Unattainable reality ~ sendo reescrita~ escrita por Sol


Capítulo 44
Consciência


Notas iniciais do capítulo

Heyy cap sem muito acontecimento kk Mas tem uns detalhes importantes, se algo ficar meio confuso, saiba que logo irá ser entendido.



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Alice

A princípio eu não conseguia enxergar nada, tudo estava escuro e sem forma, parecia que meu corpo estava vagando pelo espaço. Algo estava errado e eu sabia o que era: Eu estava com medo.

Pois da ultima vez que a espada me levou ao mundo das ilusões, acabei vendo o pai de Johan morrer. Eu não queria ver algo assim de novo.

Quem controla sua mente é você.” Foi o que Alli me disse antes de tudo ficar escuro, acho que o que mais me assustou foi não senti-lo perto de mim. Por um segundo cheguei a pensar que o havia perdido. Eu sentia que meus medos tentavam tirar de mim o meu controle, assim como tiraram da ultima vez, mas eu não queria machucar Alli de novo, não. Eu não poderia perder a lucidez. Eu precisava me controlar e controlar a minha mente. Será que isso era possível?

Respirei fundo, mas logo me desesperei outra vez. Será que quando eu acordar Alli ainda estará ao meu lado? Por que eu não podia senti-lo? Por que essa escuridão me causava tanto medo?

Levei as mãos ao anel, há muito já não me preocupava em entender a magia compartilhada, pois era evidente que eu e Al possuíamos uma ligação intensa, que eu amava e necessitava. Ao tocar o anel, senti uma pequena onda de eletricidade e um sussurrar ao meu ouvido: Eu te amo! Ouvir o sussurro de Alli me encheu de nostalgia, o primeiro beijo e a primeira declaração, será que estava tudo gravado no anel, toda a história?

Quem controla sua mente é você.

Sim, Alli tinha razão, eu controlava minha mente, assim como eu controlo minha vida.

Eu desejava descobrir quem eu era, sabia que eu era mais do que pensava, porém não conseguia aceitar o que os outros diziam, eu não havia nascido para ser uma princesa ou coisa do tipo e nunca me vi com esse tipo de vida. Isso não mudaria de uma hora para outra, pelo menos não enquanto esse país me fosse um lugar estranho.

Senti meus pés tocarem um gramado e percebi que meus olhos estavam fechados, os abri e encarei a grande árvore a minha frente, ela era bela e extremamente conhecida. Sim eu estava em uma lembrança.

Uma pequena menina ruiva correu até mim, Clarisse.

E pensar que éramos tão próximas.

Ela sorriu e me puxou até embaixo da árvore, onde dois meninos pareciam discutir. Ao ver o primeiro, senti meu alívio se despedaçar e dar lugar a raiva, eu estava diante de Hector, ou um mini Hector, mas que seja. Ao lado dele estava um pequeno ruivo de sorriso torto, que me encheu de alegria, Renne, há quanto tempo não via aquele menino, o único que me tratava bem pelo que eu era e não pelo nome da minha família, tão doce e conseguia ser irmão de Clarisse.

Renne encarava Hector com a cara emburrada, o que era bem fofo, se considerar que ele era um cotoco de pessoa, uns centímetros mais baixo que eu, o que levantava minha alto-estima. Porém Hector mal olhava para o ruivinho, como sempre estava o ignorando, o que me irritava, já que Renne era importante para mim, o que eu tinha com ele era especial, eu não o via como via Hector ou como vejo Alli, eu o via como um irmão, um que eu nunca tive, e por isso eu o admirava e gostava de estar perto dele.

A pequena eu retirou do bolso duas florezinhas e se colocou entre os meninos, apontando uma flor para cada um.

— Para o Hector e para meu irmãozinho. – Comentei sorrindo e Renne ficou todo bobo, mas Clarisse fechou o tempo na hora, arrancou a flor da mão dele e saiu correndo para longe, eu não a entendia, até hoje eu não entendo, mas agora eu sei o que ela tinha: Ciúme.

Hector largou a flor no chão e correu atrás da ruiva, o que me deixou extremamente irritada. Renne recolheu a flor que estava despedaçada no chão e a guardou no bolso.

— Eu vou embora sabia? – Ele perguntou docemente e eu assenti. — Para bem longe. E queria me despedir de você, mas não pensei que a Clary ficaria assim. – Ele fez bico e abaixou a cabeça. — Eu só queria que ela entendesse que você também é minha irmã.

Eu o abracei e ele sorriu tortamente. — Renne você vai sempre ser meu irmãozinho, ela querendo ou não.

— Espero que um dia você encontre alguém melhor do que aquele loiro engomado. – Renne resmungou, se referindo a Hector. — E um lugar para viver onde você possa ser você mesma, Lici.

A cena começou a se dissipar e o gramado se tornou um chão de concreto.

— Não pode ir assim Jasmine. – Um rapaz a minha frente segurava a mão de uma garota que estava prestes a entrar em um portal. — Não vá, eu te amo.

A garota se virou para o rapaz e o encarou com tristeza. — Também te amo, mas o destino já provou que não está de brincadeira, não tente me proteger mais, eu não sou a rainha que vai ajudar esse país a voltar a vida, pois ainda vamos cair e será feio. Não vou estar aqui, terá se passado a minha geração.

— Deixe que passe Jasmine, eu só quero te amar. Cuidar de você e da nossa filha que irá nascer. Da nossa Alice, aqui, em Jadis, eu deixo de ser um príncipe se quiser, então-

— Por favor, continue sendo o que é e me deixe ir. – Ela se soltou das mãos dele e correu para o portal.

— EU NÃO VOU DESISTIR DE TE ENCONTRAR.

A cena se dissipou e tudo voltou a ficar escuro e sem forma, eu estava chocada, meu bisavô era de Jadis? Minha avó iria nascer aqui? Como tudo seria? Tudo soava confuso, me deixando mais curiosa ainda, eu sabia bastante sobre a Jasmine da Inglaterra, mas e a Jasmine daqui? E meu bisavô?

— É belo não é? Como o destino joga. – Alguém falou atrás de mim, me fazendo virar e a encarar, era uma jovem loira, de olhos esverdeados e cabelo liso na altura do ombro, eu não a conhecia, mas ela me parecia extremamente familiar.

— Quem é você? – Perguntei quando percebi que ela me encarava, e do nada ela pareceu ganhar um novo reflexo, foi bem rápido mas por um instante ela parecia ser Lyh.

— Você sabe Alice, só ainda não percebeu. – Ela sorriu docemente e se aproximou de mim. — Eu quero pedir sua ajuda, seus amigos precisam de apoio. – Ela segurou minha mão e me puxou para frente, logo tudo se transformou em uma grande sala com sofás, uma lareira e duas pessoas no meio.

— Lyh por que nos trouxe... – Ás começou, mas parou ao encarar a jovem.

— A quanto tempo querida. – O chapeleiro a cumprimentou e depois me abraçou. — Mas por que nos trouxe aqui?

— Primeiro de tudo deixe explicar para Alice sobre esse lugar. – Ela se ajoelhou a minha frente e sorriu. — Nenhum de nós está aqui de verdade, apenas nossas consciências, eu uso esse lugar a anos, para reuniões importantes, ninguém pode nos atrapalhar. Agora venha, meus amigos precisam da sua ajuda, e os dois grupos precisam estar cientes do que está acontecendo.

— Cla... Claro.


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Notas finais do capítulo

:)



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