Living a Dream escrita por Little Swiftie


Capítulo 1
Prólogo - Happy and Tragic


Notas iniciais do capítulo

Peguem leve, minha segunda fanfic Percabeth, hein.Boa Leitura!



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Parte 1 - Annabeth Chase

A chuva caia intensamente sobre o asfalto e fazia com que um zumbido aconchegante chegasse aos meus ouvidos. Eu podia ver, de meu quarto, as folhas das árvores caindo, ao serem empurradas pelo forte vento, e o céu todo fechado.

Abri mais as cortinas e o vento frio tomou conta de meu rosto, porém eu não me importei. Coloquei meus pés nus no vão da parede e me apoiei por inteira debaixo do vidro, me mantendo sentada na janela. Encarei tudo novamente. Não havia ninguém em minha rua, então ninguém perceberia uma garota atirada na grama do jardim, totalmente inconsciente.

Eu nunca havia pensado em me matar, porque minha vida era perfeita, mas agora... Eu irei morrer de qualquer jeito, então não fazia diferença para mim, só estaria antecipando minha morte.

Respirei fundo e fechei os olhos. Quando os abri, senti uma lágrima escorrendo por meu rosto. Me enclinei para frente, mas pude sentir meu corpo sendo puxado para trás por mãos pequenas e delicadas.

Voltei para dentro do quarto e encarei minha mãe, que me olhava assustada, com o rosto vermelho e os olhos inchados. Ela fez como se fosse me dar uma bronca, porém não falou nada, apenas enrugou a boca e marejou os olhos. Ela iria começar a chorar.

Ver minha mãe chorando fazia com que toda a dor que eu sentira durante essa semana passasse por despercebida. Ela estava sofrendo mais que eu, e eu sabia disso. Mordi os lábios e a puxei para um abraço apertado.

— Vai ficar tudo bem mãe — eu não aguentei e a acompanhei no choro. — A senhora vai ver.

— Não querida, não vai — ela se afastou e colocou as mãos em meu rosto, me encarando. — Você não está nada bem, como as coisas vão ficar?

— Eu estou bem sim — engoli o restante do choro.

— Não... — ela balançou a cabeça negativamente. — Você mal se alimenta, não sai de casa e sempre nega a visita de seus amigos.

Era verdade. Eu estava morrendo e deixava isso transparecer para qualquer um que me visse, e essa era a última coisa que eu queria.

— Eu vou mudar, vou ficar bem — apertei suas mãos com carinho. — Desculpe.

Ela se levantou do chão, onde estávamos, me olhando com uma cara triste, porém com um sorriso fraco no rosto. Passou a mão pelos cabelos e bateu as palmas.

— Vou buscar um lanche para você, okay? — ela perguntou e eu assenti. — Mas nada de comer na cama mocinha!

Minha mãe sabia que eu queria continuar sendo tratada do mesmo jeito mesmo depois de descobrir tudo, e ela se esforçava tanto... Deve ser tão difícil ver sua filha única morrendo e não poder fazer nada.

Sentei em minha cama esperando-a, e então encarei meu uniforme de líder de torcida dependurado no armário, que tinha uma greta aberta; e ai eu lembrei de uma semana atrás, o dia mais importante e trágico até hoje em minha vida.

FlashBack On

— Durante essa caminhada que todos nós fizemos, vimos que nada é fácil e aprendemos que tudo tem um jeito; até mesmo Física — brinquei. — Nós fizemos grandes amizades que vão durar para o resto da vida, e passamos pelos poucos dos grandes momentos que teremos em nossas vidas junto com pessoas com quem gostamos de conviver. Nada é para sempre, por que o "para sempre" sempre acaba, mas nunca devemos desistir de procurar o que queremos e seguir nossos objetivos, por que apesar de tudo sempre acabar um dia, o prazer de ter frequentado lugares que frequentemos, de amar quem nós amamos, de ter descoberto as coisas que descobrimos e de ter vivido o que vivemos até agora, será imenso e guardado por toda eternidade.

Eu dei uma pausa e encarei as pessoas em minha frente. Nas primeiras fileiras, os alunos, que sorriam e outros até choravam, nas últimas, os parentes, que prestavam atenção em cada palavra que eu dizia.

— Então se me perguntarem o que a Goode me concedeu nesses anos, — eu apertei os lábios e olhei em volta, pensativa. eu irei responder que ela me deu as melhores...

Fiquei em silêncio, a palavra não vinha em minha mente, mesmo eu tendo lido esse discurso mil vezes, eu não conseguia me lembrar. Fiquei nervosa e achei que fosse começar a suar.

— [...] Experiências que alguém poderia viver. Obrigada — enfim consegui lembrar e assim terminei.

Pude ouvir os aplausos que se dissolveram na plateia como um balde d'água. A maioria das pessoas se levantaram e bateram palmas com força, fazendo-me deixar com que uma lágrima escapasse de meus olhos.

Olhei por relance meus amigos. As líderes de torcida: Piper, Silena, Clarisse, Rachel, Calypso, Drew e Bianca, que chegaram a até borrar a maquiagem; Thalia, que assoviava alto no meio da plateia junto com seu irmão, Jason; Luke, que gritava coisas como "É isso ai, vamos botar pra foder!"; os gêmeos Stoll's, Connor e Travis, que acompanhavam os gritos de Luke; e por fim, Percy, que sorria para mim, com um olhar orgulhoso.

Acenei para todos, enquanto as líderes subiam ao palco para uma apresentação. Assim que as mesmas já estavam aqui, tirei a beca, revelando meu uniforme, que era exatamente como o delas.

Fizemos um número de animação que já estava planejado a um tempo, especialmente para a nossa formatura. Deu tudo certo, não erramos uma coreografia sequer, apesar de eu ter sentido uma certa tontura na pior hora possível e ter levantado o braço de uma maneira meio que involuntariamente, quase atrapalhando tudo. E quando terminamos, o time de futebol americano, formado por alguns de meus amigos, como Percy, Jason e Luke, e outros garotos do colégio, subiram ao palco junto de nós e fizeram o grito de guerra da escola.

Logo após isso, o diretor também se aproximou, chegando perto do microfone e dizendo:

— Eu vos apresento pais e responsáveis, os formandos da Goode High School!

Nós voltamos a comemorar. Eu estava tão feliz, daqui a três meses eu começaria minha faculdade de arquitetura e minha vida iria ter inicio em sua fase adulta. Os alunos na plateia se levantaram e jogaram seus chapéus para o alto, gritando e erguendo as mãos. Vi meus pais ao longe e desci do palco rapidamente, correndo para encontrá-los e abraçá-los.

No meio do caminho, pude sentir meu corpo ficando um pouco fraco, porém isso sempre ocorria depois que eu fazia uma coreografia ou ensaiva para algo. Uma vontade enorme de vomitar veio até mim e eu parei ali, onde eu estava, colocando a mão na barriga. Encarei meus pais que tinham espressões confusas, mas logo minha visão deles foi ficando estranha, já que manchas apareceram de repente.

Uma dor de cabeça profunda perfurou a mim de uma maneira firme, e nessas horas, eu já estava de joelhos no chão. Eu tinha muitas dores de cabeça, mas essa superou todas juntas. Meu corpo todo pareceu ter o dobro do peso e meus olhos estavam quase recebendo um comando involuntário para os mesmos se fecharem.

FlashBack Of

Depois desse susto, me disseram que todas as pessoas em volta, foram me socorrer, já que eu estava desmaiada e não ouvia nem sentia nada. Meus pais haviam me levado para o hospital, e depois de passar algumas horas no mesmo estado, eu acordei, e o médico explicou a situação toda para mim e meus pais.

Eu estava com um câncer, ou para ser mais exata, um tumor cerebral, que se espalhou rápidamente em alguns meses. Não tinha tratamento, não tinha solução. Eu iria morrer, em dois meses e meio.


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Notas finais do capítulo

Se tiver algo erro, me avisem. Gostaram? Odiaram? Comentem!O próximo sai semana que vem (ou antes, depende de vocês). XOXO,Little Swiftie



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