(DESCONTINUADA) Criminal Scene escrita por Scamander


Capítulo 21
21. You bite your friend like chocolate


Notas iniciais do capítulo

*você morde seu amigo como chocolate
adivinha quem tem prova de redação amanhã e tá aqui postando capítulo novo? exatamente, eu. obglsdfkb alguém aqui pode ajudar me falando alguma coisa sobre super população e/ou impeachment e reforma política? ;-;
eu sei que tinha prometido postar ainda no domingo, mas eu fui ver avengers e cArAlHO que filme é esse??¿¿? na verdade, eu não ia postar nem hoje porque ainda tenho coisa pra fazer e, adivinhem, meu google drive deu bug - sorte essa a minha ein - e tive que passar o capítulo todo pra um novo lugar pra poder copiar pro nyah! e to fazendo isso há três horas, pois é. u.u' massss hoje, após voltar do marcadinho aqui no final da rua, eu casualmente entrei no nyah! e HOLY SHIT, LOLLA, QUE RECOMENDAÇÃO FOI ESSA???¿¿?¿? eu fiquei parada por uns cinco minutos olhando pra notificação até me tocar que tinha que olhar ela, né, e depois mais dez depois de terminar de ler essa recomendação. eu tava do lado da minha mãe e tava com uma vontade enorme de chorar sangue porque sUA rECoMENdaÇão fOI TÃo aMORrZiNhO e nossa, o capítulo é dedicado a você, é claro. x333
aproveitem o capítulo flores flores



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Leo estava com o rosto coberto, então aquilo não devia significar muita coisa, certo? Quer dizer, agora a polícia sabia qual a sua altura e a cor dos seus olhos e a marca de seu casaco, mas aquilo não devia ser nada demais, afinal. Ao menos, ele esperava que não.

Thalia, Reyna e Silena olhavam para ele, esperando uma explicação. Mas ora, o que elas queriam? O Valdez estava com sono e, qual é, ele estava gostoso pra caralho. Nem Leo resistiu ao seu próprio charme.

— Uh, ãh, desculpa? — ele coçou a nuca, sorrindo amarelo.

Silena olhou-o, cética, Reyna cerrou o maxilar e Thalia gargalhou. Exatamente, gargalhou, Alto o suficiente para que os alunos que, como eles, haviam perdido a hora, olhassem atravessado para o quarteto. A risada de Thalia era escandalosa demais para pertencer àquela menina de cabelos picotados e Camel no bolso.

— Desculpa? — Thalia perguntou, um tom zombeteiro na voz. — Desculpa?! — seu rosto ia se transformando, Leo podia ver. Primeiro, o sorriso sumiu. Depois, as sobrancelhas arquearam e, por fim, as narinas inflaram. — Vá pedir desculpas para para o juiz quando estiver na cadeia, bastardo!

Leo abriu a boca. Pensando bem, era melhor ficar calado.

— Escute aqui, Valdez — Thalia aproximou-se, cara a cara com Leo. Era bem frustrante que Thalia fosse cinco centímetros mais alta que Leo, na verdade. — Eu não quero saber se você se desculpa, ou o que vai fazer para sair dessa, mas escute bem, Valdez, se você meter meu nome nessa, eu te garanto, o próximo morto será você.

O garoto engoliu em seco. Ele tentou levar aquilo como uma brincadeira – ou, ao menos, algo que Thalia não faria – mas ele tinha certeza que cada palavra que saíra de sua boca era sincera. E o Valdez quase se borrou nas calças.

— E-eu — começou, e viu as outras duas garotas arquearem uma sobrancelha. Uma perfeita sincronia. — Ãhn, eu posso, um, tentar invadir o sistema, talvez?

Ele sabia que aquilo era loucura. O Detetive D. já havia errado uma vez, no hospital, não era possível que um homem daquela patente se deixasse errar duas vezes. Leo não teria essa sorte, de qualquer forma.

— Não me importa o que 'cê vai fazer. — Thalia disse, a mão erguida. Por um momento, o garoto pensou que ela fosse bater nele. — Te vira, idiota.

E com fumaça saindo pelas orelhas, ela virou-se, indo embora. Leo engoliu em seco, vendo as botas de Thalia sacudirem o chão. Sentindo o olhar de Silena em si, ele virou-se para ela e, por um momento, ele quase esqueceu que aquela era a garota que passara o velório inteiro da melhor amiga chorando em seu ombro. Mas então ela deu um sorriso que não enganou ninguém e saiu, seguindo a direção oposta à Thalia.

— Reyna.. — Leo virou-se. A garota ainda tinha o maximar trincado, mau sinal. — Olha, eu-

— Você já 'tá avisando, Valdez. Não me mete nessa. — ela murmurou, mas não saiu do lugar.

Por favor. — ele sentiu os olhos lacrimejarem. Sim, Leo queria chorar. Mas porra, ele estava com muito medo. Medo pra caralho. E mais ainda, ele estava frustrado; por que tudo dava errado para ele?

Por um momento, Reyna pareceu fraquejar. Leo vinha sendo tão bom para ela, a garota não poderia agradecê-lo o suficiente pelos últimos dois dias. Mas aquilo ia além de sua compaixão - Leo havia errado feio. Se quisesse ajuda, pedisse a Percy. Ele não pareceu hesitar quando bancara o gangster naquela foto.

— Desculpe, Leo. — ela murmurou, sentindo o coração apertar com o olhar perdido que Leo lançara à ela.

— Reyna! — o garoto chamou-a quando ela deu as costas, insistente. — Você não precisa fazer nada demais, por favor. Só me ajude. Por favor. Eu não fui o único, fui? Eu nem toquei na Calipso.

E Reyna virou-se imediatamente. O rosto tomado por raiva.

— Escute aqui, Valdez — começou, baixinho, temendo que os alunos no corredor ouvissem aquela conversa. —, não ouse falar nada. Eu não fiz porra nenhuma, ok? Eu tava querendo ajudar ela, lembre que você que começou tudo. Se tem uma pessoa que não tem culpa, essa pessoa sou eu. — dizia, os olhos vermelhos de ódio. Leo parecia ter tocado na ferida. – E sabe o que mais? Eu podia ter denunciado vocês. Mas não — riu, amargurada —, eu só queria ajudar e agora to tão fodida quanto qualquer um. É bom que você nunca mais diga isso, estamos entendidos? — Reyna perguntou, o dedo apontado para ele. Estavam tão perto que Leo quase conseguia sentir o cheiro do chá que ela tomara hoje de manhã.

E assim como Thalia, a saída triunfal de Reyna consistiu em jogar os cabelos e sair fumegando pelos corredores. Ah, que ótimo. Leo estava pensando em abrir uma escola de como ser tão fodido quanto Leo Valdez, alguém tem interesse?

— Você não seguiu meu conselho.

Thalia parou no meio do corredor, girando os calcanhares, com medo do que encontraria ao seguir aquela voz. O uniforme do time, a cicatriz perto da boca, os olhos eletrizantes; ah, era apenas Luke. O dono da conta que ela e Annabeth haviam invadido na noite anterior.

— Achei que você fosse mais esperta, Thalia. — o garoto semicerrou os olhos, escorando-se nos armários do corredor. Ele parecia saber exatamente o que ela pensava.

— Que conselho seria esse, exatamente? — ela endireitou a postura, tentando não parecer tão vítima. Rá, vítima.

— Você e Silena ainda estão se falando. — ele disse, as sobrancelhas dela se uniram. — Te disse para sair de perto dela, não foi?

A garota tencionou os ombros. Em parte, ela estava feliz por não estarem falando sobre casualidades como hackear contas alheias, por exemplo. Mas ainda assim, o assunto era Silena, e Thalia não vinha se mostrando confortável com esse tópico.

— Onde está querendo chegar?

— Agora? No treino de basquete. — Luke fez piada. Thalia revirou os olhos. — Me acompanha?

A garota ficou tentada a responder. Sem chances. Porque, olá, aquela era Thalia Grace, a garota que havia invadido uma conta no Facebook ontem. Que havia matado alguém. E que esmagava a caixa já vazia de seus Camel com suas mãos suadas, tentando se controlar. Luke Castellan era aquele que poderia ferrar com sua vida, não é como se Thalia fosse de repente ficar torcendo por Luke em seus treinos de basquete.

— Vou ter que recusar, obrigada. — Thalia não fez questão de dar um sorriso sincero.

— Você não recusaria se soubesse o que eu tenho para falar. — Luke sabia como conseguir sua atenção. E a Grace caiu direitinho.

— E o que seria? — Ela tentou fazer pouco caso. Tentou.

O Castellan sabia que tinha ganhado. Provocando, ele disse:

— Desculpe, Thals, tenho treino agora.

— Vá direto ao ponto, Castellan. — o problema era que Thalia não se deixava levar muito fácil. Eles se conheciam desde os dois anos de idade, afinal, a garota conhecia seus truques. Ou esperava que sim.

— Já disse, Thalia, tenho treino. O jogo é amanhã e o treinador não gosta de atrasos, então... — ele deixou a frase no ar. — Vai querer me acompanhar? — perguntou, já de costas. Seu braço estava de lado, como se ele esperasse que a garota o pegasse, e a cicatriz destacava-se por causa de seu sorriso.

— Não antes de me dizer o que tem para falar comigo, Luke. — a Grace manteve-se como pôde. Sabia que Luke poderia pôr um fim naquilo quando quisesse, quem sairia perdendo era ela. — Não vou perder meu tempo se quiser saber o assunto de Química.

— Ah, uma pena... — Luke entortou a cabeça. Agora, de frente, o cretino ainda tinha coragem se fazer-se de decepcionado. Era bom que o Castellan agradecesse por não estarem em um corredor deserto. — Tanto faz. — estalou a língua. — Bem, nos vemos qualquer dia desses.

Thalia olhou para as costas Luke, vendo-o se afastar. Da linha rala de cabelo que ele tinha na nuca, indo para os ombros tencionados e chegando na barra de sua bermuda. Luke tinha ombros largos, mas não fortes. Um cabelo alourado, bagunçado, e a barra de sua cueca estava aparecendo.

Piscando, Thalia balançou a cabeça. A garota corou quando percebeu que estava encarando as costas de Luke muito fixamente. Céus, ela iria enlouquecer.

Annabeth não podia gritar, mas estava furiosa.

Cara a cara com Percy, ela precisava ficar na ponta dos pés para poder encará-lo nos olhos. Maldita altura de poste que o Jackson tinha! Se pudesse, estaria subindo na cama para poder olhá-lo de cima. Assim, talvez, aquela briga não estivesse sendo tão ridícula.

Os dois não podiam gritar. E ela sequer sabia porquê estavam brigando.

Mas que fique claro, Percy havia começado tudo. Ralhando com ela, gesticulando e alegando que era um absurdo que, no estado em que estava, Annabeth tivesse virado a noite sem dormir e, o pior, para hackear a conta de alguém.

— Francamente, Annabeth! Você não acha que nós já temos problemas demais? — foi o que ele perguntara, levantando-se da cama com um olhar severo. O que ele era dela, afinal? Seu pai?

— O que você 'tá dizendo, Jackson? — Annabeth forçou uma risada. Teve que abaixar o tom, com medo que seu pai, no banheiro da frente, ouvisse a conversa. Sobre policiais, hackers e garotas mortas. — 'Tá dizendo que eu me meti nisso? Que eu resolvi invadir a conta do Luke por acaso? Eu 'to tentando ajudar a gente, Percy!

O garoto olhou-a, cético.

Annabeth gostaria de tirar toda aquela prepotência de seu rosto a força.

— Ajudar? — Percy riu. — Ajudar? Você estaria ajudando se não invadisse a conta de alguém com ligação direta a Calipso!

— Exatamente! — exasperou-se. — Ligação, Percy. Eles estavam juntos e ninguém sabia disso, você não acha estranho?

— Não é estranho, Annabeth! — Percy dizia com os olhos fechados, pressionando as têmporas. O Jackson fazia com que a loira se sentisse como uma criancinha. Mas, é claro, ela nunca admitiria isso em voz alta. — Calipso tinha um lance com cada cara do colégio e Luke estava namorando a Silena. O que isso muda, afinal? — perguntou, abrindo os olhos e fitando Annabeth com as íris verdes. — Eles estavam saindo, uhu, meus parabéns! — zombou. — Isso não muda que nós matamos a Calipso.

Annabeth fraquejou. Talvez porque, no fundo, ela começara a acreditar na teoria de Thalia. Ou pelo menos, era o que ela queria. E se eles não fossem culpados? E se mais alguém estivesse lá? E se esse alguém fosse Luke? Por Deus, a garota estava tão desesperada. No momento, ela acreditaria em tudo que fosse livrá-la da culpa pelo assassinato de alguém.

Mas é claro que Percy não entenderia.

Eles estavam no mesmo barco e Percy não estava daquele jeito. Era Annabeth a louca ali. Se ela abrisse a boca, o Jackson sairia correndo. Você 'tá maluca, ele diria. Mas, aos poucos, todos eles estavam ficando loucos.

Por fim, a garota encolheu os ombros. Ela largou-se na cama, fechando os olhos. O quarto estava tão silencioso que Annie quase achou que Percy tinha ido embora, até que ela sentiu o colchão afundar e o braço de Percy passar por seus ombros, encostando-se na cabeceira da cama, trazendo-a para perto.

A garota poderia ter gritado ou batido nele, para que o Jackson largasse-a. Mas Annabeth não queria que ele fizesse isso.

Aninhando-se no peito de Percy, ela respirou fundo. Seu estômago estava revirando e Annabeth preferia acreditar que aquilo era fome - ela não havia comido nada, de qualquer forma. Porque, afinal, eles eram só colegas. Colegas que por acaso haviam mato alguém e, convenientemente, fingiam ser namorados. . Eles deviam estar tocados demais com o momento, não era nada demais.

— Você tem razão. — Annabeth sussurrou. — Eu 'to errada em ficar procurando problema onde não tem. Isso não muda nada, afinal.

Percy remexeu-se embaixo dela. Ele queria olhar para seu rosto, apenas para ter certeza de que a loira não estava sendo irônica. Suspirando, ele ficou em silêncio de novo. O que o Jackson diria? Rá, eu ganhei, você estava errada? Por favor, ele ainda queria ter a cabeça presa ao pescoço por mais alguns dias.

— Olha, é só- Percy não sabia o que falar. Ele ainda não acreditava, em primeiro lugar, que havia ganhado uma discussão de Annabeth. — Não faz mais isso, tá? Eu sei que você só tá querendo tirar a gente dessa. Imagina o que seria do resto de nós se não tivéssemos a célebre mente de Annabeth Chase pra nos ajudar? — ele zombou, cutucando sua costela. A garota riu, sentindo-se corar. Merda. — Mas tem coisa que a gente não pode mudar. Que é melhor nem mexer, na verdade.

Annabeth assentiu. Não tinha muito mais o que falar, na verdade.

— Desculpa ter brigado com você. É que eu 'to com sono. — Percy se justificou. Ela olhou para cima, vendo as bolsas roxas que circundavam os olhos do garoto. Seus cabelos estavam desgrenhados e suas roupas não estavam em seu melhor estado. Annabeth não devia estar muito melhor, também.

— Você quer dormir? — ela se ouviu perguntar.

O Jackson ergueu uma sobrancelha, estranhando. Mas sim, por favor, ele amaria.

— Eu tenho que mostrar sinal de vida por meu pai e tentar socializar com a bruxa velha que está lá embaixo, posso te dar uma meia hora de descanso, o que acha? - propôs.

Percy mostrou os dentes, sorrindo.

— Sua madrasta não é tão ruim assim. - ele murmurou.

— Ah, vá dormir. — Annabeth manou, empurrando-se para longe dos braços de Percy, rindo.


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Notas finais do capítulo

chorando sangue com esse final. percabeth é tao nho nho gente, como tem gente que não shippa afff
eu vou tentar escrever um capítulo na quinta, não sei, mas pra hoje é só esse porque além de ter que estudar pra prova de redação, tenho que gravar minhas falas no roteiro de artes. xx