Skinny Love escrita por Novaes


Capítulo 37
I think that is what love feels like...


Notas iniciais do capítulo

MEUS AMORES! Não demorei nenhum pouco agora, ou seja, glória, mas devo avisar que minhas aulas voltam amanhã  Chorei, odeio isso, e próxima semana tem provas já, então vou deixar vocês aqui com esse capítulo ENORME, eu mereço palmas, né? Ficou bem grandinho esse capítulo, decidi não dividir e escrever tudo, tô a madrugada acordada escrevendo, mas okay, são 3 horas e alguma coisa agora e eu ainda vou estudar porque tenho milhões de fichas para entregar segunda feira e não fiz quase nenhuma, mas isso não vem ao caso certo? Quero dizer que eu sou muito feliz por ter todos vocês e que escrever para mim, é uma coisa linda, escrever alivia tudo que eu sinto aqui dentro, que vocês sabem... E que ter vocês ao meu lado, é a melhor coisa, continuo falando que vocês são minhas maiores e mais lindas conquistas, então obrigada pelo apoio, pelo amor, eu sou muito grata e é muito reciproco todo o sentimento, porque o que eu sinto por vocês... Nossa, ninguém imagina, então, eu amo todos vocês, obrigada mais uma vez.
Agradecimentos – Agente Stark Barton, Marii, Galadriel Lovegood, Alice Krigger, Patrícia Kelly Ferreira



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P.O.V Lize

Assim que eu e Spencer chegamos perto do time, já estava rolando uma discussão, não entendi muito bem o por que, tinha acabado de chegar, mas eles já levantavam hipóteses, olhei para Hotch e ele aparentava estar bem nervoso, com o celular na mão, sei que ele tinha que resolver mil coisas ao mesmo tempo, eu posso ver que ele tem essa responsabilidade em mãos, e sei que ele deve estar se sentindo culpado por não ter achado que era uma armadilha.

– Lize – Ele falou me tirando dos meus devaneios.

– Sim - Eu disse.

– Você e Rossi podem ir – Ele falou meio apressado, depois me mandou um olhar preocupado, sei que ele contava comigo. – Precisamos saber disso – Ele falou e eu concordei com a cabeça.

E lá vai a minha responsabilidade, ele contava comigo e isso era um grande problema.

Rossi foi atrás dele para resolver toda a situação, de que horas precisamos estar aqui, como deveríamos nos aproximar, eu tinha que tirar o melhor proveito da situação. Eu tenho que estar certa, meus pensamentos só vai a isso. Preciso descobrir a verdade.

Fiquei ao lado de JJ, que estava falando com Garcia no celular enquanto Morgan começava a levantar teorias com Spencer e Emily.

JJ desligou o celular e ficou olhando para minha cara.

– Você vai ficar bem? – Ela perguntou preocupada.

– Vou, não precisa de preocupar... Mamãe – Dei ênfase no final e ela me olhou numa tentativa de parecer brava, mas na verdade ela aparentou estar ainda mais preocupada.

– Eu não estou tão preocupada assim – Ela fingiu ainda menos preocupação, eu apenas sorri de lado. – É que você parece... Não sei, só não quero que você se machuque, e vai estar tão distante de mim...

Pela primeira vez eu senti uma coisa que nunca havia sentido, que é o amor, sempre soube como JJ era uma pessoa tão preocupada, principalmente comigo, sempre soube disso, mas dessa vez, com esse olhar e essas palavras dela, me senti amada. Pela primeira vez. Não faço a mínima ideia do que amor seja, mas acho que é assim que o amor parece...

Fiquei perdida mais uma vez nos devaneios e JJ percebeu, me parou segurando nos meus ombros carinhosa.

– Você vai ficar bem? Promete? – Ela perguntou suspirando.

– Vou, não se preocupe – Eu falei e ela apenas balançou a cabeça, não entendi muito bem seu gesto, e então depois ela fez o inesperado, me deu um beijo na testa rápido e voltou a fazer seu trabalho.

Fiquei atônita, totalmente sem ação, parada enquanto via ela indo.

– Vamos? – Spencer chegou do nada ao meu lado.

– Vamos onde? – Perguntei confusa saindo do meu transe mais uma vez.

– Hotch me ligou, falando para deixar você lá em cima para se encontrar com Rossi – Ele falou despojado, fazendo aquela carinha que ele sempre faz quando está tentando parecer desinteressado.

– Claro que ele ligou – Falei andando e vi que ele já estava ao meu lado.

– Você realmente está confiante nessa sua teoria – Ele puxou conversa, o olhei enquanto ele não me encarava. Spencer tinha esses altos e baixos dele, essa sua bipolaridade que nunca entenderei.

– Eu sinto que algo está errado nessas histórias dos pais – Eu falei e senti seu olhar em mim e então o olhei.

– Achei sua teoria real – Ele falou e eu dei um sorriso de lado.

– Bom, acho que vou ter que arrancar a verdade daquela família, literalmente- Falei dando ênfase no final e ele abriu um longo sorriso.

– Você é uma gênia, Elizabeth Stonem. Acho que vai conseguir arrancar a verdade – Ele falou me olhando intensamente, acho que nunca ouvi um elogio de Spencer tão nítido, sei que para alguns isso pareceria pouco, mas ele realmente saiu da sua zona de conforto agora.

– Então, você acha que eu sou uma gênia? – Eu brinquei. Ele apenas olhou para o outro lado envergonhado, enquanto eu dei um empurrãozinho de leve nos ombros dele.

– Eu na verdade acho – Ele admitiu baixo, pensou que eu não tinha ouvido porque eu não o encarei, então ele não ficou vermelho, nem nada disso, mas eu ouvi, e realmente pude ver que JJ estava certa, oh meu Deus.

Chegamos ao topo onde estavam os carros e Rossi ainda falava com Hotch, havia vários policiais ali.

– Então... – Spencer começou olhando para o outro lado enquanto o vento batia em seus cabelos e eles voavam, Spencer não tinha ideia do quão era bonito, ele não precisava de muito para ser assim, do seu próprio jeito, e meu Deus, o que eu estou falando? Não sei, estou sem juízo hoje, talvez, mas não seria errado pensar assim, ou seria? –Você vai se cuidar, não é? – Ele perguntou ainda não me encarando.

Tenho certeza de que um sorriso se formou em meus lábios, olhei pra o outro lado e tratei de desmanchar logo esse sorriso.

– Pode deixar – Eu respondi e ele me olhou dando um sorriso de lado.

Fui até Hotch e Rossi enquanto Spencer ficou conversando com alguns policiais ali, não fiquei para escutar o que era, apenas segui.

– Então, tudo certo? – Perguntei quando cheguei aos dois.

– Sim, tenham cuidado – Hotch avisou olhando para os meus olhos, ah ótimo, ele acha que eu vou pôr tudo a perder.

Entrei no carro com Rossi e ele dirigiu rapidamente, fomos até o nosso jatinho e o voo foi rápido, sem demoras, chegamos lá rapidamente e tinha um carro nos esperando, Rossi assumiu o comando e nos levou rapidamente no nosso destino.

– Sabe que aquele garoto está louco por você, não é? – Ele perguntou enquanto dirigia, foi a única pergunta que ele fez esses dias durante esse nosso percurso.

– Que garoto? – Fingi-me de desentendida.

– Você sabe muito bem – Ele falou olhando brevemente para mim e depois prestou atenção na estrada.

– Ele não está louco por mim, nunca esteve – Eu respondi logo.

– Eu vejo como ele olha para você, todos veem – Ele falou dando um sorriso de lado.

– Okay, Rossi, se você diz – Eu murmurei.

– Não sei se todos veem isso, mas o jeito que você o olha não fica para trás – Ele provocou.

O olhei fazendo uma careta e ele gargalhou.

– Não sou assim – Eu falei.

– Você não é o que? Uma pessoa que tem direito de se apaixonar? – Ele perguntou me olhando novamente por um tempo breve.

– Eu não me apaixono – Eu respondi ríspida.

– Você tem que se deixar sentir, e então... Vai ser o melhor sentimento – Ele falou, e então eu o olhei.

– Ou o pior – Completei.

– Você só vai saber se tentar, mas okay, não vou forçar nada – Ele falou olhando para mim com um sorriso. – Mas sei que no final, qualquer coisa de gelo que possua seu coração – Ele brincou. – Vai mudar – Ele complementou e sorriu para mim, olhando para minha cara. Franzi o cenho e voltei à minha concentração no que eu iria falar para aquelas famílias.

– Por que ficou ao meu lado? – Perguntei de repente, essa pergunta estava martelando na minha cabeça fazia um bom tempo.

– Sua teoria... Você vê as coisas do outro lado, isso é interessante, e pensando realmente direito, você nos mostrou fatos, mais do que qualquer um ali não deu, você realmente montou toda uma história na cabeça e eu achei convicta, então estou aqui... Confio em você, Lize, pode não perceber, mas é uma gênia – Ele falou me elogiando.

– Obrigada, Rossi – Falei dando um sorriso de lado, não recebi outro elogio tão nítido assim.

Chegamos rapidamente na casa dos primeiros pais, da vitima principal. Ele bateu na porta da família e quem abriu foi uma mulher que parecia bem irritada.

– Desculpem o incomodo, somos os agentes David Rossi e Elizabeth Stonem – Ele falou mostrando seu distintivo e eu fazendo o mesmo. – Viemos aqui para falar da sua filha, Elena.

– Já falamos com a policia – Ela falou com o seu ar de não bons amigos.

– Senhora, somos do UAC e precisamos conversar – Eu respondi, já estava ficando irritada.

Ela sem escolha nos deixou entrar. David se sentou no sofá enquanto a mulher foi pegar “café” segundo ela, e chamar o marido, eu estava em pé olhando em volta, havia ali várias fotos do quão sucedida foi a filha dela, só há fotos deles nos melhores momentos.

– Não vejo nenhuma foto dela criança – Eu falei para Rossi que concordou comigo.

– Só há momentos de “fama” dela – Ele falou.

– Foi o que eu percebi – O olhei e ele entendeu meu olhar, não falamos mais nada porque a mulher tinha chegado, eu continuei em pé.

– Você vai ficar em pé o dia inteiro? – A mulher perguntou ríspida.

Tive que contar até 100 para não lhe dar uma boa resposta, mas fiquei em pé.

O seu marido chegou um tempo depois, com um paletó e gravata.

– Espero que isso não demore, não tenho tempo para gastar com isso – Ele falou ainda mais grosso que a mulher e se sentou ao lado, olhei para Rossi de um modo estranho.

Rossi começou com a conversa de sempre.

Eu resolvi logo interromper aquilo, pois me deixa brava todo essas besteiras.

– Posso ver o quarto da sua filha? Tem algo que eu preciso checar – Falei logo na dura mesmo.

Eles ficaram me olhando um tanto atônitos.

– Não pode mexer no quarto da minha vida...

– Senhora, estou apenas fazendo o meu trabalho – Eu falei e ela concordou me levando até a escada, entrei no quarto da menina e só tinha ali besteiras, seu quarto tinha um ar de quarto de uma pessoa mais velha, se era o quarto na casa da mãe e a mulher já morava sozinha, isso deveria ser seu quarto adolescente e realmente, não tem nada de adolescente aqui, ou o que sempre tem.

Vi um porta retrato no canto da mobília virado para baixo, fui até ele e levantei, vi uma foto da filha delas abraçada com outra garota. A mãe chegou por minhas costas e abaixou de novo o porta retrato, olhei para ela sem entender.

– Isso foi há muito tempo – Ela falou.

– E quem era essa garota? – Eu perguntei cruzando os braços na altura no meu peito.

– Uma amiga da adolescência de Elena – Ela falou com um certo nojo, percebi pelo seu tom de voz. – Não sei ainda porque essa tralha essa ai – Ela falou baixo, mas eu escutei.

Ela saiu do quarto, foi até o corredor. Fiquei olhando o quarto, e então achei um diário, que provavelmente deveria ser de Elena, não achei justo, mas abri em uma página qualquer e procurei alguma evidência.

Logo achei uma parte que falava: “Mas Deus, seria tão errado eu estar irrevogavelmente apaixonada por ela? Ela era minha melhor amiga e acima de tudo uma garota, mas eu a amo.” E as mascaras começaram a cair, uma parte da minha teoria estava certa, guardei o diário onde estava e desci onde estava a mãe e o pai, e Rossi me olhava com uma cara, lancei um olhar para ele como se falasse para ele ir na minha onda agora.

– Senhora, você sabe me dizer se sua filha tinha algum envolvimento amoroso? – Eu perguntei.

– Ela não tinha nenhum namorado – Ela respondeu negando com a cabeça, o seu marido parecia tão desinteressado no assunto que eu resolvi dar a volta em tudo e ser mais direta.

– E alguma namorada? – Perguntei na lata, os olhos dela e do marido parecia querer sair do lugar.

– Do que você está falando? Minha filha nunca...

– Do que vocês tem tanto medo? – Perguntei logo.

– Olhe aqui, você vem na minha casa para falar barbaridades, como o senhor deve se sentir? – Ela perguntou.

– Duvido muito que você saiba – Respondi e Rossi olhou tocou no meu braço para eu me acalmar.

– O que você quer insinuar? – Ela perguntou ríspida.

– MINHA FILHA NÃO É UMA LÉSBICA – O pai gritou se levantando, ele aparentava ser violento depois dessa, podia-se perceber o nojo da voz de vocês. – Imagine só o que os outros vão pensar disso...

– Então é isso? Tudo que vocês ligam é para isso... Imagem? – Questionei. – Veja, os fatos estão postos, mas preciso da confirmação de vocês, subi no quarto de Elena que parecia ter saído de algum universo adulto, nunca vi isso numa adolescente, mas okay, e então acho uma foto dela abraçada com uma garota, mas a senhora não me deixou ver os detalhes, mas pude perceber que elas estavam abraçadas e logo depois eu acho um diário com a escrita da sua filha afirmando que estava apaixonada por uma garota, e aposto que foi aquela “amiga” de quem vocês falavam – Joguei os fatos na mesa.

–Minha filha não namora uma garota – Ela falou com mais nojo ainda.

– O que as pessoas vão pensar, não é? – Eu perguntei um pouco mais alto e irônica. – As pessoas não tem que pensar nada, quem tem que pensar são vocês! A filha de vocês não conseguia ser quem ela realmente era, então cresceu danificada, uma parte dela implorava para ser quem ela realmente era, mas ai ela lembrava de vocês e pensava: por quê? Eles nunca aprovariam... E agora o que vocês falam é da imagem, bom, deixe-me falar algo, a filha de vocês está morta... Porque alguém tirou vantagem dessa fraqueza dela, então por favor, se vocês tem o mínimo de respeito por ela, apenas confirmem a história que está mais que confirmada e fale quem era aquela garota da foto, por favor, para que outros pais não cometam o mesmo erro que vocês! Que deixem seus filhos serem do jeito que são, porque isso... Isso é puro amor, de todas as formas – Eu falei, o pai me olhava com a cabeça baixa, a mãe estava com os olhos marejados. – E então? – Perguntei apressado.

– Pegamos nossa filha quando mais nova se beijando com essa garota – A mãe falou ainda com nojo, olhei para Rossi que sorria orgulhoso de mim. – Gritamos com ela, e o Robert aqui, ele... Meu Deus, o que fizemos? – Ela já chorava olhando para o marido que ainda estava de cabeça baixa.

– Qual o nome da garota? – Perguntei calma.

– Giovana Park – Ela respondeu ainda chorando e Rossi se levantou saindo da casa com o celular na mão, provavelmente ligando para Hotch para falar da noticia, mas me deixou completamente sozinha com o casal que estava abalado por causa das minhas palavras.

– Eu sinto muito – Eu falei sincera e eles me olhavam. – Mas hey, quer uma certeza no mundo? – Eu perguntei e eles me olhavam ainda mais curiosos. – Independente do que vocês fizeram, a filha de vocês amava muito vocês – Eu falei e eles choravam abraçados concordando com a cabeça, cheguei perto deles e toquei no ombro de cada um. – Vocês precisam aliviar a consciência, sabem o que fazer. Se cuidem! – Falei saindo da casa e entrando no carro com Rossi já dentro e deu partida.

– Você conseguiu! Estou orgulhoso – Rossi sorria para mim, e foi ai que a ficha caiu, eu realmente consegui, sorri para ele e sorri para mim mesma.


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Notas finais do capítulo

Amo vocês!



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