererem que víssemos que o tempo não passava. Parecia-me que eles preferiam nos deixar naquela bolha, sem saber que dia era e calculando a hora através do funcionamento da clínica.

Sabíamos que pela manhã nos davam uma comida na qual sem sombra de duvida haviam calmantes escondidos e não era possível sentir o gosto dos ingrediente, se é que usavam ingredientes ali.

Era assim todos os dias: café da manhã fraco, pois não queriam que tivéssemos muita energia e quanto maior o peso, mais fortes são os remédios, quanto mais fortes mais caros...

Ninguém queria usar tanto dinheiro para comprar os devidos remédios para o tratamento de todos que estavam ali, então apenas sedavam todos, alguns com doses cavalares e outros com um pouco menos, mas todos tinham aquela mesma expressão de quem estava em outro mundo.

Provavelmente meus pais pagavam para que eu tivesse minhas mordomias. A direção do centro psiquiátrico devia ser facilmente corrompida apenas com dinheiro, uma quantia que não era nem metade do que meus pais gastavam durante seus cruzeiros pelo Mediterrâneo.

Depois do café havia o passeio, era quando os menos agressivos ou muito medicados podiam andar pelo espaço externo da clínica em quanto eram supervisionados pelos enfermeiros.

Eu não era um dos agressivos, mas não era do interesse de ninguém deixar minha porta aberta, mesmo se deixassem eu não sairia. Detesto ver aqueles montes de gente dopada com olhos vidrados e distantes, alguns com a boca aberta falando com sigo.

Depois colocavam todos de volta para seus respectivos cubículos, alguns tinham sessões, outros apenas recebiam mais medicamentos.


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Notas finais do capítulo

Continuem comentando.



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