O Mundo De Taylor escrita por Bellla


Capítulo 53
Com Carinho


Notas iniciais do capítulo

Agora sim termino a história e faço o que deveria já ter feito muitos anos atrás. Novamente me desculpo pela falta de responsabilidade e torço para que seja do agrado.



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" Logo após seu retorno de Londres Will sugeriu que almoçássemos na lanchonete de beira de estrada que serviu como seu refúgio durante todo o tempo em que ele precisou de um lugar para pensar. Achei a ideia fantástica, estamos nos preparando para a mudança, pegamos o avião depois de amanhã e então só voltaremos depois do primeiro bimestre, para conseguirmos nos adaptar melhor. Tia Clarie e Tina prometem que irão nos visitar e eu não duvido, do jeito como minha tia está comprometida com Joseph , em breve elas se mudam para a cidade também.

Anthoni e a Senhora Culton parecem desolados, noto que Will também está um tanto quanto chateado por ter de se separar deles. Tenho que ficar lembrando-o de que não é para sempre, de que não será muito diferente do período em que ele passava no colégio.

Mas confesso que até eu estou um pouquinho amedrontada. A verdade é que somos dois inúteis que terão que lidar sozinhos com suas refeições, roupas sujas e casa para limpar. Parece uma barra, mas se tantas pessoas lidam com isso sozinhas também podemos lidar.

Abraço mais forte Will, sentindo o vento forte bater em meu rosto. Eu poderia ter fechado o capacete, mas queria sentir mais um pouquinho dessa sensação, dessa liberdade. Esse lugar se transformou em um lar para mim, eu vou sentir falta, mas presinto que um dia voltarei.

Will estaciona em frente a lanchonete. Desce da moto e me ajuda a descer. Ele parece agitado, mais atento que de costume. Estranho mas não comento nada.

Quando entramos no local ele olha ao redor ansioso, a garçonete generosamente farta nós nota e sorri simpática, começo a sentir um pouco de ciúmes, mas me controlo a tempo de perceber que ela sorri para mim também. Não sei se me sinto mais aliviada ou incomodada.

Sentamos na mesma mesa de antes, perto do jukebox. Will pede sua cerveja costumeira e eu uma latinha de refrigerante. Pego o cardápio para escolher algum dos hambúrgueres e percebo que Will mal dá atenção as minhas sugestões. Acho tudo muito suspeito e começo a ficar agitada também."

— Will, está tudo bem?

 

“Ele me encara ao ouvir a pergunta e sorri simpático.”

 

— Sim, sim. Tudo ótimo.

 

— Então por que você está tão esquisito?

 

— Não estou nada esquisito. Só estou com fome. Acho que vou pedir esse aqui de bacon, o que você acha?

 

“Ele tenta mudar de assunto enquanto me indica o cardápio.”

 

— Eu vou querer o mesmo.

 

“Respondo ainda desconfiada.

 

Quando a garçonete volta para anotar nossos pedidos e entregar nossas bebidas, ela coloca solenemente a latinha de refrigerante à minha frente. Acho o movimento tão esquisito que olho inquisitiva para Will, ele apenas dá de ombros enquanto beberica sua garrafa.”

 

— Espero que goste.

 

“A garçonete sussurra animada antes de me dar uma piscadela e sair rebolando. Pego a minha lata e a levo aos lábios sem compreender bulhufas. Will para de bebericar sua cerveja e me observa atônito, alguém coloca uma música lenta para tocar no jukebox, sinto minha paciência se esgotar e engulo rapidamente o refrigerante para poder dizer:”

 

— Mas que merda está aconte…

 

“Não consigo terminar minha pergunta porque sinto o líquido gelado que descia pela minha garganta travar, estranhamente se solidificando. Tusso uma vez e minha garganta reverbera fazendo o que quer que esteja preso a minha garganta arranhar incomodamente.

 

Tento respirar mas o ar não chega aos meus pulmões, começo a entrar em pânico e um surto de tosse exageradamente doloroso me atinge.

 

Com os olhos esbugalhados e os pulmões ardendo vejo Will levantar desesperado da sua cadeira e o sinto dar fortes tapas em minhas costas enquanto implora para que alguém nos ajude.

 

A garçonete reaparece alarmada, os outros clientes todos parecem prestar atenção à nossa comoção, assustados. Suas caras de pânico são tão cômicas que se eu não estivesse sentido que vou morrer a qualquer segundo me dobraria de tanto rir.

 

Sentindo minha visão escurecer nos cantos do olhos, ouço, em meio a todo o alarde, alguém se intitular enfermeiro. Mãos fortes me abraçam por trás, dando pancadas dolorosíssimas na minha caixa torácica. Eu quero soltar um palavrão, tamanha a dor. Mas justo quando penso que vou desmaiar de falta de ar, sinto um impulso ganhar velocidade dentro da minha garganta e num jorro de ar algo duro e brilhante sai voando da minha boca em direção ao prato de costeletas ao molho vermelho de um senhor da mesa ao lado.

 

Todos respiram aliviados e começam a bater palmas quando me sinto ser passada, mole e zonza, das mãos do meu bruto salvador para o Will. Ele me olha preocupado e sinto meu coração apertar ante o medo estampado em seus olhos.”

 

— Ai, meu Jesus. Ainda bem que ela está viva!- Suspira a garçonete.

 

"Me sinto envergonha, porém extremamente aliviada. Will me ajuda a sentar novamente, ajoelhando-se ao meu lado. Ele afaga meus cabelos e me estende um copo de água que alguém lhe entregou. Bebo a água sentindo uma incômoda ardência na garganta."

 

— Ei, vocês ainda podem precisar disso.

 

“Diz a garçonete enfiando o dedo no prato de costeletas do senhor e retirando de lá um brilhante e todo melecado anel que ela limpa no próprio avental antes de estendê-lo ao Will.”

 

— Não, obrigada. É melhor deixar para lá.

 

“Will dispensa a mão dela estendida ainda me encarando com alívio.”

 

— Não seja bobo, imprevistos acontecem.

 

“Karen, pela primeira vez noto as pequenas letras bordadas em seu avental, comenta com um sorriso condescendente. “

 

— Veja, era isso aqui que estava no seu refrigerante. Seu namorado teve a fofa ideia de lhe surpreender assim, pena que não deu muito certo.

 

“Ela me estende o anel e o pego com os dedos trêmulos. Encaro o aro dourado e a pedra brilhante que ele suporta. Volto meus olhos para Will e balbucio surpresa:”

 

— Isso… isso é o que estou pensando?

 

“Ele baixa o olhar constrangido, antes de voltar a me encarar com uma intensidade sufocante.”

 

— Se você não se importar em ficar noiva de um quase assassino…

 

“Sinto as lágrimas inundarem meus olhos, tenho de levar a mão à boca em meio a emoção e seguro o soluço das risadas que involuntariamente quero soltar.

 

Will sorri para mim, um sorriso tão aberto e caloroso que eu sei que é o sorriso que eu mais quero ver pelo resto da vida, mesmo quando não houver nem mais um dente perfeito em sua boca."

 

— Taylor… você quer casar comigo?

 

“Não consigo mais suportar as lágrimas e sinto as gotas escorrerem pelas minhas bochechas, sei que devo parecer um bebezão, mesmo assim eu não poderia estar mais feliz. Sorrio espontaneamente enquanto Will pega o anel da minha mão e o põe delicadamente em meu dedo, erguendo o rosto e me prendendo em um beijo arrebatador. Ouço a comemoração animada das pessoas ao redor e sorrio ainda com meus lábios grudados aos seus. Will apoia sua testa à minha, também sorrindo e sussurra, cheio de amor, antes de me beijar novamente:”

 

— Você é o meu mundo, Taylor.

 

“E assim eu me sinto mais feliz do que nunca, sabendo onde é o meu lugar e com quem eu quero estar.”

 

FIM.

 


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Notas finais do capítulo

Adeus.



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