The Four Revolutions escrita por starqueen


Capítulo 7
Capítulo 7 - Elas me acharam.


Notas iniciais do capítulo

HEEEY PESSOAS :D

A melhor coisa que aconteceu nessa semana foi ver os memes do Enem, e Yellow Flicker Bird (A ESPERANÇA PARTE I VAI LACRAR) sem mais AHSUAHSUAS -q
Amazonas estão aqui nesse capítulo divando (ou não...), e teremos tretas AHUEAHUEA Para variar, claro... -q

~momento propaganda~ Pessoas, deem uma olhadinha na fic City of Darkness: Season I - The Secret of Phoenix: http://fanfiction.com.br/historia/403251/City_of_Darkness_Season_I_-_The_Secret_of_Phoenix



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Eu queria me matar.

O meu tornozelo estava doendo, mas eu ainda conseguia ficar de pé. Eu estava de pé naquela hora. O buraco era fundo, mas não o suficiente para acabar comigo.

Eu só estava observando tudo aquilo tentando conter a raiva que crescia dentro de mim.

— Então você sabe quem somos. — disse a mulher, dando um passo para frente e se destacando das demais ao seu redor.

Era meio escuro, mas eu conseguia ver claramente o que me cercava. Centenas de mulheres. Todas estavam vestindo roupas para guerra, sendo que em uma versão grega, como se fossem guerreiras. Até porque elas realmente eram. Você conseguia ver que elas eram de praticamente todas as partes do mundo, parecendo ter por volta dos seus dez até os trinta anos. Eu já tinha lido alguns mitos da mitologia grega sobre elas. Eram as amazonas.

Perfeito. As Amazonas me acharam — ou eu achei elas. Eu acho que já posso ganhar o título de maior azarada de todos os tempos.

— O que querem comigo? — perguntei secamente.

A principal delas deu mais outro passo. A sua pele era bem pálida, sendo que em um tom natural. No seu rosto, você conseguia ver algumas cicatrizes — que não caíam bem a ela —, marcas de espinhas e algumas sardas. Seus cabelos eram castanho escuros e caiam na altura dos ombros, com leves ondulações nas pontas. Ela parecia forte, do tipo em que daria medo em qualquer pessoa comum que olhasse para ela. As cicatrizes no rosto, a expressão dura, o cinto de facas e o arco em suas mãos não a faziam ser a pessoa mais inofensiva e simpática do mundo.

— Eu sou Victoria Mills, a líder atual das Amazonas.

— Victoria Mills. — disse o nome dela. — Você é a irmã mais velha do Sebastian.

Ela deu um sorrisinho para mim.

Sebastian já tinha me falado um pouco sobre a irmã mais velha dele. Ela era dois anos mais velha que eu e pelo o que ele me disse, sempre foi do tipo inteligente e independente demais. Victoria tinha fugido de casa aos catorze anos de idade, e pelo o que Sebastian me contou, ela nunca mais tinha voltado. Só ligava para ele em situações raras.

— Pensei que iria ser mais rápida para me reconhecer. — disse Victoria. — Como está o meu irmãozinho? Ele já assumiu o controle?

Ignorando o fato de que Gordon e Garrett estão criando um golpe para que o seu irmãozinho jamais suba no poder, sim, ele está ótimo, pensei.

— O que vocês querem comigo? — ignorei a pergunta dela.

— Primeiramente, nós não precisamos de você, dominadora de água. — começava a falar. — Nós só deixamos que você nos visse porque tem duas pessoas que querem falar com você. — deu uma pausa. — Kristen Rodriguez e John Watters.

Kristen Rodriguez e John Watters.

Poderiam parecer segundos para qualquer outra pessoa, mas para mim, aquele momento durou horas. Eu fiquei parada sem acreditar em nada. Eu fiquei tão presa no meu sofrimento e sobre Helena, Jeff e Aaron que esqueci completamente de Kristen. Ela matou o próprio irmão e nunca mais eu tinha ouvido falar dela. Eu não sei o que aconteceu com ela, mas as coisas estavam muito óbvias: ela tomou o mesmo rumo que eu tinha tomado. E isso é totalmente culpa minha.

John Watters era o nome inglês do último dominador de água, o qual ele recebeu esse nome após chegar a Inglaterra, e antes de se casar com Mary. Os Watters tinham o considerado como se fossem realmente do seu sangue, quando na verdade, só queriam um status maior por ter um dominador na família. Eu tive alguns sonhos com ele durante esse tempo, então, pensar que ele quer realmente falar comigo diretamente é mais assustador ainda. Ele foi o dominador de água anterior. Provavelmente vai me dar broncas infinitas de como eu devo ser uma vergonha para todos os outros dominadores de água.

Mas, John Watters, mesmo que não queira me ver em forma não-humana — provavelmente algum espírito, ou sei lá, vai que ele virou um vampiro —, era um homem. Amazonas não toleram homens, não importa o título deles no mundo.

— John Watters é um homem. — disse. — Vocês não podem aceita-lo, é contra as regras.

As outras amazonas se entreolhavam e cochichavam algumas coisas entre si. Victoria pareceu um pouco inconfortável com aquilo.

— Segundo a história, John Watters ajudou as amazonas no final do período colonial, se rendendo aos colonos e indo a Europa. — disse Victoria. Ela soava como se estivesse explicando isso as outras amazonas, e não a mim. — Os colonos ameaçaram de criar guerra contra nós caso ele não se juntasse a eles. John Watters nos salvou de um conflito, nós devemos algo a ele por mais que ele biologicamente seja sujo.

— Olhem só, Amazonas. — disse as outras. — Vocês têm uma líder que se ajoelha a dominadores de água. Tanto eu, quanto um homem sujo que era John Watters.

As Amazonas começaram a cochichar mais entre si. Eu forcei a minha audição. Eu tinha conseguindo gerar dúvidas entre elas, o que era exatamente o que eu queria. A maioria falava espanhol, mas poucas falavam inglês. Das que falavam inglês, algumas delas me xingavam muito, mas ao mesmo tempo xingavam Victoria, mostrando um ódio a nós duas. Poucas concordavam comigo e diziam que eu estava correta, por mais que fosse uma “vendida” que se mistura com homens sujos. Outras me xingavam porque adoravam a sua líder.

Eu tinha criado a discórdia.

— Sam Watters, creio que ainda não está claro para você que o seu título não significa nada para nós. — disse a líder. — Não queremos ter conflito ou aliança com você. Apenas estamos tendo uma conversa pacífica.

— Vocês me fizeram cair. — disse. — Isso é realmente muito pacífico.

— Eu não sei quem você acha que é, mas...

— Eu acho que sou a última dominadora de água dos últimos anos e a primeira híbrida de um dominador com um lobo. — eu disse de uma maneira meio estúpida.

Provavelmente, eu iria me odiar mais tarde por estar agindo tão estupidamente, como se eu fosse realmente superior a elas — todos sabemos que a pior coisa do mundo é ser um dominador —, mas era algo necessário. Eu não gostava das Amazonas. Tem alguma coisa nelas que não me fazia acreditar e confiar cegamente como eu deveria fazer. Elas nunca cultuam os dominadores e na maioria das vezes tem grandes rixas com eles. As Amazonas deveriam ser aliadas secretas dos The Owners. Não, os The Owners são liderados por um homem. Eu pensei que poderia ser Mary, mas ela deve ter morrido.

— Você é mais estúpida que eu pensava, Watters. — disse Victoria. Ela foi em direção de duas amazonas e disse algumas coisas entre elas. — Essas duas irão lhe levar até Kristen Rodríguez.

Eu não protestei. Eu queria saber sobre Kristen — e como eu estraguei a vida dela —, então deixei as duas amazonas me levarem. Na verdade, cada uma segurou um braço meu e praticamente me carregaram até onde Kristen deveria estar. De algum modo, aquela cena me trouxe uma sensação de nostalgia da primeira vez que eu e Matthew brigamos de verdade e ele acabou queimando o canto da minha mandíbula. Eu me lembro que no final da briga os soldados nos carregavam do mesmo jeito que as duas amazonas estavam me carregando.

Maldita nostalgia.

As amazonas abriam espaço para que eu e as outras duas amazonas passassem. Eu não sei quantos metros eu caí, mas era fundo o suficiente para elas terem praticamente um palácio aqui em baixo. Eu não sei o nome dos cristais, mas todos são em tons de verde e marrom claro. Era bonito. Parecia uma das sedes dos The Owners, sendo que em uma versão iluminada e menos assustadora.

As duas amazonas deram a curva e foram até um longo corredor, parando na terceira porta dele. A amazona mais alta que segurava o meu braço direito olhou para o meu rosto e em seguida disse:

— Entre.

As duas me soltaram. Eu abri a terceira porta.

A imagem que me apareceu foi uma grande sala de treinamentos. Tinha inúmeras armas. A maioria delas eram revolveres modificados, o que foi estranho de se imaginar um grupo de guerreiras com armaduras gregas usando armas atuais. Era a mesma coisa que um índio largar o seu arco do nada e começar a usar bombas nucleares.

Eu diria que a cada cem revólveres modificados, e outros tipos de armas atuais que eu não faço ideia do que sejam chamadas — pareciam híbridos de granadas com revolveres, sério —, deveriam ter dois arcos, três adagas e uma espada. É, essa foi triste para mim, que sou uma fã de espadas. Eu devo admitir o fato de que os revolveres modificados são fortes, mas se você souber usar uma espada ou um arco modificado direito pode ter exatamente o mesmo ataque, talvez até mais forte.

Tentei tirar a minha atenção das armas — era quase impossível — e tentei olhar para os outros pontos dessa sala de treinamentos. Em um canto meio escuro, tinha uma garota que usava uma espada treinando com um boneco de madeira. Dei alguns passos na direção dela, me aproximando e vendo melhor o seu rosto.

Ela tinha os cabelos pretos e curtos na altura dos ombros. Ela era extremamente magra, e não era tão alta, já que batia mais ou menos na altura do meu nariz. Sua pele meio morena parecia estar em um tom pálido, e a camisa de manga curta que vestia só mostrava mais as cicatrizes nos seus braços. Seus olhos castanhos tinham um olhar meio melancólico e pareciam estar fixos apenas no boneco de madeira.

Então eu percebi que aquela garota era a irmã mais nova do Jeff.

— Kristen?

Ela parou de treinar, e virou o seu olhar para mim.

— Então você realmente veio. — ela disse.

— Eu não vim aqui porque quis. — falei. — As Amazonas me fizeram alguma armadilha.

— Você como sempre é uma pessoa muito interessada nos assuntos que não tem a ver com si mesma. — comentou sarcasticamente.

Revirei os olhos.

— O que você quer comigo? — perguntei. — Se for sobre Jeff, eu...

— Não fale sobre ele. — ela me cortou secamente.

— Por que eu não devo falar dele? É porque você o matou? — tentei provoca-la.

Eu não sei o tipo de instinto que eu estava tendo enquanto estava entre as Amazonas. Talvez o meu instinto suicida e estúpido esteja ficando mais forte a cada segundo que passasse, e eu só esteja começando a perceber isso. Eu estava mexendo com as Amazonas. Eu poderia sair morta daqui se provocasse qualquer uma delas novamente.

Quando eu tive esse pensamento, tive que segurar um riso. Eu nunca morro. Você não se pode morrer quando já está realmente morto há anos.

Quando eu percebi, Kristen me lançava um olhar cheio de raiva e eu estava quase me lembrando da morte de todos os outros de novo.

Eu conseguia ouvir Hector rir da minha cara, me chamado de covarde pela a milésima vez.

— Eu te odeio! — disse Kristen irritada.

— Isso não é uma novidade. — disse sarcasticamente. — O que quer comigo?

Ela suspirou. Você conseguia até sentir a raiva dela.

— Eu quero que você me ensine dominação de água.

Eu quase ri da cara dela.

— Espere, eu? — segurei uma risada. — Pensei que me odiasse.

— Eu não tenho escolha. — disse Kristen. — Você é a única dominadora de água.

— Desculpa, garota, mas eu não irei ensinar dominação para você. — disse. — Aprenda sozinha, Kristen Rodriguez.

Após isso, o silêncio comandava o lugar. Eu me virei e fui andando em direção até a porta. Quando pus a mão na maçaneta da porta, eu pude ouvir Kristen dizer:

— Você está com medo, Sam Watters?

Eu me virei e foquei o meu olhar apenas em Kristen.

— Eu não tenho medo de nada, muito menos de você.

— Não de mim. — disse Kristen. — Da dominação.

— Cresça, garota. — falei. — Dominar um elemento é o melhor dom que qualquer um pode receber.

Dominar um elemento é a pior maldição que alguém pode receber.

— Então por que você não domina? — perguntou.

— Estratégia. Não deixar que os inimigos saibam como eu domino.

— Você está mentindo. — ela disse.

— Cresça. Você deve ter uns catorze anos, use o seu cérebro e para de agir como se isso fosse uma competição infantil. Isso não é sobre medo, é sobre poder e como não deixar o quanto você o possui. — falei. — Se eu fosse você, não deixaria que soubessem que você domina a água.

Então girei a maçaneta e saí dali.

Depois disso, eu pensei que as duas Amazonas iriam me explicar a história de um dominador morto querer falar comigo.

Mas não foi o que aconteceu.

Quando se está em uma guerra, você precisa saber que a qualquer hora coisas muito ruins podem acontecer. Nada é avisado antes, e as tragédias sempre acontecem no momento em que você baixa a guarda e nem suspeita. É impossível se acostumar com isso, mas foi exatamente o que aconteceu.

Eu ouvi um barulho de uma pequena explosão um pouco longe de mim. Fumaça. Gritos. As luzes se apagam. Gritos de guerra. Berros de dor. Sons de pessoas correndo. Eu estava no meio de um ataque do governo americano ou dos The Owners. Sinceramente, eu não dava a mínima para qual dos dois estava atacando, já que ambos são parecidos para o povo. Eu sou uma dominadora, eu preciso proteger as pessoas.

Eu preciso fazer algo urgentemente. Preciso parar com isso.

Eu desci as minhas mãos até a minha espada. Tiros. Sons de lâminas se colidindo. Gritos. Peguei a espada. Gemidos de dor. Cheiro de sangue se misturando com a poeira. Hector estava na minha frente sorrindo para mim, depois rindo da minha cara como se eu fosse uma grande vergonha.

Por que ele não vai embora?

— Sam. — eu ouvi o líder dos vampiros.

Eu olhei para direita — o que era inútil, já que tudo estava escuro — de onde o som vinha. As luzes se ascenderam de novo. Os passos que o líder dos vampiros dava em minha direção ecoavam na minha mente, juntamente com a risada debochada de Hector Kitter.

Seus cabelos estavam bem maiores, com uma franja bem bagunçada caindo na sua testa. Seus olhos eram brilhantes, praticamente uma mistura de tinta verde com sangue humano. Sua pele era pálida, o que não combinava muito bem com a barba dele. O corpo era tão magro que chegava a dar um pouco de agonia para mim. Os lábios dele formavam um sorriso torto e sarcástico, como se estivesse me provocando.

Eu estava na frente de Stephen Watters, o líder dos vampiros.

— Stephen. — disse secamente.

— O Governo Americano está batalhando com os The Owners lá fora. — comentou. — As Amazonas estão tentando pará-los, mas pelo o visto está sendo algo inútil, não? — as luzes começavam a piscar. — Eu vou te oferecer duas escolhas: venha comigo ou morra com eles.

Stephen estava me ajudando. Isso não fazia sentido. Tinha que ter alguma armadilha nessa história.

Eu pensei em atacar Stephen e sair de volta para o governo americano dizendo que eu não tentei me matar de verdade e que tudo aquilo tinha sido um plano. Não. Isso ia ser estúpido. Eles já toleraram muitos erros meus durante esse tempo, e eu tenho certeza que eles não se importam mais com o meu título de dominadora. Matthew e Travis pareciam ter preenchido o meu lugar melhor do que eu imaginava. Eu acho que se eu voltasse para eles, as coisas não iam ser boas. Eles não iriam me perdoar, porque eu não sou tão útil quanto era antes. Gordon tinha mentindo para mim. Matthew estava com Lara. Travis me odiava. Chris provavelmente deveria ter esquecido de mim. Scarlett também. Garrett só queria me usar para tomar o poder da Área 52. Blair só queria consertar os erros que cometeu durante dezessete anos.

Foi aí que percebi que não tinha para onde fugir.

— Eu vou com você, Stephen. — disse.


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Notas finais do capítulo

STEPHEN IS BACK ON THIS BAGAÇA o/ AGORA COMO LÍDER DOS VAMPIROS o/ Okay, vocês devem odiar o Stephen então vou parar de comentar O SAMBA DELE NAZINIMIGA [tsc tsc Sam tsc tsc]... -q

Kristen sendo Kristen... Ou Sam em uma versão morena, mais baixinha e burra -q ~ignorem isso

Anyway pessoas, acho que já podem imaginar o próximo capítulo rçrçrç DICA: SAM VAI SER LITERALMENTE SAMBADA rçrçrç Vai ter sangue e uma guerrinha de comida também pessoas e.e

Please, comentem o que acharam do capítulo e até o próximo o/



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