P.O.V. Derek Peter Barllon

Estava andando pelo palácio com minha câmera na mão. Desde que cheguei estava contando as horas para fotografar tudo aqui. Era simplesmente incrível! Eu estava no corredor do primeiro andar, visualizando as pinturas lindas dos corredores. Quando comecei a ouvir uma melodia delicada. Parecia... violino! Segui o som, que dava para uma sala ampla onde ficava o vasto acervo de instrumentos musicais. E lá dentro se encontrava uma jovem linda de cabelos e roupas escuras.

Ela tocava o violino com muita precisão e delicadeza. Estava com os olhos fechados, e isso parecia que fazia ela ir para outro mundo. Desativei o flash da minha câmera e fotografei aquela expressão. Até que ela parou de tocar e abriu os olhos, surpresa ao me ver.

– Ah Alteza! Eu não sabia que estava aqui... – ela diz começando a guardar seu violino.

– Não se preocupe... Camila não é? – falo me repreendendo mentalmente. Eu devia ter decorado todos os nomes! Mas eram tantos...

– Sim. – ela diz guardando o violino.

– Bem, eu... você gostaria de dar um passeio? – digo numa tentativa frustrada de marcar um primeiro encontro. Percebo ela sorrir de canto.

– Pode ser. – ela diz por fim quando termina de guardar o violino. Eu ofereço meu braço e ela o aceita.

– Então você gosta de surpreender jovens entretidas com violinos? – ela diz brincando, quando saímos do salão em direção ao corredor.

– Devo admitir que essa é a primeira vez que sou descoberto. – também brinco. – Você é grega não é? – ela afirma – Como seria viver no acampamento?

– Você ainda não foi lá? – ela pergunta. Eu nego.

– Bem... primeiramente meu pai não tem chalé lá, então fico com os filhos de Hades. É bem legal tenho que admitir. Também tem várias programações. É legal de se viver. – ela diz com o pensamento longe.

– E você mora o ano todo lá? – pergunto curioso.

– Sim. – ela demora um pouco para responder e seu tom deixa notável que ela não quer falar sobre isso.

Mudo de assunto e continuamos a conversa. Percebi que ela não gosta de falar muito da vida dela. Eu não vou me intrometer, e vai ser legal poder ganhar a confiança dela aos poucos.

P.O.V. Nicholas Alexander Ellionder

Bati na porta do quarto que tinha a plaquinha de ouro imperial com o nome de Julieta. Havíamos combinado um encontro esta tarde. Seria meu primeiro com uma das selecionadas...

– Ah, você chegou! – ela diz quando abre a porta. Julieta exibia um sorriso encantador e não tinha como negar que ela era linda.

– Sim e você está encantadora! – falo retribuindo o sorriso e lhe oferecendo o braço – Vamos?

– Sim, obrigada! – ela envolve seu braço no meu. Ela batia pouco abaixo do meu ombro e isso parecia lhe deixar só mais fofa. Mas é claro que eu tinha que me lembrar que ela era uma caçadora... e isso que me despertou a curiosidade para convida-la.

Caminhamos pelos corredores do palácio em uma conversa agradável e logo chegamos ao terraço onde jantaríamos.

– Nossa! Eu nunca vi tanta comida junta. – ela diz contemplando a mesa cheia de ´pratos variados.

– Bem, eu pedi para capricharem no cardápio. Parece que eles levam as ordens bem a sério! – brinco e ela ri. Nos sentamos e eu começo a falar novamente.

– E como era a vida no acampamento? Ficou entediada com a monotonia e ordem de lá e por isso decidiu mudar para a adrenalina das caçadoras? – começo brincando e lhe oferecendo um copo de vinho. Ela o aceita e começa tomando um gole dele antes de responder.

– Bem, eu gostava de lá. Até que levava uma vida boa, mas...

– Mas... – instigo.

– Eu peguei me namorado me traindo. – ela fala como um desabafo. O que?

– Quem seria doido o suficiente para deixar escapar uma garota tão linda como você? – falo sorrindo sincero. Ela retribui o sorriso.

– Ele era um grande idiota. – ela brinca e nós dois rimos.

– Mas foi isso que lhe motivou a entrar para a caçada? – pergunto curioso.

– Eu queria me vingar. Então reuni as caçadoras e junto com elas cacei ele. Eu gostei tanto da experiência... a adrenalina, a expectativa. É tão incrível! Por isso decide entrar. – ela fala com um sorriso sonhador. Como se pudesse reviver as lembranças.

– Então, se gosta tanto da caça, por que deixou ela para vir para a Seleção? Não que eu esteja reclamando! A sua presença aqui está sendo adorável. – falo charmoso. Ela não se intimida.

– Uma garota tem direito a ter segredos! – ela diz sorrindo misteriosa.

– Que bom que estou totalmente disposto a desvenda-los. – falo retribuindo o sorriso.

Continuamos jantando e conversando tranquilamente. E quando acabamos eu lhe acompanhei até o seu quarto e me despedi com um beijo em sua mão. Bem, uma coisa que não se pode reclamar é que sou educado com as garotas.