Orfanato Knothole escrita por Cyber Diogo SdS Terios
Shadow era simplesmente o mais misterioso de todos os jovens de Knothole, uma noite após a chegada das crianças no “abrigo”, Shadow resolveu sair para tentar encontrar comida e água, que estavam ficando escassas. Andou até o centro da cidade, estava lotado de Swatbots, por isso havia decidido ir sozinho, seria muito perigoso para os outros irem junto com ele, a última batalha seguida da longa viagem até o abrigo fez com que todos ficassem cansados e até doentes, todos, menos ele, o garoto era quase imortal, não podia adoecer, envelhecia de forma diferente dos outros, e poderia resistir aos ferimentos mais mortais, sabia o motivo, mas não gostava de relembrar, pois sempre a imagem daquela garota morrendo em suas mãos o atormentava, decidiu atacar os robôs, pois estavam levando consigo um grande carregamento de frutas, carnes e água, pulou em cima do primeiro, deu-lhe um chute nas costas, seguido de um soco na cabeça, que desmontou seu adversário, então Shadow pegou algumas peças do robô e começou a atirar elas em qualquer um que chegasse perto, quando terminou percebeu um movimento no outro lado da rua, atirou uma lata de lixo lá, e pode ouvir um “ai” seguido de um “cale a boca”, foi até o local de onde ouviu as vozes e viu dois conhecidos seus:
—Knuckles? Amy?
— Sim, somos nós.
— Porque estão aqui? Era para eu estar sozinho!
— Resolvemos vir aqui por que eu precisava falar com você, mas eu não podia vir sozinha, então pedi para o Knuckles me acompanhar- disse a menina de cabelos rosados.
— Mas o que é que vocês têm na cabeça? Vir aqui só para falar comigo!- O garoto se indignou, aquela havia sido a maior estupidez que já tinha ouvido naqueles seus longos anos de existência.
— Ei, tente se acalmar!- Aquela era a única frase que Knuckles conseguiu falar, estava com muito medo, sabia do que Shadow era capaz quando ficava furioso.
— Me acalmar o caramba! O que é que vocês querem afinal?
— Eu nada, é Amy que quer conversar com você!- Knuckles gritou como se fosse uma criancinha de 3 anos dedurando sua irmã menor.
—Então venha comigo, Rosy- Shadow disse e foi embora rumo a uma praça próxima dali. Amy engoliu em seco, quando Shadow a chamava daquela forma era porque estava prestes a matá-la de tanta raiva que sentia.
Chegando na praça, Shadow pegou Amy pelos braços e a pressionou contra o tronco de uma macieira, e finalmente fez a pergunta que já estava lhe perturbando:
— O que é que você quer de mim, Amy?
— Quero que me conte tudo – Ela falou como se fosse algo óbvio.
— Tudo o quê?
— Tudo sobre esse seu passado que tanto te atormenta.
Naquele instante Shadow entendeu tudo, e se arrependeu de ter falado demais naquele almoço.
Todos estavam comendo com vontade e alegria, menos Shadow, percebendo isso, Sonic perguntou:
— Ei, Shadow! Por que está tão triste? Teve pesadelos? Ou então viu algo que te assustou? Como um computador? — Todos perceberam o tom provocativo da perguntam em, afinal Shadow não era bom em informática e nem gostava de tecnologia, sempre fazia as coisas manualmente, porém resolveram ficar quietos, menos Sally que soltou uma risada abafada (era a única que apoiava aquelas “brincadeiras” de Sonic, afinal, ela quem havia feito o garoto ficar tão imaturo desde que chegou no orfanato) e Knuckles resolveu sair dali, temendo o pior, porém, pra a surpresa de todos, Shadow ignorou o tom de voz do seu “amigo” e respondeu calmamente:
— Pior que isso
— O que foi que te perturbou querido?—Amy tentou utilizar o “truque do ciúme” em outra tentativa frustrada de chamar a atenção do seu amado, porém Sonic nem sequer ouviu,estava do outro lado do orfanato conversando e rindo muito com Sally. Shadow percebeu qual era a verdadeira intenção da garota, e antes de se retirar cuspiu duas palavras:
— Meu passado.
Shadow grunhiu frustrado, conhecia a persistência da garota, sabia que ela não desistiria enquanto não tivesse o que queria, então resolveu contar tudo para ela. Porém foi interrompido por um barulho que os dois conheciam muito bem.
— Knuckles!– Shadow disse quase gritando, o garoto ruivo devia estar passando por maus momentos agora.
— O que foi? Você acha que– teve que fazer uma pausa para respirar e processar aquela ideia que lhe parecia absurda, mas continuou falando– aqueles robôs pegaram ele?– finalmente concluiu, com a voz e a expressão já tristes.
— Não tenho certeza absoluta, mas existe um modo de descobrirmos sozinhos, mas tome cuidado, aqui é mais perigoso que qualquer outro nesta Cidade! – Amy assentiu com a cabeça e seguiu seu companheiro a partir do momento em que ele começou a correr.
Não sabiam, mas estavam correndo para a morte certa...
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!