Oathkeeper escrita por Denise Miranda


Capítulo 22
Brienne




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Jaime e Brienne fizeram amor nos aposentos privados e escuros que lhe apresentaram. A dama de Tarth nunca se sentira tão viva como nos momentos que estava com o Lannister.

Agora o leão a abraçava por trás, e ela podia sentir sua boca perto de seu pescoço, dando-a arrepios. Sorriu para si mesma. As vezes, ainda acho que tudo isso é um sonho.

– Brienne... - O leão chamou, sua voz rouca.

A Beleza de Tarth se virou, fitando-o com seus olhos de safira. O mesmo deu um sorriso fraco e passou a mão esquerda em seu rosto, antes de continuar:

– Alayne é Sansa Stark.

O comentário, sem explicações e simples, pegou Brienne de surpresa. Alayne?, teve que pensar alguns segundos para lembrar que o nome era da suposta filha bastarda de Baelish.

– Oh, sim. Alayne. - Disse em voz alta, recordando-se. - Ela me parecia familiar. Agora então sei que é por causa da Senhora Catelyn. Elas tem os mesmos olhos.

– E os mesmos cabelos ruivos. Só que estão pintados. - Retrucou Jaime. - Amanhã precisamos dar um jeito de falar a sós com Sansa. Precisamos explicar à ela que pretendemos levá-la para algum lugar seguro.

– Ela não é reconhecida aqui. - Brienne hesitou alguns segundos antes de continuar. - Não acha que ela está segura?

Jaime a olhou, incrédulo.

– É claro que não. Com Mindinho, ela nunca estará segura.

– É verdade, me desculpe. - Disse Brienne, claramente confusa. Precisamos levá-la para algum lugar seguro. Mas aonde?

– Vamos dormir. Nosso primeiro obstáculo é convencê-la de que podemos ser confiáveis.

Brienne assentiu e deu um rápido beijo nos lábios de Sor Jaime, antes de se virar e fechar os olhos.

xxx

Na manhã seguinte, os dois foram convocados para fazer o desjejum junto com o Protetor do Vale, Lorde Baelish.

– E então, meus amigos, dormiram bem? - Perguntou, sempre abrindo um sorriso malicioso. Brienne apertou os lábios enquanto o analisava. Não gosto desse homem, decidiu.

– Maravilhosamente bem. - Respondeu Jaime, enquanto erguia a taça de vinho com a mão de ouro. - Diga-me, Petyr. Essa sua filha... Alayne, certo? - Jaime fez uma pausa, e Mindinho ficou levemente tenso. - Muito bela. Nunca a vi antes na corte.

Os lábios de Baelish tremeram alguns segundos antes de sorrir despreocupadamente.

– É porquê só soube de sua existência após deixar a capital. A mãe dela morreu, e me mandaram um corvo para pedir que cuidasse dela.

– Muito nobre da sua parte aceitá-la. - Jaime retrucou com ironia.

– Ela tem olhos muito bonitos. - Comentou Brienne. - Suponho que sejam os mesmos olhos que a mãe.

– Temo que não me lembro do rosto de sua mãe. - Petyr soltou um riso abafado. - Sabe... São muitas donzelas que correm para os meus braços. Não dou conta de todas. Tenho certeza que Sor Jaime entende o que quero dizer.

– Não. - Disse Jaime, rapidamente. - Na verdade, não. Nunca estive com mais de duas mulheres na vida.

Petyr abriu um sorriso de orelha a orelha. Parecia achar aquilo tudo muito engraçado.

– Uma delas é a Senhora Brienne que está aqui na minha frente, é claro. Bonitos olhos, a propósito. - Comentou. - A outra... Não posso imaginar quem seja. O Senhor nunca foi visto com ninguém na corte. Estava sempre junto de sua irmã.

– Pois bem. - Interveio Brienne, já completamente corada com o comentário desnecessário de Mindinho. Involuntariamente, sua mão estava formada em um punho por baixo da mesa de mármore. - Não viemos aqui para discutir relações amorosas de ninguém, certo?

– Concordo. E nem sobre filhos bastardos. - Disse Petyr, ficando sério.

– No entanto, sua filha é muito bela. - Insistiu Jaime. - Não pretendia nos apresentá-la?

– Isso não me passou pela cabeça, Senhor. - Respondeu Mindinho, claramente irritado.

– Mas está se passando pela minha nesse momento. Mande chamá-la, Petyr. Por favor. - Respondeu Jaime, tomando um gole de vinho e o largando em cima da mesa.

Os dois se olhavam nos olhos, o brilho de esmeralda do leão parecia perigoso. Mas não tão menos perigoso quanto o do Lorde Mindinho.

– Ela está dormindo. - Respondeu de imediato.

– Acorde-a. - Sor Jaime ordenou.

Brienne olhou para Jaime. Será que isso é sábio?, quis perguntar. O que aconteceu com "falar a sós com Sansa"? Estudou os olhos de Lorde Baelish. Ele está sem saída e sabe disso, percebeu.

Petyr murmurou algo para sua serva, que logo assentiu e saiu de cabeça baixa. O mesmo abriu um sorriso sem mostrar os dentes, e ficaram por longos dez minutos em silêncio.

A atmosfera pairava tensa no ar, Brienne com as mãos fechando e abrindo em punho por baixo da mesa. E foi quando Alayne Stone entrou na sala.

Estava com um vestido amarelo simples de lã, e mantinha seus olhos virados para o chão.

– Me chamou, pai? - Perguntou, timidamente. Sua voz quase não saiu.

Petyr sentou ereto na cadeira, tentando o máximo possível não se mostrar tenso.

– Minha filha, estes são Jaime Lannister e Brienne de Tarth. Eles gostariam de te conhecer.

Lentamente, a garota levantou seus olhos azuis. Fitou Brienne e Jaime por alguns segundos, e logo abaixou os olhos novamente.

– Prazer em conhecê-los, Sor e Senhora.

– Mas nós já nos conhecemos, Alayne. - Retrucou Jaime, enquanto espetava uma fatia de bacon em seu garfo. - Ou devo te chamar de Sansa Stark?

Toda cor que a garota teve um dia em suas bochechas desapareceu. Parecia que havia levado um soco na barriga. Seus olhos se arregalaram e ela olhou desesperada para Petyr, em busca de refúgio.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Comentem, por favor :3



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