The immortal secret escrita por eUaDoRoBoLaChAs


Capítulo 4
Nada faz sentido!




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....

Guardei a carta na mala, para a mostrar à Sara.

Ryan- Acreditas neste tipo?

Eu- Não sei, foi convincente. E é a única explicação que temos.

Ryan- E a história dos escolhidos?

Eu- Isso acho que é treta. Se calhar tem uma doença qualquer que lhe faz esses efeitos.

Ryan- Talvez.

Eu- E tu, encontraste alguma coisa interessante?

Ryan- Sim. Há uma porta pequena escondida atrás de um caixote.

Eu- Igual ás outras?

Ryan- Parecida. Tem a mesma largura, mas é um pouco mais alta. Quase que te chega à cintura.

Eu- Abriste-a?

Ryan- Ainda não. Vamos agora?

Eu- Claro- abrimos a porta.

Ryan- É a subir, mas está muito escuro. Vou ligar o telemóvel.

Eu- São escadas?

Ryan- Parece que sim. Se calhar é por isso que a porta é mais alta.

Eu- Anda! Quero saber mais sobre isto...

Subimos uns dez degraus e chegámos à porta. Tentei abri-la, mas estava presa. Não havia fechadura, por isso tinha de continuar a tentar empurrá-la.

Eu- Não abre!

Ryan- Talvez estejas a fazer isso mal.

Eu- Como assim?

Ryan- Tenta empurrar em vez de puxar.

Eu- Vou tentar, mas preciso de descer uns degraus. Dá-me um pouco de espaço, por favor.

Ryan- Assim chega?

Eu- Sim.

A porta abriu, e vi o que já sabia que aconteceria.

Ryan- Então, o que tem lá fora?

Eu- Um dos quartos de minha casa. Só podia ser, é o que diz na carta. As casas estão ligadas, ou algo do género.

Ryan- Como é que nunca viste a passagem?

Eu- Sei lá. Ainda não tive tempo para explorar tudo. Este é o quarto partilhado, é o que tem mais armários e gavetas da casa. Não fazia a mínima ideia que um deles tinha uma passagem para a tua casa.

Ryan- Não saímos?

Eu- Claro.

Saímos e eu fui procurar a Sara para lhe contar tudo, mas os meus pais apareceram de repente.

Mãe- Kat? Não te vi a entrar.

Eu- Devias estar ocupada com alguma coisa.

Pai- Eu fui agora ver o correio, e tu não estavas lá.

Eu- Pois... Eu entrei pela porta das traseiras. Estou à procura da Sara.

Mãe- Ainda há pouco ela veio aqui à tua procura.

Eu- E para onde é que ela foi?

Pai- Eu disse-lhe para ir para o quarto dela, e que nós avisávamos se te víssemos.

Eu- OK, obrigada!

Eu- Sara!

Sara- Kat, onde estiveste? Procurei-te por toda a casa! Deixaste-me pendurada a tarde toda!

Eu- Eu sei, desculpa. Mas tenho de te contar tudo o que aconteceu! Não vais acreditar, nem eu sei se acredito...

Sara- Não quero saber do Ryan, nem do que fizeste com ele. Preferia que me avisasses quando vais sair, para eu fazer planos!

Eu- Nada disso, Sara! Posso contar-te o que aconteceu mesmo?

Sara- Podes.

Eu- Então anda para o nosso quarto.

Sara- O do beliche?

Eu- Sim.

Quando chegámos o Ryan estava de pé a olhar para a janela, e ainda a pensar em tudo o que vimos.

Sara- Hey, que bicho é que lhe mordeu?

Eu- Ainda está a digerir o que aconteceu.

Sara- E o que aconteceu?

Eu- É o que te vamos contar.

Contámos a história toda, todos os pormenores, mostrei-lhe a chave, os fósforos, a carta, e algumas fotos que tirei com o telemóvel.

Sara- Não pode!

Eu- Pode sim.

Sara- Aposto que estão a inventar tudo.

Eu- Quanto apostas?

Sara- Dez libras.

Eu- O dobro ou nada.

Sara- OK. Vinte libras.

Eu- Fixe! Anda ver.

Ryan- E eu não ganho nada?

Sara- Contigo aposto cinco libras. Vou ficar rica.

Eu- Vais, vais...

Mostrei-lhe a passagem para o quarto escondido, e a porta que dá para o corredor gigante, e para o sótão cheio de desenhos do Ryan.

Sara- Então sou a única que não desenha?

Eu- Basicamente.

Ryan- É verdade.

Sara- Credo.

Ryan- Coitadinha, estou com tanta peninha tua...

Sara- Olha, vou começar a chamar-te galinha.

Eu- Parem! Temos mais para fazer, quero pistas, vamos para a sala principal.

Sara- O que é a sala principal?

Ryan- Quando lá estávamos decidimos umas coisas que ainda não dissemos.

Sara- E não me vão contar?

Ryan- Sim.

Sara- Estou à espera.

Eu- Eu conto. Nós decidimos que, como esta é a intersecção das nossas casas, é um bom ponto de encontro. Ele fica com uma chave, nós com outra.

Achamos melhor dividir tarefas, de modo a ter: o líder, alguém responsável para guardar as pistas, e depois arranjamos alguma tarefa para quem sobrar.

Sara- E como vamos escolher os cargos?

Eu- Votamos?

Ryan- Pode ser.

Sara- Eu não quero ser a líder e muito menos a organizadora.

Ryan- Eu voto na Kat para líder. Se não fosse ela, não tínhamos descoberto nadinha!

Sara- Concordo.

Eu- Pode ser. Quem organiza as pistas?

Ryan- Eu posso fazer isso.

Sara- Fixe, não tenho de fazer nada. Até fico aliviada.

Eu- Como líder dos Escolhidos da Geração, ordeno-te que nos pagues o dinheiro da aposta!- disse eu à Sara. Todos nos rimos e ela pagou-nos, porque aposta é aposta.- Tive uma ideia para ti Ryan! Já que vais organizar as pistas, devíamos arranjar um caderno para guardar tudo e escrever apontamentos sobre o que se passou em cada dia.

Ryan- Não sei... Posso ficar com as pistas e essas coisas, mas acho que deves ser tu a escrever no caderno, e a guardá-lo.

Sara- Concordo com ele. A tua letra é a mais bonita de todas. Devias ser tu a escrever.

Eu- Mas é por isso mesmo que vai ser ele a escrever. Sara, tu és a pessoa que melhor entende as letras dos outros, por isso vais conseguir percebê-la.

Ryan- É verdade, a minha letra é mesmo horrível.

Eu- Ainda bem Ryan, isso vai ser muito útil. No caso de alguém nos roubar o livro, podemos pelo menos pensar que ninguém o conseguirá ler.

Ryan- E tu, como vais perceber?

Sara- Essa é fácil...

Eu- Não contes!

Sara- Tenho de contar.

Ryan- Contar o quê?

Sara- Ela tem uma mania que só nós conhecemos. Ela inventou a "Ryanologia". Ajuda a perceber tudo o que tu fazes. Ela percebe a tua letra melhor do que tu, e consegue imitá-la. Sabe como ages, e o que os teus gestos significam.

Eu- É verdade, eu sou a melhor falsificadora de letras que já conheceste.

Ryan- "Ryanologia"?- Desatou a rir com a palavra, e eu e a Sara também.

Eu- Não gozes, de certeza que já fizeste coisas piores. Acabei de me lembrar de uma coisa!

Sara- Diz.

Eu- Alguém sabe o que vai acontecer amanhã?

Ryan- Não sei, alguma coisa especial?

Sara- Pois é! É o primeiro dia de aulas!

Eu- Certo!

Ryan- Esqueci-me completamente! Já receberam os livros?

Sara- Ainda não, mas chegam hoje.

Eu- Tu já recebeste os teus?

Ryan- Sim. A matéria é horrível, mas vai melhorando.

Eu- Isso é estranho. Costuma ser ao contrário.

Sara- Exatamente, não me surpreende. Londres está virada do avesso, é tudo de maneira diferente.

Ryan- Acabas por te habituar a isso.

Sara- Espero que sim.

Eu- Como é a tua mochila? As nossas são iguais, parecemos gémeas!

Ryan- Podem vê-la...

Eu- A sério? Mostra!

Ryan- Amanhã!

Eu- Oh, vou ficar triste contigo.

Ryan- Não consegues.

Eu- Queres apostar?

Ryan- Acho que já chega de apostas por hoje.

Eu- Consigo ficar amuada quanto tempo eu quiser.

Ryan- Não consegues nem um dia.

Sara- Eu se fosse a ti não fazia isso, ela consegue mesmo.

Ryan- Ok, e uma semana? De certeza que não consegues...

Eu- Desafio aceite. Pessoa que eu não conheço, pode sair de minha casa? Os meus pais não gostam que eu fale com estranhos.

Ryan- Tens uma piada...

Eu- Ok, tem cinco segundos para sair de minha casa.

Ryan- Senão o quê?

Eu- Ou chamo a polícia! Desaparece! Três, dois,...- Ele saiu com medo que eu chamasse mesmo a polícia.

Eu e a Sara fomos para o quarto partilhado e ele começou a mandar mensagens:

Eu- Credo, que desesperado, já está a mandar mensagens.

Sara- Normalmente as pessoas não cedem assim tão rápido. Lê a mensagem.

Eu- "És assustadora. Adoro-te".

Sara- Ahaha, que totó! Ele não aguenta uma semana.

Eu- Nem eu sei se aguento, mas vou tentar não o ver muitas vezes, assim é mais fácil ignorá-lo.

Sara- Não achas que uma semana é demasiado?

Eu- Ele desafiou-me, tu sabes que eu não brinco com isso.

Sara- Não brincas com quem desafia, porque ambas sabemos que te divertes com isso.

Eu- Um pouco...

Sara- Claro.

Eu- Ok, é muito fixe! Vais ver a cara dele a olhar para mim na escola. No terceiro ou quarto dia já manda mensagens lamechas e quase me implora para eu parar de estar assim.

Sara- Como sabes?

Eu- Já testei isso contigo e com a Beatriz. Ainda te lembras?

Sara- Sim. Foi horrível, eu estava tão triste que faltei dois dias ás aulas.

Eu- Ainda não falámos com a Bea!

Sara- Eu não me esqueci... Tenho visto no Skype, e ela ainda não esteve online desde que chegámos.

Eu- E no facebook?

Sara- Também.

Eu- Mas ela vai todos os dias ao face... Oh, espera. Isso és tu!

Sara- Haha, tanta piada.

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Notas finais do capítulo

Não vou escrever mais até ter algum comentário... sei que várias pessoas já leram, mas ainda ninguém comentou :/



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