Pov Bella

“DESDE QUANDO EU SOU UMA PESSOA ESCÂNDALOSA?” – Alice gritava com todos nós, sentados nas mesinhas da cantina.

“Pelo que eu to vendo, desde sempre.” – Emmett, o animal, disse.

“Cala a boca, Emmett!” – Reneesme disse, e lhe deu um cutucão.

Alice fez cara de choro.

“Sério, Emm? Sério que eu sou uma pessoa assim, escandalosa? Você acah isso de mim?”

“Olha, Alice...”

“CALA A BOCA, EMMETT!” – Reneesme disse, dessa vez dando um tapa no braço de Emmett, que reclamou da dor.

Alice começou a chorar.

“Eu vou perder meu namoraaaaaaaaaado!” – Ela gritou, afundando a cabeçoa no meu ombro.

E então uma coisa inesperada aconteceu. Jacob, o mais quieto do nosso grupo depois de Jane, simplesmente se levantou e a abraçou.

“Calma baixinha, tudo vai dar certo.” – ele disse, enquanto ela empapava a camiseta dele com suas lágrimas.

Pov Edward

“Como é que é?” – perguntei, sem acreditar.

“Isso ai que você ouviu. Agora EU sou o representante da turma.” – Jasper disse, sentado na minha cama outra vez.

“Na boa, esses piralhos do segundo ano são todos malucos.” – Tyler disse, enquanto mexia em seu PSP.

“Eu ainda estou aqui, ok?” – Jasper, parecendo meio ofendido, reclamou.

“Mas se depender da minha irmã, você tá morto! Ela nunca vai deixar você ser representante junto com a Jennifer.” – eu disse.

“É né, mas a Li vai ter que aceitar.” – Jasper disse, cruzando as pernas e fazendo uma espécie de cachinho no cabelo com os dedos.

Tyler caiu na risada.

“Acho que a Alice tem que ficar mais preocupado de você querer as roupas da Jennifer emprestadas!” – Tyler disse, apontando para a pose de Jasper -

“Estamos bem, né. A terceira série é representada por uma patricinha ruiva e um jogador idiota de futebol, e a segunda série é representada por uma gostosa morena e uma “Jasperzinha” nerd.” – Tyler caiu na risada.

“O Tyler.” – Chamei.

“O que?” – respondeu, entre suas risadas.

“O jogador idiota de futebol sou EU.” – disse, sério. Tyler parou de rir na hora.

Jasper começou a rir e, como estava com as pernas cruzadas, se desequilibrou e caiu da cama.

“Droga.” – ele disse levantando, com a mão na boca – “Quebrei minha unha.” – e me mostrou o dedo com a unha sangrando.

“Jasper Withlock, o homem mais fêmea que esse planeta já conheceu!” – Tyler disse, levantando as mãos e rindo.

“Ai, já chega, tá legal? Não vou ficar aturando essas gracinhas de vocês. Eu não sou gay e vocês sabem que...”

“I’m a Barbie girl, in a Barbie world...” – o celular de Jasper tocou. Ele ficou vermelho, e atendeu na hora.

“Oi amor. Anhan. Anhan. Tá bom, eu já to indo. Não, não fica assim, você sabe que eu te amo. Beijinho.” – ele disse, e desligou.

Tyler e eu o observávamos, embasbacados.

“Toque da Alice. Ela que escolheu.” – ele disse, com um risinho envregonhado – “Tenho que ir embora, ela precisa de mim. Beijo pra vocês.” – disse, e saiu correndo pela porta.

Tyler e eu nos olhamos.

“Quer jogar?” – Tyler me ofereceu o PSP.

Pov Bella

Educação física. Legal, bem legal. É, ironia não é o meu forte.

Eu estava sentada do lado de fora do vestiário, com Jacob Black ao meu lado. Ele estava encarrando o chão, desenhando ondinhas na areia com um graveto, e eu estava observando seus desenhos estranhos, enquanto comia meus biscoitos wafer. Estava tão distraída que não senti quando Alice chegou, me dando um susto, e quase derramei o biscoito. Quase, porque Jacob Black, que continuava encarrando o chão, esticou a mão e segurou meu biscoito antes de cair.

“Pegue.” – ele me esticou o biscoito, ainda desenhando.

“Obrigada.” – murmurei.

“E então, cadê a Cinthia?” – Alice perguntou, sentando ao meu lado.

“FALTOOOOOOOOOOOOU!” – Reneesme chegou pulando com Bree, seguida de Jane que continuava com a cara enfiada num livro. Me senti tão feliz com a notícia que levantei e comecei a pular. Jacob Black olhou a cena, e soltou um murmúrio.

“De qualquer jeito eu ainda tenho aula.” – Jasper disse, sentando ao lado de Alice – “Isso é, se o professor Stephen não começar com aquele papo sobre a importância de nos increvermos no time e blá blá blá.”

“E por falar em time, cadê o Emmett?” – Reneesme perguntou.

“Serve aquele?” – Jasper apontou para a frente, e nós olhamos.

O professor Stephen estava chegando, junto com os bobocas do time, que aliás, vestidos com o uniforme de educação física não pareciam tão bobocas assim. Edward e Emmett estavam com ele, um de cada lado do professor, andando de forma...”Olha só como eu sou o macho dominante”.

“Meninas, cheguem até aqui.” – Stephen chamou  o resto da turma – “Como vocês sabem, a professora Cinthia não pôde vir hoje. Eu deveria começar a seleção para o time de futebol hoje, mas para vocês não ficarem sem fazer nada, eu proponho um jogo de queimado misto, que tal? E quem não quiser, pode fazer outra coisa, como andar na pista.”

Algumas pessoas comemoraram, e eu me vi sendo arrastada até a quadra de basquete, que era onde nós sempre jogávamos queimado.

“Então, quem vai tirar os times?” – professor Stephen perguntou. Edward foi empurrado pelos seus seguidores para a frente, e assim que Emmett viu, deu um passo a frente também.

“Ótimo, Edward e Emmett. Tirem par o impar pra ver quem começa.”

Os dois se entreolharam furiosamente, e então colocaram os números. Emmett tinha escolhido impar, e ganhou.

“Pode começar, Emmett.” – Professor Stephen anunciou.

“Jasper.” – Foi o primeiro nome que Emmett disse, encarando Edward com ar de provocação. Todos fizeram “uoooooooooou”, pondo fogo na lenha.

Todos sabíamos que Jasper não era bom no queimado. Aliás, Jasper não era bom em esporte algum. Edward sempre escolhia Jasper para seu time, como uma prova de lealdade ao melhor amigo, e caso o time deles perdesse, ele fuzilava com o olhar qualquer um que quisesse por a culpa em Jasper. Tudo o que Jasper precisava fazer era ser atingido e esperar a vitória no campo dos queimados.

Emmett tinha acabado de escolher propositalmente o melhor amigo de Edward. E ele não ia deixar barato.

“Reneesme.” – Edward escolheu Re, pois ele sabia muito bem que eles andavam mais do que grudados.

“Tyler.” – Emmett escolheu o braço direito de Edward, que foi para o seu lado muito a contragosto.

“Jacob.” – Edward escolheu o melhor amigo, embora caladão, de Emmett.

“Bella.”  - Emmett escolheu. Edward fez uma cara estranha, de ódio.

“Alice.” – ele escolheu. Ela só faltou chorar por ficar longe de mim e de Jasper.

Eles continuaram escolhendo, até que não havia mais ninguém para escolher.

O time de Emmett ficou constituído por eu, Jasper, Tyler, Seth, Bree, Mike, Alec e Jane, enquanto o time de Edward era formado por Reneesme, Jacob, Alice, Riley, Jennifer, Victoria, Jéssica e, para ódio do Cullen, James.

Emmett escolheu ficar com a bola, e o professor logo apitou o início da partida.

Emmett foi o primeiro a jogar. Ele tacou a bola com toda a força em Edward, que a agarrou e lançou de volta na direção de Emmett. Emmett se esquivou e a bola foi a para fora. Emmett jogou de novo, e mais uma vez Edward agarrou.

“Vocês dois podem deixar o resto do time jogar?” – Mike Newtom, o extressadinho falou. Edward jogou a bola na direção dele, que se esquivou.

Emmett mais uma vez jogou a bola na direção de Edward. Essa ladainha teria continuado, se não fosse por James que se meteu na frente de Edward, agarrou a bola e jogou-a em Jasper, que foi queimado.

Jasper, que não era burro, fez joguinho e jogou a bola para Emmett, que acertou James em cheio.

“È!” – não pude evitar comemorar. Já que eu estava no jogo, ninguém ia notar mesmo.

James foi até o campo dos queimados. E com a bola na mão, ele começou a olhar pra mim.

“Tá vendo a minha bola, Bella? Pois eu vou te acertar com ela!” – ele disse. Tentei encontrar o sentido da malícia na cabeça dele, mas desisti.

“Cala a boca e joga, Witholck.” – Emmett gritou. James jogou a bola na direção dele.

A bola passou direto para o outro campo, onde Riley a pegou e jogou na direção de Seth, que foi queimado.

O jogo continuou e teria tudo sido normal, se o imbecil do James Withlock não estivisse no campo dos queimados bem atrás de mim. O professor Stephen tinha nos deixado jogar sozinhos, então ele aproveitou para fazer suas gracinhas. Ele ficou falando coisas horríveis para mim o jogo inteiro, e todas as vezes que pegava na bola, tentava me atingir. Mas eram suas palavras que estavam me atingindo mais.

“Olha pra cá Bellinha, me dá atenção. Ah eh, você não gosta disso. Acho que prefere dar pra sua amiguinha.”

“Quer sentir a força da minha bola? Quer? Você ainda vai sentir toda a min há força em você, Bella Swan.”

“Tá vendo essa bola na minha mão? O nome dela é Bella. E ela é minha, só minha, e eu posso fazer o que eu quiser com ela.”

As pessoas riam de mim. As lágrimas desciam dos meus olhos, e eu tentava me concentrar no jogo. Meus olhos embaçaram, e Jéssica aproveitou para me atingir. Fui andando até o campo dos queimados, em sentindo humilhada com as coisas que James estava gritando.

Passei a bola para Bree, que jogou-a para nosso time. James olhava para mim, suas mãos em formato de coração.

“Amo você, Bella” – ele disse, em tom de deboche. Foi a última coisa que ouvi antes de desmaiar.

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A última coisa que eu me lembrava era de estar no jogo de queimado. James estava me irritando, e então tudo começou a escurrecer. De repente me senti desfalecendo, e só não cai no chão porque mãos fortes me seguraram.

Abri os olhos devagar. Reconheci o teto do lugar pra onde eu já tinha vindo milhões de vezes depois de minhas quedas e machucados na educação física: a enfermaria. Pela primeira vez, eu estava ali por ter desmaiado.

“Querida, você está bem?” – a enfermeira Adriana me chamou. Tentei me sentar, mas a sala estava girando.

“O que aconteceu?” – perguntei.

“Você estava na aula de educação física e seu colega estava te zoando, e então você desmaiou.” – Adriana disse, calmamente – “Bem, ao menos foi o que disse esse rapaz quando entrou correndo com você nos braços.”

Virei a cabeça para a direção que a enfermeira indicava. Sentado num canto, com o rosto preocupado, estava Jacob Black.

“É, foi isso sim.” – confirmei, fazendo um esforço para me sentar – “Mas porque eu desmaiei?”

“Aparentemente você teve uma queda de pressão. Não é muito comum em pessoas da sua idade, mas geralmente, um descontrole de pressão pode fazer a pessoa desmaiar ao se aborrecer. Como eu disse, não é muito comum aos quinze anos. Por isso eu desconfio que você tenha Hipotensão.”

“ A chamada “pressão-baixa”.” – Jacob completou.

“Isso mesmo. Eu recomendaria que você procurasse um médico.” – a enfermeira Adriana continuou – “Tentei entrar em contato com seus pais, mas o telefone de sua mãe está fora de área.”

“Ela deve estar no trabalho.”- respondi. Ela costumaa desligar o telefone enquanto atendia algum cliente.

“Bom, você está dispensada das aulas, mas eu não posso permitir que você vá pra casa sozinha.” – ela disse.

“Se for possível, eu posso levar Isabella para casa.” – Jacob disse – “Eu sou maior de idade, posso me responsabilizar por ela.” – Jacob disse, mostrando a identidade para a enfermeira.

“Sinto muito, mas não posso deixá-lo levá-la sem a autorização dos pais de Isabella.” – a enfermeira falou. No mesmo instante, o telefone da enfermaria tocou.

“Maior de idade?” – indaguei, olhando para Jacob – “Pensei que você tivesse 16 anos.” – de fato, era o que ele tinha me dito.

“Eu não costumo dizera verdade para desconhecidas da aula de biologia.” – ele respondeu, com um sorriso.

“Boas notícias. Sua mãe viu o número da escola no celular e ligou para cá. O diretor transferiu a ligação para cá, e eu acabei de falar com ela. Ela disse que está preso no trânsito, mas autorizou que o rapaz a leve para casa.” – A enfermeira disse, e Jacob sorriu.

“Tudo bem, e como você pretende fazer isso?” – perguntei para Jacob.

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Estávamos andando. Quer dizer, Jacob estava andando. Eu estava sendo carregada em seus braços como um bebê.

Eu morava perto da escola, então ele não teria que andar muito. Eu só achava meio estranha a facilidade com que ele me carregava, como se eu pesasse menos que um saco de açúcar.

Apoiada em seu peito, pude realmente perceber como ele era forte. Devia malhar, óbvio, já que seu peito era todo definido e ficava marcado pela blusa branca de educação física. Os braços também eram fortes. Mas apesar de tudo, Jacob tinha um rosto leve e bonito, como o de um bebê.

“Para onde?” – Ele disse, me acordando do meu devaneio.

“Esquerda.” – eu disse.

Ficamos em silêncio alguns minutos.

“E então, porque você mentiu?” – perguntei. Jacob pareceu saber que eu falava de sua idade, e riu.

“Como sabe que menti pra você e não para a enfermeira?”

“Você não teria mostrado sua identidade para ela se estivesse mentindo.”

“Certo, me pegou nessa.” – ele disse, sem responder minha pergunta.

“E então?” – incentivei-o a continuar.

“As pessoas não costumam ser muito receptivas com o musculoso mais velho, principalmente quando estou numa escola nova. Acham que sou burro e só tenho corpo, sendo que nunca repeti nenhuma série. Só tive o azar de entrar na escola tarde e de fazer aniversário no início do ano.”

“Quando faz aniversário?”- perguntei, interessada.

“11 de fevereiro.” – ele disse. Eu me lembrava muito bem dessa data, um dia antes do aniversário de James. O dia em que lhe perguntei quantos anos tinha.

De repente, lhe dei um tapa no ombro.

“Ou, que foi isso? Sabe que posso te derrubar daqui, não é?” – ele brincou.

“Porque não nos disse nada? Teríamos cantado parabéns!” – acusei-o.

“Isabella, vocês só me conhecima há algumas semanas, porque acha que alguém se daria ao trabalho de comemorar o dia em que nasci?” – ele perguntou.

“Ora, porque nós somos assim, loucos!” – eu disse, e ele riu.

Chegamos os meu prédio e subimos as escadas, Jacob ainda me carregando.

“Então, não quer entrar?” – perguntei, na porta de casa, ainda em seus braços.

“Acha mesmo que posso? Quer dizer, seus pais não estão em casa.”

“Ah claro, não posso confiar em você. Você mentiu para mim e tudo o mais.” – brinquei, enquanto abria a porta. Jacob riu e entrou comigo. Ele me colocou sentada no sofá, mas eu logo levantei, e ele me olhou com um tom de reprovação.

“Você precisa descançar.” – ele disse.

“Não acredito em mais nada do que você diz, senhor Jacob Black!” – disse, e saí para pegar um pouco de refrigerante para ele. Era o mínimo que eu podia fazer depois de ele ter me carregado até aqui.

“Apropósito, eu ainda tinha 17 na hora em que você me perguntou. Eu nasci as 16:32.” – ele disse, bebendo a coca.

“Não interessa, você me disse que tinha 16!” – acusei-o, cruzando os braços.

“Certo, certo, me pegou outra vez.” – ele disse, e sorriu. Por alguma razão, me senti muito bem por dentro. Eu gostava de vê-lo sorrindo, ele ficava ainda mais bonito.

“Bella!” – minha mãe gritou, me acordando de mais um devaneio – “Bella, minha filha, que bom quevocê está bem!” – minha mãe entrou gritando na sala, e correu para me abraçar.

“Mãe.Temos visitas.” – disse, quase sendo sufocada por seu abraço.

“Ah.” – Minha mãe pareceu estranhar ao ver Jacob sentado no sofá – “Você deve ser o rapaz que trouxe Bella pra casa. Prazer, sou Renné.”

“Jacob Black, senhora.” – ele disse, e lhe esticou a mão.

“Sente-se, Jacob. Você quer comer alguma coisa?”

“Não, muito obrigada senhora Swan. Eu tenho que voltar pra escola agora.” – Jacob disse, e veio até a minha direção – “Bella, espero que fique melhor.” – Ele disse, e então apertou a minha mão, saindo logo em seguida.

“Quando a enfermeira disse que um rapaz queria te trazer em casa eu pensei no Edward, no Jasper, até no tal do James. Quem é esse daí?”

“Jacob Black, mãe, Jacob Black.” – foi só o que consegui responder.

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Apesar da minha resistência, minha mãe me arrastou para o médico assim que terminei de almoçar. O doutor Carlisle fez alguns exames, e constatou que eu tinha mesmo hipotensão. Por eu ser muito nova e não ter crises regularmente, ele disse que eu não precisaria tomar remédios continuados, mas receitou um que eu deveria levar comigo, e que deveria ser colocado embaixo da minha língua caso eu desmaiasse.

Eu estava sentada, respondendo aos recados de Alice no meu. Eu tentava lhe dizer que estava bem, mas ela parecia realmente preocupada.

“Bella, telefone pra você.” – minha mãe me chamou, e me estendeu o telefone.

“Alo.”

“Isabella?” – uma voz conhecida falou – “Aquib é o Jacob Black, da escola.”

“Eu sei quem você é, Jacob.” – disse, rindo.

“Eu estou ligando par saber como você está.”

“Estou bem, mas tenho mesmo hipotensão. Agora tenho que andar com um remédio, caso eu desmaie. Aliás, como você conseguiu meu telefone?”

“Pedi ao Emmett que pediu à Reneesme.” – Ele disse.

“Ah tah.”

Silêncio de ambas as partes.

“ Jacob, você pode me fazer um favor.”

“Você quer que eu guarde segredo, não é?” – perguntou.

“Quero sim.” – não queria que meus amigos ficassem preocupados comigo.

“Tudo bem, Isabella. Sou bom em guardar segredos.”

“Obrigada.”

“Vou desligar agora, está bem? Espero que você melhore.”

“Obrigada. Tchau.”

“Tchau.” – ele disse, e desligou.

A ligação foi inesperada, mas eu gostei de ter ouvido a voz de Jacob. Aliás, tudo foi inesperado hoje, mas de uma certa forma eu gostei que tudo tenha acontecido. Me deu a chance de conhecer um Jacob Black que eu não sabia que existia. Mais que isso, me fez esquecer da dor. Porque nos momentos que passei ao lado de Jacob, eu não pensei em nada de ruim do meu passado, nem em Edward, nem em James.

Pela primeira vez em meses, fui dormir sem preocupações. E pela primeira vez na minha vida, sonhei com Jacob Black.