Os sete filhos da rainha escrita por Florrie


Capítulo 1
Prólogo




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A sina de uma mãe é o amor.

Na sua primeira gravidez Cersei esperou ansiosamente o momento do nascimento. Ela sonhava com o seu pequeno bebê, os cabelos dourados e os bonitos olhos verdes, um menino igual a Jaime. Ele teria o nome Baratheon, mas seu sangue seria Lannister e assim a dinastia da sua família começaria.

Quando as dores começaram seu marido fugiu para a floresta com seus homens e ela foi levada para o quarto onde rugiu quase um dia inteiro. As mulheres lhe rondavam, todas alvoroçadas, gritavam umas com as outras até que a parteira mandou que se calassem. Depois disso o único som naquele quarto foi o de seu grito. Haverá dor minha pequena, sua mãe tinha lhe dito quando estava grávida daquele monstrinho, mas quando você segura o seu bebê nos braços tudo se torna pequeno.

O seu bebê se torna o seu mundo.

– Estou vendo a cabeça.

A rainha então empurrou pela a ultima vez e um estranho alivio se apoderou dela. O choro da criança encheu o quarto de alegria e as mulheres começaram a festejar. Dê-me meu pequeno leão.

– É uma menina majestade. – Não era exatamente o que Tywin Lannister queria, mas Cersei não podia se importar menos. Ela seria sua pequena princesinha. Apenas sua e de mais ninguém.

E então o bebê tinha sido posto em seus braços e seu mundo caiu. Os ralos cabelos escuros na cabeça denunciavam quem era o pai. Não é de Jaime. O bebê chorava em seus braços, ouça-me rugir, pensou irônica.

Dias depois a rainha estava no quarto segurando sua pequena princesa. A menina estava quieta e segurava forte o seu dedo. A sina de uma mãe é o amor, não importava a cor do cabelo dela, Cersei a amava com todo o coração. Você pode ter a aparência dos Baratheon, mas é uma Lannister como a mãe.

Um leão em um manto diferente.

A porta se abriu com um estrondo e o rei entrou no quarto trazendo uma pele de veado.

– Soube que tenho uma filha.

– Sim. – Respondeu sem desviar sua atenção da menina.

– O nome...

– Mya.

– Perdão?

– O nome dela é Mya.

Robert não reclamou, apenas circulou a cama e pegou a menininha dos seus braços.

– Bem vinda Mya.



Jaime foi embora em uma manhã quente. Seu pai convenceu o rei a permitir que ele fosse para o Rochedo, Lorde Tywin esperava assim encontrar uma maneira de ter o seu herdeiro de volta. Um mês depois ela se viu grávida.

A duvida lhe acompanhou durante metade da sua segunda gravidez. Seria o filho do seu amado irmão? Claro que sim, o que ela estava pensando? Cersei deitou-se quase todas as noites com seu gêmeo, mas com Robert não houve mais do que três ou quatro noites.

Ela então teve certeza de que um lindo bebê dourado sairia do seu ventre.

Ela nunca esteve tão errada.

O parto durou o dia inteiro e a dor era ainda mais intensa do que foi com Mya. Uma chuva torrencial açoitava a Fortaleza Vermelha e isso impediu Robert de fugir. Cersei gritou e sussurros preocupantes eram ouvidos por todo o castelo. Eu não sou uma fraca suas estúpidas, eu sou uma leoa do Rochedo.

Um choro foi ouvido, mas Cersei não sentiu nenhum alivio. Por quê?

– Outro bebê majestade.

E novamente ela fez força, minutos depois outro choro. Outra criança.

– Um menino e uma menina.

Assim como eu e Jaime, gêmeos dourados.

O garoto foi colocado em seus braços. O herdeiro do trono. O seu herdeiro. E então ela notou os cabelos negros e novamente tudo ruiu. Ele não seria um Lannister, não seria um leão que olharia para todos os idiotas da corte com superioridade.

– O rei ficará tão feliz.

Logo depois a menina foi posta ao seu lado e ela era idêntica ao irmão.

Não. Não. Não.

No dia seguinte Robert foi até o seu quarto, ele segurava Mya que já tinha um ano e poucos meses, e olhava para os dois bebês na sua cama com seus grandes olhos azuis.

– Olhe para este menino, vai ser tão forte quanto eu. – Robert levantou o bebê alto. – Vou mandar fazer um martelo de guerra igual ao meu. – Depois ele olhou para a menina. – E esta coisinha bonita aqui, deixarei que você escolha o presente Cersei, uma mulher é melhor nessas coisas.

Ela odiou o fato de ambos serem Baratheon.

Mas a sina de uma mãe é o amor.

– O nome dele será Gendry. – Disse Robert. – Deixo você escolher o nome da menina.

Cersei pegou sua filha e imaginou que no futuro não haveria ninguém mais bonita que ela em Porto Real.

– Bella. Seu nome será Bella.



Seu quarto filho era de Robert. Desta vez ela tinha completa certeza.

Seu irmão continuava em Rochedo Casterly com seu pai e não dava sinais de quando voltaria. Mya tinha quase quatro anos e os gêmeos estavam a poucos meses dos dois. Era comum vê-la sentada no salão da rainha acompanhada de suas crianças enquanto alisava a grande barriga.

Desta vez Cersei não sonhou com crianças de cabelos dourados. Não haveria desapontamento. Ela estava preparada.

O parto durou apenas algumas horas e a dor foi menor. A lua cheia iluminava o quarto e projetava sombras na parede. Quando o bebê finalmente veio ao mundo sua primeira imagem dele foi uma sombra, a parteira o erguendo e exclamado feliz de que era um menino e era saudável.

No dia seguinte Mya, Gendry e Bella foram conhecer o irmãozinho e junto com eles veio Jaime. Quando viu seu irmão entrar pela a porta foi como se uma onda de alegria tivesse se arrebatado contra ela. Seu sorriso iluminou todo o quarto.

– Como está o pequeno Edric? – Jaime perguntou. Seu irmão não parecia se importar com o fato de que todos os seus filhos eram Baratheon. – Papai mandou uma espada para Gendry e imagino que mandará outra para este quando souber que você deu a luz a outro herdeiro. Também trouxe dois colares de rubi, um para cada menina, para que elas não esqueçam quem é a mãe.

– Vai ficar?

Perguntou incerta.

– Para sempre.



Com a volta de Jaime e as raras visitas do seu marido, ela voltou a sonhar com um filho Lannister. Tempos depois nasceu Joffrey, o primeiro príncipe dourado. Seu nascimento foi comemorado, não tanto quanto foi comemorado o de Gendry, mas Cersei garantiu que todos celebrassem o seu garotinho.

Depois veio Myrcella que tinha toda a sua beleza e graça e por fim o pequeno Tommen. Um parto difícil que lhe custou um mês inteiro na cama.

Olhando para os seus filhos agora ela imaginava o futuro deles. Baratheon ou não Cersei os amava. Afinal a sina de uma mãe é o amor.

Quanto mais pessoa você ama mais fraquezas você tem.

Cersei Lannister tinha exatas sete fraquezas.


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Notas finais do capítulo

Desculpem qualquer erro.Comentrios?



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