Skinny Love escrita por Novaes


Capítulo 23
Oh, trust in me, i'm talking very serious


Notas iniciais do capítulo

hey gente, eu sei, eu sei. Demorei demais né? Vou explicar aqui, tô sem not até agora e fui na integração do novo colégio que eu vou estudar, ah gente, não sou boa em fazer amigos, só me ferro! De verdade, mil afs. Fiquei com cara de besta lá, muito bad por não saber de nada, mas enfim, eu tô indo pra estudar né? Se eu demorar, não se preocupem: EU NÃO VOU DESISTIR DA FIC, EU AMO VOCÊS VIU? Amo essa fic, amo os comentários e percebi que recebi muitos nesse último capítulo, momento que todo fandom estava esperando, o primeiro beijo, espero ter superado a expectativa de vocês.
Nesse capítulo vocês vão conhecer um pouco da vida da Lize;
Eu quero pedir pra vocês paciência e por favor, mais comentários porque eu amo os ler e responder, tá bom? Mesmo sem ter not pra postar e responder constantemente, por favor, comentem!
Vocês me fazem um bem enorme, nunca vou desistir de vocês!
Agradecimentos -crazy girl seja bem vinda



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P.O.V Lize

Acordei com o meu celular tocando alto, praguejei baixo e levantei minha mão para o móvel, tateando o meu celular, quando consegui encontrar e olhei para o visor, era JJ me mandando mensagem para descer, e quando tirei sua mensagem do visor, vi umas 50 chamadas e mensagens da minha mãe, abri a primeira mensagem vi o que dizia: Por favor, preciso de você! Me mande dinheiro.

“Me mande dinheiro” Me sinto até o homem da família, ou sei lá, alguma responsável. Não sou responsável por nada nessa vida, e ela sempre me forçou a isso porque nunca soube sair dessa fase dela, teve duas filhas mas nunca tomou conta de nenhuma. Ela quer dinheiro apenas para pagar todos aqueles homens, sustenta-los para que eles pudessem dar à ela prazer, ou algo parecido. Para comprar suas drogas e ficar chapada o dia inteiro.

Não me importei, joguei o celular de lado e tomei coragem para me levantar para tomar meu banho, demorei um bom tempo tentando me lembrar da ação enorme do dia anterior, lembrei agora do beijo que dei em Spencer. Onde diabos eu estava com a cabeça? Não sei. Eu apenas não sei, eu apenas fui e... Beijei. Eu falei para Hotch e falei para JJ também que não iria mexer naquilo e eu mexi, eu sou mesmo uma idiota. Uma babaca de fato, mas tudo bem, eu iria consertar isso de alguma forma, ou talvez eu não fale disso.

Demorei um bom tempo no banheiro, talvez porque eu não quisesse descer.

O que seria de mim agora? Eu não sei. Iriamos pegar o voo para “casa”, eu preciso fazer algo sobre tudo, me meti numa tremenda confusão. Minha mãe me meteu nisso tudo, culpo ela por essa vida que tenho, culpo apenas ela. Toda essa confusão, tudo por culpa dela. Para que colocar uma criança no mundo se sabe que não vai criar? Ou se for “criar”, com certeza terminará igual a mim, ou pior. Não sou sua filha, sou apenas uma maldita coisa que ela teve, que carrega o fardo para toda a vida, e agora eu que tenho que fazer algo sobre isso, sobre todos esses vícios.

Quando saí do banho com a toalha enrolada no meu corpo e quando olhei para cama o meu celular alertava que mais mensagens estavam chegando e eu não precisaria pegar meu celular para conferir e saber que era de fato, minha mãe ali novamente, procurando, caçando por dinheiro para alimentar todos aqueles vícios, eu entendo mas não, não é minha responsabilidade tudo isso.

Troquei de roupa e vi o celular tocando de novo, era mais uma mensagem dela, implorando por tudo aquilo, engoli seco e peguei o celular guardando no meu bolso e arrumando minha mala de volta, não tinha muito o que arrumar, peguei também o papel no qual eu teria que escrever o relatório desse caso que se passou, pelo menos nenhuma criança morreu. Ou morreu, aquele frágil garotinho, ele não teve culpa, o mundo era apenas pesado demais, e cruel demais.

Respirei fundo e peguei minha mala para descer, peguei tudo, olhei para o quarto conferindo para ver se eu havia deixado algo lá, não deixei. Tranquei a porta quando saí, peguei a chave e desci com o celular na mão, parei para ler todas essas mensagens desesperadas, e resolvi ouvir minha caixa de mensagem no elevador, eram muitas coisas, a voz da minha mãe parecia realmente desesperada, uma viciada de fato. Assim que acabou as mensagens de voz, eu olhei os SMS, e não percebi que eu já havia chegado no térreo e o time todo olhava para mim, todos olhavam para mim e eu tirei finalmente os olhos do meu celular e os olhei saindo do elevador, Spencer me olhava com uma cara de bobo, e eu apenas evitei o olhar.

– Que demora, hein? – Brincou Morgan, eu o olhei.

– Eu dormi demais – Eu falei e ele riu concordando.

Hotch falou para irmos de uma vez, e eu disse que tudo bem. Voltei minha atenção para todas aquelas mensagens, maldita seja essa mulher, maldita seja. Nem percebi que Spencer estava ao meu lado e todos estavam lá na frente já, mas eu fiquei tão distraída que andei lentamente.

Spencer pegou minha mala que agora eu estava praticamente arrastando no chão, eu sorri tentando agradecer a ele, mas não queria o olhar. Não queria olhar para aqueles olhos, aquele sorriso bobo, simplesmente não consigo suportar isso.

Ele andou mais rápido para colocar tudo no carro e eu continuei andando mais rápido e olhando as mensagens, percebi que o oficial Swan estava lá para se despedir, o babaca estava lá, nossa.

Ele se despediu de todos e chegou finalmente minha vez, não estava acompanhando muito bem o que ele estava falando com os outros porque eu estava ainda lendo essas malditas mensagens então ele passou a mão próximo ao meu rosto para me chamar atenção, eu o olhei com uma cara de tipo: O quê?

– Então, gatinha, é isso – Ele falou, eu revirei os olhos.

– Adeus, oficial Swan – Eu falei e voltei à atenção para meu celular.

– Quem sabe podemos sair alguma hora? – Ele perguntou roubando minha atenção. Spencer o olhava sério enquanto o resto do time, o tal do Swan gostava de provocar Spencer, por isso ele fazia isso, e ele gostava de levar foras de fato.

– Deixa eu pensar... Não – Respondi séria enquanto continuava vendo o celular, mandei uma mensagem para Cook na esperança de que ele me ligasse de volta.

– Você está falando sério? - Ofical Swan perguntou chocado até agora.

– Por mais incrível que pareça, eu estou. O que você acha que eu sou? Alguma vadiazinha que você paga para uma noite? – Perguntei e ele me parecia ainda mais chocado.

– Você não está falando sério – Ele ainda não acreditava. Vi que Cook me ligava agora.

– Oh, acredite em mim! Eu estou mais que séria – Eu falei saindo para um pouco longe e atendendo a ligação.

LIGAÇÃO ON

– Hey, baby – Brincou Cook com seu humor matinal de sempre. Aposto que já está bêbado, ou mutio chapado.

– Preciso do celular de John – Eu pedi.

– Onde você está? – Ele me fez outra pergunta. Me sentei num banco que tinha ali perto – Sinto sua falta.

– Cook, estou sem humor para isso. Preciso falar com ele – Falei novamente. Ele ficou calado.

– Volte – Ele pediu.

– Cook, o número – Pedi quase gritando sem paciência também e silêncio, depois ele desligou. Maldito seja esse cara. Joguei o celular de lado que caiu no banco e coloquei as mãos na minha cabeça para pensar, eu só preciso pensar, sou muito boa nisso.

LIGAÇÃO OFF

– Parece que alguém está muito estressada hoje – Alguém falou atrás de mim e eu tomei um susto quase dando um pulo, mas eu me aguentei e disfarcei aquilo. Olhei para trás e vi Spencer com aquele sorriso, sorri um pouco.

– Jesus! – Falei expressando meu susto.

– Não quis assustar você – Ele falou olhando diretamente pra mim, eu olhei para outro lugar.

– Eu sei – Respondi.

– Nós vamos guardar as coisas, se despedir para irmos...

– Okay – Eu respondi.

– Você vem? – Ele perguntou, eu neguei com a cabeça e ele concordou, chegou um pouco perto de mim e me olhou. – Você está bem? – Ele perguntou.

– Estou – Respondi e ele sorriu pegando um pouco na minha mão, o que eu achei muito estranho e ele saiu sorrindo. Não entendi o motivo daqueles sorrisos todos, e quando prestei atenção, meu celular tocava, era um número estranho então resolvi atender.

LIGAÇÃO ON

– Alô? – Atendi.

– Little Lize? – Era John. Aquele velhinho que é o dono do bar que eu mais costumava frequentar na cidade que minha mãe morava, desde tão nova, ele sabia um pouco da minha realidade. Me senti aliviada por ele ter me ligado.

– Como ela está? – Perguntei, ele entendeu a quem eu me referi naquele momento.

– A pequena Molly está abalada – Ele respondeu suspirando.

– E ela? – Perguntei.

– Sua mãe está...

– Instável como sempre – Eu respondi e vi ele suspirando de novo.

– Entendi – Falei para ele.

– Você precisa falar com ela – Ele falou.

– Vou pensar – Eu respondi.

– Não, você precisa...

– Nos falamos depois, Jo – Eu falei desligando e suspirando.

LIGAÇÃO OFF

É muita coisa para resolver e resolvi ligar para minha mãe, acabar logo com aquilo.

Peguei o celular e disquei o número dela.

LIGAÇÃO ON

– Lize? – Aquela voz drogada desesperada. – Oh meu Deus, Lize! Precisamos de você... Precisamos...

– Eu sei muito bem do que você precisa – Eu a interrompi.

– Onde diabos você está? – Ela perguntou.

– Desde quando se importa? – Eu retruquei rindo irônica, nunca me importei com ninguém indo atrás de mim, nunca liguei para esses negócios de amor e carinho até porque eu sei que sempre iria faltar para mim, nunca coloquei expectativa naquilo e isso me fez quem eu sou hoje.

– Preciso de dinheiro – Ela falou baixo.

– É disso que você precisa sempre – Eu falei. Vi uma voz pequena falando baixo. Depois minha mãe suspirou e ouvi ela passando o celular quase violentamente.

– Alô? – Aquela voz que faz curar tudo, minha irmã pequena, pequena Molly falando comigo, com apenas 6 anos.

– Hey, Mol – Eu respondi.

– Onde você está? – Ela falou com a voz embaraçada.

– Alguém mexeu com você? Algum homem malvado? – Perguntei tentando afastar todos os pensamentos ruins.

– Tinha esse homem, mas eu me tranquei no quarto – Ela falou e de repente veio aquela voz na minha cabeça: Pequena Lize, vamos brincar?

– Boa garota – Falei tentando repreender aquela minha voz.

– Sinto sua falta – Ela falou.

– Não se preocupe, eu vou dar um jeito – Falei desligando. Sei que não devia desligar mas sei também que precisava ir para longe, precisava tirar ela de lá, mas eu não tenho como, não tenho recursos alguns, a garota não pode viver na estrada, sei que lá é ruim mas ir para a estrada é muito pior, em casa ela pode se trancar e eles hoje em dia não são tão ousados, mas eu não lembro da mina época, de modo algum, eu afastei todos aqueles pensamentos e sei muito bem onde fui parar por causa disso.

Malditos homens, por isso que os consigo domar tão bem, enquanto minha mãe... Se deixa ser domada por nada.

Iria em qualquer banco transferir algum dinheiro para ela de uma vez, ao menos ela parava de me encher o saco.

Vi todos lá, voltei para lá.

– Lize – Hotch olhou para mim.

– Oi, já vamos? – Eu perguntei e ele sorriu.

– O jatinho está no conserto, ganhamos mais um dia aqui – Hotch falou.

– Considere um dia de folga, baby – Falou Morgan animado, eu apenas sorri, ou tentei.

– Eu na verdade tenho que ir a algum banco, alguém pode me levar? – Perguntei.

– Eu vou – Falou Swan e Spencer ao mesmo tempo.

– Se quiser – Completou Spencer. Eu sorri, peguei minha bolsa e puxei ele para sairmos, todos da equipe ficou olhando para a gente, rindo. Swan ficou com cara de palerma, mas ele apenas quer provocar, não entendo porque mas é isso que ele quer.


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Notas finais do capítulo

AMO VOCÊS, VOCÊS ME FAZEM MT FELIZ