O mundo contra nós. escrita por Hippie Anônimo


Capítulo 4
Uma tarde de trabalho




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FHavia uma pequena fila de duas pessoas, estavam sem crianças, provavelmente iriam busca-las. Esperei alguns minutos. Olhei meu celular durante esse tempo e chequei a caixa de mensagem, havia uma mensagem da minha tia, selecionei e li "Ana, ta uma confusao em direçao a sua escola, ta tendo protesto em td q é canto, liguei pra lá falando q vc nao poderia ir e eles falaram que era ate melhor assim, entao trate de voltar correndo pra casa dps do trabalho e nao esquece de ir buscar a emmy, tenta me ligar, bjs". Fiquei muito feliz por ter um descanso depois de tanto estresse, mas precisava avisar que a Emmy estava comigo e que gastaria todo o dinheiro - ou até mais- mas eu não estava com cabeça, ela poderia esperar e não faria tanta diferença se eu ligasse depois. Olhei de novo pra fila depois de ler a mensagem, eu era a próxima, me aproximei da recepcionista e ela estava horrivel, fazia um sorriso super forçado e me disse:
–Boa tarde, estamos com poucos funcionários hoje, estamos pedindo a compreensão de todos e pedimos para busca-los antes das seis.
–Tudo bem, eu saio do trabalho cinco e meia. Quanto que fica?
–É dez reais a cada meia hora de segunta a quinta. As sexta, sabado e domingo é vinte e cinco reais.
–Caralho. -Disse baixinho, mas ela obviamente ouviu.- Ajuda ai cara, ta uma puta confusão, ela ta sem aula e eu tive que trazer ela no trabalho, e pra ajudar eu to atrasada! eu só to com quarenta... (Claro que era mentira, mas nem a pau vou falar que tenho mais na carteira)
–Amiga, eu não posso fazer muito... Vai dar o dobro disso.
–Olha, eu posso pagar quarenta agora. Eu trabalho na livraria do segundo andar, eu juro que pago o resto amanhã sem falta. Por favor, colabora comigo. -Dizia eu fazendo a melhor cara de cachorrinho que eu consegui.
–Tudo bem, vou abrir uma ecessão, mas é o seguinte, vou ter que ficar com algum documento seu e só poderei devolver amanhã quando você pagar o restante.
–Obrigada, você salvou meu dia!
–OK, assina aqui e preencha com seus dados.
A recepcionista me deu uma prancheta com um papel lotado de letras minúsculas, obviamente eu não li e só fui assinando e colocando os dados como telefone, CPF, nome completo e etc. Paguei a moça e dei para ela minha carteira de trabalho. Me ajoelhei para ficar na altura de Emmy, falei para ela não deixar nenhuma criança mexer no Jack e para ela tomar cuidado, mas também se divertir muito. Ela estava brava mas me deu um beijo na bochecha de despedida, agradeci novamente a recepcionista e fui andando.
Assim que virei a uma certa distancia, coloquei meus fones de ouvido e selecionei minha playlist no aleatório,fui apressando, subi dois lances de escada rolante e antes de chegar a livraria, guardei os fones de ouvido de novo. Fui até a mesa de Priscilla, mas ela não estava lá, então nem me preocupei e fui na sala dos funcionários guardar minha mochila e colocar meu chachá. Voltei para o balcão e magicamente Priscilla reapareceu na sua mesa.
–Emmy, vai agora arrumar o novo lote de livros infantis.
E foi isso que eu fiz. Em seguida, arrumei os materiais escolares. Não fui almoçar pois teria que ficar mais meia hora para recompensar o atraso e estava sem fome na hora. Ajudei duas ou três pessoas a acharem alguns livos e em seguida fui atualizar os preços de alguns CD's bregas que ninguém nunca compraria.
A loja estava muito mais vazia do que o normal, pude ir na Area de Games a vontade sem que ninguém sentisse minha falta, estava faltando 15 minutos para o fim do meu espediente e não tinha quase ninguém na loja, apenas duas pessoas na Lan-House e algumas vagando por ai. Subi novamente para a Area de Games para chamar Breno e Nicolas para conversar e enfim ir embora.
Breno era como se fosse um segundo gerente, mas cuidava da parte de cima da loja. Tinha 23 anos e era, sinceramente, o cara mais fantático que eu conhecia, ele trabalhava com o que eu queria trabalhar: games e tatuagem. Usava barba e tinah um cabelo muito bom, usava tambem oculos, era todo tatuado e se vestia muito bem.
– Olá de novo Ana! -Dizia Breno sentado num puff levantando a mão para eu bater. -Não meu deixe no vácuo.
Apressei o passo e comprimentei ele.
–Cadê o Nicolas? - Perguntei sentando no puff do lado.
–Ele foi mijar provavelmente... E ai? Nick me falou que você trouxe sua irmãzinha hoje.
–Sim, eu fui levar ela na escola hoje, mas não tinha aula e eu ja estava atrasada, a asolução foi trazer ela comigo no trabalho, mas ja deu tudo certo, ela ta lá na Brinquedoteca.
–Desde quando temos uma Brinquedoteca aqui no shopping?
–Pois é pensei a mesma coisa. -Disse rindo.
Nicolas saiu do banheiro dos funcionários.
–E ai Ana. - Disse Nicolas saindo do banheiro sem o uniforme e se sentando numa cadeira ao lado do puff que eu estava sentada.
–Cara, vocês viram como tava lotado hoje? Eu quase nem tive tempo para respirar. -Disse eu tentando puxar assunto.
–Com todo esse problema de zumbis e falta d'água, ninguem vai perder tempo indo em livrarias. -Respondeu Nicolas.
–Aham, zumbis, com certeza. -Disse Breno.
–Ah, me fala que você não acredita que ha uma grande possibilidade disso acontecer?
–Eu acredito que ha uma pequena possibilidade, mas não acredito que esta acontecendo agora, e relaxa, se acontecer, eu sou a pessoa mais preparada desse mundo para um apocalipse. -Respondeu Breno se achando o tal.
–E eu iria ser a primeira a morrer, não sei nem asobiar, imagina matar algum zumbi - Acressentei rindo.
–Hum, não vejo graça nisso... -Respondeu Nicolas cruzando os braços.
–Qual é Nicolas deixa disso.- Respondi cutucando ele. - Vamos indo, preciso ir buscar a Emmy e estou morrendo de fome.
Levantei do meu puff com a ajuda de Breno, Nicolas desceu as escadas a frente, chegando nos balcões, avistei a menina que entrava logo depois do meu turno, o nome dela era Amanda se não me engano, sempre nos comprimentavamos mas nunca conversamos. Acenei para ela e fui a sala dos funcionários pegar minhas coisas e tirar meu crachá. Arrumei meu cabelo refazendo o meu coque, meu cabelo estava um nojo. Havia esfriado bastante, então coloquei meu suéter azul de lã. Sai do banheiro, disse "tchau" a Priscila, ela falou para eu não me atrasar novamente e eu apenas concordei. Breno e Nicolas estavam do lado de fora da livraria me esperando.
–E agora, onde vamos?-Perguntou Nicolas.
–Eu estou morrendode fome, não almocei porque com certeza a Priscilla iria mandar eu repor no mínimo 30 minutos pelo atraso.
–Ok, vamos descendo então.
A praça de alimentação era no andar abaixo, descemos de escada rolante ,e antes de chegarmos no tal andar já vimos que, metade dos fast-foods estavam fechados. Fui andando sem comentar nada até o Subway -um dos poucos que estavam abertos- não havia ninguém na fila, e ao me aproximar, não vi ninguém para me atender. Olhei para Breno com uma cara de confusa e ele assumiu posse e começou a gritar "Hey, queremos pedir um sanduíche!" batendo a mão no balcão. Imediatamente, uma mulher saiu de dentro da cozinha pedindo desculpas e perguntando o que eu queria.
–Lamento muito a demora, estamos sem alguns funcionários hoje. -Respondeu. - Qual é o tamanho e tipo do pão?.
Montei meu sanduíche, era de frango com cheddar e pão três queijos. Peguei o tamanho pequeno e pedi uma coca-cola, paguei e ja enfiei tudo na boca. Dividi o resto com Breno e Nicolas. Comi aquilo tão rápido e ainda estava morrendo de fome.
Fomos descendo sem tocar no assunto dos fast-foods fechados, mas com certeza todo mundo ja tinha em mente a falta de água nisso tudo. Descemos mais um lance de escada rolante, e chegando no térreo ouviamos muito barulho vindo do Carrefuor, estava muito mais cheio do que antes e havia agora guardas do shopping controlando a entrada de pessoas, estava bem caótico.
–Gente, eu preciso mesmo saber o que esta acontecendo, vai lá buscar sua irmãzinha, eu já volto. - Falou Breno sem me dar chance para responder e indo para dentro do super mercado.
Eu e Nicolas nos encaramos.
–Okay... Vamos indo Nicolas. -Eu disse.


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