Fullmetal Alchemist Os deuses caídos escrita por Fernanda7Adami


Capítulo 1
Capitulo 1 - Chegada sangrenta.


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo contém cenas de violência e sangue.



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Eu sentia algo estranho no ar: não sei dizer ao certo o que era, mas a aura do local não me fazia sentir bem, dava-me náuseas. Alias, nem sei dizer como havia parado naquela sala apertada que mais se lembrava de um hospital abandonado, era escura e suja com alguns equipamentos velhos amontoados aos cantos. Olhei ao redor e vi algumas pessoas de jalecos engraçados que tinham em seus rostos certo espanto em me ver, um deles folheava desesperadamente um antigo livro que tinha em suas mãos dizendo aos demais:

-Não era para isso aparecer! Eu juro!

Não gostei de ser chamada dessa forma desrespeitosa, seria ele o primeiro que eu mataria antes de fugir desse lugar repugnante. Olhei para o chão e reconheci um circulo de transmutação que tinha a função de invocar criaturas do outro lado do Portão. Eles queriam trazer ele de volta, porem para tristeza deles, eles confundiram alguns símbolos e aqui estou: um dragão celestial preso nesse local imundo.

Primeiramente não é confortável para uma deusa dragão estar em um local apertado, ainda mais com desconhecidos mal encarados te cercando. Eu tinha de sair de lá antes de qualquer coisa. Abri minhas asas ao máximo para intimidá-los e abrindo minha boca soltei fogo no homenzinho do livro que jurei matar primeiro (detalhe, acabei queimando ele e mais dois que estavam perto demais). Os outros que escaparam de meu fogo sacaram suas armas atirando contra mim, devo dizer que aqueles tiros me machucaram, porém tentei não dar importância para a dor que os ferimentos causavam pois se eles quisessem me matar, teriam de fazer mais que isso. Deuses não morrem facilmente.

Na situação em que me encontrava os disparos serviram mais para irritar-me e fazer com que eu avançasse violentamente contra eles. Dragões celestiais, como eu, normalmente apresentam um par extra de braços para auxiliar em encantos e alquimias avançadas. Nesse caso foi ótimo ter esses braços extras para o combate, especificamente, para matar. Com um dos meus braços, eu arranquei a cabeça de um dos homens enquanto com outro eu arrancar as entranhas de outro que achava que escaparia de mim e assim com meus afiados dentes pude cortar o miserável que mais me machucava com suas armas.

Em pouco tempo a sala estava coberta por sangue, miolos e tripas: um verdadeiro cenário de terror para espectadores fracos. Encostei-me a um canto menos ensanguentado para avaliar meus ferimentos, para meu desespero, eu estava bem ferida e a dor começara a tomar conta de mim o que era algo que não esperava. Como armamentos de mortais estavam conseguindo fazer tanto dano em mim?

Além de ter sido “derrubada” de meu plano, algo mais eles tiraram de mim e eu temia que talvez eu tivesse perdido parte de meu poder celestial. Mas não havia tempo para checar essas possibilidades ao passo que eu ouvi barulhos vindos por uma porta enferrujada nos fundos, deveria ser reforços e no estado em que me encontrava eu não conseguiria dar conta de muitos homens, por isso eu teria de encontrar alguma forma de fugir e rápido!

Olhei para o circulo de transmutação que me trouxe a essa realidade tendo uma brilhante ideia: com meus conhecimentos eu poderia facilmente transformá-lo em um teletransporte. Infelizmente eu não saberia com exatidão onde iria sair, mas com os barulhos batendo na porta era evidente que eu não teria tempo demais para planejar algo melhor.

Com todo o sangue na sala foi fácil mudar os símbolos do circulo e acrescentar mais cálculos na equação alquímica, em pouco tempo estava pronto e agora só faltava dar um destino ao meu transporte. Teletransportes alquímicos funcionam muito com pensamentos, emoções e memórias para conduzir o alquimista ou criatura ao seu destino, por isso para ativar a alquimia eu me lembrei da ultima vez em séculos que estive na realidade dos mortais:

Era um campo extenso, literalmente um mar de gramíneas que se estendiam até onde a visão poderia ir.

Eu voava por aqueles campos, observando as flores que ali cresciam os animais que ali pastavam e as poucas casas medievais que fizeram daquele campo o seu lar.

Eu não conseguia lembrar muito mais que isso, mas essa vaga memória e a sensação de paz que aquele campo florido me trouxe na época foi o suficiente para ativar o circulo alquímico e me conduzir para aquele refúgio. Tudo que eu poderia torcer era que aquele campo ainda estivesse intacto ou pelo menos longe de alguma cidade civilizada, senão eu poderia estar é me direcionando para mais problemas.


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