Susan, a filha de um Vingador escrita por Lia Araujo


Capítulo 62
Grand Prix de Monaco


Notas iniciais do capítulo

Sim senhoras e senhores, estou de volta! E dessa vez é para ficar, nesse periodo que estivem ausente consegui dar uma boa adiantada na fic e voltarei a postar normalmente.
Me perdoem pela demora, mais uma vez e espero que gostem
Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/555832/chapter/62

Acabei de estacionar o carro na frente da casa, quando eu vi que havia correspondência na caixa do correio, peguei a cartas e entrei. Comecei o olhar e vi que muitas eram para minha tia, exceto uma que tinha como remetente as Industrias Stark, abri e vi que era a passagem de avião juntamente com o convite para o camarote para assistir o Grand Prix Monaco Historique.

– Parece que irei para França novamente - sussurrei com um sorriso

Me sentei e com o notebook em meu colo e comecei a ver tudo sobre a cidade, ponto turístico, negócios, hotéis, melhores paisagens, era um lugar encantador. Eu estava olhando as imagens da pista na qual haveria a corrida, qual a porta da sala se abriu, olhei por cima do notebook e vi Jhon usando o uniforme da escola e ajudando a tia Sam a carregar algumas bolsas. Simplesmente voltei a mexer no notebook sem dizer uma palavra.

– O que você está fazendo? - tia Sam perguntou colocando as bolsas na mesa, Jhon fez o mesmo e se sentou na cadeira a frente

– Reservas em um hotel em Monaco - respondo simplesmente

– Porque? - ela disse erguendo um sobrancelha

Eu simplesmente, empurrei o envelope das industrias Stark, ela pegou o envelope e falou

– Você não vai - ela disse colocando a carta sobre a mesa

– O que? Porque? - perguntei olhando-a e me encostando na cadeira

– Porque eu não permitirei que você vá sozinha para outro país - ela disse como se fosse obvio, Jhon olhou para mim querendo ver minha reação

– Mas são dois convites e duas passagens - digo calma - Logico que eu iria levar a senhora

– Isso não pode acontecer, porque tenho um jantar de negócios aqui na cidade no mesmo dia da corrida - ela disse me olhando - Então... você não vai

– Mais eu quero - digo com voz manhosa e fazendo bico

– Não - ela respondeu imediatamente de um jeitinho meigo e dá um sorriso discreto e debochado, em seguida foi para cozinha

Eu simplesmente cruzei os braços, olhando-a incrédula, Jhon riu baixo e pegou o envelope

– Eu posso ir no seu lugar - ele disse olhando a carta que veio junto com as passagens e o convite

– Nem pensar - tomei os papeis de suas mãos - Se eu não vou, você não irá

– Sem graça - ele resmunga se encostando na cadeira, me levantei e fui atrás da tia Sam

– Tia o que custa deixar eu ir a Mônaco? - perguntei apoiando os braços no balcão da cozinha

– Susan, não estamos falando sobre você ir para outra cidade - ela se virou para mim - Estamos falando de você ir para outro país

– Eu sei - digo naturalmente

– Como consegue falar com essa calma toda? - ela pergunta intrigada

– Porque eu estou falando apenas de uma simples viagem - rebato normalmente

– Simples viagem? Susan é OUTRO PAÍS - ela falou se alterando

– Tia, não precisa gritar - digo normalmente - Eu ainda não estou surda

– Desculpe, mas... é que me preocupo com você - ela falou depois de se recompor - Ficarei mais tranquila, se você ficar aqui na cidade. Quem sabe em uma outra oportunidade nós possamos ir, mas... não agora

– Está bem! - digo conformada

– Eu posso ir com a minha mãe no lugar de vocês - Jhon se ofereceu mais uma vez

Esperei a tia Sam se virar e murmurei um feitiço e uma almofada levitou acertando com tudo a cabeça dele

– AI! - ele reclamou e a tia Sam se virou

– O que aconteceu? - ela perguntou ao Jhon

– Nada, foi apenas... - ele direcionou o olhar para mim e eu silenciosamente desafiei a falar a verdade - Câimbra

– Eu vou pro meu quarto, preciso resolver algumas coisas - disse indo em direção as escadas

– Que coisas? - tia Sam perguntou com certa dificuldade, como se ela não conseguisse controlar os movimentos da lingua

– Negócios, tia Sam - digo olhando-a - A senhora está bem?

– Estou, só... - ela se virou e derrubou um pote de vidro

Nesse momento percebi que ela estava ficando pálida e Jhon também notou, fomos rápido até a cozinha e nos aproximamos dela a tempo de ampara-la antes das pernas dela fraquejarem fazendo-a quase cair sobre o vidro

– Calma Sam - Jhon falou me ajudando a segura-la

– Eu só... - ela desmaiou, aquele mal pressentimento apareceu de novo e eu sabia que não haveria muito a se fazer da minha parte

– Me ajuda a coloca-la no carro - disse e um lagrima escorreu, Jhon pegou a tia Sam e a levou para o carro

Eu entrei comecei a dirigir em direção ao hospital, quando outra lagrima escorreu eu a sequei com certa raiva, coisa que não passou despercebido pelo Jhon

– O que está acontecendo? - Jhon perguntou me olhando

– A morte está chegando perto de mim, mais uma vez - respondo com a voz pesada e ao mesmo tempo fria, ele olhou para a Sam que estava inconsciente no bando de trás

– Eu sinto muito Su - ele murmurou essa palavras com tristeza

– Eu também - mudei a marcha e acelerei o carro até o hospital

Chamei um enfermeiro que veio com uma maca para levar a tia Sam, enquanto eu preenchia a papelada para que a tia Sam fosse atendida e internada se necessário. Fiquei algumas horas sentada na sala de espera, me controlei para não entrar em desespero, se eu senti que a morte se aproximava dela foi porque as parcas cortaram a linha da vida dela, eu não posso fazer nada para impedir a morte viesse busca-la, mas tentaria evitar ao máximo, para que isso demorasse a acontecer. Estava perdida em pensamentos quando uma enfermeira avisou que a tia Sam, estava sendo levada para o quarto do hospital e avisou que o medico queria falar comigo. Me levantei e fui até o consultório, quando entrei e eles estava terminando de por o jaleco

– O que a minha tia tem? - fui direto ao ponto e o doutor suspirou

– O tumor retornou senhorita Agostini - ele respondeu - Mas dessa vez em a raiz do tumor está muito mais funda que da ultima vez, receio que não há como retira-lo

– E o que podemos fazer? - perguntei calma, tentando controlar as lagrimas que teimavam em descer

– Podemos fazer um tratamento para evitar que o tumor cause muitos efeitos colaterais - ele respondeu - Mas ela teria que ficar internada desde agora

– Isso não vai acontecer - digo com um sorriso triste - Conheço a minha tia, ela vai se recusar a ficar

– Então o que temos a fazer é leva-la de volta para casa - o medico falou tristemente - Ela receberá medicação, mas... não poderá trabalhar e sempre deverá estar acompanhada

– Quais são os sintomas que o tumor causará? - perguntei olhando-o

– Dor de cabeça, náuseas e vômitos persistentes, alterações visuais e auditivas, convulsão, agitação motora, fraqueza o rigidez muscular, perda de sensibilidade em qualquer parte do corpo - ele disse com certo pesar - Falta de coordenação, dificuldade de falar ou entender o que é dito, esquecimento das palavras, problemas com leitura e escrita de modo inexplicável e movimentos involuntários

– Ela vinha reclamando de dor de cabeça algumas semanas e passou a ir ao Buffet com menos frequência - comentos secando as lagrimas - Alegando que já havia trabalhado muito e que eu seria completamente capaz de cuidar de tudo sozinha

– Compreendo - o medico falou baixo

– Procurarei uma pessoa para ficar com minha tia - digo me levantando - Posso vê-la?

– Pode, irei acompanha-la até o quarto - o medico se levantou e me acompanhou, quando cheguei a porta do quarto falei

– Há mais ou menos um mês ela fez um check up completo - comentei e olhei o medico - Ela sabia que o tumor havia voltado?

– Sabia, mas pediu sigilo para não preocupa-la - o medico respondeu e eu respirei fundo - Com licença

Eu assenti e o medico se retirou e eu abri a porta. No momento em que entrei vi a tia Sam deitada na maca, mas dessa vez ela estava consciente, então me aproximei dela

– Como a senhora está tia Sam? - perguntei parando ao seu lado

– Você já soube, não foi? - ela perguntou sem me olhar

– Soube do que? - tentei desconversar

– Não mente para mim Su, sei que já soube que meu tumor voltou - ela falou me olhando e vi algumas lagrimas escorrendo

– Porque não me contou? - perguntei me sentando na cama hospitalar

– Você ainda é muito jovem, não quero ser um peso para você - ela respondeu e mais algumas lagrimas escorreram pelo rosto dela e eu as sequei

– A senhora nunca será um peso para mim - digo com a voz tranquila

– Eu escondi a identidade do seu pai por muito tempo, eu preciso... - eu a interrompi com meus olhos ardendo

– Não descumpra sua promessa, tia Sam - digo secando uma lágrima que escorreu pelo meu rosto

– Eu jurei a sua mãe que te contaria, quando fosse necessário - ela rebateu - Quando eu não pudesse mais cuidar de você

– Sei que dou trabalho de vez em quando, mas... enquanto a senhora tiver vida, será capaz de cuidar de mim - digo me entregando de vez ao choro - Eu não posso me afastar de você... não agora.

Ela se sentou na cama e me puxou para um abraço, me permitir chorar em seu ombro por vários minutos até me acalmar um pouco

– Em pouco tempo, não serei capaz de me comunicar adequadamente - ela disse calma, já aceitando o fardo da doença - Preciso te falar agora

– Não - sussurrei, sabia que no momento que ela me revelasse quem é meu pai seria o fim da vida da minha tia.

– Su... - interrompi novamente

– Deixa uma carta contando, um vídeo, uma gravação de voz, qualquer coisa, mas não preciso saber agora - digo chorando e ela secou minhas lagrimas - Não me afasta da senhora agora, por favor!

– Tudo bem, meu amor - ele me abraçou novamente

Quero saber quem é meu pai, mas não quero perder a minha tia para isso. Sei que isso pode ser egoísmo da minha parte, mas não estou pronta para deixar minha tia ir. Ela é toda a família que tive desde que nasci e não irei perde-la tão facilmente.

Dias depois

Estávamos em casa, a tia Sam estava sendo diariamente medicada para conter o crescimento do tumor. O hospital recomendou uma enfermeira de confiança para ficar com a minha tia. Estava na sala terminando de preencher alguns documentos do buffet quando o Jhon entrou na sala

– Pensei que fosse assistir o Grand Prix de Monaco? - ele comentou a ver a TV desligada

– Estou tão ocupada que nem vi a hora passar - digo juntando os documentos e ele liga a TV

Tudo que eu ouvi foi a voz do Stark falando

De que adianta ser dono de um carro de corrida... se não pode pilotar– um homem que estava ao seu lado concordou

Em seguida ouvi comentarista estava falando de uma substituição que tinha sido feita de ultima hora, do motorista

– Ué, o Stark virou piloto? - Jhon perguntou olhando a TV

– Parece que sim - digo guardando os papeis, e senti um aperto no coração. Sabia que iria acontecer alguma coisa nessa corrida

Me levantei para guardar os documentos e ouvi o comentarista dizendo para os carros irem para as suas posições. Olhei para tela e vi o Stark olhando para câmera, o olhar dele parecia está direcionado a mim e ele apontou na mesma direção que olhava. Ergui um sobrancelha, ao perceber quanto estranho isso era

– Ele dedicou a corrida a você, Agostini - Jhon falou em tom brincalhão

– Idiota - resmunguei e fui por os documentos na pasta.

Voltei a me sentar no sofá quando a corrida começou, no meio da primeira volta um cara usando um uniforme laranja de uma da equipe de corrida invadiu a pista e foi andando normalmente entre os carros em alta velocidade. Jogou o capacete branco no chão, e abriu a parte superior do macacão laranja, revelando uma versão improvisada da tecnologia da armadura Homem de Ferro. Com um movimento dos braços dois cabos parecendo chicotes apareceram, uma forte energia passou para eles fazendo parte do uniforme queimar. Ele usou um os chicotes para atingir um carro e faze-lo capotar pela pista

Logo em seguida o carro do Stark apareceu e ele acertou o chicote elétrico destruindo parte da frente do carro e fazendo-o capotar e acertar o outro que havia sido atingido, e só parou quando bateu na murada de proteção. Outros carros de corrida apareceram e tentaram desviar dele o que causou uma grande batida acompanhada de uma explosão dos veículos. As equipe e seguranças usavam os extintores de incêndio para amenizar a situação enquanto o homem que usava o chicote se aproximava do carro do Stark. Ele parou a pouco mais de um metro e usou seu chicote para cortar o que sobrou do carro e viu que o carro estava vazio, ele olhou a veiculo destruído intrigado e o Tony apareceu por trás acertando a cabeça dele com um pedaço do carro.

O homem cambaleou, mas logo se recuperou e com um movimento do chicote fez o pedaço voar das mãos do Tony, fazendo o mesmo cair. Ele tentou chicotear o Stark, mas este foi mais rápido e desviou três vezes dos ataques. O Stark se levantou e começou a correr mais o homem, usou o chicote para acerta o chão próximo ao Stark fazendo-o acertar um carro e bater a cabeça. O Tony ficou no chão se recuperando da pancada e vi que o o carro a sua frente estava vazando gasolina e o homem se aproximava lentamente, como se apreciasse aquele momento.

– Espera mais um pouco - sussurrei me inclinando um pouco para frente, apoiando meus cotovelo nos joelhos e cobrindo a boca com uma das mãos.

Tony ficou deitado, mas um pouco e quando o homem direcionou o chicote na direção dele o Tony

– Agora - sussurrei e como ele estivesse me ouvindo ele, se levantou e correu, a corrente elétrica atingiu a gasolina causando uma explosão.

Tony rolou para não ser atingido pelo fogo, mas a manga do macacão de piloto ficou em chamas, as quais ele apagou rapidamente. O homem continuou a avançar em direção a ele, até que um carro que não era de corrida apareceu por trás dele, Tony correu e se pendurou na grade de proteção. Antes do carro atingir o adversário e prende-lo contra o muro de proteção, deixando-o aparentemente inconsciente. Tony pulou e falou com o motorista visivelmente irritado, questionou com a ex-secretária e atual presidente das industrias Stark. Quando ele deu a volta e abriu a porta do carro, o homem usou o chicote para tentar acerta-lo, mas apenas partiu a porta do carro.

O motorista deu ré e acelerou na direção do homem três vezes, mas airbag acionou e o homem teve a chance de atacar e usando o chicote ele cortou um parte do carro como se fosse isopor. Tony foi para o lado cortado e gritou o nome da ex-secretária, ela jogou uma maleta prata e vermelho vivo. Ele parou-a com o pé e pisou, aos poucos a maleta começou a se transformar em uma versão da armadura do Stark, só que sem tanta resistência. Depois que a armadura tinha concluído o processo, Tony usou o pé para empurrar o carro, ele se virou e direcionou as mãos para disparar na direção do inimigo, mas ele foi mais rápido e usou o chicote para destruir um dos propulsores e em seguida o acertou danificando parte da armadura

Ele usou a outra mão e disparou na direção do inimigo, mas ele usou os chicote elétricos para desviar os disparos, quando Tony se preparou para disparar novamente o homem prendeu o chicote no braço e em seguida no pescoço e o arremessou fazendo o Tony, ficar apoiando em um joelho com uma corrente elétrica percorrer pelo Tony a ponto da armadura soltar faíscas. Ele ergueu a cabeça com certa dificuldade e com determinação começou a se enroscar nos chicotes até poder se aproximar do homem e arremessa-lo no chão. Com a forte pancada o homem fica sem ação por um momento, permitindo que o Stark retirasse a fonte de energia do inimigo, policiais se aproximara para tirar o tal homem. Ele cuspiu um pouco de sangue e gritou

– Você perdeu Stark - ele disse com um sotaque Russo e começou a rir

O Stark olhou a fonte de energia do homem, que era muito similar ao mini reator arc e o destruiu. As pessoas ainda estavam nervosas, andando de um lado para o outro tentando entender o que aconteceu. Os comentaristas falavam rápido tentando assimilar as cenas anteriores. Eu estava olhando fixamente a tela, ao me dizia que iria acontecer algumas coisa nessa corrida, mas não sabia que seria dessa magnitude.

– Su? - a voz do Jhon me tira dos meus pensamento e eu o olhei - Você está pálida, está tudo bem?

– Eu não sei - digo sentindo uma breve fraqueza, mas não demonstro - Na verdade eu sabia que algo iria acontecer nessa corrida.

– Como? - ele perguntou curioso

– Nem mesmo eu se explicar - respondo e me encosto no sofá pendendo a cabeça para trás e fechando os olhos

Quanto mais eu vou ter que esperar, para que isso acabe. Porque raios eu sonho e tenho esses pressentimentos com o Stark? Já é ruim o bastante você sonhar com uma pessoa que você não conhece, e agora isso? Para piorar faz meses que não vejo o Nico sei que ele está bem, eu sinto, mas... queria está perto dele como era no acampamento e... o irônico é que não falei que estou apaixonada por ele justamente para não afasta-lo, mas é o que acontece. Será que se eu... não, isso não. Se mesmo sem contar meu sentimentos ele está longe, se eu contar ele pode se afastar ainda mais. Com esse segredo ainda posso vê-lo algumas vezes e... diferente do que minha tia pensa, não sou egoísta. Se o Nico ama a Thalia, se a felicidade estiver em está com ela... que seja então. Parte de mim ficará triste, mas a outra parte feliz por ele ter encontrado a felicidade que merece.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então meus amores! Gostaram do capitulo? Estão felizes por eu estar de volta? Comentem por favor!
Bom, tenho quefazer as coisas aqui em casa e ir me arrumar vou assistir o filme Homem Formiga as 11:50
Mas... nos vemos nos reviews!