Na área da Embarcação!

Anos Depois

Quatro crianças de treze anos estão enfim, indo ao mundo Uselest, para começa o seu dia de aula.

Esse era o último dia de aula na escola do aprendizado, Maxy, a garota inteligente estava muito animada, com poderes curativos e muito louvados pelos seus primos que se machucavam a cada minuto.

–Filha...-Bate na porta, a gentil mãe da garota de cabelos rosados -Gostaria de falar um pouco com você.

A garota suspirou, “será que ela não entende?É uma chance de conseguir ser alguém, não um funeral!” pensava ela, mas no fundo, apenas queria abraçar sua mãe dizer que tudo vai ficar bem.

–Mãe, eles não me levar, meus poderes são muito comuns.

–Para a felicidade de toda a nossa família que certa esteja, minha filha.-A mãe disse com um frasco sorriso, fingindo brincar e acariciando os cabelos da filha, se despedindo daqueles olhos cor de aquário.

A garota vinha puxando sua mala de rodinhas (que facilita o transporte de recursos médicos pesados) e caminha feliz para a área de embarcação ao mundo Uselest. Apenas as crianças poderiam ir (digo, as de treze anos), para que não haja cenas que possam abalar outros alunos, como despedidas e outras coisas que para os olhos dos “humanos”, são desnecessárias.

O mundo Uselest era para fora da grande “bolha” que prendia o mundo Hero, todas as crianças de todos as regiões,Water, Electro, Fire, Glacious, Leafs, Stars, e até ela mesma,uma Vegeta.... todos, revoltados, felizes ou espantados, todos tinham uma vontade enorme de sair daquela imensa bolha e descobrir o que há no outro lado. O coração de Maxy estava na garganta, toda aquela grandiosidade era muito surpreendente, mesmo lendo todos aqueles livros sobre eles, os Uselests, ela ainda se sentiu surpresa com tudo que via.

De repente, uma luz dentro da garagem, a velha porta enferrujada havia se aberto e trago um pouco de luz aquela garota imunda e cega.

–Ammy, chegou a hora, levante-se -Disse uma voz dura, que a morena reconheceu, sua mãe.

–Então quer dizer que poderão finalmente se livrar do peso que prende vocês?!-A garota riu, mesmo com tudo que havia acontecido, ela ainda mantinha o seu bom -humor.

–Claro,-disse a mãe vagarosamente -É só despacharmos você para os Uselests, afinal, eu nunca vi alguém com um poder igual o seu e com certeza vão ficar com você, no fim, você não é tão inútil, conseguiu controlar metais, pena que já está cega.

–Chega, querida -Disse uma voz grossa e calma, mas que faria qualquer um tremer de medo -Sabe que não é verdade.

–Tudo bem, mas seja rápido, quero essa garota fora desta garagem o mais rápido possível!-Alertou a mulher.

–O que, não é verdade? Já viram alguém que controla metal?-Ammy perguntou.

–Não, não falava sobre isso...mas não crie esperanças -Sibilou o homem -você é uma traíra da sua própria região Electro, não creio que mesmo se houvesse mais mil Heros que controlam o metal, você ainda pode ser presa. Afinal, a culpa é sua por nascer com poderes de fogo.

Ammy riu.

–Sendo presa,pode estragar a sua reputaçãozinha de bom pai, que se preocupa com sua filha doente que não sai de casa?

–Talvez, apenas se eu não agir de acordo com o meu plano.

–Vocês são tão sujos, sempre tem um plano para mudar o mundo ao seu favor, mesmo se os planos tivessem que matar uma região inteira para os seus se concretizarem.

–Não fique assim, vou lhe dar o meu último presente -Desdenhou o pai.

–Sério? Será que não vã arrancar meu braço ou minhas pernas também?-Disse Ammy, se reencostando na parede.

O homem fez um rápido movimento e a visão da garota foi voltando aos poucos.

–O quê?!-A garota se assustou, anos sem ver, e agora seu pai havia devolvido sua visão, sem mais nem menos.

–Agradeça aos céus, menina -diz sua mãe-agora vá tomar um bom banho e vazar daqui logo, e por favor, leve tudo do quarto, não quero mais nada que lembre o peso que eu tive que carregar durante treze anos.

Correndo naquelas ruas estreitas, a liberdade havia tomado conta da sua cabeça, ela corria com os braços abertos, cumprimentando a todos que via na frente.

Até que...

Set saia de casa, seus pai orgulhoso e sua mãe chorosa, mas isto não importava, depois de se despedir de seus pais, ele caminhava para a área de embarque. Tudo que ele havia treinado, tudo que havia visto girava em sua cabeça.

Acontece que na época em que seu irmão havia ido para o mundo Uselest, aos seus treze anos de idade, ele nunca mais voltou. Seus poderes eram muito raros e podia até ser o único, controlar o tempo para as pessoas era algo com que não tinham proteção, sua barreira mística feita pelos quatro Heros não funcionaria de nenhum jeito contra o garoto, e então, numa noite a qual não tem importância, o garoto foi morto por um tiro na cabeça.

Os culpados? Você claramente já sabe, assim como os pais do garoto e seu irmão, a desculpa que os Uselest usaram foi desconhecia, mas fizeram realmente qualquer coisa para a notícia do assassinato não se espalhar. Este foi o primeiro caso de assassinato (na época) dentro da instalação do Uselest, o tempo foi passando e neste último tempo, desde a primeira morte, há um número pequeno, mas há, que deseja destruir aquele desprezível povo fraco e covarde.

O garoto, Set, tinha cada vez mais a força de vingança em sua cabeça, ao ouvir o “até mais” de sua mãe, se chocou um pouco, por que talvez ele nunca mais voltaria... mas o que ele podia fazer? E era isso que dava mais ódio dos humanos, é que eles, não são tão humanos assim.

BAM!

–Você é idiota?!-Pergunta Set.

Os dois haviam caído no chão.

–Foi mal, mas se você não fosse tão quieto eu havia notado...-Disse Ammy.

O garoto se enfureceu.

–Não entre no meu caminho-Ele disse- A não ser que queira morrer.

Ele continuou a ir para a área de embarcação.

Ammy se levantou.

–Ei!Você sabe para onde temos de ir?

Set não respondeu.

–Representa tão bem o seu nome, Serious.

–Como sabe o meu nome?!-Rosna o garoto, no mesmo tom de antes.

–Somos vizinhos... meu nome é Ammy Dark -Responde a garota -É tão desligado quanto parece, ou é apenas uma impressão?

O garoto não responde, mas pela sua expressão, queria mandar a garota para o inferno, se ele não fosse melhor do que o mundo em que vivem.

“Então quer dizer que ela é uma Dark... mas não é possível, a única filha deles é cega! A não ser que...”

–Olha!-Ammy interrompeu os pensamentos de Set-Aquilo é um pássaro voando!-Ela ainda não havia se acostumado com o mundo, era tudo tão incrível, era tão bom ver as cores do mundo.

–Depois eu sou o desligado, você não se toca que eu não quero conversar?-Pergunta o garoto mal-humorado.

–É claro que sei, mas se não te seguir eu não saberei onde é a área de embarque, e afinal, não quero ficar em silêncio na minha era de ouro que eu estou vivenciando.

“Era de ouro? Ela está maluca? Deve ser mais uma fanática pelos Uselest”ele continuava a pensar.

–E aí, está animado? Vamos finalmente sair desta merda de bolha!

O garoto não responde, estava decidido a ignorar aquela irritante ao seu lado.

Ela então, tira do bolso uma fina barrinha de ferro, a qual ela amassava e desamassava, flutuando nas finas mãos brancas.

“Então é ela mesma, como ela fez a visão voltar?”Ele pensava espnatado.

–Qual é o seu poder?-A garota pergunta, distraída com sua barrinha de ferro.

–Humf -Ele responde.

–Okay, entendi, você não quer conversar, é só que é muito empolgante falar com outras pessoas além dos meus “adoráveis” pais-Ela diz, pela primeira vez chateada.

No fim, eles acabaram chegando na área de embarcação, cada um para um lado, mas isso não quer dizer que ele não tenha parado um segundo se quer de pensar na garota irritante, tentando decifrar o que ele era.

Rayl corria tão rápido que era quase ivisível, nem havia se despedido de sua família, simplesmente corria, deixando os seus raios vermelhos eletrônicos aparecerem visivelmente em todos os lugares.

Ele era um traidor da região do fogo? Sim, claro que sim ( na visão dos Uselest), quando era visto nas ruas, todos fingiam não o conhecer ou até mesmo o tratavam mal... mas acho que, se isso não tivesse acontecido, ele não seria o garoto tão alegre que é.

A cada cara feia o olhando, era um sinal de inveja, a cada xingamento, era uma fraqueza do oponente aparecendo. E ele aprendeu isso.

Na área de embarcação, confuso, não entendia o que estava acontecendo, e estremecia tendo a impressão de que era o único.

Decidiu finalmente largar a sua teimosia, se convencendo de que ele realmente não sabia o que fazer, perguntou para a garota a sua frente.

–Ei, sabe como isso daqui funciona?-Ele se referiu a área de embarcação.

Maxy o olhou com uma cara muito enojada, mas respondeu:

–Fique na fila, seu tonto -Disse, revirando os olhos.

O garoto se impressionou tanto, era realmente uma garota muito bonita, seus cabelos rosa faziam ela parecer tão angelical...

–He... obrigado!-Ele respondeu, quase gaguejando, mas não faria isso para uma garota!

A garota murmurou algo como “palerma”, e continuou a procurar na multidão, aquele belo garoto da Região Electro... “por que não tem garotos igual a ele na minha região?!” ela se questionava.

Rayl continuava a apreciar a garota até que, a guarda Uselest aparece, abrindo os portões poderosos que separavam os dois “mundos”.

O olhos, de todos as crianças, se iluminaram, era uma tropa, era uma guarda. Eles eram os humanos.

[NO PRÓXIMO CAPÍTULO]

O mundo dos Uselest era tão rico, por que eles deveriam viver naquela bolha horrível, racionando comida?

Um homem apareceu no meio do estádio, e com seu microfone,disse:

–Vamos escalar as equipes de quatro! Mas antes de tudo isso, uma amostra de poderes! O perdedor irá limpar o estádio inteiro!

–Olha lá ele, se mostrando.

–Não fique com inveja.

–Seu lindo! Ótimo plano!

–O plano foi seu!

–Não ligo, ele merece o crédito mais do que eu!

–O que esse cara quer afinal?

–Não sei, mas se quisermos sobreviver aqui, teremos de fazer o mesmo.