Outsiders escrita por Rafaela


Capítulo 12
Capítulo 12




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Teresa tinha medo de palhaços, as cadeiras lotadas não ajudavam nenhum pouco. E os gritos, ah, os gritos.

Alex sorria até a orelha, ao contrário de Tess, ele gostava de enxergar a si mesmo no palco. Ela olhava para os seus olhos castanhos, ele a matinha atenta enquanto o espetáculo não começava.

– Senhoras e senhores, respeitável público, apresento-lhes os espetáculos do Circo da Lua, com o incrível globo da morte, ilusionistas, palhaços, contorcionistas e muito mais. Espero que vocês não saiam de suas cadeiras.

– Não se assuste, é gente da gente.

As luzes se apagaram, o inferno começara.

Tess se encolheu depressa em sua cadeira, fechou seus olhos. O rapaz lhe fez ficar de frente aos seus medos, ela não queria estar ali, não deveria ter vindo.

Só abriu seus olhos enquanto Alex a envolvia sem seus braços, não era a hora certa de negar-se a um abraço, ela se sentia segura, reconfortada. Então, ele beijou sua testa e aquele beijo foi tão: ‘ não se preocupe, eu cuido de você. ’

Ela tentava se manter atenta, olhando para as figuras assustadoras, mas o seu abraço era mais interessante que qualquer lugar no mundo. Gostava do seu perfume intoxicante, do abraço apertado e gostava de se sentir segura ao lado de alguém sem ser si mesma. Todas as risadas e coisas idiotas pareciam sumir.

As lágrimas começaram a escorrer pelo seu corpo quente, não sabia o motivo, mas era algo que estava guardado há muito tempo.

– Pare de chorar! – Lágrimas caíam em abundância. – Acho que deveríamos ir.

– Não, nós gastamos tempo aqui.

Alex segurou sua mão, correram até o fim dos corredores e dos fins dos corredores até a chuva. Tess se sentia imperceptivelmente unida a ele, graças ao aperto de mão forte. As roupas se encharcavam, as gotas mais pesadas.

Tess não queria estragar o seu novo penteado, então, corria rapidamente. Por mais que as pernas de Alex fossem longas, seus um metro e noventa quase sumiam a acompanhá-la, mas suas mãos continuavam juntas.

Teresa pisou em falso, caiu na poça e Alex seguiu o mesmo caminho. O seu lindo vestido Ralph Lauren ia gotas abaixo, digo o mesmo sobre a calça Diesel de Alex, o tombo causou alguns buracos na calça carvão.

O lado direito de seu rosto estava esfolado, Tess abriu seu sorriso ruim. Ela tentou ajudá-lo, mas por ela ter quase a metade do seu peso não adiantou.

– Você está parecendo a Mariana.

– Por quê?

– Todo machucado.

– Eu me machuquei sozinho – pronunciou.

– Por isso mesmo – Tessa sorriu, e tentou ajudá-lo novamente.

Um carro passou alguns centímetros de distância de ambos. Era o carro de Bernardo, e Nana estava lá dentro.

– Quem são esses retardados? – perguntou, ajeitando sua jaqueta de couro.

– Precisam de ajuda.

Ela olhou pelo vidro.

– Você deveria ter atropelado.

– Vamos oferecer uma carona?

– Prefiro que atropele.

– NÃO! Nós somos amigos, não cometemos crimes – Bernardo encarou Mariana e ela sorriu.

– Ok, somos boas pessoas.

Bê parou seu carro ao lado dos dois, abriu os vidros e perguntou se queriam carona. Bernardo disse que se quisessem poderiam pegar roupas emprestadas que sempre estavam no banco traseiro, sugeriram remédios que ficavam no porta-luvas para curar aquela cara.

– A gente está bem – disse ele.

– Nós – Nana sussurrou.

– Vocês vão ficar onde? Querem parar em algum lugar? – perguntou Bernardo.

– Longe de palhaços – respondeu Tess. – Alex me conhece desde sempre e nem se lembrou desse meu medo.

– Foi o colega aqui que me deu essa idéia – ele se referiu a Bernardo.

– Eu levei uma garota lá, depois, tudo acabou em amores.

– Triste – Nana sussurrou.

– Oi, Nana – disse Tess, saindo do seu lugar no banco se aproximando de ‘amiga. ’

– Oi, amorzinho – ela resmungou.

– Nossa, é a Nana? Nem reconheci.

– Pois é.

Alex já tinha se esquecido do reflexo dos seus cabelos, de como seus ombros ficavam em jaquetas de couro, já esquecido do seu perfume, de tudo que lhe ligasse a ela e seus problemas. Talvez tenha sido graças aos olhos de Tess, ou ao seu perfume melhor e mais delicado. Inclua na lista suas curvas leves, sua altura abundante, a maneira em que ela fuma seu cigarro e ao seus sorriso.

Ele beijou as bochechas dela.

Quando chegaram perto da casa de Tess, eles agradeceram, sorriram e continuaram a ser encharcados.

– Seu beijo poderia por vincos na chuva.

– Tenho que ir.

– Eu fico com você.

Ele a beijou devagar, beijos realmente podiam por vincos na chuva, mas não evitar o resfriado na manhã seguinte.


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