(DESCONTINUADA) Criminal Scene escrita por Scamander


Capítulo 22
22. Band-aids não curam cicatrizes de bala.


Notas iniciais do capítulo

EU TO LITERALMENTE CHORANDO DE EMOÇÃO AQUI minha nossa senhora, me desculpem pela demora, tá sendo uma reviravolta na minha vida agora que meu computador quebrou de vez e meu pai não deixa de jeito nenhum eu entrar nos sites que eu costumo usar porque ele acha que vai dar vírus no pc dele. resumindo, eu consigo escrever capítulos no word e mandar pro email, mas twitter, nyah e etc, etc, etc tá sendo pelo celular. pOR ISSO EU PEÇO MIIIIL DESCULPAS A TODO MUNDO QUE VEM COMENTANDO VCS SÃO TÃP LINDINHAS E EU QUERO MORDER TODOS VCS MASSSS responder comentário pelo celular é uma grande bosta e eu já to aqui agradecendo a deus porque finalmente encontrei um computador que preste pra postar o capítulo (obrigada vô s2), mas eu promeeeto que vou tentar responder vcs por aqui também. e tentar postar o segundo cap que eu escrevi, porque ele tá muito lindinho e enfim, é isso. aproveitem :)))



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Annabeth ainda estava lá quando Percy foi embora. Na cama, eu digo. E ele poderia ter encenado toda aquela coisa de observar seus traços enquanto ela dormia, mas olá, namorados falsos? Eles não agiam desse jeito.

Quando chegou em caso, porém, ele poderia ser considerado a própria encarnação de Tom Cruise em Missão Impossível.

Sua mãe dormia no sofá da sala, com o controle repousando em sua barriga, travesseiro entre as pernas e aquela velha camisola que Percy tinha certeza que ela usara no dia em que o filho nascera. A almofada em sua cabeça estava úmida e Percy torcia para que aquilo fosse saliva. Ele até pensou em desligar a televisão ligada ao que podia ter sido a noite inteira, mas preferiu não interferir na cena do crime. Que ironia.

Subindo na ponta dos pés para o andar de cima, é claro que o degrau de madeira velho teria que ranger e é claro que Sally teria que sair de sua posição, mas foi por pura sorte de Percy que sua mãe continuou dormindo. Mas estamos falando de Percy Jackson, e oh, pobre garoto desafortunado, o que seria dele quando seu celular começou a tocar?

Sem se preocupar com o barulho que sua afobação causaria, o garoto correu para o quarto, dois degraus por vez, com o celular na mão tentando abafar o barulho do toque.

Percy iria matar Leo Valdez.

— Fale. – grunhiu, passando a chave na fechadura apenas por precaução.

Percy estava com a mão no peito, encostado em sua porta, tentando respirar depois de sua maratona particular até o quarto, quando Leo soltou:

— Eles conseguiram nossas fotos.

Oi? Quê? Quem?

— Que fotos, Leo? – o Jackson perguntou, deixando-se escorregar pela porta. Queria saber de onde vinha aquela sensação ruim, de que algo pior ainda estava para acontecer, e ele não precisou esperar por muito mais tempo.

— As fotos, Perseu. – grunhiu Leo. – Ontem. Na delegacia. Você se lembra?

Oh, merda.

A linha ficou em silêncio por um momento e Percy gostaria de retornar a época do telefone fixo para poder se enforcar com o fio de energia. Espera, o quê? Ah, que maravilha. Há um passo de ser descoberto, Percy está tendo pensamentos suicidas. Por favor, Jackson, não seja uma tumblr girl agora.

— Cara? – aquilo não fora uma pergunta. Leo só queria ter certeza de que o garoto continuava na linha e podia continuar fazendo sua melhor cara para quando o clímax da cena chegasse, com direito a música de fundo e tudo mais.

— Nós estamos fodidos.

Mas o que Percy queria dizer mesmo era:

— A Annabeth vai matar a gente.

E foi o que ele disse.

— Nem me lembre dela, Jackson, nem me lembre. – e se Leo estava batendo a cabeça na parede, ninguém precisava saber. Mas ai, aquilo doía. – A Thalia quase me acertou com aquelas tachinhas da bota dela. Foi assustador.

Percy tremeu, ele podia imaginar bem a cena. Thalia Grace e seus Camel legítimos, uma bota em sua mão e um olhar assassino em seu rosto. Bruh.

Cara. – disse. Mais porque não tinha nada melhor para dizer do que qualquer coisa.

— O que a gente faz agora? – foi o que Leo perguntou. Ou respondeu. Respondeu perguntando. Enfim.

— Uh... – o Jackson coçou a nuca. E se a ideia de se entregar passou pela cabeça dele, a culpa não era sua. — Annabet-

— Nenhuma das meninas vai nos ajudar. Thalia deixou isso claro quando quase me matou, Silena não parece realmente disposta e eu acabei de estragar tudo com a Reyna. – Leo interrompeu o outro garoto. – E você tem certeza que quer falar com a Annabeth sobre isso?

Não, Percy não tinha. Por ele, a garota loira nem ficaria sabendo.

Os dois ficaram em silêncio. Porque afinal, o que eles diriam? É, cara, estou indo arrumar o terno para o meu funeral, te vejo lá. Traga margaridas para minha mãe, são as favoritas dela.

— Nós precisamos da ajuda de uma das meninas. – Percy concluiu. – A gente é burro, cara. Tipo, idiota mesmo. Estúpido. Por que a gente tirou aquelas fotos mesmo? Por que eu me convenci a tirar aquelas fotos? Puxa, obrigado, Valdez. – o garoto praguejava sozinho.

— Ah, certo, agora a culpa é minha? – Leo riu, sarcástico.

— Foi você quem começou. – Percy acusou. Eles pareciam dois menininhos da creche. Certeza que eles tinham dezesseis? – Nós já tínhamos conseguido achar a moto e eu já ‘tava saindo, mas oh, é claro, você teve aquela grande ideia e agora nós estamos fodidos. – Leo pensou em rebater, mas Percy falava sem parar como uma máquina, vermelho de raiva. – Quer saber, Valdez? Não me meta nessa. Juro por Deus, se eu ouvir meu nome no meio dessa história, te divido em dois. Ainda jogo seus restos no lago e digo que aquela moto era sua, não duvide disso.

— Mas que m- tu, tu, tu.

Ah, claro, Percy havia desligado. Todo putinho, o imbecil. Leo esperava que ele se fodesse, não precisava da ajuda do Jackson, ele conseguiria se livrar dessa sozinho. Quem precisava de ajuda? Leo é que não era.

Então, no final do dia, o garoto chegara em casa cansado, com as costas latejando e há um passo de ser pego pela polícia. Oh, ele realmente precisaria de ajuda.

— Você acha que ela já sabe? – Reyna perguntou.

As aulas haviam acabado e Thalia tinha pedido para que Reyna fosse com ela à casa de Annie para ajudá-la com a matéria perdida (desde que a Grace era do terceiro, um ano mais velha, ela não poderia ajudar muito). Não que Annabeth precisasse de ajuda, é claro, mas talvez Thalia estivesse com medo de encarar a amiga sozinha.

Depois daquela mensagem, Thalia e Annie ficaram em silêncio durante cinco minutos e a Grace achou que seria estúpido demais perguntar se fora Annabeth quem mandara aquilo. Não a julgue.

Então, doze horas depois, lá estava ela. Com o livro de Álgebra em cima de sua cabeça, protegendo-se do sol, enquanto andava até a casa dos Chase.

Reyna estava nervosa. Ela mantinha-se olhando para os lados constantemente e seus livros escorregavam vez ou outra de suas mãos suadas. Ela não diria aquilo, mas conseguia ver o sorriso macabro do cara do bar em toda esquina. Aquilo estava enlouquecendo-a.

Claro que Thalia não sabia disso. E era melhor que continuasse desse jeito.

— Nem me lembre disso. – a garota respirou fundo. Ela havia encontrado Leo no corredor durante o intervalo, e, pelo seu próprio bem, havia sido num corredor cheio.

Reyna balançou a cabeça, dentes podres e amarelados pregando-lhe peças.

— Mas ela precisa saber, não? – questionou, limpando a mão molhada na calça.

Thalia coçou a nuca, não seria ela a dar a notícia à Annabeth.

— Não acho que a gente deva. Não agora, pelo menos. Ela ‘tá se recuperando, não precisa de mais problemas. – a Grace disse.

— Você sabe que ela não vai gostar nada disso, não é?

— Não se ela não ficar sabendo.

E assim, ficou decidido que aquela matéria não chegaria aos ouvidos de Annabeth. E Thalia fez questão de esconder todos os jornais daquele dia quando chegara à casa dos Chase.

Annabeth estava dormindo e, por algum motivo, Thalia preferiu não acordá-la. Reyna não se opôs — ela sabia por experiência própria como era raro conseguir dormir naquele tempo.

— Vocês querem café? – uma mulher loira perguntara, sorrindo calorosamente. Com unhas bem feitas, ela acariciava sua barriga volumosa.

Mesmo com toda a sua doçura, a resposta de Thalia fora seca. Um “não” que fizera Reyna sorrir envergonhada pelos maus-modos da Grace.

— Aquela é a madrasta de Annabeth.

Reyna havia imaginado.

— Ela pode parecer gentil, mas não se engane. A mulher é uma bruxa. – Thalia disse, puxando um computador da ponta da cama de Annabeth.

Quando ela acordou e depois de Thalia trazer um café reforçado para a loira, Reyna pensou que talvez aquela fosse a hora em que entregava suas anotações e dava o fora.

— Percy veio aqui. – a loira começou enquanto Reyna se curvava para pegar sua bolsa. Se a garota estivesse prestando atenção, iria notar o olhar alarmado de Thalia em Annabeth, que tinha medo de onde a amiga iria chegar. — Contei a ele e ele brigou comigo. – a garota encolheu os ombros.

Agora Reyna estava prestando atenção, curiosa.

— Annabeth. – Thalia falou em tom de aviso, com um olhar nada discreto para a terceira garota.

— Você não contou a ela? – talvez o sono estivesse deixando-a mais lerda. Ou, quem sabe, a convivência com Percy.

— Contar o quê?

Nada parecia fazer sentido para Annabeth. Se Reyna estava ali, era porque Thalia falara para ela, certo? Oh. Merda, seu cérebro não costumava funcionar direito quando ela estava com sono.

O silêncio que se instalou no quarto, com Reyna encarando as outras duas num misto de dúvida e acusação, era insuportável. Annabeth estava aflita, Thalia sabia que tinha que ajudar a amiga — mas como?

Ela olhava para os lados, perdida. Em algum momento, seu olhar pousou na tela do computador em seu colo e ela observou as pastas da biblioteca da loira. Seminários, Trabalhos, PDF, Jornal... Oh. Thalia lembrava-se de ouvir a garota praguejando sobre uma matéria no jornal da escola. Alguma coisa para Calipso? Ela não tinha certeza.

— Ora, você disse ‘pra gente! – Thalia exclamou, mostrando um sorriso mais falso que sua inocência. Reyna arqueou ainda mais as sobrancelhas. – A matéria no jornal. É disso que estamos falando, não é?

O olhar que a Grace lançou à loira deixava claro que, sim, era exatamente disso que elas estavam falando.

— Que matéria? – a expressão de Reyna era de pura confusão. Mas de que merda elas estavam falando?

— Sobre Calipso, lembra? – Annabeth piscou, atônita. Estava tentando se convencer daquilo, na verdade. – Katie pediu que eu escrevesse uma matéria sobre ela e Percy não concorda com isso. Para ele, isso não é da minha conta. – (Annabeth não estava mentindo, de todo modo) e a amargura em sua voz era explícita.

E Reyna preferiu acreditar. Annabeth e Percy faziam um casal bonito, de todo modo, e ela parecia realmente chateada com a situação toda.

— Você sabe, eu já fiz parte do jornal uma vez, não teria problema se eu fizesse isso por você. – sorriu solidária. Em seu interior, no entanto, todas as suas células gritavam. Ela conseguia sentir o cheiro de ideia ruim de longe.

Annabeth ficou perplexa. Não era comum que as pessoas oferecessem ajuda à ela (talvez porque ela não costumava aceitar, também), mas ela estava cansada e Reyna parecia realmente querer ajudar. Então por que não?

— Claro, obrigada.

A outra garota tentou ignorar a voz que gritava em sua cabeça, respondendo-a com um sorriso. Aquilo não iria ser tão ruim, certo? Reyna estava mesmo precisando se ocupar com alguma coisa.

Puxando o computador do colo de Thalia (que ainda não conseguia acreditar na própria mentira – e, principalmente, que ela havia funcionado – para falar alguma coisa), Annabeth murmurou como mandar o anexo de seu rascunho por e-mail e a última coisa que Reyna ouviu antes de sair do quarto foi:

— Você pode pedir ajuda para Leo, se quiser.

E ela começou a dar razão à voz em sua cabeça.


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Notas finais do capítulo

em toda a conversa do percy e do leo eu só conseguia imaginar um universo alternativo onde as fotos seriam de eles dois se beijando..,, QUAL O MEU PROBLEMA??!!?
desculpem os erros, eu tive que revisar passando o olho porque ainda preciso almoçar hoje. e caso alguma coisa da formatação saia errado, eu peço mil desculpas novamente - escrevi num word e to postando por outro, não sei se mantém a mesma coisa. qualquer coisa me avisem que assim que conseguir um computador novo eu ajeito. vou tentar postar outro capítulo já já, mas não prometo nada. xx



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