A vida de Anne Phantomhive escrita por Stéfany755


Capítulo 3
Questão de Segurança Parte Dois


Notas iniciais do capítulo

Leia ali embaixo :P ¬



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OE GENT QUERIDA Q LÊ MINHA FIC ♥
Seguinte: Ali em cima eu nunca consigo escrever tudo que eu quero, pq na vdd o que eu quero não é uma mera notinha e.e Então eu resolvi começar a escrever oq eu quero aqui mesmo u-u Vai estar sempre em itálico, então se quiserem passar já sabem e-e
História: "Ah, ela disse que ia ter hentai, mas passou dois capítulos e nada". Bom: EU-ME-PUXEI-NO-HENTAI. Pq Anne nunca tinha feito nada como isso (Até pq ela tem 10 anos, por favor :v), mas não seria um estupro (tecnicamente sim), é q eu sou mais a favor de algo feito com amor sempre, mas não é isso que o Sebastian quer, então eu tentei amenizar a minha criatividade romântica ao máximo e.e
"Ah, mas o modo como começou o hentai não foi nada haver!" Criança: A fic é minha e eu faço oq eu quiser 'u' Mentira, tem um fundo de verdade no q aconteceu, mas vai aparecer só lá na frente e.e "Ah, mas cada capítulo é muito grande, não tem como diminuir?" Desculpa, mas não '-' Eu tenho muita criatividade, vão ter pelo menos mais 6 ou 7 capítulos pra frente, e até eu terminar um capítulo já se leu o outro :v E aos que continuam lendo mesmo com essa exaustão de palavras e detalhes demais: Obrigado ^^
Sobre o presente ou algo assim que eu prometi: Não consegui fazer ainda ;-; É um negócio meio bugado, e daí eu acabei bugando ele mais ainda sem querer, então ou eu desbugo ou eu faço outro .-. (acho melhor fazer os 2 :v )
E não fiquem achando que eu esqueço de fazer a fic, ta bom às vezes sim e.e Mas quando eu acho inspiração eu faço até conseguir terminar, e eu entro de vez em quando, tanto para ver como anda as coisas quanto para ver se alguém mais leu (imagina quando eu vi 300 visitas, saí saltitando :v)

–Yes, my lady.
Neste exato momento eu senti que não devia ter dado-lhe a liberdade que tanto adiei e pestanejei a entregar, vi que as coisas mudariam dali em diante, por culpa minha tudo que eu suspeitava saber estava erroneamente enganado. Apenas uma coisa eu sabia:
–Huh, isso me envolve, não é mesmo?
–Sim. Sinto muito Hime-chan, eu avisei.
Sebastian é o mordomo mais desprezível e perigoso do mundo.
No momento em que ele se levantou e me deitou na cama eu apenas soube que deveria ser forte. As luzes se apagaram, as janelas e portas se fecharam, apenas à luz de uma vela na cômoda ao lado da cama. Eu senti meu coração se acelerar de nervosismo, não havia idéia do que aconteceria, e a sua descrição de “Pura” não me lembrava nada que pudesse ter-me passado despercebido. Poderia ele tentar me matar para provar alguma coisa, provar de meu sangue ou algum culto profano que eu desconhecia?
Não saber o que fazer depois de uma catástrofe é uma das piores sensações do mundo, no meu ponto de vista.
Ele retirou seu blazer, os sapatos, e a camiseta. Seu rosto mostrava incerteza, mesmo que quisesse aparentar calma, sua voz ofegava como se correra uma maratona, mas ainda sim mantinha seu grave baixo.
–Hime-chan, lamento de verdade. Fique deitada de bruços.
Assim que me virei no colchão ouvi minha camisola rasgar nas costas, e algo quente e úmido deslizar sobre elas. No mesmo instante eu estremeci. Senti meu rosto ruborizar, meu corpo tremer, e meu coração pulsar mais rápido. Por impulso eu debati meus braços, entretanto Sebastian os agarrou por trás rapidamente, e os segurou suavemente, seguido de um beijo num dos pulsos perfurados pelos pregos daquela noite.
–H-Hu...
Aquilo que era úmido e quente foi percorrendo calmamente pela minha coluna, e então chegando ao meu pescoço, foi assim que eu vi que era sua língua. Percorrendo seus lábios frios pelo meu pescoço eu senti um arrepio se apossar de mim, seguido uma sensação estranha que eu nunca havia sentido antes.
–... ah...
Ao parar seu caminho por meus ombros eu senti suas mãos macias percorrerem minha cintura fina e pouco curva, chegando as minhas coxas. Ele estava por cima de mim, senti sua respiração pesada em meu pescoço e sua voz cálida subindo aos meus ouvidos.
–Hime-chan, por favor, seja forte.
*Flop*
–AAH
*Flop, flop, flop*
–A-AH! HA - AH!
Algo havia entrado pela minha intimidade, e se movimentava lentamente ali dentro. Não parecia ser muito grande, mas eu nunca havia sentido nada igual.
–Ah... Ah!... ah...
Eu não conseguira raciocinar corretamente. “Que sensação é essa?”. Não podia deixar-me levar, mas não conseguia me soltar, precisava sair disso, porém não me libertara. Eu intuitivamente não podia, ainda sim, naquele momento eu sentia que queria. Esse tipo de luxúria é derradeiro, dominara meu corpo de tal forma que a única coisa que eu pensara era em mais e mais. Eu soltava gemidos baixos e corriqueiros, e uma respiração forte e baixa. Aquilo me levava ao ápice do desejo, e ia se movimentando por todos os lados. Consegui sair deste devaneio por segundos por conta da voz de Sebastian, que eu não havia mais ouvido.
–Hime-chan... Vou colocar outro dedo...
*Flop*
–A-AH! Huh... Huh!...
Dedos? Ele colocara seus dedos em mim?
Isso não era viável naquele momento.
*Flop, flop*
Eram movimentos lentos, descontraídos, e enlouquecedores. Sentia que iria explodir. Eu estava tão perdida em meus pensamentos que após alguns segundos percebi que não havia mais nada suposto em mim. Até Sebastian começar a retirar suas calças e sobrepor-se a mim. Quando o vi totalmente nu foi como se as velas iluminassem sua pele esbranquiçada, e ao notar o tamanho do seu dote pude dar-me conta que as coisas ficariam abruptamente perigosas.
Foi quando minha visão se escureceu por completo em suas mãos quentes eu senti certo cinismo em sua voz ao sussurrar-me tais palavras.
–Hime-chan, por favor, relaxe seus quadris. Isso vai doer... Muito.
Ainda que ele tivesse dito algo gentil ou intimidador eu não conseguia escutá-lo, ao escuro eu apenas fechei os olhos, me entreguei totalmente à sensação do qual ainda não conseguira distinguir o que seria e respondi a sua altura de sínico.
–Faça-o... Já aguentei coisas maiores.
Pude captar pela sua respiração ao meu pescoço que aquelas palavras o afetaram por fração de segundos, até ele voltar ao seu normal. Assim o feito, ele passou sua mão livre por minha bunda calmamente e adentrou em minha intimidade com rapidez.
–AA-AAH! AH-
Por alguns minutos ele ia para trás e para frente lentamente, e eu podia ouvi-lo suspirar a cada vez em meu ouvido, após isso ele o mordeu.
–Ah... Ha...
Depois, ao aumentar a velocidade moderadamente eu senti seus dedos em minha boca. Meu corpo naquela hora era um vulcão tremulando de fervura, e, finalmente, acabou entrando em erupção. Algo escorrera por minhas pernas, mas minha atenção estava voltada aos movimentos intensos de Sebastian ao meu corpo. Minhas mãos apertavam as colchas com força, meu coração estava aos pulos, a cama balançava e rangia a medida que ele se mexia, meu ouvidos estavam imersos nos suspiros baixos de Sebastian, meu corpo apenas respondia aos seus toques, e na minha cabeça repetia-se a mesma palavra, várias e várias vezes.
–Ah... Ma... Mais... Mais...
Atendendo ao meu pedido incoerente ele virou-me em sua direção, sentou-me em seu colo, pôs suas mãos envoltas em minha cintura e empurrava-me contra ele. Foi ficando mais veloz e forte cada vez que me adentrava, eu respirava tão rápido que já não tinha noção de espaço pela tontura, só depois de instantes que percebi os altos gemidos saídos de minha boca, e, por fim, chegou ao ponto mais fundo de meu íntimo e me apertou ao máximo contra ele.
–AA-HAA AAAH!!
–HUH
Eu o ouvi gemer também, uma última vez. Assim, eu caí sobre a cama, exausta, mas, completamente... Satisfeita? Eu me sentia realmente cansada e suja, pois havia algo quente escorrendo dentre minhas pernas, porém estava bem, fisicamente falando. Apenas me lembro do rosto entorpecido de Sebastian, antes de dormir devido àquilo.
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*Tchrrrrr*
–Hime-chan, acorde. São cinco horas.
Eu nem bem havia levantado as pálpebras dos olhos e vi que o céu continuava azul escuro. Realmente eu odeio acordar cedo, minha voz fica arrastada e esganiçada, ainda que eu tente manter o porte.
–... O que diabos você pretende me acordando de noite seu insolente?
–Precisamos nos apressar, hoje faremos escolta para a Rainha da França, Maria Antonieta. Está em plena forma?
–Como diabos você quer que eu esteja em plena forma com você me acordando tão cedo?! Traga meu corset e meu vestido.
–Imediatamente Hime-chan.
Entretanto, assim que sentei na cama meu olho, minha cabeça e meu corpo doíam.
–Tchi! Minha cabeça...
–Está tudo bem Hime-chan?
–Pareço bem por acaso? Traga-me o café também.
Ele saiu sem mais nada a dizer. Quando o ouvi descer as escadas tentei recordar o que acontecera a noite, mas a dor me retalhava.
“Tchi! Que dor!... O quê será que aconteceu comigo...?”
Eu deitei de bruços na ponta da cama, tentando amenizar o dor, foi quando notei uma vela já gasta em cima de minha cômoda. A vi, e no mesmo segundo lembrei o que ocorrera. Gemidos, fervura, tontura, toques... Com isso eu paralisei de perplexidade. O que aconteceu foi inexplicável para meus padrões.
“Eu não sei o que houve, mas de certa forma foi bom, não?... Espera... QUE PENSAMENTO IDIOTA FOI ESSE? ESTÚPIDA, VAI SE DEIXAR LEVAR PELO DEMÔNIO?”
Minha falta de decência foi extremamente repulsiva para pessoas da alta sociedade, então decidi não repetir esse ato injurio nunca mais na vida. Eu já havia me decidido e estava em estado normal quando Sebastian voltou com chá de Aloe Vera e scones de morango numa mão e meu vestido preto com babados vermelhos na outra.
–Já está se sentindo melhor Hime-chan?
Eu me sentei na beira da cama.
–Você demorou tanto que eu acabei me recuperando um pouco sozinha.
Ele colocou a bandeja sobre mim e foi preparar meu traje. Depois de tomar um pouco do chá sempre estupendo do senhor mestre-cuca eu recordei de meu estado deplorável ao dormir, e ao rosto assustado de Sebastian que pude ver antes de apagar.
–Sua angústia de ontem estava perturbando. Conseguiu esclarecer finalmente o que queria afinal?
–Perfeitamente Hime-chan. Descobri exatamente o que eu queria.
–Ótimo, agora me vista.
Levantei e fui até a penteadeira mancando. Essa dor eu não podia esconder.
–Hime-chan, quer descansar mais um momento?
–Até parece, meu título não vai ser revogado por causa de algo assim. A Rainha é rigorosa quanto a exigências e comandos. Mexa-se bastardo, não podemos nos atrasar!
Permaneci em pé ao lado da penteadeira com um dos pés mais frouxo ao chão e levantei minhas mãos, me segurando para não tremer. Sebastian veio ao meu encontro, tirou minha camisola e parou por momentos para me observar.
–O que você quer agora? Já não conseguiu o que precisava ontem?!
Ele permaneceu neutro e parado como uma estátua, após pegou o corset.
–Apenas estava me certificando do descoberto. Está tudo bem.
Mey Rin normalmente teria me machucado em todas as etapas para colocar as roupas, mas ele passou e puxou o corset suavemente, meu vestido de seda foi posto como uma luva, ele agachou-se e pegou meus pés delicadamente, colocando as meias de lã prendadas e minhas sapatilhas de rubis calmamente. Ao me sentar na penteadeira ele segurava uma mecha de meus cabelos com firmeza e passava a escova como se acariciasse meus cabelos. Por último, ele passou a mão pelo meu rosto com o tapa-olho. Estava tudo pronto, eu já sabia como formar a segurança da Rainha, descemos as escadas, mas, quando Sebastian abriu a porta um vulto passou pelo vão recém aberto e me atacou.
–ANNIIIIIIIE!!
Era Lizzy, às cinco e meia da manhã, me sufocando em seu abraço. Acho que me esqueci de mencionar, mas Lizzy não pôde comparecer ao meu aniversário aquela noite, pois sua família fora viajar a negócios. Era a primeira vez em meses que eu via ela. Ela sempre me chama assim.
–Anniiie! Que saudade que eu estava de você! Desde antes dos enterros que eu não te vejo!
Ah, houvera enterros para todos que morreram aquele dia, mesmo sem encontrarem os corpos. Charlie foi o único em que fui ao enterro, mas não cheguei muito perto dos parentes e do túmulo, acompanhei de longe. Depois disso a família McCunn voltou para a Irlanda e nunca mais deu notícias.
–Acalme-se Elizabeth. O que você faz aqui a essa hora da manhã?
–Como assim Elizabeth?! Você sempre me chamou de Lizzy! Eu vim te ver, por que senti sua falta!
–Hime-chan, sinto lhe dizer, mas precisamos ir.
Eu não queria ser má com a minha melhor amiga, mas não podia ser a boazinha que antes vivia. Ela morreu junto com os antepassados dos Phantomhive.
–Lizzy, não posso falar com você agora, estou ocupada. Por favor, em outra hora. – Eu saí dos braços dela e segui.
–M-Mas... Annii... *Snif*
Eu ouvi seu apelo dengoso e seu fungar, ela ia começar a chorar. Percebendo isso eu voltei e coloquei minhas mãos em seus ombros, Sebastian parecia estar curioso sobre o que eu iria fazer para acalmá-la.
–Escute-me, eu estou fazendo algo muito perigoso agora. Como aquela vez que brincamos de espiões, lembra?
–L-Lembro, quase fomos parar na polícia.
–Exato, só que isso é mais perigoso.
–Isso não é justo! Então me deixa ir junto! Dois espiões são melhores que um!
–Ah - ...Ta, você vai.
Ela sorriu, sempre radiante - Sério? Posso mesmo?!
–Sim, você vai e vai ficar tudo bem.
–Hime-chan, eu não acho que-
–Calado Sebastian, ela vai.
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Dez horas. Às quatro horas anteriores foram muito exaustivas. Como guarda-costas pessoal tive que ir até a fronteira para buscá-la. Nem a Rainha nem o guardinha nojento dela gostaram de ver a Lizzy conosco, até mesmo Maria Antonieta não gostou da ideia e houve uma zorra. Ela era muito mais nova que eu imaginara, usava um vestido bordô tão claro quanto o céu e uma peruca branca alta e vistosa. Mas no final estava tudo bem, naquele momento. A guarda foi divida entre todos os mordomos: Finnian estaria encarregado de zelar pelo bem estar dela na Assembleia Real e no campeonato como guarda costas, Mey Rin a cuidaria por cima dos prédios com uma arma enquanto a rainha desfilasse, Bardo era o cocheiro da carruagem, Sebastian e Lizzy vigiar-na-iam ao longe, durante a viagem, e eu comandaria tudo isso de um ponto distinto. Havíamos chegado à Londres e todos já estavam em seus postos.
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Fazia-se duas horas que estávamos andando de carruagem. As ruas de Londres eram muito diferentes do que eu esperava: as principais até que eram elegantes em seu meio fio, com calçadas ladrilhadas em pedras maciças, cabines telefônicas em um vermelho alegre e o módulo gótico em suas catedrais e pontos turísticos, mas o resto é uma nojeira! Esgotos e dejetos humanos expostos ao público, casebres rústicos e minúsculos em conjuntos, fumaça nauseante e indústrias por todos os lados, um mini-inferno!
–Droga de peruca que pende no meu olho. Cocheiro pare a carruagem imediatamente, estou com tontura. Não aguento mais esse cheiro!
Ele parou perto de um beco, escuro, mas não tão desagradável quão à paisagem que se seguia. Eu desci com sua ajuda e comecei a conversar para esquecer aquele intrépido lugar - Então... Você é o mordomo daquela menina?
–Hum?
–Sabe, aquela de cabelos longos e roxos, pele clarinha, uma expressão de morto... Ah, usa um tapa-olho preto!
–Ah, a Hime-chan.
–Essa mesma! Como você se deixa ser mandado por uma criança de onze anos? Que absurdo!
–Ela tem dez anos senhorita.
–Pior ainda! E o que vocês fazem? Brincam de bonecas hahahaha?
Ele pareceu meio confuso, mais ainda sim continuava um homem charmoso.
–O que foi? Vai dizer que brincam mesmo?
–Não não. Eu sou o excelentíssimo cozinheiro da casa Phantomhive!... Só estava pensando... – Ele colocou a mão sobre o queixo sensualmente pensativo - Será que ela já brincou alguma vez de boneca na vida?
Quando vi aquela menina e seus empregados à primeira vez pensei que era algum tipo de sobrinha da rainha, mas assim que ela me contou que seria minha guarda-costas eu JUREI que era uma piada. Rolei no chão de tanta risada, mas ela se manteve fria e sensata sobre o assunto, como se não temesse nada.
–Acho que por isso ela é tão estranha. Talvez-
Mas antes que eu pudesse falar alguma coisa caiu no chão e se espatifou ao longe.
–O que foi isso?!
–Deve ser o vento, ou algum rato por aí.
–R-Ratos?! Ratos não!! Eu vou entrar, fique de vigia enquanto eu descanso, não quero que nenhum deles venha atrás de mim!!
–Sim senhora.
Mas o barulho não parou, e foi ficando mais forte.
–Agora eu tenho certeza de que não é um rato! V-Vá dar uma olhada! E rápido que eu estou com fome!
Ele foi enquanto eu me sentada dentro da carruagem, e eu esperei, esperei e esperei, mas ele não voltou. Eu estava começando a me sentir sozinha, até outra coisa cair e se espatifar, dessa vez mais perto.
–O-Olá? Você apareça e devolva meu cocheiro! N-Não estou brincando! Vai se meter com o poder de uma rainha?!
Eu saí da carruagem ressabiada, pé por pé caminhei ao escuro para ver se era algum rato ou ele mesmo me pregando uma peça, mas não era.
–Olá rainha, dá-nos o prazer dessa dança?!
Eram cinco raptores, desarmados, mas amedrontadores. Eu não conseguia ver nada no escuro, mas eu senti um deles agarrar meus pulsos, e por reflexo eu impulsionei meu cotovelo para trás, ele me soltou, o ouvia berrar de dor, e senti algo molhado na ponta do cotovelo – AAAAAAAAAH, MEU OLHO! - Mesmo assim eu não consegui escapar. Cada um deles pegou uma de minhas pernas e braços, me expondo logo depois a um cheiro forte e horrível. Eu não vi ou senti mais nada depois.
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*Longe de lá*
–Onde está a carruagem Mey Rin?
–Bardo parou no meio da estrada para a rainha recuperar o fôlego!
–Assim ela chegará salva ao campeonato, está indo tudo bem.
Os óculos de Mey Rin caíram pelo seu rosto novamente, a fazendo distrair-se, cambalear e quase cair do número “6” do Big Bang. Por sorte Sebastian está sempre preparado para essas coisas e a agarrou pela cintura antes de cair.
–Tenha mais cuidado da próxima vez.
–S-Sim senhor!
Lá embaixo da grande torre do relógio permaneciam duas pessoas encapuzadas, apenas prestando atenção aos dois.
*Em outro lugar*
Havia vozes entre a plateia e os outros nobres sobre a demora da rainha.
–Quanto tempo mais teremos que esperar para começar o evento?
–Realmente, os franceses são muito desorganizados.
–Se não fosse assim já estava tudo pronto desde semana passada.
–Oh, sério? O campeonato deveria ter sido semana passada?
–Ouvi dizer que essa rainha tem quatorze anos...
–E que não sabe nem governar o próprio país.
–Acho que não deveriam tê-la convidado, olhe só a demora.
Finnian estava com seu palito meio surrado, no meio das pessoas. De repente começou a se sentir preocupado com tudo que estava acontecendo.
“Hime-chan... Tomara que esteja tudo indo bem...”
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*Tap* Ei! Acorda logo! *Tap*
Recuperados os sentidos vi que estava sentada nos joelhos, com os pés e as mãos amarradas para trás, no meio de um casebresinho, tinha paredes em gesso branco e um piso branco comum, com alguns trinques e partes faltando, apenas uma janela, que mostrava que estávamos dentro de uma floresta ou algo parecido (Os ingleses são tão desleixados...). Havia um homem escorado na porta fechada, outro sentado em um banquinho num dos cantos da sala, aquele de tapa-olho ao meu lado, um andando de um lado para outro, angustiado, e pelo que pude ouvir outro vigiando em cima do telhado, com passos pesados e descuidados. Um nó subiu na minha garganta e o medo percorreu minha espinha. Eles eram raptores, mas não pareciam ser malvados... Ou pelo menos o que andava de um lado para o outro, eu estava ficando tonta só de olhar para ele.
–O-O que aconteceu? Onde eu estou...?
*Tap*- Cale a boca!
O homem andando estava muito amedrontado, tremia e mantinha os olhos arregalados - Eu sabia que não devíamos tê-la raptado! Vamos devolver e fingir que isso nunca aconteceu!
O olhar de fúria do tapa-olhado ao meu lado se fixou diretamente nos olhos do assustado - Você vai desistir agora? Achei que você era melhor que isso. Realmente, não tem pulso nem coragem nenhuma. Se quiser fugir saia daqui, só não esqueça que ele vai te caçar e te matar sem piedade.
–C-Com licença, mas o que-
*Tap*- Já mandei ficar quieta!! Ninguém te deu permissão para falar!
Aqueles tapas doíam, e não eram obrigação, com certeza era vingança. O homem levantou-se do banquinho, veio na minha direção, eu estava apavorada, então se ajoelhou, pegou meu queixo com força e deu um sorriso horrendo.
–Nós podíamos nos divertir com vossa alteza aqui, não concordam?
–N-Não, por favor! Eu-
*TAP* - EU JÁ NÃO MANDEI VOCÊ FICAR QUIETA VAGABUNDINHA?
Perto da porta aquele homem mais jovem parecia tranquilo, até mesmo ao falar. Ele saiu da porta e se segurou com uma mão na mesa – Não encoste nela, o que acha que vão nos pagar se a virem deplorável? Além do mais podem até vir atrás de nós.
Ele soltou meu queixo com força e bufou ao levantar – Tudo bem, mas só por mais algum tempo, senão ela vai ver o quão pode sentir dor.
Nesse momento eu me lembrei de que havia uma faca de prata, daquelas de talheres comum, escondida na parte de trás do meu vestido, presa num elástico na borda do babado (Ideia de meu conselheiro). Eu conseguia tirar com facilidade sem que ninguém visse, mas se caísse longe de minhas pernas as coisas ficariam sérias. Então eu pensei, pensei e pensei, mas mesmo assim nada me veio a mente.
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*Campeonato*
Finnian começara a se angustiar quanto a demora da rainha, já havia se passado uma hora e nada. O campeonato seria realizado numas das fazendas do Visconde Druit, que possuía um campo extensivo e plano o suficiente. Sebastian foi ao encontro de Finny no estábulo, onde ele alimentava um potro enquanto o acariciava.
–Hai hai meninão, coma bastante para se tornar bem forte. Ah! Sebastian-san!
–Venha logo que o campeonato já começou.
–Êh? Mas onde está a rainha?
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Passaram-se duas horas, e a minha cabeça estava fraca para ideias... Cara, como eu sou burra...
–Ei, podem me traz-
*Tap* - Mais uma e você vai perder os dentes!
–... Á-Água...
O homem nervoso saiu, e logo voltou com um copo d’água. Ele até se ajoelhou para dar na minha boca, eu senti que na garganta se passava apenas ar, já estava ressecando por dentro, como um peixe fora de um rio, mas quando eu coloquei o copo nos lábios o tapa-olhado empurrou o copo na minha direção, que quebrou em cacos, cortando minha boca... E quebrando meus dentes. Apenas algumas gotas passaram entre meus lábios.
*TAP* - Porque diabos você se deu ao favor de ir buscar água?!
Eu estava tão desesperada por líquido que levantei a cabeça, fazendo escorrer o sangue para minha boca, e algum caco deve ter caído junto, pois eu comecei a me engasgar.
*RÃÃ-ÃÃ-ÃÃ!*
Nem mesmo o mais calmo, que havia me protegido do abusador, me socorreu. Meus olhos saltaram, eu não sentia ar entrando pelos pulmões. O caco havia bloqueado a entrada. Vendo que ninguém ia me ajudar eu não sabia o que fazer. Até lembrar que havia duas opções: Quebrar o caco em pedaços menores ou vomitá-lo de volta. Meu coração já estava se acelerando por não receber oxigênio, baba escorria pela minha boca, e eu comecei a bater a cabeça no chão.
*RÃÃÃÃ-Ã*
*C-C-C*
Não, não consegui vomitar de volta. Levantei e fui pulando até a parede, ninguém me impediu. Coloquei o queixo para trás o máximo que pude e bati várias e várias vezes a garganta. Estava cortando, tanto o caco quanto a traqueia, quando senti isso comecei a bater mais forte, e ele logo se rachou.
*RÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃ*
*COF COF COF*
Encostei a cabeça na parede e deslizei até o chão, sentindo sangue escorrer pelos lábios e pelas paredes da garganta. Mas ainda não tinha terminado: Era tanto sangue que eu acabei vomitando os cacos de volta. Não era assim que eu queria, mas consegui tirar a faca sem que ninguém visse. Um sorriso de felicidade apareceu.
– - - - - - - - - - - - - - - - - - - ‘ – ‘ – ‘ – ‘ – ‘ – ‘ – ‘ – ‘ – ‘ - - - - - - - - - - - - - - - - -
Mais duas horas se passaram, e eu estava começando a ficar com fome. Pelo jeito não só eu, como os outros quatro também. Na primeira hora não era tão grande, porque todo o sangue dos meus lábios e das minhas entranhas estava me saciando, de alguma forma esquisita, mas estava aumentando. Eu pensava nas lesmas carameladas e numa salada bem verde e suculenta, com folhas recém-colhidas e lavadas. Nesse momento comecei a salivar e meu estômago roncou tão alto que todos puderam ouvir. O tapa-olhado aparentava estar mais calmo, mas não menos severo, olhou pro calmo.
–Que horas são?
–Cinco da tarde.
–Não aguento mais esperar de barriga vazia! EI!
Ele olhou para o mais medroso. – O-O que foi?
–Vamos atrás de comida, fique de olho nela!
Os três saíram pela porta, e o mais medroso estava apenas me observando. Ele não parecia mal, muito pelo contrário. Era um homem não muito gordo, alto, jovem e mesmo que não aparentemente, simpático, eu vi isso no olhar dele. Eu hesitei por um tempo em falar com ele, mas minha fraqueza pela fome estava me vencendo.
–... Nê... Você pode me trazer mais água...?
Ele olhou pela janela calmamente, depois se voltou para mim -... Tem certeza de que precisa só de água? Você está tremendo criança.
–... V-Você me daria algo pra comer...?
–Agora sim. – Ele olhou para trás, vendo se ninguém voltava e tirou algo do bolso – É pasta de fígado de bode, eu sei que os franceses não devem gostar muito... Mas é a única coisa que tenho comigo.
–... Porque o senhor leva pasta nos bolsos?
–Bom... – Ele acariciou meus cabelos suavemente, e sorriu – Eu tenho dois pequenos, mais novos que a senhorita, e essa é a única coisa que eu tenho para dar de comer. Agora abra a boca, se eu te desamarrar eles vão acabar notando.
–... Muito obrigado, eu vou te recompensar.
–Não precisa, apenas não posso te ajudar se eles tentarem te machucar, pois se virem que estou contra eles vão fazer algo com meus filhos. Por falar nisso você não possui um sotaque. Bom, abra a boca.
Assim que abri a boca e a pasta começou a sair os três voltaram, e ao ver a cena tapa-olhado ficou com o rosto avermelhado de raiva, e nenhum deles o segurou.
–SEU FILHO DA PUTA! O QUE ACHA QUE ESTÁ FAZENDO?!
O homem em cima do teto desceu, e quando viu a cena tentou segurá-lo, mas ele estava tão descontrolado que começou a bater nos dois, foi então que eu ouvi minha corda rasgar finalmente e o badalar das seis horas do relógio da minha mansão.
–Oe...
Eles não pararam, mas diminuíram a ferocidade.
–Eu não gosto muito do meu nome...
Eu soltei as mãos, e quando as viram pararam na hora, tapa-olhado ficou mais furioso ainda – O QUE VOCÊ FAZ SOLTA? EU VOU BATER EM VOCÊ ATÉ ESQUECER QUEM É!
–Por que Antonieta me lembra “Antônio”...
O homem nervoso me olhou perplexo, mas eu não prestei atenção por muito tempo. Tapa-olhado veio em minha direção, entretanto, assim que eu tirei a peruca do olho e finalmente sorri malevolamente as coisas ficaram bem sérias.
–Sebastian, é uma ordem: Desmaie-os, mas não os machuque.
A voz estrondosa dele percorreu todo o quartinho.
–Sim, Hime-chan.
Tapa-olhado estava com a mão fechada já para encostar meu rosto, mas Sebastian apareceu entre nós, segurando sua mão, que se mantinha força. Sebastian estava sorrindo inocentemente.
–Com licença cavalheiro... – Então ele abriu seus olhos, revelando-se um brilho intenso. – Mas não posso permitir que continue a encostar em minha mestra.
Ele apertou a mão de tapa-olhado, fazendo ele gemer de dor, e então o jogou na parede, voltou-se a mim e me ajudou a levantar, eu estava completamente sem cordas.
–Você está atrasado, quase que perco outro olho.
–Mil perdões Hime-chan, mas a rainha insistiu que jogasse um pouco de croquê, e deixei Finny em meu lugar.
–Ótimo, você tem bom-senso, agora faça o que pedi.
Ele se ajoelhou na minha frente e pegou uma de minhas mãos, beijando meu pulso – Yes, my lady.
*Longe dali*
–Agora preste atenção que não vou falar de novo! Você só precisa passar a bolinha pelo aro com esse taco aqui, posicione a bolinha... – A rainha estava fazendo uma demonstração, com o olhar focado na bola, e deu uma leve tacada na bolinha, que passou pelo aro bem em sua frente – E bate nela calmamente.
–Só isso?
–Sim, fácil, não? Tente agora, mas não se esqueça de gritar “bola!” quando jogar, para avisar aos outros do campo.
A plateia a aplaudiu satisfeita.
–Bravo Antonieta!
–Viram? Os franceses são os melhores!
–Com certeza, nunca eu teria feito uma jogatina maravilhosa quanto essa!
Finny pegou um taco se posicionou, mesmo achando aquele jogo uma chatice. Então, viu um aro sozinho bem no final do campo, se alegrou novamente e – OLHA A BOOLA!! - Com sua força descomunal atirou a bola acima das nuvens. Todos olharam-no apavorados, mas a bolinha desceu perto de lá e atravessou milagrosamente o aro – Epa... Hã... Alguém pode me dar outro taco...?
Lizzy estava pasma, mas não se deixou levar – Ca... ramba... Essa foi a melhor jogada do dia!
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Sete da noite, corte da Rainha. Estávamos todos juntos novamente, com os sete raptores na frente da Rainha e seu guarda. Eu não suporto mais essas roupas e essa peruca colante.
–Como foi o dia hoje Maria Antonieta.
–Ah foi simplesmente MA-RA-VI-LHO-SO! Claro, no começo tivemos que ficar eu e Lizzy vestidas como dois padres, de capuz e tudo, mas assim que chegamos ao campo, Finny fez a melhor jogada do dia! Depois fomos a Assembleia e Sebastian nos fez um chá enquanto Bartolomeu e Mey Rin me fizeram companhia. Foi ótimo! Preciso visitar a Inglaterra com mais frequência!
–E a sua guarda-costas?
–Ah, aquela ali de tapa-olho? Foi a melhor de todas. Ela se vestiu como eu e se fez sequestrar enquanto Sebastian nos levava disfarçadas. Olha pra ela, ta toda machucada a coitada! Se você não cuidar bem dela prometo que roubo ela de você!
–Anne Phantomhive, como foi com os sequestradores?
–Com muita franqueza Vossa Alteza, não serviram nem para me fazer cócegas. Bardo matou dois deles, e os outros cinco estão aqui, desmaiados.
Ao falar isso o mais calmo abriu os olhos, e, ao ver Sebastian ficou desesperado – Não! Você não! Me tirem daqui, por favor!! – Ele se ajoelhou a frente da Rainha como se orasse – Pelo amor de Deus, prendam-me, torturem-me, mas não me deixem nas mãos dele novamente! Vossa Alteza, eu suplico!
Aos poucos o resto deles foi acordando, estando na mesma posição do mais calmo.
–Ash, prenda-os.
–Sim Vossa Alteza.
–Desculpe novamente minha insolência Vossa Alteza, mas gostaria que os mantivesse livres. Deixe apenas o mais gordinho aqui.
–É o mínimo que posso fazer. Ash, leve-os.
Ash chamou os guardas da porta e eles arrastaram os seis para fora, enquanto o sétimo permanecia desmaiado. Eles saíram aliviados, mas um deles gritou a Sebastian-O QUE VOCÊ É AFINAL??

Ele arrumou as luvas mal posicionadas em suas mãos, e ao olhar diretamente para o homem disse solenemente satisfeito-Eu? Bom, sirvo a casa Phantomhive... Apenas... Sou um mordomo e tanto...
–Agora minha cara, venha até mim e curve-se.
Assim que tirei aquela peruca fui até o pé de seu trono e ajoelhei-me. Foi quando senti algo gelado passar de ombro a ombro.
–Anne Phantomhive, primogênita de Vicente e Rachel Phantomhive, seu título não mais terá revogado, e passará a amar e respeitar a todos os mandos reais. Será a condessa Phantomhive: a Raposa da Rainha.
Todos permaneceram quietos, menos Finny.
*Clap clap clap* - Uhuuul, parabéns Hime-chan! Vamos gente! - *Clap Clap Clap* - Eeeeeeh! O que? Não? Ah... Ata.
Terminada a cerimônia saímos da corte com o guardinha da Rainha e o desmaiado nos ombros de Sebastian. Os outros empregados estavam mais a frente, então tive de aproveitar a oportunidade.
–Foi realmente uma estratégia muito interessante senhor Ash, mas muito vulgar. Quem será que em sã consciência saberia que um sequestro aconteceria num beco? Tão astuto, tão vulnerável... Tão clichê.
–Admiro a sua perspectiva condessa. Devo tomar mais cautela?
–Seria devidamente apropriado... Faça o que quiser.
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Nas ruas de Londres os empregados foram para a mansão, exceto eu e Sebastian. O homem permanecia desmaiado, até deitarmos no chão de uma rua silenciosa. Ao acordar ele ficou não se desesperou como os outros e me olhava pasmo.
–Você... Como você sabe meu nome.
–Não lhe interessa.
–Então por qual motivo me trouxeste aqui?
–Questão de honra.
Sebastian jogou um saquinho ao seu lado, e quando ele o abriu viu várias moedas em ouro puro - Mas isso é muito dinheiro.
–Isso? Não me vale nada. Eu disse que iria recompensá-lo e já o fiz. Só me faça dois favores: não conte a ninguém sobre o que aconteceu, e espalhe para todos sobre a Raposa da Rainha.
Ele olhou de volta para o saquinho, entretanto quando viu já tínhamos partido.
Subimos a carruagem e fomos embora, porém Sebastian não parecia muito convencido.
–O que foi agora intrépido?
–Eu não sei bem o que aconteceu no depósito de Finny, mas não me parece que seja apenas por questão de honra.
–Huh, pare de pensar coisas.
Na verdade Antônio não me reconhecera por que havia anos que não me via. Antônio era um padeiro reconhecido por todos, e todos os dias em que passávamos minha mãe e eu no seu café ele acariciava meus cabelos, como o fez àquela hora. Porém, com o tempo foram chegando concorrentes, e ele se deu por vencido. Foi à falência, e sua mulher morreu no parto da filha mais nova... Não era por simples honra, era por dívida.
–Ah, peça para Bardo parar naquela esquina.
–Sim Hime-chan, mas posso saber o motivo?
–Há uma convenção de filhotes de gatos.
Quando disse isso seus olhos brilharam de animação. Eu não aparentava, mas estava começando a... Me adaptar a sua presença.
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Dez horas da noite. Mansão Phantomhive. Recém havia terminado meu jantar e fui para agora meu escritório, que mantinha um tapete vermelho bordô ao centro, as estantes de livros, cortinas azuis, duas poltronas cor de vinho, uma mesa de centro e uma escrivaninha parecida com de meu pai, em verniz, só que agora presente da Rainha pelo meu novo cargo.
*Toc toc toc*
–Entre.
–Hime-chan, seu banho já está pronto.
–Já estou indo Sebastian.
Ele chegou perto de minha escrivaninha e fez uma reverência.
–Hime-chan, seu plano foi estupendo, eu não pensaria em nada igual.
–Obrigado, mas ainda teremos muito a fazer.
–Aparentemente não Hime-chan. A Rainha ainda não nos mandou nenhum comando.
–Uma pessoa como eu não pode ficar esperando pela Rainha Sebastian, e realmente, não é para isso que estou aqui. Preciso de informantes, pessoas que saibam dos valores mercado negro, dos ocultismos e até mesmo sobre o que acontece na cara real.
–E como faremos isso exatamente Hime-chan?
–Eu tenho um tio... Fúnebre.

UUUUUUU, SINISTRUUUU (~O-O)~

Qm será em? :v
Sobre a parte do Oba-Oba que a Anne rebate a fala do Sebby: EHEUEHUEHEUEHUEHEUHEUEHEUEHEU :V EU MORRI DE RIR QUANDO ESCREVI ISSO. *Silêncio* '-' Não? Não teve graça?... Ata, desculpa e.e
Pra fazer a parte do rapto eu me puxei também, pq eu pensei primeiro em fazer o Sebby fazer a guarda sozinho e a Anne ser raptada JUNTO com a rainha, mas eu queria colocar a Lizzy na história e a rainha ia acabar fazendo muito drama, e eu não gosto muito de pessoas dramáticas '-'
E pra fazer a escrita foi muito ruim, pq eu tinha q fazer de um modo que ninguém reconhecesse que era a Anne, mas ela é a narradora. Então, pra q não fosse reconhecida direto eu fiz os pensamentos dela serem iguaizinhos aos da rainha, e fui dando algumas dicas, como a escrita depois do rapto, que foi voltando a personalidade fria e quando Antônio diz "vc não tem um sotaque", eu pensei em um dos raptores ver o pulso manchado dela, mas tava tudo escuro, então né :v

Espero que tenham gostado ^^ Obrigado de novo e por favor *suplica* Me diz se gostaram ou não ;~; Pode ser por mp, direto na fic, ligação a cobrar ou até mesmo sinal de fumaça ;~;
Ou podem recomendar pra mim, pq eu tenho vergonha de fazer esse tipo de coisa ;////;


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Notas finais do capítulo

CURIOSIDADE:
1-Maria Antonieta foi realmente uma das rainhas da França, ela era uma artesã, e acabou subindo aos nobres mais ricos, até conseguir se casar com o Rei, que faleceu pouco depois do casamento. Ela provocou uma revolta no país, porque cobrava impostos tão altos que os cidadãos não podiam nem comprar um pedaço de pão, e acho que é esse o nome da revolução.
2-Eu realmente vou misturar muito algumas coisas sobre a Inglaterra, pois a fanfic não se passa numa época exata, então tentem não se confundir muito :v
3-Dia 2 foi meu aniversário de 15 e.e ("NINGUÉM SE IMPORTA") Ain ta ;-; É q o aniversário da Anne é nesse dia tbm eue
4-Eu vou ser detalhista apenas aos lugares e objetos que não foram ditos ainda, pq depois de tudo detalhado não adianta fazer tudo de novo '-'
5-"A vida de Anne Phantomhive" é apenas a ponta do iceberg, assim que eu terminar essa fic outra mais vai vir, e mais outra, até chegar ao q realmente importa e---------e



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