Don't Stop Dreamin' escrita por Fairy


Capítulo 36
Almas Perdidas, Reunião e Baile


Notas iniciais do capítulo

Gente! Voltei!
Bem galera, onbrigada pelos comentários do capítulo anterior♥
Nesse capítulo tem BiDu gente! Aguentem os corações! Haha
Boa leitura!



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Bia caminhava até o pátio com o seu violão a fim de ensaiar um pouco. Fazia um tempo que não tocava. Levava em uma das mãos várias folhas soltas com diferentes cifras de músicas em cada uma.

Ao atravessar a porta que separava a sala do pátio, se deparou com alguém sentado no banco. Alguém que ela conhecia e que não queria nem ver. Bufou. Virou-se para sair dali, mas algo a impediu. "Ele não está bem, Bia. Ajude-o.", disse uma voz em sua cabeça. O olhou sobre o ombro.

Eduardo escondia o rosto entre as mãos, mas não conseguia impedir que o som abafado de choro escapasse. A loira, por algum impulso desconhecido, colocou o violão e as folhas sobre outro banco e se aproximou do menino.

- Err... Eduardo? - chamou, sem jeito. Não sabia como ser delicada e sensível o suficiente para ajudá-lo.

Quando ouviu a voz da menina, Duda levantou a cabeça e a encarou revelando o rosto e os olhos inchados e vermelhos. Ela o fitou, inerte, não sabia o que fazer em seguida.

- Tá tudo bem? - perguntou. Ele a ignorou e desviou o olhar para o chão. - Ok. É claro que você não está bem! - concluiu sentando-se ao lado do menino. - O que aconteceu?

- Desde quando você se importa comigo? - respondeu ele friamente. Ela fechou os olhos, contendo a raiva.

- Ótimo! Então fique aqui sozinho! - ela disse, se levantando. Antes que o fizesse, o loiro a segurou pelo pulso. Ela se sentou outra vez.

- A minha mãe... ela... - ele não sabia o que dizer. Não sabia o que iria escutar se dissesse alguma coisa. Ficou calado.

- O que tem a sua mãe? - ela perguntou. O garoto respirou fundo.

- Me esqueceu. - respondeu, apenas. A expressão da menina ficou interrogativa e confusa. Arqueou uma das sobrancelhas. Eduardo virou-se para ela. Contou tudo o que descobrira sobre Mariana. Beatriz o encarou incrédula.

- Você deve ter entendido alguma coisa errada... - ela argumentou, mas foi interrompida por ele.

- Não! Ela me esqueceu! - gritou a assustando. - Preferiria ser órfão a ter uma mãe como a minha. - sussurrou. Bia pensou em lhe dizer que a mãe dele o amava, mas ela não sabia se era um fato verídico. Sem saber como agir, pousou a sua mão sobre a dele.

- Eu adoraria ter uma mãe... uma família... - assumiu num tom quase baixo enquanto fitava aa duas mãos. Para sua surpresa, Duda virou a dele e entrelaçou os seus dedos.

- Que te amasse... - ele completou. Bia sorriu amarelo sem tirar os olhos de seus dedos sobre a perna do loiro.

- Que me impedisse de me sentir tão... perdida. - disse. Desviou o olhar para o rosto do menino e este fez o mesmo. Ficaram ali se encarando por algum tempo. Tentaram se decifrar.

- Somos almas vazias? - ele perguntou, finalmente, quebrando o silêncio.

- Somos almas perdidas. - ela respondeu. Estavam tão próximos que Beatriz seria capaz de beijá-lo. Sentiu um arrepio estranho na espinha e uma agitação incomum na barriga. Ele sentiu o coração saltar rapidamente no peito e um frio desconhecido arrepiando-o por inteiro. Aproximaram mais os seus rostos.

- Fala sério! Meu Deus! Que clichê! - exclamou Teca alto aparecendo ali acompanhada de Ana e Tati. Bia e Duda se distanciaram e, ela, se levantou bruscamente. Sentiu tontura por alguns segundos até se recompor. As três meninas passaram por lá tão preocupadas com o assunto que conversavam que nem perceberam a presença dos dois.

A loira pegou as folhas e o violão e voltou para perto de Eduardo. Contudo, antes verificou se as amigas já estavam longe dali. Suspirou. O garoto não conseguiu conter um sorriso ao observá-la.

- Você ainda está brava comigo? - perguntou ele, de repente. Elano encarou. Não adiantaria de nada se ela falasse que sim. Então, deu ombros.

- Eu ia tocar. Mas acho que desaprendi essas músicas. - ela contou entregando-lha as folhas. Ele agitou a cabeça percebendo que aquelas músicas não eram tão difíceis.

- Talvez eu possa te ajudar. - ele respondeu a fazendo sorrir. E foi naquele exato momento que ele percebeu o quanto aquele sorriso o fazia se sentir melhor.

Mais tarde...

- Você é a Janaina? - perguntou um homem pela janela de um carro preto assim que o veículo parou na frente da casa da menina. Esta assentiu. - Entra aí!

- O quê?! Eu não vou entrar em lugar nenhum! - reclamou - Cadê a X? - perguntou. O rapaz que dirigia direcionou o olhar para o banco de trás e fez um sinal para alguém.

- Ela não veio! E entre logo neste carro! - gritou o que estava no banco do passageiro. A loira permaneceu em pé, batendo os pés.

- Não saio daqui sem ela! - disse.

- Bom, se não entra por bem, entra por mal. - avisou o mesmo e um outro saiu de dentro do carro e foi até a direção dela. Antes que Janu pudesse pensar em correr, ele tapou sua boca com um pano e fez o mesmo com os olhos. Ela se sacudia tentando fugir quando ele a pegou no colo e a colocou dentro do carro.

***

- Finalmente! - exclamou Marian assim que os capangas de JP desceram pela escada que os levara até o porão da mansão do moreno.

- Podem soltá-la. - ordenou JP. Os garotos soltaram Janu e ela caiu no chão, bruscamente.

- Eu te odeio! - gritou a loira para Marian. Esta pousou a mão no peito fingindo estar indignada. Janaina se colocou de pé e percebeu que o lugar que estava se parecia com um escritório. Havia uma mesa com oito cadeiras no centro e um sofá perto da parede. As paredes eram brancas o que facilitava a iluminação. Um armário fora, ao que parecia, recentemente colocado a um ângulo reto nas paredes.

- Quem é você? - perguntou ela, direcionando o olhar ao moreno alto na sua frente.

- JP. - respondeu Marian. Caminhou até a mesa e se sentou em uma das cadeiras das pontas. - Sentem-se. - pediu. JP e Janu se sentaram em cadeiras colocadas um de frente para o outro. Leticia, que até então não havia dito nada, sentou-se ao lado de JP.

- Comecemos a reunião. - avisou ela.

No dia seguinte...

Cris desceu do Civic prata e despediu-se de Henrique antes de entrar na escola. Caminhou até o lugar onde a turma do orfanato e os cumprimentou.

- Como é a sua casa nova? - perguntou Maria, curiosa. A morena explicou que agora morava em um apartamento e que tinha um quarto só pra ela. - Legal! - exclamou a mais nova dos órfãos.

- Eu conheci os meus avós também. São incríveis! - disse sorridente. Os amigos a acompanharam. De repente, estavam falando sobre um assusto qualquer.

Samuca, entediado, se levantou e seguiu na direção da escada. Cris o seguiu, determinada. O menino caminhou até o segundo andar e entrou em sua sala de aula. A morena parou na porta e o espionou durante alguns minutos, até decidir voltar ao térreo e encontrar seus amigos do Jornal.

- Está atrasada! - repreendeu Angel, ao perceber a entrada da menina. Cris revirou os olhos e seguiu até a sua mesa. Eram sete e quarenta e cinco da manhã e a primeira aula começaria às oito.

Cris jogou a bolsa perto da cadeira e ligou o notebook a sua frente. Abriu o site do Jornal e se deparou com a sua resenha do filme Cidades de Papel na primeira página. Girou a cadeira, contente, e abraçou André, o assustando.

- Tá tudo bem? - perguntou o menino, confuso.

- Está tudo excelente! Obrigada, André! - respondeu e, então, depositou um beijo em sua bochecha, deixando-o corado. Cris voltou para o seu trabalho, mas, antes que pudesse administrar o site, a porta se abriu. Débora, Priscila e Michelle entraram sem pedir licença. A primeira andou até perto da irmã mais nova, Giulia, e a cutucou. A menina levantou o olhar e esperou que Débora dissesse alguma coisa.

- Preciso que vocês divulguem uma coisa pra mim. - disse calmamente. Angelina se levantou, arqueou a sobrancelha e cruzou os braços na frente dos seios antes de dizer:

- O que seria?

- Uma festa. - fez uma breve pausa e passou a andar em círculos na sala. - Na verdade, um baile. - os quatro membros do grupo encaram a morena, confusos. - Priscilla. - chamou e a ruiva tirou um bloco de folha e entregou uma série de página para cada um.

- Um baile de primavera. Acontecerá na virada das estações aqui na escola. A diretora Dolores já está por dentro de tudo! - informou a menina voltando a se posicionar ao lado de Débora.

- A tia Dolores realmente aprovou isso? - perguntou Giulia à irmã. A diretora era tia da mãe das garotas e era muito exigente e séria.

- É claro! - respondeu a morena, debochadamente. - Cada um de vocês terá de divulgar o baile no site e no jornal da escola. Já falei com o pessoal do Clube de Informática e eles ajudarão vocês na fase de divulgação pelo aplicativo. Além disso, quero que façam uma cobertura completa do baile e publiquem no site da escola. - ordenou. André se levantou, assim como as companheiras.

- Você quer que a gente trabalhe no baile? - ele perguntou, confuso. Débora revirou os olhos.

- Página cinco. - indicou. Os quatros pularam as folhas até chegarem na indicada. Havia uma série de instruções para a equipe. - Michelle. - chamou a líder das Top Três. A mais nova deu um passo a frente e tirou o celular do bolso.

- O comitê de eventos da escola votou na cobertura com fotos e vídeos. - informou ela. - O Samuel, do segundo ano A, disse que abriria uma página no site para que os alunos votem no Rei e na Rainha do baile. Vocês devem ajudá-lo e também divulgarão os dados na rádio durante essas duas próximas semanas.

- Claro que, por isso, vocês terão alguns "privilégios". Ao contrário do resto dos alunos, vocês não precisarão ir acompanhados e podem ir sem o traje obrigatório, gala. - disse Priscilla.

- Você está gozando da nossa cara? - perguntou Angel, sarcástica. A líder do grupo se aproximou.

- Da próxima vez que você disser algo assim, será expulsa dessa escola. - sussurrou em seu ouvido.

"Priiiiimmmm"

- Sigam todas as instruções adequadamente e anunciem o baile no intervalo. - ordenou Débora saindo da sala. Os quatro se entreolharam.

- Francamente, Giulia! A sua irmã é uma vaca! - exclamou Angelina, irritada.

- Não ofenda as vacas, Angel! - brincou André, recebendo um soco no ombro da garota logo em seguida.

Continua...


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Notas finais do capítulo

E então? O que acharam? Deixem seus reviews♥
Esse momento entre Bia e Duda foi fofo mesmo sem beijo! Iludi vocês! Mas, o beijo está chegando! Faltam DOIS capítulos! Haha
Gente, postarei o próximo capítulo ainda nessa semana, talvez amanhã porque vou terminá-lo hoje. Enfim...
Beijos! Até os reviews!
XOXO