Misery Business escrita por Sadie Gomez


Capítulo 21
Difficult Past


Notas iniciais do capítulo

HEY HEY HEEEEEEEEEEEY! Olha o novo capitulo ai minha gentee! Bem, como vocês comentaram, interagiram e disseram o que pensam da fic e sobre o que está acontecendo nela, eu fiquei super animada e resolvi escrever e postar logo hoje! Foi só por isso ( O capitulo não tem nada haver com o fato de eu ter passado muito tempo sem postar) e só por isso mesmo! kkk
Enfim, eu to muito feliz gente, sério. To tão feliz que vou fazer um capitulo super triste depois kkkk ...
Enfim, eu espero que vocês gostem desse capitulo, que suas duvidas sejam esclarecidas e que vocês sintam a emoçãããão dele rsrs'
Enfim... Boa leitura a todos & aproveitem o capitulo!
Beijo's ♥



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POV Poppy

Tipo, Oi? Eu encarava Jayden sem saber o que dizer, quer dizer, o que você diria se soubesse que alguém que para todos estava morto, na verdade está vivo? Parabéns? Eu me perdi em uma confusão de pensamentos e Jayden parecia entender isso muito bem. Pois ele pegou minhas mãos e me fez encara-lo.

– Eu sei que é difícil de entender agora... Só tente agir normalmente ok? Por favor, isso é importante!

O olhar dele era tão desesperado, que me doía, então eu fiz o melhor que pude para tranquiliza-lo.

– Você espera eu pintar o cabelo de azul para me apresentar a sua mãe? Que bela primeira impressão você me ajuda a passar hein!

Ele respirou fundo e sorriu para mim, um sorriso um pouco mais calmo agora. Então ele se virou e me puxou para onde sua mãe e o homem ainda não apresentado, estavam sentados nos olhando. Jayden soltou minhas mãos e se abaixou na frente da sua mãe.

– Como você está? Fiquei sabendo que alguém estava tendo uma noite agitada!

Ele falava com a mesma com tanta doçura, que foi impossível não sorrir. A mãe dele era uma mulher linda. Não aparentava ser velha, mas tinha aquele ar de mulher madura. Seus olhos eram azuis como os de Jayden e seus cabelos eram negros. Agora, a vendo assim, eu pude notar que Jayden tinha muitos traços da mesma, principalmente ao sorrir.

– Eu estou bem... Pett é exagerado!

Ela falou e sua voz era incrivelmente doce, dava a ela um ar bem mais sensível. Ela disse e se virou para o homem ao seu lado, provavelmente o tal de Pett. Ela colocou uma mexa de cabelo atrás da orelha e eu fiz o máximo para não olhar com enorme surpresa a grande cicatriz que ela possuía ao lado direito do rosto, começando na testa e terminando na bochecha. Foi impossível notar de primeira por causa do cabelo, mas assim de perto, era algo profundo e que na época, deve ter lhe causado muita dor. De repente ela virou o rosto para mim e me olhou intensamente, até que sorriu.

– E essa garota bonita, quem é?

– Essa é a Poppy mãe... Poppy, essa é a Maya, minha mãe!

Ela sorriu e eu retribui o sorriso.

– É um prazer conhecê-la!

Eu disse e fui pega totalmente de surpresa, quando ela se levantou e me abraçou. Foi um abraço tão carinhoso, um abraço realmente materno, que há meses eu não sabia o que é. Então eu fechei os olhos e aproveitei aquele ato da mesma. E quando nos separamos ela segurou meu rosto entre as mãos e me olhou.

– Você é linda querida... Mas seu cabelo é estranho!

Assim como eu, todos na sala riram do seu comentário.

– Ele não é assim de verdade, é castanho, mas tive um problema e bem... Eu não sabia que teria um encontro tão importante hoje.

Falei a ultima parte olhando Jayden com uma quase falsa acusação, sim, por que ele ainda era um filho da mão por me trazer aqui desse jeito. Com um cabelo azul, uma roupa qualquer e de madrugada ainda. Maya sorriu e me puxou para sentar com ela.

– Ah se acostume querida, ele adora pegar as pessoas de surpresas! Quando era peque...

– Ah mãe! Mãe! Não conte minhas historia de criança para ela agora. É muito cedo e ela pode querer me dispensar!

Ela sorriu assim que eu, só que diferente da mesma, eu revirei os olhos.

– Não seja bobo querido... Ela não vai te dispensar, olhe só para ela, está na cara que a menina te ama!

Meu Deus! Por que mães eram assim? Diziam essas coisas em horas totalmente erradas e ferravam com a gente? Eu desviei meu rosto do de Jayden, mas pude jurar ver seus olhos brilharem com algo que eu não consegui identificar. A vergonha tomou conta de mim, não conseguia encara-lo.

– Agora me deixe conhecer a menina, vai me fazer um chá e arraste Pett com essa cara carrancuda dele com você!

– Meu Deus, você já está me trocando por ela? Não posso acreditar nisso! Não posso!

Jayden fez uma cara de desolado e saiu arrastando Pett com ele. De repente eu me senti nervosa por ficar ali, sozinha com ela, eu não sabia o que fazer ou falar.

– Então Poppy, há quando tempo namora o meu bebe?

– EU NÃO SOU UM BEBÊ MÃE!

Jayden gritou de algum lugar me assustando. Como ele podia nos ouvir?

– VOCÊ É MEU BEBÊ ATÉ QUANDO EU QUISER! AGORA FAÇA NOSSO CHÁ E PARE DE OUVIR A CONVERSA!

Maya gritou de volta e eu sorri com a comunicação dos dois. Jayden não respondeu nada, então deduzi que ele estava fazendo o que a mãe dele o ordenará a fazer.

– Como eu ia dizendo, há quanto tempo estão juntos?

– Há alguns meses...

Meses? E ele já te trouxe aqui? Ele realmente deve confiar e gostar de você!

Ela afirmou ainda um pouco surpresa. Eu sorri.

– Eu também gosto e confio muito em Jayden...

Ela sorriu docemente e segurou minhas mãos.

– Eu sei que sim querida! Mas agora me conte! Como vocês se conheceram?

E eu corei imediatamente me lembrando de como o conheci. Sério, eu não podia contar aquilo para a mãe dele, ela acharia que sou uma vadia por beijar alguém às escuras e as escondidas e depois fugir ainda por cima! Eu sorri amarelo antes de respondê-la.

Na faculdade!

***

Passei algum tempo conversando com a mãe de Jayden e foi o suficiente para me encantar com ela. Ela era uma mulher gentil, inteligente e que conseguia te encantar com tudo que contava e como contava. Nós estávamos rindo de uma história que ela me contara, de quando era mais nova e foi presa por pular nua no rio Sena.

– Sério que você pulou lá dentro? Meu Deus, eu já posso imaginar aqueles policias gritando em francês para você sair de lá!

Eu falei divertida e ainda tomada pela surpresa.

– Alguns sim... Mas teve um deles que arrancou a roupa e pulou atrás de mim com um sorriso safado que me fez fugir dali na hora!

– E você correu nua por lá?

– Não, eu não estava tão louca assim... Uma amiga minha, me esperou do lado de fora do riu e me deu minhas roupas que eu coloquei as pressas e fugi de lá!

Nós rimos.

– Quando eu for a Paris, acho que vou me aventurar naquele rio também... Sua história me deixou empolgada!

Ela sorriu e olhou para os lados e então falou baixo e perto de mim.

– Que Jayden e Pett não me ouçam, mas se você for lá, me leve também... Eu ia adorar nadar nua lá outra vez!

Eu a olhei surpresa e quando ela me encarou animada e sorridente, eu sorri também. Nós rimos, mas fomos interrompidas por Jayden que chegou com a bandeja nas mãos.

– Meu Deus filhos! Você foi fabricar esse chá?

Jayden nos olhava sorridente e com os olhos brilhando.

– Desculpe mãe... Tive um problema com a chaleira!

Homens...

Ela disse fazendo uma cara de do tipo “Ninguém merece” e levando a xícara até os lábios para beber seu chá. Jayden se juntou a nós na conversa que só ficou mais divertida. Ele e a mãe tinham um jeito de se comunicar que era lindo de presenciar, era uma coisa deles. Maya ficou cansada e depois de tomar uns remédios que eu não sabia para que eram, ela se despediu de mim e foi para o quarto. Jayden a acompanhou até lá e eu me encarreguei de levar a bandeja até a cozinha. Quando cheguei até á mesma, me assustei com a figura pálida de Pett sentado na cadeira da cozinha. Ele me encarou e depois voltou seu olhar para a xícara em suas mãos. Eu resolvi não falar nada, apenas levei a bandeja até a pia e retirei as xícaras da mesma e a deixei em um canto.

– Eu ainda não entendo por que ele te trouxe aqui!

Pett falou quando eu já estava saindo da cozinha. Eu parei no mesmo instante e me virei para ele.

– Eu também não!

– Você sabe o que isso significa não é? Você não pode contar a ninguém sobre ela!

Ele falou com seriedade. Eu andei até ele e puxei a cadeira a sua frente me sentando na mesma.

– Eu nunca contaria nada. Se todos acham que ela está morta e Jayden apoia isso, é por que existe um motivo sério e eu não falaria nada que pudesse o magoar ou o prejudicar!

Ele sorriu amargo com as minhas palavras, deu um gole no liquido em sua xícara e depois me encarou.

É engraçado como o amor é lindo para alguns e catastrófico para outros não é minha cara?

Ele perguntou e eu o encarei tentando entender suas palavras.

– Um falso amor, destruiu a vida dessa mulher maravilhosa! A condenou e quase a matou, então acho que você não pode me culpar em não acreditar que só por que você ama Jayden, não seria capaz de machuca-lo! Ou fazer algo para isso acontecer.

Eu fiquei surpresa com tudo que ele me disse. E que mania era essa de todos dizerem que eu amava Jayden agora, hein?

– Eu acho que o que houve com ela, não foi amor. O amor não destrói ninguém, as pessoas sim. Ela é uma mulher incrível e eu entendo que você a ame e a defenda, mas não pense que me conhece só por que alguém agiu como um filho da puta com essa mulher fantástica que Maya é! Desculpe-me pelo palavrão... Eu acho!

E diferente do que eu imaginei ele sorriu, se levantou, pegou uma xícara, colocou chá na mesma e me estendeu. Eu sorri.

– Há quanto tempo você cuida dela?

Perguntei depois de alguns segundos de silencio entre nós.

– Há quase dez anos...

– E você não se incomoda de viver preso aqui? Longe de tudo?

Seus olhos se encheram de um brilho diferente.

– Sabe aquele sorriso, que você viu há pouco? Eu tenho a chance de vê-lo todos os dias, então aqui está longe de ser uma prisão!

– Você a ama.

Eu disse e ele sorriu.

– Não posso imaginar um dia da minha vida em que não a amei...

– Essa é a prova!

Ele levantou uma sobrancelha para mim.

– Que prova?

– Há de que nem todo amor é ruim, olhe o seu por ela, sacrificando tudo por um amor, como isso poderia ser ruim?

Ele sorriu e ficou olhando para o nada por alguns instantes. Até que nossa atenção foi para porta quando Jayden chegou. Ele andou até mim com o cenho franzido.

– Está tudo bem aqui?

Ele perguntou e eu o encarei assentindo.

– Está sim, nós só estamos conversando.

– Tem certeza? Então por que você está chorando?

– Eu estou?

Passei a mão pelo meu rosto e só ai eu percebi que ele estava molhado. Sim, eu chorei e nem percebi! Pett me olhou, piscou e depois sorriu para mim. Eu sorri para ele também.

– Você já quer ir embora?

Jayden perguntou e eu o encarei. Ele parecia extremamente cansado agora.

– Acho melhor ficarmos e você dormir um pouco, sua cara está péssima!

Ele riu e respondeu com sarcasmo.

Obrigada!

Eu me levantei e ele segurou a minha mão. Pett permaneceu sentado. Surpreendendo a mim mesma, eu soltei a mão de Jayden e andei até Pett que quando percebeu minha aproximação, me olhou surpreso. Eu inclinei meu corpo para frente e o abracei o mais apertado que pude, ele estranhou o ato de primeira, mas depois retribuiu.

Não é por que ela está aqui, que deve desistir dela. Ela também te ama e isso está escrito tanto nos olhos dela quanto nos seus! Nunca é tarde para tentar.

Eu disse ainda abraçada a ele e depois o soltei. Ele me olhou surpreso e um pouco assustado. Eu sorri e me afastei. Jayden me olhou estranhando meu ato, pegou minha mão e nos guiou para um corredor cheio de portas, e entramos no o mesmo quarto que fiquei da primeira vez que vim aqui. Ele entrou em um quarto e fechou a porta atrás de nós depois que eu passei. Eu andei até a cama e me sentei. Jayden ficou de pé enquanto tirava a jaqueta e os sapatos. Eu apenas o olhava. Depois ele se sentou na minha frente e pegou minhas mãos.

– Acho que tenho muita coisa para te explicar agora...

Eu encarei seus olhos que estavam escuros. Era incrível como aquele azul conseguia mudar tanto e ainda sim só ficar mais estonteante e encantador.

– Só me diga se realmente quiser dizer...

Ele sorriu e passou a mão delicadamente pelo meu rosto.

Eu confio em você para saber disso!

Eu sorri e lhe dei um beijo rápido. Então ele parou seu olhar em um ponto atrás de mim por alguns segundos e ficou em silencio, até começar a falar.

O começo da história é aquela coisa simples de obrigação. Minha mãe era amiga de Pett e eles eram apaixonados um pelo outro, mas a família dela queria que ela se casasse com meu pai, o jovem promissor e rico. Pett também era rico, mas meu pai tinha aquela imponência que eles gostavam. Minha mãe foi contra ao casamento por anos. Até que Pett foi embora e ela se permitiu conhecer meu pai. Ele a encantou e ela se apaixonou por ele, então eles se casaram. Os primeiros anos foram perfeitos, mas eles queriam um herdeiro que minha mãe não conseguia dar, o que causou vários desentendimentos entre ambos da família. Minha mãe ficou grávidas três vezes e sofreu aborto espontâneo em todas as três.

Ele parou por um segundo para respirar.

Eles cogitaram a ideia de adotar e dizer que o filho era realmente deles, mas meu pai não quis, ele queria alguém com seu sangue. Ele era egoísta demais para deixar seus bens para alguém que não fosse sangue de seu sangue. Depois de vinte anos, Pett voltou da Alemanha e entrou em contato com a minha mãe e no mesmo instante ela percebeu que ainda o amava. Depois de um tempo meu pai se tornou frio e idiota com ela. Ela tentou pedir o divorcio, mas ele não cedeu e disse que eles ainda podiam tentar. Foi quando ela engravidou de mim, Pett continuou por perto e virou até o meu padrinho, minha mãe permaneceu ao lado do meu pai por mais quatorze anos. Eu cresci com as brigas constantes dele e a tristeza da minha mãe, que só desaparecia quando ela via Pett ou quando estava comigo. Certo dia, meus pais brigaram feio e no dia seguinte, meu pai me disse que mamãe havia ido viajar. Uma coisa que eu estranhei por que ela nunca saia sem se despedir de mim. Os meses se passaram e ela não voltava. No começo quando eu perguntava da mesma e do fato dela nunca ligar para mim, meu pai me dava desculpas, até que ele se cansou e apenas me ignorava ou me mandava calar a boca.

Ele parecia nervoso e angustiado agora.

Eu liguei para Pett e contei tudo a ele, começamos a investigar, e eu sempre ficava de olho em cada ligação estranha que meu pai fazia ou recebia. Até que em um dia, ele ficou furioso ao celular e saiu. Eu peguei o carro dele escondido e fui atrás, eu andava tento aulas de direção com a mamãe meses antes, então sabia um pouco o que fazer. Depois de andar por algumas horas ele chegou a uma casa e quando desceu, bateu em um segurança que estava ali. Eles entraram na casa e eu saí do carro indo até a janela. Quando cheguei à mesma, eu vi minha mãe lá. Ela estava amordaçada e com a aparência cansada e pálida demais. Eu liguei para o Pett e bolamos um plano. Depois de algumas horas, meu pai foi embora. Então Pett chegou com alguns seguranças seus e derrubou os do meu pai. Nós entramos na casa e quando... Quando achamos a minha mãe.

Ele apertou minhas mãos com força agora e seus olhos estavam brilhando com as lagrimas que ele tentava não deixar cair.

– Minha mãe estava nua no chão do quarto, com as costas marcadas, algumas partes do corpo dela sangravam, seu rosto estava com uma cicatriz enorme e mal cuidada. Quando eu me aproximei, pensei que ela estava morta. Sua respiração estava fraca e ela estava inconsciente. Pett a enrolou no casado dele e a tiramos dali. Eles entraram no carro e quando eu ia fazer o mesmo, um segurança de meu pai atirou em um dos homens de Pett. Foi então que o desespero começou. Pett estava com a minha mãe no carro e eu pedi para que ele a levasse e a escondesse. Ele queria me levar junto, mas eu tinha outro plano em mente. Ele não quis me deixar, mas eu implorei e o estado da minha mãe ajudou para que ele cedesse. Uma mulher. Sara era o nome dela, ela era sua segurança e amiga mais antiga e de mais confiança. Ele a deixou comigo e ela disse que cuidaria de mim. Então entramos no carro que eu estava e o local já estava lotado com os homens do meu pai que nos perseguia, ele também estava ali. Nós começamos a fuga e Pett conseguiu despista-los. Sara e eu fugimos deles por alguns minutos até chegarmos a uma estrada em construção. Sara me deu uma arma e me disse para atirar, eu fiz sem pensar e acabei sendo acertado no meio disso. Foi quando estávamos chegando ao final da estrada que ela me olhou e disse. “– Você vai descer agora... Se cuide e não deixem que eles descubram que não sou sua mãe, aja que se fosse ela quem estivesse morrendo agora!”

Eu fiquei desesperado e surpreso quando ela disse aquilo, eu não sabia o que fazer, seus olhos estavam cheios de água e as lacrimas começaram a escorrer pelo rosto dela, eu segurei a sua mão e ela sorriu, até que ela abriu a porta e me jogou do carro e eu gritei aos prantos. Ela iria morrer, iria se sacrificar por mim, Pett e minha mãe. Eu bati a cabeça e fiquei tonto, minha visão estava turva e tudo que eu ouvi antes de meus olhos se fecharem, foi o estrondo alto de uma explosão. Eu fiquei uma semana em coma e quando acordei, mal conseguia olhar na cara do meu pai. Uma enfermeira me disse a mando de Pett que minha mãe estava bem, mas que eu devia agir como se ela estivesse morta. Eu me lembrei de Sara assim que meu pai passou pela porta e então eu comecei a chorar e fiz todo o teatro necessário. A dor era real, as imagens rolando na minha mente me deixaram quase louco. Depois disso, nós tentamos arrumar um jeito da mamãe aparecer, mas era arriscado demais para ela, meu pai mandou matar todos que sabiam que ele a mantinha em cativeiro. Até alguns amigos dela ele matou.

Eu estava abismada com tudo aqui. Era tão surreal e monstruoso demais. Como alguém conseguia ser assim?

– Eu também fiquei como você, fazendo essa mesma pergunta. Como meu pai podia ser assim?

Jayden falou me assustando ao falar exatamente o que eu estava pensando.

– Agora, Pett e eu estamos reunindo provas, testemunhas, para podermos processar meu pai e enfim libertar minha mãe desse inferno. Esse homem que eu chamo de pai, destruiu a vida dela, simplesmente por que ela não o queria mais. Ele a prendeu, abusou dela física e sexualmente e brincou com a mente dela. Ela engravidou enquanto ele a manteve presa e perturbava com isso, dizendo que mataria o bebê assim que o mesmo nascesse. Ele colocava choros de bebê para ela ouvir e depois batia nela, dizendo que ela nunca veria ou ouviria o choro de seu filho assim, por que ele o mataria e depois a engravidaria de novo e de novo e mataria todos os filhos que viessem. Dava remédios fortes para ela, que junto com a tortura psicológica a deixaram perturbada. Quando tiramos ela de lá, descobrimos que ela havia perdido o bebê e isso a deixou mal. Ela toma remédios para ajuda-la a se controlar e a não ter ataques agora, mas as vezes, os remédios não ajudam e ela tem crises, ela escuta choro de bebês e me pergunta do meu irmão que ela perdeu e eu não sei o que dizer na maioria das vezes. Eu não sei o que fazer, por que nada que eu faça alivia a dor dela!

Ele disse a ultima parte com dor no olhar e secando as lágrimas de seu rosto. Eu passei a mão em meu rosto também, tentando seca-lo, mas as lagrimas caiam novamente. Eu soltei a mão dele e o abracei, o abracei forte, tentando passar todo carinho e força que ele precisava agora. Meu pensamento foi para a doce mulher no quarto ao lado e eu chorei mais. Como alguém podia fazer algo assim com ela? Eu fiquei abrasada em silencio com Jayden por longos minutos, apenas pensando em tudo o que ouvi e depois disso eu tomei a decisão de que eu não o deixaria sozinho e que o ajudaria nesse assunto. Eu me afastei um pouco dele o fazendo me olhar. Seus olhos estavam cansados e seu rosto um pouco vermelho. Eu passei a mão no rosto dele, fazendo um carinho leve e delicado. Ele apenas me olhava.

– Eu nem posso imaginar o quanto isso tudo foi difícil para você, para sua mãe e para o Pett. Mas eu quero que vocês saibam que não estão sozinhos. VOCÊ não está sozinho! Eu estou do seu lado e vou te ajudar em tudo que precisar em relação a ela! Nós vamos dar um jeito de tira-la daqui e ferrar com a vida do miserável do seu pai! Eu prometo isso a você!

Ele me olhou intensamente e eu não sei de onde tirei forças, mas sustentei o seu olhar. Então ele fechou os olhos e encostou sua testa na minha e ficamos assim. Até ele abrir os olhos, e afastar seu rosto do meu para me encarar e quando eu o olhei, ele tinha um brilho diferente no jeito que ele me olhava. Ele tirou alguns fios de cabelo do meu rosto e encarou meus lábios e depois seu olhar voltou para os meus olhos, e então ele disse tudo que eu menos esperava ouvir agora, fazendo meu coração parar.

– Eu te amo... Eu definitivamente amo você Poppy Nolan!


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