A colheita passa e dessa vez ambos nossos tributos tem 18 anos e os dois são da costura, nunca os havia visto antes. Já estamos no trem, e está quase na hora de acordas pois logo estaremos na capital. Me arrumo e vou para o vagão principal, lá já está Effie mas nada do meu pai e dos tributos.
Me sento no sofá ao lado dela e espero pelos outros. Logos a garota Kimberly aparece, um pouco depois dela veem papai e Cooper o garoto deste ano. Tomamos café e papai fala com ele, não dou muita importância nem os escuto a não ser quando Effie se dirige a mim. Logo chegamos a capital. Os tributos sorriem e acenam como papai os ensinou, as portas se abrem e eles são levados para a preparação. Logo eu saio do trem e varias pessoas gritam e tocam meus cabelos enquanto passo. Um homem vem falar com meu pai quando vejo a Enobaria e vou correndo na direção dela.
– Oie princesa- diz ela me abraçando- como você cresceu esse ano.
– Oie Eno, como está?
– Muito bem, e voc...- Brutus a interrompe.
– E eu não ganho abraço- diz fazendo uma carinha de chatiado...
– Claro Brutus- digo abraçando.
– Brutus? o que aconteceu com o Tio Brutus?
– Desculpa Tio Brutus!
Depos Effie vem me buscar e diz que temos que ir para o nosso andar e assim fazemos. Passo varias horas lá praticamente sozinha então papai chega de um jeito estressado que eu não via desde o dia que fiz a primeira entrevista no meu primeiro dia na capital.
– Tá tudo bem pai?
– Ah querida, não tinha visto você ai...
– O que aconteceu? por que demorou tanto?
– O pessoal daqui... bom estavam falando comigo, querem que você participe de um programa, dar uma entrevista e fazer algo que você goste como, cantar, por exemplo.
– Tá bem, mas porque eu?
– Todos acham você encantadora... Porque mais seria?
O dia passa e me sinto intediada por ficar esperando pelo desfile e ainda faltam três horas então decido ir ver a tia Mags... Pego o elevador, aperto o botão 4 e vou, chegando lá não consigo encontra-la. Vou para o segundo andar e lá está Enobaria que não me ouviu entrar. Aproveito e vou sorrateiramente até ela Brutus que está de frente para ela me ve e peço para ele ficar em silencio. Me preparo e pulo em cima dela que se assusta e da um grito. Caio rindo no sofá e Brutus me acompanha Eno faz beicinho e finge estar apavorada depois me ataca.
– É assim é? você vai ver- diz ela me fazendo cocegas- vou te pegar princesa vou te pegar...
Brutus me ajuda a escapar segurando Enobaria pela cintura e dizendo: Vai Lin corre eu cuido dela.- Todos começamos a rir.
– Olha, sorrateira, já é quase uma carreirista- diz Eno rindo.
– Vai ser uma das melhores, também como podia ser diferente, aprendendo com os bons.- diz Brutus convencido.
Brutus pede para um avox nos trazer suco. E nós vamos para a varanda e sentamos sentindo a brisa.
– Então princesa carreirista, o que vamos fazer nesse ano? Agora que sabe nadar melhor que o pessoal do quatro? Quer aulas de que?- pergunta Enobaria.
– Aé ta nadando tanto assim?- Diz Brutus curioso.
– Deveria ver ela é quase um peixinho. Então?
– Quero aprender a atirar facas. - digo surpreendendo a eles dois que ficam de olhos estalados.- Sabe aquelas pequenas e pretas que o garoto do distrito de vocês usou na edição 63. Só que quero arremeças melhor que ele.
– Sério? - perguntam eles juntos.
– É. Eu arremecei uma em casa mas não eram próprias...
– Querida, Haymitch não vai gostar que eu lhe ensine esse tipo de coisa. - diz ela com preocupação.
– Por que? É bom eu saber esse tipo de coisa.
– Pra que?- pergunta Brutus.
– Por que eu sou filha, mesmo que adotiva, de um vitorioso. Não sou idiota, sei que posso ir meu nome vai para colheita igual e sei que podem emplicar comigo eu pesquisei e alguns filhos de vitoriosos já participaram e nenhum venceu. Não quero fazer 12 anos e dizer "poxa e agora?".
Quando digo isso, ponho para fora tudo que tenho guardado para mim durante todos esses dias, papai nunca havia me contado de seus jogos mas tia cecelia me contou ano passado que papai fez algo que não devia e a familia dele foi assasinada. Então insisto.
– Por favor Eno?- Eles estão boquiabertos comigo, mas Enobaria concorda.
– Tá mas com uma condição. Não quero problemas com seu pai e os outros não podem ficar sabendo, isso fica entre nós três.
– Quer saber a princesa carreirista ta certa... Vou ajudar você. Tenho certeza que não se importaram se treinarmos no terraço ou no ginasio quando os tributos não estiverem lá.