Misery Business escrita por Sadie Gomez


Capítulo 22
Discovery!


Notas iniciais do capítulo

Ai ai ai, não me xinguem por ter parado onde parei, mas eu fiz um resumo do resumo de tudo para não ficar nada grande e cansativo... Bom, acho que todos já esperavam por esse hora não é? Pois então, ela chegou!
Obrigada a todos pelos comentários fofos e elogios sobre fic ... To feliz pra caramba por isso! >



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POV Poppy

Eu o encarei, totalmente perplexa. Meu coração parecia que ia sair pela boca e minhas mãos suavam. Eu não esperava por aquilo, não agora. Um sorriso idiota se formou no rosto e ele era tão grande que chegava a doer, mas eu não me importava por que eu estava feliz demais. Ele me amava! Me amava de verdade!

– Eu também te amo... Amo muito!

Então sem esperar nem mais um segundo, Jayden atacou meus lábios em um beijo maravilhoso, carregado de carinho, desejo e amor. Sim, você pode achar que era loucura minha, mas eu sentia amor naquele beijo e não só por que ele disse que me amava, mas por que ele já ter demonstrado isso antes nesse ultimo mês. Ele estava diferente, nós estávamos diferentes e isso estava mais do claro. Jayden encerrou o beijo com rápidos selinhos e sorrisos bobos. Eu o abracei forte aproveitando aquele momento. Nós trocamos mais alguns beijos até que pegamos no solo. Quando acordei, Jayden ainda dormia, e ele parecia realmente cansado, sua aparência era de alguém muito vulnerável, mesmo que ele sempre tentasse esconder esse seu lado das pessoas. Eu sorri e passei a mão pelos seus cabelos. Depois calcei meus sapatos e sai do quarto. Quando cheguei à sala, parei imediatamente com a cena que vi. Maya e Pett estavam sentados juntos vendo tevê. Você deve estar se perguntado o que tem de errado nisso, certo? Eles não estavam apenas sentados, Maya estava com a cabeça deitada no peito de Pett e o mesmo segurava as mãos dela, brincando com seus dedos. Aquela era uma sena realmente linda. Eu não resisti e depois de colocar o celular no silencio e retirar o flash do mesmo, eu tirei uma foto deles, olhei para a tela do celular com um sorriso no rosto. Faria uma montagem e daria a eles mais tarde. Resolvi sair dali antes que eles me vissem.

***

– Eu pensei que depois da festa incrível que eu dei a você, ganharia mais atenção, mas acho que me enganei!

Dorian falou com uma voz de manha e eu ri da mesma no outro lado da linha. Jayden também riu também. Nós estávamos voltando para casa e a mesma havia me ligado para saber como eu estava. O que era bem estranho, já que ela nunca fazia isso, só quando tinha alguns dos seus sonhos loucos, o que, quando eu perguntei a mesma, ela negou e tentou me enrolar dizendo ser apenas saudade. Estávamos conversando com ela e eu quase acreditei na sua desculpa, já que a mesma parecia ter sido atropelada por um caminhão de carência.

– Você não teve trabalho nenhum com a festa azulzinha! E sem falar que a melhor parte da festa quem deu a ela fui eu!

Jayden protestou e me deixou extremamente vermelha por conta da sua ultima frase. Eu lhe dei um tapa quando ele riu da minha cara. Dorian deu uma risada alta.

– Bom, parece que com isso eu não posso competir, não é? Mas eu convidei as pessoas e aguentei a Poppy por uma noite inteira suspirando por você, tem noção de como isso é difícil?

Jayden me olhou sorrindo e eu encarei o celular com indignação.

– Eu não passei a noite suspirando por ele! Foi você quem ficou falando o nome de Tripp enquanto dormia tendo algum sonho pervertido com ele!

Falei fazendo uma cara de nojo. Ela riu mais alto ainda e me xingou.

– Não conte os meus segredos vadia! E o que posso fazer? Eu estava com saudades do meu homem!

Ela disse usando o tom engraçado de sua mãe, quando ia se referir a seu pai em algo. Nós conversamos com ela até chegarmos ao apartamento. Quando entrei no mesmo, fui tomada por uma onda de preguiça, ele ainda estava um pouco bagunçado e eu não queria arrumar, mas tinha que fazê-lo. Minha sorte foi Jayden estar ali para me ajudar, se não eu não faria nada. Quando acabamos eu estava morta de cansada, e só de pensar que ainda teria que trabalhar o cansaço só aumentava. Jayden me arrastou para um longo banho de banheira, que eu adorei, e só saímos de lá, quando nossas mãos começaram a ficar enrugadas.

– Hey amor... Pode vir aqui um instante!

Jayden me chamou da cozinha. Eu estava acabando de colocar a camiseta e iria me deitar para descansar até chegar o horário de ir para o bar, mas fui até ele já que sua voz parecia ansiosa. Quando eu fui à seu encontro, ele estava vindo pelo corredor com o molho de chaves nas mãos.

– O que foi?

– Quero te mostrar uma coisa!

Ele me pegou pela mão e me puxou até a porta do quarto em que eu guardava as coisas do meu pai. Eu nunca o levei ali, então franzi a sobrancelha quando o mesmo começou a abrir a porta. Ele me encarou e deu um sorriso nervoso.

– Eu sei que você não gosta que entrem aqui, você não disse nada, mas só de deixar a porta sempre trancada já demonstra isso. Porém, eu quis fazer uma surpresa para você, só não fique chateada por eu ter invadido!

Ele falou seu discurso com calma e me encarando cautelosamente. Como hoje eu estava bem animada, não me incomodei por isso, afinal ele era meu namorado, eu confiava nele e ia mesmo leva-lo ali mais cedo ou mais tarde. Ele abriu a porta e eu entrei, a primeira vista estava tudo normal. Nas paredes ainda estavam coladas todas as fotos tiradas por mim e meu pai um dia. Eu havia feito isso assim que ele morreu. Como nos éramos apaixonados por fotos, eu fiz varias montagens minhas e dele e as colei todas em uma parede. Na outra eram fotos de toda a família, eu, mamãe, Casey e ele. Eu adorava entrar ali e ficar olhando para aquelas fotos a minha volta, era uma coisa somente minha que ninguém sabia. Somente Jayden agora, é claro. Eu o encarei sem entender.

– O que quer me mostrar aqui que eu já não tenha visto?

Perguntei já que não havia nada de diferente ali. Ele sorriu e fechou a porta atrás de nós e então apagou a luz e o quarto ficou escuro, depois ele apertou outra tomada que não estava ali antes e foi então que a surpresa e o deslumbre me tomou. O quarto foi todo invadido por luzes coloridas, vermelha, verde e azul, minhas cores favoritas. A coisa toda era incrível, eu olhei encantada para as fotos na parede que ganhavam outro aspecto com o efeito das luzes. Eu me perguntei como ele havia feito aquilo. Olhei para o teto e o mesmo estava coberto por um espelho que ajudava na reflexão das luzes. Aquilo estava lindo. Encarei Jayden, com um sorriso enorme.

– E então, gostou?

– Tá brincando? Esse lugar ficou incrível. Muito obrigada por invadir!

Ele riu e eu andei até ele e lhe dei um beijo.

– Só teve uma coisa nesse quarto que me deixou meio curioso e confuso.

Ele falou quando paramos de nos beijar.

– O que?

– Por que todas as paredes têm fotos e aquela é a única em branco? Quer dizer, você tira tantas fotos, por que não coloca nenhuma ali?

Eu sorri.

– Bom, é por que aquela parede é para coisas importantes na minha vida, momentos realmente marcantes! Se você olhou bem, cada parede tem fotos diferentes. Aquela

Apontei para o lado direito do quarto.

– É só para fotos e momentos meu com o meu pai. Já a outra é para a família inteira. Aquela ali é para coisas que eu vivi sabe, como conhecer a Dorian e Tripp, ou os lugares que fotografei, as pessoas que conheci e aquela em branco é para algo realmente importante e de impacto na minha vida. Não que o resto não seja, mas aquela é para algo que sei lá, tenha me atingido por inteira.

– Hum... Belo raciocínio!

Ele falou quando terminei e depois de olhar para ele. Uma ideia me veio à mente.

– Fique aqui um instante que eu já volto!

Falei saindo do quarto e indo pegar minha câmera. Quando voltei e Jayden viu o objeto em minhas mãos ele estranhou, mas eu apenas sorri.

– Está na hora de colocar o acontecimento mais marcante da minha naquela parede...

Falei enquanto andava até ele. Ele ainda me encarava, olhando meus movimentos. Eu liguei a câmera e a programei para o flash automático

– Você!

Então eu beijei Jayden e nos dois sorrimos em meio ao beijo quando o flash anunciou que a foto havia sido tirada. Nós continuamos a nos beijar e depois, quando eu encarei a câmera a foto estava ali e havia ficado ótima, nós sorriamos um para outro com nossos lábios se tocando, as luzes vermelhas no fundo tinham deixado a foto com um efeito incrível. Eu mal me aguentei de ansiedade e fui para o computador para edita-la, depois a imprimi e a colei bem no meio da parede.

***

A semana passou voando e parecia que eu não havia feito nada. Quando na verdade, eu tinha feitos várias provas e trabalhos na faculdade, o bar estava uma correria só, e eu estava quase fechando um contrato de um ano para trabalhar em uma revista como fotografa efetiva deles. Com Jayden as coisas estavam indo muito bem também, nós estávamos cada vez mais unidos um ao outro, e outra coisa que me agradava era a sua mãe, que havia se tornado uma verdadeira amiga e quase mãe para mim. Nós nos falamos muitas vezes e toda vez que Jayden ia visita-la, me levava com ele. Na terceira visita eu levei para ela e Pett a foto que havia tirado deles juntos. No começo, eles ficaram com vergonha por Jayden e tudo mais, mas assumiram que talvez, quando Maya saísse dali eles entrariam em um relacionamento bem mais sério, tipo, casamento mesmo. Eu fiquei feliz por eles. E falando na mãe de Jayden, eu havia conversado com Casey e pedido uma ajuda com o melhor advogado da empresa onde ela trabalhava. Podia pedir isso a minha mãe, se estivéssemos nos falando, mas eu não queria ir pedir ajuda para ela sem tentar outros meios antes. Casey estranhou o pedido e eu disse que era para John que teve um problema com o bar, ela me indicou o Sr. Fernandez. Ele era um homem de meia idade, muito sério, porem simpático até. Eu falei com Jayden sobre ele e o mesmo ficou apreensivo, mas marcamos uma hora com ele e conversamos. Mathews Fernandez era conhecido por nunca ter perdido um caso na vida, ele era determinado e exterminava qualquer um no tribunal, desde os mais insignificantes criminosos aos mais altos corruptos que existiam. A lista de pessoas que ele mandará para cadeira era imensa. E era de alguém realmente assim que precisávamos. Exigimos um contrato de sigilo antes de contar toda a historia de Maya a ele e depois de saber de cada detalhe ele ficou furioso, disse que havia perdido a mãe em um assassinato cometido pelo próprio pai e ao conhecer o caráter do Sr. Basckett só ficou mais motivado a manda-lo para cadeia. Nós juntamos todas as provas que Jayden e Pett haviam conseguido nos últimos anos e entregamos para ele. Ele disse que aquilo não seria fácil, mas que conseguiríamos. Quando ele entrou com os papeis processando o pai de Jayden por sequestro, cárcere de privado, abuso sexual, agressão, tortura, tentativa de assassinato e assassinato o pai dele recebeu uma intimação e por isso os cuidados com a segurança de Maya foi aumentado. Ela estava bem melhor, ela disse que queria parar de tomar os remédios e que eles a faziam mal; Jayden foi contra isso de imediato, mas depois de conversarmos ele aceitou que fizéssemos uma semana de teste com a mesma sem eles, e o fato de ela não ter sofrido nenhuma crise nessa semana, nos animou e fez com que seus remédios fossem jogados fora. O que foi motivo de alegria para todos nós!

– Então... Vocês acham que eu vou mesmo poder sair daqui em breve?

Maya perguntou para Jayden e eu. Nós contamos para ela que Tom, pai de Jayden, havia sido indiciado e depois do testemunho de alguns vizinhos que presenciaram o que aconteceu com ela na época, ele estava preso para investigação de todos os acontecimentos.

– Eu acho que sim, o Sr. Fernandez é muito eficiente e vai nos levar a vitoria no seu caso!

Falei sorridente para ela que sorriu e apertou as mãos de Pett que ela segurava. Ela se virou para ele com um sorriso enorme que foi lhe retribuído a altura pelo mesmo.

– Você ouviu isso? Vamos poder sair daqui!

Ela falou com uma empolgação enorme e não era para menos, ela havia sofrido por quase um ano nas mãos do seu ex-marido e depois teve que viver escondida do mesmo, longe de seu filho, amigos e famílias, sofreu sem poder ir ao enterro de seus pais e parentes. O mínimo que ela merecia era sua liberdade de volta e poder enfim viver feliz com o homem que amava. Pett deu um beijo na testa da mesma, entes de respondê-la.

– Sim querida, eu ouvi e estou tão animado e feliz quanto você! Vamos enfim poder nos casar como sempre sonhamos!

– Sim! Sim! E eu farei minha viagem até Paris com a Poppy, não é mesmo querida?

Ela perguntou para mim depois de uma piscadela, com um sorriso divertido nos lábios. Eu rapidamente me lembrei do que ela se referia e sorri também.

– É claro, nossa viagem está quase no topo da lista do que fazermos quando você sair daqui!

Ela segurou a minha mão.

– O que vocês têm de tão empolgante para fazer em Paris hein?

Jayden perguntou e Maya olhou para o filho, lhe lançando um sorriso carinhoso e divertido.

– Coisas de garotas e acredite querido, você não vai querer saber ou terá um enfarte já que é tão careta!

Era engraçado, ela dizer a Jayden, um jovem, que o mesmo era careta.

– E eu, vou poder saber não vou?

Pett perguntou com os olhos brilhando de curiosidade. Maya passou a mão delicadamente pelo rosto dele antes de falar.

– Sinto muito amor, mas você também não!

– Tudo bem, a gente descobre depois Pett!

Jayden falou para Pett e nós rimos.

***

*Duas semanas depois.

Cadê a droga do meu celular? Eu estava desesperada correndo pela casa a procura dessa porcaria de aparelho e nada. Eu já estava atrasada para o meu turno no bar e não fazia a mínima ideia de onde meu precioso celular se encontrava. Parei de andar quando ouvi o toque do mesmo. Sai seguindo o som e torcendo para quem quer que esteja me ligando não desistisse agora. Eu andei pela cozinha me aproximando da geladeira de onde o som vinha, olhei em cima da mesma e nada, do lado, nada também atrás dela menos ainda.

– Não pode ser!

Falei para mim mesma enquanto abria a geladeira e avistava meu celular ali dentro. Como diabos você foi parar ai? Eu devia estar ficando louca, é sério! O toque alto dele me fez acordar do meu transe e levei o aparelho até a orelha, ele estava gelado!

Ele estava na geladeira sua anta! O que você queria? Que ele estivesse quente?

Ignorei meu subconsciente idiota atendi o celular de uma vez, enquanto andava até o quarto para pegar minha bolsa.

– Alô!

– Que demora! Perdeu o celular de novo?

Era Jayden, sorri e revirei os olhos.

– Claro que não! Eu só estava longe dele, por isso demorei!

Ele riu, reconhecendo a mentira na minha voz.

Aham, claro.

Ele falou com ironia.

Você está indo para o bar?

– Sim, estou saindo agora, por quê?

– É que minha mãe me ligou pedindo para que eu passasse a noite lá com eles!

A preocupação me tomou.

– Ela está bem?

– Sim! Sim está. Também estranhei de primeira, mas ela disse que só queria me ver. Você não quer ir comigo?

Fiz uma careta, me lembrando de que não poderia deixar o bar hoje, havia trocado de folga com outra garota e não dava para furar assim e deixar John na mão. Mas eu ainda queria ir!

– Bem que eu queria, mas não posso faltar hoje! Mande lembranças a sua mãe e a Pett e diga que amanhã eu vou vê-la depois da faculdade!

– Tudo bem então!

Ele disse com desanimo na voz.

– Vejo você amanhã na faculdade. Bom trabalho!

– Ok, até amanhã então! Obrigada! Dirija com cuidado, me ligue quando chegar lá. Eu te amo!

Ele sempre ria da minha preocupação, mas era inevitável não me preocupar.

– Tudo bem. Também te amo!

Desliguei o celular e entrei no taxi que me esperava na frente do prédio. Quando cheguei ao bar, o local estava mais cheio do que de costume, isso era algo bom e ruim. Bom para os negócios de John, ruim para mim, que era obrigada a ouvir cantadas de alguns idiotas.

– Parece que a noite será agita hein!

Ana, a garota que serviria as bebidas comigo hoje falou enquanto eu passava pela porta colocando a camiseta do bar.

– É o que parece, só espero que não apareça nenhum engraçadinho hoje!

Falei me lembrando da noite passada, quando um cara começou a tirar a roupa dentro do bar e joga-las para nós duas. Ela fez uma careta provavelmente se lembrando disso também.

– Vamos torcer para isso!

E eu torci, torci muito por que eu estava extremamente cansada e sem paciência hoje, mas parece que desejar com todas as minhas forças, para não ser incomodada, não deu certo. Eu estava servindo um cara que estava para lá de bêbado e não parava de me passar cantadas, idiota! Eu estava de saco cheio dele. Mas meu susto e irritação vieram à tona de vez, quando ele pulou por cima do balcão, passando para o lado que eu estava.

– O senhor não pode ficar aqui! Pode se retirar, por favor?

Falei tentando ficar o mais calma possível. Olhei em volta e as outras pessoas estavam entretidas demais conversando e bebendo para notar que ele me incomodava. Ana havia ido buscar gelo e demorava a voltar e eu não fazia ideia de onde John estava. O idiota não saiu dali como eu mandei, apenas deu um sorrisinho nojento e segurou meu braço direito.

– Ah, calminha amor, por que você não me serve outra bebida ou então vamos lá para trás hãn? Seu chefe nem vai notar sua ausência!

Sério? O que eu fiz para merecer isso hein? Respirei fundo.

– Senhor, não é permitido à entrada de clientes nessa área e, por favor, solte meu braço agora!

O desgraçado fez foi aumentar o aperto em vez de me soltar.

– E se eu não solta, o que vai fazer?

Revirei os olhos e sem nenhuma cerimônia ou remorso, dei um chute na canela dele com a ponta da minha bota. Ele soltou meu braço e me xingou enquanto se debruçava para passar a mão no local onde chutei.

– Sua cadela maldita!

– Saia daqui agora!

Falei com a voz fria e cortante, mas como não era meu dia de sorte o idiota veio para cima de mim e acabamos caímos e derrubando algumas garrafas, as pessoas em volta olharam para nós.

– SAI DE CIMA DE MIM!

Berrei com raiva para o homem que estava caído sobre mim. Os idiotas a nossa volta em vez de me ajudarem, ficaram gritando “BRIGA!” chamando a atenção de mais pessoas para perto do bar.

– Você me chutou, vai ter que pagar por isso!

O nojento disse, jogando o bafo de álcool no meu rosto e eu fiz uma careta. Olhei para o lado e vi uma garrafa ainda inteira.

– Bom, só não diga que eu não avisei!

Peguei a garrafa e quebrei a mesma na cabeça dele, o cara caiu ao meu lado, bem na hora que John apareceu e abriu a porta andando até mim com o olhar preocupado. Seu rosto ficou branco quando ele viu o sangue na minha roupa. Eu também fiquei surpresa, por que o sangue não era do homem e sim meu. Eu havia me cortado com os vidros das garrafas.

– Você está bem?

John perguntou enquanto me ajudava a levantar e mandava os seguranças levarem o idiota dali.

– Estou ótima John. Me desculpe pela bagunça, pode descontar do meu salário depois!

– Não seja boba, não vou descontar nada!

Ana me ajudou a fazer um curativo na minha mão e depois John me obrigou a ir para casa. Eu até tentei brigar e dizer que estava bem, mas ele era mais teimoso do que eu! Quando cheguei ao meu apartamento, tomei um banho e fui me deitar, mas quando abri meu guarda roupa, um embrulho azul caiu de lá. Peguei o mesmo e nele tinha um papel colado e escrito. “Para Poppy!” Estranhei aquilo estar ali, mas devia ser alguma das surpresas de Jayden, já que ele adorava fazer essas coisas comigo. Não me controlei de curiosidade e rasguei o papel e era um dvd e na cama tinha escrito. “Namorado de aluguel” Que diabos ela aquilo? Coloquei o cd no notebook e a tela ficou preta por alguns segundos e quando Jayden e Casey apareceram sentados em alguma lanchonete, eu só fiquei mais confusa ainda. Houve um balanço na câmera e deram zoom, foi então que a gravação começou e eles começaram a falar.

– O que houve com você?

Casey perguntou a Jayden e eles pareciam não perceber que estavam sendo filmados.

– Nada!

Ele disse.

– Por que Não me conta o que houve e para de mentir para mim!

– Não houve nada. Agora, me conte o que você quer me propor?

Proposta? Do que eles estavam falando? O que era aquilo afinal?

– Como sabe que é uma proposta?

– Sabendo. Agora fale logo!

Ele disse rindo.

– Você lembra que eu disse que... Hum... Iria arrumar um namorado para minha irmã, certo?

Ele assentiu olhando para ela e eu comecei a prestar mais atenção ainda quando ouvi aquela frase dita pela mesma.

– Pois então, você me deu a ideia de contratar alguém. O que me pareceu loucura, mas agora, diante dos acontecimentos... Acho que talvez não seja uma ideia to ruim assim!

Jayden colocou os cotovelos em cima da mesa e a olhou melhor e mais profundamente

– E você acha que posso te ajudar a achar alguém?

– Eu já encontrei, só preciso que você me ajude a convencê-lo.

– Isso é fácil! Quem temos que convencer?

– Bom... Você!

– O que?

OQUE?

Jayden estava rindo de Casey. Eu estava séria, aquilo só podia ser uma brincadeira muito sem graça deles comigo.

– Sabe Cass... Você é hilária às vezes!

– Estou falando sério, Jayden!

– Está? ... Então você está louca, se acha que vou aceitar isso!

– E por que não?

– Não é obvio?

– Não para mim!

– Primeiro, por que eu não namoro ninguém! Segundo, nunca falei ou se quer cheguei perto da sua irmã! Terceiro, ela é louca, fiquei sabendo que quase matou Julian essa manhã, Quarto, sou louco mais não idiota para aceitar suas loucuras!

– Mas Jay! Eu vou te pagar para isso. Além do mais, Poppy é super legal e você só vai precisar fazer isso até que esqueçam essa historia que inventaram sobre ela!

– Já disse que não!

– Te pago dois mil e meio por mês!

– E de onde vai tirar esse dinheiro?

– Vamos dizer que sou bem resolvida financeiramente.

– É tentador, mas a resposta ainda é não!

O celular dele tocou interrompendo a conversa deles. Meus olhos estavam cheio de lagrimas e meu corpo inteiro tremia. Isso não podia ser verdade! Eles não podiam realmente ter feito isso comigo. Sequei a lagrima que escorreu pelo meu rosto. No mesmo instante, Jayden largou o celular e encarou a filha da puta que eu chamo de irmã e disse tudo que eu temia ouvir.

– Eu aceito!

– Aceita?

– Sim!

E ao ouvir aquilo eu entrei em completo estado de choque. Aquilo não podia ser verdade! Não podia!


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