Generation of Feelings - interativa escrita por Princess Jujuba


Capítulo 6
Encontro


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente.
Sinceramente, eu acho que esse foi um dos maiores capítulos que já escrevi e (pelo menos por enquanto) o maior capítulo da GoF.
Espero que gostem.
(esse cap é novamente narrado pela Penny)



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Meu pai e minha irmã ainda não voltaram da fábrica (o que é um tanto preocupante, contando o modo da morte de minha mãe), então resolvo dar uma volta e esfriar a cabeça.

Sei que tudo isso pode ser uma pegadinha, mas... por que não tentar? Coloco o cartão de memória no capacete e percebo instantaneamente uma mudança em frente aos meus olhos, na viseira e algo diferente em minha mente, mas não sei identificar o que é.

Passeio pelas ruas, seguindo o fluxo. Dobro a esquina em uma rua mais movimentada, mas continuo seguindo a direção das centenas de pessoas na rua.

Então, um alvo começa a piscar em frente aos meus olhos, ele leva até uma garota baixinha que vem na direção contrária à minha. A palavra “Innocence” começa a piscar e entendo o recado. Me espremo entra a multidão e quando passo por ela, seguro com força seu pulso, logo depois começo a correr. Ela não protesta.

A puxo até uma casa de sucos próxima a “Praça do Desastre”. Paro de correr e entro, sem largar seu pulso. Só o solto quando encontro uma mesa e me coloco ali. Ela senta na cadeira em minha frente.

– Quem é você? – ela pergunta assim que nos acomodamos.

– Sou o Amor, mas pode me chamar de Penny. – tiro meu capacete.

– Espera, você também recebeu uma carta? – eu assinto com a cabeça. – Nesse caso, sou a Inocência, ou Alexandra se preferir – ela solta uma risadinha e tira o capacete.

Agora que posso ver seu rosto, posso dizer que deve ter cerca de 14 anos, sendo muito baixa para a idade. Não consigo dizer qual é a cor dos seus olhos. Eles mudam conforme a luz, ora verde, ora azul. Seus cabelos parecem ruivos, mas são puxados para um castanho.

No fim, me sinto um pouco mal por ela ser tão “colorida” e eu tão... branca.

Peço dois sucos, um de laranja e um de cereja, para mim e para Alexandra. Conversamos um pouco quando um garoto para ao lado de nossa mesa. É alto, e quando tira o capacete posso ver que tem a pele mulata, é moreno e seus olhos são escuros. Bonito.

– Alex! O que foi? – ele deve estar se referindo à Alexandra. Ele para ao meu lado e me levanta pelos ombros, olhando fundo nos meus olhos. – Quem é você? O que quer com Alex?

– E-eu...

– Logan! Solte-a! – Alexandra pede. Ele me solta e eu volto a sentar. – Está tudo bem!

– Você me ligou dizendo que não estava!

– Por que eu não sabia quem ela era! Agora sei... Espera... “Beauty”?

Olho para o garoto, a mesma palavra aparece em meu visor.

– Por acaso... você recebeu uma carta? – pergunto a ele.

– Recebi, como sabe? “Innocence”? “Love”? O que é isso?

– Você disse que recebeu a carta, não? – Alexandra fala. Ele parece ter mais paciência com ela... – Não lembra o que estava escrito? Sou a Inocência e Penny, o Amor. Pelo jeito você é a Beleza.

– É... combina comigo. – ele brinca.

– Bem, parece que já somos três... temos que encontrar os outros, agora. – digo. – Poderíamos dar uma volta pela cidade...

Eles concordam e saímos (depois de eu pagar, é claro).

Resolvemos ir até a praça e imagens passam por minha cabeça. Lembro-me daquele dia... Tento esquecê-lo e me concentrar, mas é complicado...

Começo a olhar em volta, a procura de alguém. Alexandra e Logan estão um pouco longe, para que pudéssemos procurar bem por ali.

Há muita coisa em minha cabeça. O incidente na praça, a carta, procurar algum Escolhido... A distração é tanta que acabo esbarrando em alguém.

– Ah, me desculpe! De verdade! – começo.

– Tudo bem, calma! Foi só um esbarrão. – a pessoa me responde. É um garoto.

Quando o olho uma palavra pisca no visor “Hope”.

– “Love”? O que é isto? – ele me pergunta. – Por que esta palavra está piscando ao seu lado?

– A carta... com o cartão de memória que recebeu... Bem, é isso que ele faz... – respondo. – Sou Penny.

– Sou Dean... como sabe da carta?

– Também recebi uma.

Levo Dean até Alexandra e Logan, os apresento e Dean se oferece para ajudar, mas o dia está terminando e não encontramos mais ninguém. É quando uma garotinha me cutuca na perna.

– Oh. Olá, pequenina. – me abaixo para ficar de sua altura. – Onde estão seus pais? Está perdida?

– CLAIRE! Já disse para não sair correndo assim! – uma garota vem em direção a menininha e a pega no colo. – Ah, me desculpem por Claire. Ela adora correr. – a garota nos diz.

–“Courage”. – Alexandra pronuncia.

– Vocês... vocês também receberam uma carta? Posso ver nomes de sentimentos... – a garota parece surpresa. – Sou Helena...

– Sou Penny – respondo. – e esses são Dean, Alexandra e Logan. – quando termino de falar, percebo uma garota próxima a nós.

– E eu sou Andrômeda – ela diz – “Justice”. Prazer em conhecê-los.

Sorrimos. Já fizemos um grande avanço! Me pergunto se acharemos mais alguém...

– Hey! E se formos todos pra minha casa? – Alexandra propõe – Podemos conversar melhor sobre tudo isso...

Concordamos.

Já estamos saindo do parque quando ouço meu nome. Me viro e vejo Candance, meu pai e mais dois homens que também trabalham na fábrica.

– Penny? O que está fazendo aqui essa hora? Quem são seus amigos? Onde está indo? – meu pai me enche de perguntas.

– É uma longa história... Você vai me achar uma louca, mas é real. E eu preciso ir com eles pra casa da Alexandra, porque nós realmente precisamos entender o que está acontecendo. Mas tá tudo bem. Eu vou ficar bem. Okay?

– Isso está mal explicado, Penny! É melhor me dizer logo o que está acontecendo ou...

– Amor. – um dos homens perto de meu pai diz. – Inocência. Coragem. Beleza. Justiça. Esperança. – ele vem em nossa direção. – Sou a União. Nathanael, muito prazer.

– Mas o que está acontecendo aqui? – meu pai se irrita.

Explicamos em parte a situação e ele, com desgosto, me permite ir. O garoto que diz se chamar Nathanael, trabalha na fábrica e é filho de um amigo de meu pai, por isso estava junto com ele.

Alexandra nos guia entre as ruas da cidade movimentada. Quando passamos por bares ou lojas de eletrodomésticos, o noticiário anuncia algo sobre a Guerra. É sempre assim...

– Parem! – Andrômeda pede. – Olhem! – ela aponta para uma garota deitada na grama de uma pequena praça olhando para o céu. Andrômeda sai do grupo e vai até lá. Não demora muito para que ela volte junto com a garota, que descobrimos se chamar Anny, a Alegria. Feitas as apresentações continuamos seguindo para a casa de Alexandra.

Foi tanta coincidência nos encontrarmos hoje. Onde será que estão os outros três?

A casa de Alexandra fica em um bairro muito nobre da cidade. E pelo jeito, é muito rica.

– Podem entrar. Sentem-se e fiquem à vontade. Vou fazer um chá. Temos muito o que conversar, não é?


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Notas finais do capítulo

Foi isso, gente.
Alguns personagens vão ser mostrados mais tarde então, pra quem quiser, ainda dá tempo de mandar ficha '3'
Por enquanto é isso.
Até mais o/