POV Chaves

Fiquei voando por mais uns minutos quando encontrei Seu Madruga de pé, segurando com a mão dois criminosos que estavam machucados, me escondi atrás de uma van e observei os bandidos serem levados pela polícia, quando o carro foi embora, Seu Madruga começou a voar, não perdi tempo e voei atrás deles.

–Ei, Seu Madruga, espera.- eu disse, já voando.

–Shh, cala a boca pirralho! Não me chamo Seu Madruga, eu sou Super Sam, o herói da cidade.

–Calma, só vim aqui pra formar uma parceria com o senhor.

–Eu? Me unir a um super herói todo fraquinho assim que nem você? Olhe só pra você, tem que voar com a ajuda de um foguete nas costas, usa uma marreta biônica. Agora olha pra mim, consigo voar sem a ajuda de nada, tenho uma corneta paralisadora, acho que já tenho muito mais chances de me dar bem do que você né?- ele disse e eu me surpreendi, nunca vi o Seu Madruga falar assim com ninguém, nem comigo, nem com a Chiquinha, nem com a minha mãe.

–Mas você sabe que se perdesse essa corneta você seria um zero não sabe?- eu disse.

–Claro que sei, por isso que tomo todo cuidado com ela.

–Então, vem tirar de mim! HAHAHAHA- eu disse tomando a corneta paralisadora da mão dele e voando ainda mais rápido.

–Ora seu...- ele gritou, furioso e veio correndo atrás de mim, aquele vento forte na minha cara não me deixou ver direito por onde eu voava, mas eu não podia parar agora, só quando ele desistisse de me pegar.

Enquanto isso...

–Ai gente, não dá. Simplesmente não dá, nós não sabemos se esse androide tem um ponto fraco, sem isso, não temos chances com ele.- disse Daniel.

–Mas todo mundo tem um ponto fraco.- disse Alícia - Nós só precisamos saber qual é o ponto fraco dele.

–Mas pra descobrir o ponto fraco de alguém temos que chegar perto dele, mas se chegarmos perto daquele robô, seremos mortos.- disse Carmen.

–Isso é verdade, mas vocês lembram mais ou menos como era esse androide?- perguntou Paulo.

–Eu lembro. Vou fazer um retrato dele.- disse Daniel.

Quando Paulo olhou a armadura do androide, ele pensou na hipótese de que ponto fraco dele fosse no peito, na parte de dentro, o problema é como entrar lá.

–Gente, um androide é um robô metade máquina e metade humano certo? Pois bem, na certa, esse deve ter um pouco fraco, talvez seja o cérebro, o coração, porque alguns androides costumam ter corações humanos ou algo assim, o problema é chegar perto dele sem que ele percebe.- disse Paulo.

–Mas só você pode chegar perto de qualquer coisa sem que ela perceba, então, acho que você devia fazer isso.- disse Maria Joaquina.

–Eu sei mas, como entrar dentro do androide? Ele não tem nenhuma abertura, só se for na parte de trás, mas eu precisaria saber voar pra conferir isso.

–É mesmo. Bom gente, parece que o único jeito é esse, distraí-lo enquanto o Paulo tenta entrar dentro dele e tentar desativar algum fio ou acertar uma parte humana dele, se é que ele tem.- disse Daniel.

–Então, vamos lá, cada um distrai ele sem ser pego e o Paulo fica invisível e tenta entrar nele. Paulo, você podia tentar subir no terraço de um prédio ou alguma coisa que dê altura.- disse Marcelina.

–É, então vai ser assim, ele não vai me ver mesmo.

–Então, VAI PATRULHA!!!- todos disseram.

Assim, eles foram até a nova rua em que o robô destruía tudo, prédios, carros, tudo. Como combinado, Paulo ficou invisível e subiu em cima de um prédio que estava perto de ser destruído, enquanto Alícia e Marcelina tentavam distraí-lo, Alícia saiu correndo para trás do androide que tentou ir atrás dela, mas Marcelina congela seu pé, no entanto, isso serviu apenas para alguns minutos, pois o androide conseguiu se soltar em pouco tempo do gelo que prendia-lhe no chão, Maria Joaquina tentou usar uma arma ninja chamada "chaco", para tentar cortar sua cabeça, mas não adiantou, a arma ficou presa no braço do robô, mas ele conseguiu tirar e lançou lhe para o lado, na direção que Paulo estava vindo para agarrá-lo, com isso, Paulo quase é atingido pela arma, ao desviar, desviou também do androide, ele teria se esborrachado no chão se Alícia não tivesse chegado a tempo de salvá-lo, mas antes de colocá-lo no chão, os dois se entreolharam por alguns segundos, os olhos de Paulo diziam: "obrigado" enquanto os de Alícia diziam: "de nada", a conversa por olhos só foi interrompida quando Daniel chamou a atenção dos dois.

–Ei, Alícia, ainda não acabou, precisamos que você o distraia novamente.- disse Daniel.

–Ah sim, desculpe.- disse Alícia, colocando Paulo no chão, recompondo-se e correndo novamente.

Kokimoto, que até agora não havia se mexido, tentou se transformar em um animal, ele pensou em um animal felino como um tigre, mas saiu um gato, com isso, uma menina que estava lá no meio do caos, achando que ele era um gato comum, tentou pegá-lo, mas Kokimoto conseguiu escapar de seus braços e fugir.

A confusão era tanta que até a delegada Olívia chegou com Matilde e Jurandir, mas, ficaram de longe, apenas observando tudo, mas a surpresa maior foi quando um rapaz todo vestido de vermelho e um homem com a roupa do "Superman" surgiram do céu, imediatamente Super Sam desferiu um soco na cara do androide, mas acabou machucando a mão já que ele era muito duro. Essa distração foi perfeita para Chapolin, que conseguiu paralisar o androide com sua corneta paralisadora, deixando todos, inclusive os patrulheiros, incrédulos, depois, ele subiu no ombro do androide e com uma uma pastilha encolhedora, conseguiu penetrar dentro do robô, onde ele descobre ser controlado por computador, na certa, algum cientista maluco estava controlando o robô sem estar dentro dele. Mesmo assim, Chapolin não perdeu tempo e com sua marreta tentou quebrar todo o equipamento que estava lá, ele conseguiu, um curto-circuito foi provocado e o robô caiu duro no chão, todos comemoraram, menos os patrulheiros e o Super Sam, depois, o androide explodiu, mas não sem antes Chapolin sair de dentro dele e dizer:

–Não contavam com minha astúcia! Sigam-me os bons!- ele disse, voltando a voar.

Os patrulheiros não conseguiam acreditar naquilo, aquele super herói novo conseguiu o que eles não conseguiram com muito facilidade, como isso seria possível? E quem seria ele? Isso eles ainda descobririam.

A Patrulha Salvadora, após a derrota do androide, voltou para seu Quartel General, mas ainda tinha um problema: eles não conseguiram descobrir onde estavam os quatro patrulheiros capturados, eles vasculharam a parte de dentro do androide, mas nada foi encontrado, o que lhes deu certeza que os patrulheiros estavam em outro lugar.

–Patrulheiros, se os outros quatros capturados não estão aqui, devem estar escondidos em algum outro lugar, o negócio agora é descobrir onde.- disse Alícia.

–Isso é verdade, isso tudo tem cada de ser coisa do Jorge e não do tal Salazar.- disse Paulo.

–Mas o Jorge se arrependeu, ou pelo menos, é o que parece, pois nunca mais aprontou nada.- disse Daniel.

–E se a gente chamasse o Jorge pra se unir a nós também?- sugeriu Maria Joaquina, deixando Daniel enciumado.

–Pode ser, hoje tentaremos entrar em contato com ele, mas antes queria descobrir que heróis era aquele.- disse Marcelina.

–Olha só, o jornal aqui diz: "Chapolin Colorado e Super Sam salvam Kauzópolis de androide indestrutível, o que houve com a Patrulha Salvadora?"- disse Kokimoto.

–O quê? Aqueles dois nem são daqui e já são famosos por salvarem a cidade? Malditos!- resmungou Maria Joaquina.

–Ah, mas vamos pegar leve né Maria Joaquina? Afinal, eles derrotaram o androide com muita facilidade, nós não.- disse Carmen.

–Eles vão se lembrar de nós, Maria Joaquina, mas o nosso problema agora é tentar descobrir onde estão os patrulheiros capturados.- disse Daniel, entrando no QG.