Susan, a filha de um Vingador escrita por Lia Araujo


Capítulo 21
Declaração


Notas iniciais do capítulo

Oi gente sentiram saudades? Bom como prometido mais um capitulo para vocês.
Sei que com esse capitulo algumas pessoas irão querer me matar, por isso estou me desculpando antecipadamente
Sem mais enrolação
Boa Leitura!



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Vou andando em direção a praia, chegando lá me sento no gramado dos campos de morango em um lugar mais escondido e fico na sombra das arvores em um lugar perfeito onde eu pudesse ficar olhando o mar, sentindo o brisa então fecho os olhos aproveitando a sensação. Sinto a aproximação de alguém, abro os olhos e me viro na direção da pessoa e vejo o Michael se aproximar dizendo

– Oi - ele diz andando até ficar ao meu lado

– Oi, está me seguindo agora? - pergunto ironicamente vendo-o se sentar ao meu lado

– Bom, caso tenha esquecido, você me deve uma conversa - ele diz me olhando

– Verdade - digo voltando a fitar o mar

– Antes que eu me esqueça, parabéns pela quebra do recorde - ele diz olhando na mesma direção que eu

– Obrigado! - digo e começo a olha-lo - O que queria falar comigo no dia do jogo?

– Eu... é que... não sei direito como expressar - diz me olhando

– Não procure palavras, apenas seja sincero no que estará dizendo - digo me encostando na arvore atrás de mim

– Está bem!- diz me olhando e começa a fitar o mar - Acho que estou apaixonado

– E isso te preocupa? - pergunto ao perceber que ele ficou um pouco nervoso

– Sim - ele respondeu e parecia sincero - Me preocupa porque nunca senti isso por ninguém e tenho receio de não ser correspondido

– Dependendo da luta, vale a pena correr todos os riscos - digo olhando as ondas quebrarem na areia

– Não gosto de lutar batalhas perdidas - diz desviando o olhar para mim

– Mesmo que a batalha esteja perdida, ainda se pode vencer a guerra - digo dando de ombros

– Você é sempre tão otimista assim? - pergunta sorrindo de lado

– O otimismo é necessário - digo e ele me olha confuso - A vida é formada de objetivos e precisamos do otimismo para acreditar que podemos alcança-los

– E quais são os seus objetivos? - ele pergunta me olhando

– Atualmente? - ele assentiu - Sobreviver ao acampamento - respondo-o fazendo rir

– Acredite, esse é o objetivo de todos nós - ele diz e acabo rindo, ficamos ali conversando por um bom tempo, até que me veio a memoria algo que o Nico me disse

– Posso fazer uma pergunta? - pergunto olhando-o e vejo-o assenti - Quando acordei depois do que aconteceu no capture a bandeira, o Nico me disse que todos que conheço foram me visitar exceto você, porque?

– Eu... não conseguir - ele diz me olhando e percebo sinceridade, medo e tristeza em seu olhar - Quando te vi pálida, todo aquele sangue espalhado e você a beira da morte. Senti um medo e uma angustia tão forte

– Michael... - ele me interrompe

– Nunca senti isso por ninguém, não fui te visitar porque não ia aguentar te ver naquele estado - diz acariciando meu rosto e me olhando nos olhos - Sem ouvir sua voz, sem ver teus olhos, teu sorriso

Ele põe a mão na minha nuca e me puxa selando nossos lábios em um beijo urgente e apaixonado, que aos poucos foi ficando calmo e a falta de ar nos fez interromper o beijo, nos separamos ofegantes e ele manteve as nossas testas coladas e sussurra

– Eu não suportaria se algo acontecesse com você - ele diz se afastando para me olhar

– Michael eu... - tento formar uma frase mas as palavras não saiam e então ele diz

– Não vou e nem quero te forçar a nada - ele diz compreensivo

– Só... vamos dar tempo ao tempo - digo olhando-o - Se tiver que acontecer algo a mais, o tempo dirá

– Concordo, mais até lá - diz com um sorriso sedutor e me puxa para mais um beijo

O tempo passou rápido essa tarde, pois antes que pudéssemos perceber já estava anoitecendo

– Acho melhor a gente ir - digo começando a levantar, mas Michael me puxa me fazendo cair por cima dele e muda de posição ficando por cima

– Porque? Aqui está tão bom! - ele sussurrou em meu ouvido, me causando arrepios

– Michael, estou falando serio - digo com um sorriso discreto olhando-o nos olhos

– Está bem! - diz e se levanta e oferece a mão para me ajudar - Mais que fique claro que é a contragosto

– Não duvido - digo de pé, olhando-o nos olhos e ele me da um rápido selinho

– Vamos? - diz oferecendo o braço e eu aceito

Caminhamos juntos até a área dos chalés, ele queria me acompanhar até a casa grande, mas disse que não havia necessidade e ele vai para o chalé sete e eu vou para casa grande. Entro indo em direção ao meu quarto, pego uma calça jeans, uma camisa lisa de botão rosa claro (era tão claro que era quase branca), um par de sapatilhas e vou ao banheiro do meu quarto, tomo um banho demorado. Já saio vestida faltando apenas arrumar o cabelo, prendo-o em um rabo de cavalo, sento na cama, pego meu celular e nem parecia que havia sido quebrado. Tenho que me lembrar de agradecer o Leo por isso, ligo-o e noto que estava funcionando perfeitamente, havia até novos aplicativos olho as chamadas e vi varias ligações perdidas da tia Sam.

– Ela deve está surtando de preocupação - digo comigo mesma, já fazia um semana que eu não dava noticias então decido ligar

Alo?– ela diz ao atender

– Oi tia Sam! - digo com a voz levemente animada

Su?– pergunta e sua voz era um misto de alegria e preocupação - Meu Deus Su! Já estava preocupada com você, o que aconteceu? Porque não me ligou?

– Me desculpe! É que no primeiro dia estava conhecendo tudo e quando ia te ligar estava tarde - me senti mal por menti para ela, mas era necessário - Depois passamos uns dias acampando na mata e o celular ficou sem sinal

Fiquei muito preocupada, mas só de ouvir sua voz me deixou bem mais tranquila - ela diz totalmente aliviada - Mas diz como está se adaptando ao acampamento?

­- Bem - digo e me deitando na cama - Todos aqui são bem legais

Conheceu algum garoto, não foi? ­- diz em um tom curioso e eu podia jurar que ela tinha um sorriso divertido nos lábios e eu acabei rindo baixo

– Talvez - digo e pude ouvi-la abafar um riso de empolgação

Me conta tudo– diz um pouco eufórica me fazendo rir, a tia Sam era mais que uma tia, era uma amiga

– Porque você acha que aconteceu alguma coisa? - pergunto e a escuto bufar meio irritada

Te conheço desde o dia que você nasceu– ela responde - Agora me fala

– Não rolou nada demais - digo dando de ombros e um vento frio atravessa a janela do meu quarto - Foi apenas um beijo

Onde? Quando?– ela perguntou como se fosse uma adolescente enquanto eu fui fechar a janela

– Acho que já esta querendo saber demais - digo rindo e escuto a sirene do pavilhão - Eu tenho que ir tia

Tá bem! Se cuida!– ela fala e instintivamente dou um sorriso - Eu te amo Su!

– Também te amo tia Sam

Peguei o meu casaco roxo de capuz, coloco-o e fui até a saída da casa grande e fui em direção ao refeitório. Chegando lá pego meu prato, fiz minha oferenda a todos os deuses e agradecendo a Hades, Ares e Poseidon pelos presentes que me deram. E vou me sentar na mesa de Hades e Nico já estava sentado, e começamos a comer em silêncio. As vezes corria o meu olhar pelo pavilhão, tudo estava como sempre, bom quase tudo, o Michael a quase todo tempo tinha o olhar direcionado a mim e admito que isso estava quase me deixando envergonhada (eu disse quase), sou tirada dos meus pensamentos pelo Nico que disse

– O que houve entre você e o Michael? - me engasguei, eu realmente não esperava essa pergunta

– Porque acha que aconteceu algo? - pergunto olhando-o após desengasgar

– Eu não sou idiota Su - ele diz me repreendendo - Você e o Michael sumiram a tarde toda, depois vi os dois de braços dados e ele não para de olhar pra você

– Foi só um beijo - digo e ele fica me encarando não acreditando no que disse e digo - Atrás do outro

POV Nico

Não sei porque, mais ao ouvir isso da Su fiquei com raiva do Michael. Minha vontade era de abrir um buraco sob os pés dele e manda-lo para o submundo e de preferencia que ele caísse diretamente no Tártaro. Mas a unica coisa que eu disse foi

– Parece que ele realmente gosta de você - ela se encosta na cadeira

– Ele falou isso para mim hoje a tarde - diz tamborilando os dedos na perna

– Está nervosa? - pergunto sem entender e ela me olha confusa

– O que? - pergunta ainda me olhando

– Você está tamborilando de novo - digo e ela olha para as próprias mãos

– Nem havia percebido - diz como se tivesse perdida em pensamentos, enquanto abria e fechava as mãos

– O que houve? - pergunto ao ver a expressão preocupada no rosto dela

– Foi só... Um mau pressentimento - ela diz e discretamente leva a mão ao coração

– Você já sentiu isso antes? - pergunto olhando-a

– Não - responde simplesmente e percebi que ela estava ficando desconfortável

– Vem, vamos sair daqui - digo me levantando e ela me acompanha

Começamos a caminhar em silêncio indo em direção a praia, nos sentamos na areia e notei que ela olhava o reflexo da lua no mar. Ela parecia pensar, pude notar em seu olhar tristeza, medo e preocupação. Não queria que ela se sentisse assim, queria poder ajuda-la de alguma forma, mas não sabia como. Então digo

– O que está pensando?

– Nos meus pesadelos - diz e abaixa o olhar - Eu tento, mas não consigo entender porque estou tendo esses pesadelos

– Isso também está me perturbando - digo e dou um breve suspiro - Queria poder te ajudar com isso

– Mas você já me ajuda - ela me olha com um pequeno sorriso - Me aturando nos meus momentos de insonia

– Serio? - pergunto e ela me olha confusa - Sempre achei que fosse o contrario

– Como assim? - pergunta e pude ver em seu olhar curiosidade

– Eu ainda tenho pesadelos, sobre a minha passagem pelo Tártaro - digo e ela me olha - Toda vez que durmo, é assim

– Eu reclamando dos meus pesadelos, sendo que os seus são piores que os meus - ela diz me olhando

– Está tudo bem! Isso me ajuda a não pensar nos meus sonhos - digo e ela me lança um olhar irônico

– Pelo menos um lado bom, em ter esses pesadelos - ela diz dando de ombro e solto uma breve risada

– É o que parece - digo e começamos a olhar o mar

Passamos alguns minutos, olhando o mar e ouvindo a musica que vinha do anfiteatro. Então sinto a presença de alguém, me viro para ver quem é, tenho que usar todas as minhas forças para não tentar estrangular o Michael. A Susan percebe a presença dele e diz

– Oi Michael - diz com um sorriso

– Oi Su! - ele responde

– Vou deixar vocês conversarem - digo querendo sair dali antes que eu faça besteira

Me levanto e quando passo pelo Michael sinto a sensação que já é tão familiar para mim, devo ter ficado com a cara muito seria porque a Su disse

– Nico? - eu a olho - Você está bem?

– Estou, é só... cansaço - digo e saio de perto dele indo em direção ao meu chalé

Será que esse mau pressentimento da Su é por causa dos pesadelos ou por causa do Michael? Quando passei por ele senti que a morte dele estava próxima, as pacas com certeza já cortaram a linha da vida dele, mas o que realmente me preocupa é a forma que a Susan será afeta com isso. Com esses pensamentos me incomodando entro no meu chalé, quando o que a Susan disse no pavilhão sobre o Michael me vem a mente. Pego a primeira coisa que eu vejo, que era o abajur que estava no meu criado mudo e arremesso em direção a parede. Eu odeio sentir essa sensação de incapacidade, queria poder proteger a Su de tudo. Sei que a Susan não é minha irmã de verdade mais a considero como uma mas tenho medo que alguém a magoe, isso é motivo para se ter preocupação. Tudo bem nunca senti isso pela Bianca, mas eramos pequenos e ela se tornou uma caçadora, não iria ficar com ninguém. Me lembro do que a Adrielly disse que em alguns dias as caçadoras viriam ao acampamento, em breve verei a Thalia novamente. Com esses pensamentos me perturbando adormeço


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Notas finais do capítulo

Por favor não me matem. Me desculpem gente, mas isso é necessário, por favor tentem entender
Mais e ai? Gostaram?
Por favor comentem!
Nos vemos nos reviews!