A Descendente dos Marotos escrita por Giulya Black


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Olá gente bonita!! Voltei para postar o novo capítulo... Estou postando só o 3 por que não estou tendo tempo de digitar a história no computador, mas, provavelmente, no fim de semana que vem teremos os dois (4 e 5).
Boa leitura!



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– Bem, obrigada! – sorri, envergonhada.

Ele me levou à mesa da Corvinal, onde estava Luna, e foi se juntar aos irmãos.

– Oi Giul – cumprimentou-me Luna.

– Olá, Luna! – respondi sorrindo – tudo bem contigo?

– Sim, e creio que com você também, né? – olhou pra mim com um sorriso maroto estampado no rosto.

– O que foi? – perguntei, olhando para ela espantada, tentando não rir.

– Você e um dos gêmeos Weasley – me respondeu, e falou como se você óbvio.

– O Fred? Nós não temos nada! – levantei a mão direita em forma de juramento – Ainda... – pensei alto, o que a fez rir.

– Ah, sei. – e ela riu ainda mais.

Chegou o correio da tarde e Héstia veio voando pra mim, com uma carta amarrada no pé. Seria mais uma carta de Sirius? Veio, também, uma coruja de tons marrons e uma inteiramente branca, que reconheci como Edwiges, a coruja de Harry. Como a coruja marrom era de Hogwarts, peguei primeiro a carta que estava amarrada nela, que logo levantou voo e saiu do salão.

Giulia, estou precisando muito falar contigo, me encontre no final da tarde no Saguão de Entrada.

Pansy Parkinson”

Pansy queria falar comigo? Sobre o que seria? Talvez seja sobre Draco Malfoy... não era ela quem morria de amores pelo meu primo? Peguei a carta de Edwiges, lhe dei um petisco e observei enquanto ela levantava voo para o corujal.

“Acordou toda estranha e não falou mais comigo, né? É brincadeira, mas preciso falar com você! Não é urgente, mas é importante. Assim que der me encontra, tá?

Um abraço,

Harry!”

Dois precisando falar comigo... maravilha! A última carta estava com Héstia, que estava no meu ombro.

– Vem cá, vem, menina! Peguei-a e desamarrei a carta. Estava escrito em um pergaminho diferente, de cor dourada e a escrita estava em um azul anil.

“Giulia Black,

você não faz ideia de quem eu sou e nem o que eu sou perante você, por isso, precisamos nos encontrar em Hogsmeade, em algum fim de semana que você possa ir!

Por favor, não se meta em encrencas e tente não sair da linha, não quero que você se prejudique em Hogwarts, e cuidado com os gêmeos Weasley, não acho que eles sejam uma boa companhia para você! Continue sendo a ‘sabe-tudo’, gosto mais de você assim.

P.S.: Não me pergunte quem sou, vamos nos encontrar e conversar sobre tudo na hora certa.

P.S.2: deusa Héstia deve ter amado o nome de sua coruja.”

– Ótimo! Três pessoas querendo falar comigo e uma delas eu nem sei quem é – murmurei.

– O quê? – perguntou Luna.

– Nada, só... pensei alto – e dei um leve sorriso.

O almoço acabou e, como eu tinha a tarde livre às terças-feiras, fui ver se conseguia falar com Harry. Fui atrás da professora Minerva para saber se o Potter tinha aula agora e qual seria.

– Tia Minnie – sussurrei pra ela quando consegui acha-la.

– Giulia? O que houve? – perguntou preocupada.

– Preciso saber se Harry Potter está em aula agora e em qual, por favor.

– Bom, agora ele está em Trato das Criaturas Mágicas, com o Hagrid e junto da Sonserina.

– Obrigada, tia.

Sai correndo sem lhe dar mais explicações e fui até a entrada da Floresta Proibida. Vi Rúbeo de longe e Malfoy, com aquele cabelinho loiro dele.

– Srta. Black, o que faz aqui? – se espantou Rúbeo.

– Professor Hagrid... – comecei, mas aí Draco me cortou.

– Você o considera professor? – caçoou, fazendo seus amigos se dobrarem de rir. Imaginei que eles já estavam zombando do professor desde antes de eu chegar.

– Cala a boca, Malfoy. Ninguém aqui falou com você. Quando a conversa chegar nas doninhas quicantes eu te chamo. – todos ficaram confusos, e então eu lembrei que Moody ainda não tinha feito sua transfiguração para castiga-lo. Quando acontecesse, todos que me ouviram falar aquilo pensariam que eu “vi o futuro”. – Continuando, professor... Será que eu atrapalharia muito se conversasse com o Potter agora? – perguntei, sorrindo.

– Não, não há problema algum. Podem ir! – sorriu para nós.

– Obrigada – sorri de novo e puxei Harry pelos ombros –, vamos Harry.

– Eu queria mesmo falar com você, sobre Sirius!

– Fala baixo, por favor! Ele ainda está foragido, se lembra? – pedi – Recebi sua carta, por isso estou aqui. O que quer falar comigo?

– Estou preocupado com ele. Mandei uma carta pra ele por causa de um sonho que tive nas férias, antes da Copa Mundial de Quadribol e ele me respondeu faz pouco tempo, dizendo que queria me ver. Ele deve estar voltando.

– Pelo amor dos deuses, Harry. Você está colocando a vida dele em risco.

– Eu sei, mas ele é meu padrinho.

– E ele é meu pai! Como vou ficar agora sabendo que meu pai está correndo risco de ser pego?

– Não quero discutir com você. Giulia. Preciso voltar para a aula. – ele se virou e voltou para dentro da floresta, aonde estavam tendo aula.

– Ok – murmurei, me virando para o castelo e seguindo meu caminho.

~~*~~*~~

Eu não havia feito muita coisa durante o resto do dia, apenas fiquei no salão comunal, conversando com o pessoal do mesmo ano que eu. Quando dei por mim, já era quase hora do jantar, e eu havia marcado com a Pan de encontra-la no saguão. Cheguei ao lugar combinado e a esperei por uns cinco minutos, até vê-la chegando. Assim que me viu, correu e me abraçou. Pude perceber que suas bochechas estavam molhadas, sinal de que estava chorando.

– Ei – disse para ela –, por que você está chorando, Pan? Senta aqui, do meu lado – dei tapinhas no degrau onde eu estava.

– Seu. Primo. É. Um. Idiota! – disse ela, pausando depois de cada palavra e enxugando as lágrimas. – Não fico triste por ele não querer nada comigo, mas fico chateada por ele zombar tanto de mim. – concluiu.

– Olha, você sabe que ele não se importa com ninguém além dele mesmo. Não fique chorando por causa dele, ele é desprezível, não conhece o amor. Parece até Tom Riddle.

– Tom o quê? – perguntou ela, com a dúvida estampada no rosto. Ela não o conhecia pelo verdadeiro nome.

– Ninguém importante – menti – Enfim, não tem como esperar menos dele. Se dê mais valor, Pan. – sorri e lhe dei um meio abraço – Pra ser sincera, os meninos das outras casas são melhores.

– Verdade – ela sorriu –, que tal os gêmeos Weasley? – me olhou com esperança, já que eu era a melhor amiga deles.

– Nada de se meter com eles. – respondi, enciumada. Ela riu.

– Ok, obrigada pelos conselhos. – sorriu e saiu correndo para o Salão Principal. Segui o caminho dela.

– Oi – foi o que eu ouvi quando entrei no salão, era Hermione Granger –, como está?

– Olá! Estou bem, obrigada. E você? – respondi, educada, mas sem muita paciência.

– Bem, obrigada! – ela respondeu – Só quero te dar um conselho: não se misture com sonserinos, eles não são confiáveis. – e saiu andando, sem dizer mais nada, de volta para a mesa da Grifinória.

Ela por acaso acha que sou burra? Eu sei muito bem que alguns sonserinos são desprezíveis e não confiáveis, mas eu sei com quem falo e com quem deixo de falar! Continuei pensando nisso até chegar à mesa da Corvinal, para a iniciação do banquete.

– Uma boa noite, alunos! – Dumbledore disse sorridente – Vamos, primeiramente, dar início a esse lindo e maravilhosamente suculento banquete, antes que fiquemos tontos, vendo tantas comidas gostosas. Bom apetite.

Os pratos se encheram sozinhos, como sempre. De repente, um grito (“O quê?”) pôde ser ouvido por todo o Salão, atraindo a atenção de todos os alunos e, também, dos professores para a mesa da Grifinória, mais especificamente para Hermione. Quando ela percebeu que todos os olhos estavam sobre ela, corou, olhou para o professor Dumbledore e sussurrou um pedido de desculpas. Aos poucos, os alunos foram voltando a atenção para seus pratos e conversas. E eu sei exatamente o porquê da indignação de Hermione (afinal, eu havia lido os livros quando ainda era Clarisse Lima, e eu me lembrava de tudo que ocorria nos sete volumes): ela acabara de descobrir que elfos domésticos trabalham na escola.

Fiquei, durante todo o jantar, calada. Assim que terminei a sobremesa, peguei um pedaço de pergaminho, caneta e tinteiro, que havia trazido da Comunal para escrever uma carta para a tal pessoa, antes que Dumbledore começasse a falar novamente.

Pai, estou escrevendo esta carta só pra perguntar uma coisa: ficou tão preocupado com o sonho que Harry teve no verão a ponto de querer vir vê-lo pessoalmente? Por favor, não faça nenhuma besteira, ainda está foragido e não quero que volte para Azkaban. Se quiser voltar para vê-lo, fale com Dumbledore, sei que mantém contato com ele. Não me importo de esperar as respostas das minhas perguntas, mas não venha sem cuidados e proteção. Você, afinal, é padrinho de Harry mas, por favor, não se esqueça que você é, antes de tudo, o meu pai!

P.S.: eu me responsabilizo por ele enquanto estou aqui.

Te amo,

Giulia Black”

Enrolei a carta, tampei o tinteiro e os guardei junto com a caneta no bolso do uniforme. Assim que fiz isso, Dumbledore se levantou para discursar.

– Bom, agora que todos já se deliciaram com este fabuloso banquete, tenho um aviso que deixei de dar no Banquete Inicial há quatro dias: o doloroso dever de informar que este ano não realizaremos a Copa de Quadribol entre as casas.

– O quê? – gritei, indignada. Eu sabia que não teria por causa do livro, mas mesmo assim a indignação tomou conta de mim.

“Isso se deve a um evento que começará em outubro e irá prosseguir durante todo o ano letivo, mobilizando muita energia e muito tempo dos professores, mas eu tenho certeza de que vocês irão apreciá-lo imensamente. Teremos a honra de sediar um evento muito excitante nos próximos meses, um evento que não é realizado há um século. Tenho o enorme prazer de informar que, este ano, realizaremos um Torneio Tribruxo em Hogwarts.”

– O senhor está brincando! – exclamou em voz alta meu Fred Weasley.

Não estou brincando, Sr. Weasley – disse ele –, embora, agora que o senhor menciona, tinha ouvido uma excelente piada durante o verão sobre um trasgo, uma bruxa má e um leprechaun que entram num bar...

A tia Minnie pigarreou alto.

– Hum... mas talvez não seja hora... não... onde é mesmo que eu estava? Ah, sim, no Torneio Tribruxo... bom, alguns de vocês talvez não saibam o que é esse torneio, de modo que espero que aqueles que já sabem me perdoem por dar uma breve explicação, e deixem sua atenção vagar livremente.

“O Torneio Tribruxo foi criado há uns setecentos anos, como uma competição amistosa entre as três maiores escolas europeias de bruxaria – Hogwarts, Beauxbatons e Durmstrang. Um campeão foi eleito para representar cada escola e os três campeões competiram em três tarefas mágicas. As escolas se revezaram para sediar o torneio a cada cinco anos, e todos concordaram que era uma excelente maneira de estabelecer laços entre os jovens bruxos e bruxas de diferentes nacionalidades – até que a taxa de mortalidade se tornou tão alta que o torneio foi interrompido.”

Vários sussurros como “taxa de mortalidade?” puderam ser ouvidos pelo Salão, mas eram muito poucos comparados com os sussurros agitados e excitados, inclusive o Harry, que estava – ou parecia – mais interessado em saber mais sobre o torneio do que em se preocupar com o que acontecera há centenas de anos.

– Durante séculos houve várias tentativas de reiniciar o torneio – continuou Dumbledore –, nenhuma das quais foi bem-sucedida. No entanto, os nossos Departamentos de Cooperação Internacional em Magia e de Jogos e Esportes Mágicos decidiram que já era hora de fazer uma nova tentativa. Trabalhamos muito durante o verão para garantir que, desta vez, nenhum campeão seja exposto a um perigo mortal.

“Os diretores de Beauxbatons e Durmstrang chegarão com a lista final dos competidores em outubro e a seleção dos três campeões será realizada do Dia das Bruxas. Um julgamento imparcial decidirá que alunos terão o mérito para disputar a Taça Tribruxo, a glória de sua escola e o prêmio individual de mil galeões.”

– Estou nessa! – murmurou Fred Weasley para os colegas de mesa, o rosto iluminado de entusiasmo ante a perspectiva de tal glória e riqueza. Percebi logo que ele não era o único que estava se vendo como campeão de Hogwarts. Em cada mesa eu vi gente olhando arrebatada para Dumbledore ou então falando com quem estava ao lado. Mas, então, Dumbledore recomeçou a falar, e todo o Salão se aquietou.

– Ansiosos como eu sei que estarão para ganhar a Taça para Hogwarts – disse ele –, os diretores das escolas participantes, bem como o Ministério da Magia, concordaram em impor este ano uma restrição à idade dos contendores. Somente os alunos que forem maiores de idade, isto é, tiverem mais de dezessete anos, terão permissão de apresentar seus nomes à seleção. Isto – Dumbledore, eu percebi, elevou ligeiramente a voz, pois várias pessoas haviam protestado indignadas ao ouvir suas palavras, principalmente os gêmeos Weasley que, aos meus olhos, pareciam furiosos – é uma medida que julgamos necessária, pois as tarefas do torneio continuarão a ser difíceis e perigosas, por mais precauções que tomemos, e é muito pouco provável que os alunos abaixo da sexta e sétima séries sejam capazes de dar conta delas. Cuidarei pessoalmente para que nenhum aluno menor de idade engane o nosso juiz imparcial e seja escolhido campeão de Hogwarts. – seus olhos azul-claros ­cintilaram ao perpassar os rostos de Fred e George – Portanto, peço que não percam tempo apresentando suas candidaturas se ainda não tiverem completado dezessete anos.

“As delegações de Beauxbatons e de Durmstrang chegarão em outubro e permanecerão conosco a maior parte deste ano letivo. Sei que estenderão as suas boas maneiras aos nossos visitantes estrangeiros enquanto estiverem conosco, e que darão o seu generoso apoio ao campeão de Hogwarts quando ele for escolhido. E agora já está ficando tarde e sei como é importante estarem acordados e descansados para as aulas amanhã de manhã. Hora de dormir! Vamos andando!”

Dumbledore tornou a se sentar e virou-se para falar com Olho-Tonto Moody. Ouviu-se um estardalhaço de cadeiras batendo e se arrastando quando os alunos se levantaram para sair como um enxame em direção às portas de entrada do Salão Principal.

– Não podem fazer isso com a gente! – ouvi George Weasley, que continuara sentado à mesa, olhando de cara emburrada para Dumbledore. – Vamos fazer dezessete anos em abril, por que não podemos tentar?

– Não vão me impedir de me inscrever – disse Fred, teimoso, também amarrando a cara para a mesa principal. – Os campeões vão fazer todo o tipo de coisa que normalmente nunca podemos fazer. E mil galeões de prêmio!

– É – disse Rony, um olhar distante no rosto – É, mil galeões...

– é, eu sei, vocês estão chateados, bravos, indignados, – eu disse, me aproximando deles – mas ficar sentado aqui no Salão não vai fazê-los mudarem de ideia. Vamos indo!

Empurrei-os para fora da cadeira e os acompanhei até uma parte do caminho, mas eles não falaram de outra coisa o caminho todo:

– Isso não é justo. – disse George – Por que nós não podemos participar? Temos dezesseis anos e vamos fazer dezessete em breve.

–Quem é esse juiz imparcial que vai decidir quem são os campeões? – perguntou Harry.

– Sei lá – disse Fred ­–, mas é ele a quem temos de enganar. Acho que umas gotas de Poção para Envelhecer talvez resolvam George...

– Mas Dumbledore sabe que vocês são menores – ponderou Rony.

– É, mas não é ele que decide quem é o campeão, é? – perguntou Fred, astutamente – Estou achando que, quando esse juiz souber quem quer entrar, ele vai escolher o melhor de cada escola, sem se importar com a idade do campeão. Dumbledore está tentando impedir a gente de se inscrever.

– Bom – eu disse –, façam o que quiser, mas meu caminho é por aqui. Boa noite!

– Boa noite! – disseram em uníssono.

E mesmo ao longe, consegui ouvir Hermione dizer: “Mas teve pessoas que morreram”, com a voz preocupada. Subi mais uns lances de escada e cheguei ao Salão Comunal, respondi a pergunta da águia e entrei. Havia muita gente lá embaixo, mas eu estava muito cansada e fui direto para o dormitório. Esvaziei os bolsos para poder tirar o uniforme e peguei a carta, a caneta e o tinteiro e coloquei-os em cima do criado-mudo e troquei de roupa. Fiquei ainda pensando em Sirius e no Torneio Tribruxo, no perigo que Harry estava prestes a passar. Virei-me na cama e olhei para a carta. Amanhã eu a enviaria.


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Notas finais do capítulo

Bem, espero de coração que tenham gostado. Deixem reviews... Até o próximo capítulo...

~ Srta. Black



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